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Marrocos 2012 - O regresso!
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Re: Marrocos 2012 - O regresso!
Julgo que já foi tudo dito... mas desculpa se repito.
Obrigada Gracinda pelas fotos e pela forma como descreves esta viagem.
Abraço
Obrigada Gracinda pelas fotos e pela forma como descreves esta viagem.
Abraço
Carlos Balio- Já sai à rua a conduzir.
Re: Marrocos 2012 - O regresso!
6 de Abril de 2012
As nossas motitas dormiram em cima do passeio em frente ao hotel, com um guadião a tomar conta delas. Escusado será dizer que de dia haveria outro guardião a pedir mais uns dirhams por as guardar durante o dia! Naquele país a gente paga por tudo e para tudo!
Até para estacionar em cima do passeio nos pedem dinheiro!
As motos ficariam ali estacionadas durante a manhã, enquanto iriamos de carro até à Medina.
Passamos pelo Palácio Real, passamos sempre pois eles têm muito orgulho nele e, quando apanhamos um meio de transporte para ir a qualquer lado ali, levam-nos sempre às portas do palácio! Ainda o hei-de visitar por dentro!
Aquelas portas se fossem cá, já tinham sido roubadas pelo bronze!
E lá fomos visitar a Medina mais antiga do pais!
Não entramos pela porta grande, acho mesmo que entramos pela porta do cavalo!
As ruelas são estreitas e os transportes são feitos com burros, os maiores, ou asnos, os mais pequenitos. Sim por ali também circulam algumas mobiletes e pequenas scooters, mas nada como em Marrakech!
A Medina de Fes foi fundada no sec IX, o que faz uma quantidade de seculos! Há uma série de estatísticas sobre ela, sobre quantas ruas, quantas mesquitas e por aí fora…
A mim bastou-me o que vi! Descobri que lá há livros sobre o país em Português, coisa quase impossível de encontrar em Espanha, por exemplo, e a mais é o nosso país irmão!
Descobri que ali também se come caracóis, pelo menos há quem os arranje no meio da praça publica na Medina!
Pelo aspeto ranhoso que tinham acho que não seria capaz de os comer por muito bem cozinhados que fossem…
As portas decoradas e recortadas têm frequentemente um pau que une os dois lado, pouco acima do meio, o que quer dizer que se alguém vier a correr distraído, dará ali uma cambalhota monumental, pois vai-lhe bater com a testa!
A Medina de Fes não teve em mim o efeito que teve a de Marrakech… eu sei que muita coisa estava fechada por ser sexta-feira e porque tudo abre meio tarde naquele país, mas mesmo assim…
Havia ali uma desolação que não senti na outra, um abandono quase antipático…
Entrando por uma portinha insignificante, pelo meio de lojas de peles e subindo sempre…
O cheio forte recebia-nos e facilmente percebemos onde estávamos a chegar. Lá em cima, do terraço da loja, pudemos ver a Tannerie
“Nas Tanneries de Fes curte-se o couro de forma tradicional utilizando urina de gado e fezes de pomba. Ali se vive envolto num cheiro nauseabundo, trabalha-se com as mãos e pés nus, nos líquidos e tintos, e produzem-se os mais belos couros que se possa imaginar. Curiosamente estudos revelam que aqueles homens vivem uma vida saudável Estivemos lá apenas há 3 dias e o tempo de chuva que se vinha sentindo deve ter sido nosso amigo e o cheiro nem era muito forte! Imagino como seria se estivesse sol e calor!”
Acho que tivemos sorte por ter chovido naqueles dias, senão o cheiro teria sido bem mais nauseabundo, se estivesse sol, se estivesse calor…
Por outro lado não tivemos tanta sorte com a cor das curtições que estavam a fazer, só havia duas ou três cores!
Quem inventou de chamar curtir a dar um beijos ou apreciar musica, não faz idea do cheiro que tem a curtição!
Estávamos lá pelo meio da Medina e podia-se ver por cima dos muros o “mundo lá fora” e imaginar o que seria viver perto daquele cheiro! Eu sei que numa Medina eles distinguem a zona habitacional da zona comercial, mas o cheiro não será capaz de o fazer!
