[Contacto] Kawasaki ER-6f

A Kawasaki reagiu em bom tempo na remodelação da sua linha ER-6, apresentando no final do ano passado os dois novos modelos, a “n”, descarenada, e a “f”, versão carenada sobre a qual avançamos aqui algumas impressões de um primeiro contacto.

A ER-6f apresenta-se este ano renovada, com uma cara nova. Se no campo mecânico as diferenças para o modelo anterior não são muitas, já no estético dá uma volta de 180º. Este modelo passa de uma presença pouco marcante, bastante discreta mesmo, e desequilibrada, para uma silhueta que é, à sua dimensão, apaixonante. Para os idólatras das linhas angulosas da nova geração de desportivas da Kawasaki, a ER-6f é a resposta perfeita, se procura uma moto com prestações mais contidas e mais utilizável no dia-a-dia.



Este modelo da Kawasaki surge equipado com um motor bicilíndrico paralelo de 649 cc, cuja alimentação é feita por meio de um sistema de injecção com corpos de 38 mm. A resposta desta unidade foi pensada para garantir uma excelente resposta a médios regimes, mantendo alguma jovialidade nos regimes mais altos. Nesta revisão do modelo a Kawasaki procurou reduzir vibrações com a utilização de elementos de borracha no apoio superior do motor, no lugar da fixação rígida.





No que respeita à altura do assento, a ER-6F é bastante baixa, como convém para motos que se destinam a uma utilização descontraída e a pessoas menos experientes. A posição de condução é marcada pelo facto da moto ser muito estreita na zona do deposito, com uma curta distância entre o guiador e o assento e uma boa altura face aos pousa-pés. É excelente para pessoas de estatura mais pequena. A Kawasaki, embora não tenha uma protecção aerodinâmica grande, tem uma posição que nos permite encaixar melhor e o ecrã e bastante largo em cima, criando uma cobertura ampla e livre de turbulência.

Em movimento, a Kawasaki presenteia-nos com uma grande agilidade, uma leveza de direcção que nos coloca à-vontade e nos permite circular descontraídos. O motor é muito elástico, respondendo de forma cheia desde as 3000 rpm, com uma subida alegre até perto das 10.000 rpm. Mas a sua zona mais agradável é entre as 4500 e 8500 rpm, faixa onde o bicilíndrico melhor se exprime, dando ares de desportivo. Para acentuar este lado dinâmico a ciclística é firme, com um tacto de suspensões seco sem ser desconfortável, capaz de passar muita informação.





Com uns consumos médios em cidade muito contidos, sempre na casa do 4,5 lt/100 km, um custo de manutenção que se espera baixo, por ser um bicilíndrico, e um preço agora ainda mais interessante, 6476 € depois de redução feita pelo importador nacional, a Kawasaki ER-6f é uma excelente moto anti-crise.

Fonte: Motociclismo

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