Descemos dali pelo interior da loja, que é o único acesso. Tudo bem que o cheiro não era muito forte, mas era horrível na mesma!
Os gatos são habitantes bem-vindos na Medina, impedem que ela fique infestada de ratos!
No entanto os cães não são muito numerosos, porque devem afastar os gatos, digo eu! São animais impuros, em casa onde há cão não se pode rezar!
Há ruelas tão estreitas por ali que as mais fininhas chegam a ter apenas 50 cm! Coitado de quem é gordo!
Aquilo é mesmo labiríntico, mas continuo a achar que o nosso guia não nos mostrou o melhor!
As portas sempre me encantam, velhas mas decoradas e recortadas!
Depois da zona dos curtumes seguíamos pela Medina meio desértica
com recantos curiosos
Fes tem uma belíssima coleção de palácios catalogados com interesse histórico
Seguramente não fomos visitar os mais bonitos e os que vimos da porta mas não podíamos visitar é que eu queria ver!
A confusão de uma Medina pode por uma pessoa louca, mas o silêncio e o vazio também é triste!
Então encontramos uma tinturaria artesanal como eu nunca vira na vida! Fiquei impressionada com o que se pode fazer num espaço tão exíguo!
Os alunos estavam mesmo interessados, talvez inspirados pelo Rui, um especialista na matéria!
Mais à frente, no meio da imundice, uma fonte no chão!
O ar de espanto do João a olhar para a água e a comentar como era possível no meio daquilo tudo a agua ser tão transparente! Presumo que eles terão nascentes de água límpida, digo eu!
Um velhinho e o seu burro proporcionaram-me uma das fotografias mais interessantes desta visita!
Aquela era a zona dos tintos e dos tingimentos.
Então chegamos a um espaço arejado, depois de tanto aperto nas ruínhas e ruelas da Medina. De repente o espaço aberto parecia uma grande praça!
E é nesta praça que fica a universidade mais antiga do mundo árabe, a universidade Kairaouine.
A escadaria azul da Biblioteca Kairaouine, que apenas os muçulmanos podem subir! Uma chatice, o que eu queria mesmo era ir ver!
Depois vieram os tapetes. Graças a Deus lojas a gente pode visitar todas…
Mas esta loja eu gostei de visitar!
Ali havia uma infinidade de belíssimos tapetes de lã que custam uma fortuna. “Os tapetes marroquinos são uma arte ancestral que vem desde o seculo XIII e desde sempre até hoje, continuam a ser carregados de significado para qualquer nível de sociedade.”
São frequentemente oferecidos como dote ou grande prenda e usados em tudo e em todo o lado!
E do topo da loja pudemos ver a Medina!
Vimos a mesquita Kairaouine aos nossos pés!
E o mar de antenas parabólicas bem democraticamente distribuídas em todos os telhados!
(continua)
As nossas motitas dormiram em cima do passeio em frente ao hotel, com um guadião a tomar conta delas. Escusado será dizer que de dia haveria outro guardião a pedir mais uns dirhams por as guardar durante o dia! Naquele país a gente paga por tudo e para tudo!
Até para estacionar em cima do passeio nos pedem dinheiro!
As motos ficariam ali estacionadas durante a manhã, enquanto iriamos de carro até à Medina.
Passamos pelo Palácio Real, passamos sempre pois eles têm muito orgulho nele e, quando apanhamos um meio de transporte para ir a qualquer lado ali, levam-nos sempre às portas do palácio! Ainda o hei-de visitar por dentro!
Aquelas portas se fossem cá, já tinham sido roubadas pelo bronze!
E lá fomos visitar a Medina mais antiga do pais!
Não entramos pela porta grande, acho mesmo que entramos pela porta do cavalo!
As ruelas são estreitas e os transportes são feitos com burros, os maiores, ou asnos, os mais pequenitos. Sim por ali também circulam algumas mobiletes e pequenas scooters, mas nada como em Marrakech!
A Medina de Fes foi fundada no sec IX, o que faz uma quantidade de seculos! Há uma série de estatísticas sobre ela, sobre quantas ruas, quantas mesquitas e por aí fora…
A mim bastou-me o que vi! Descobri que lá há livros sobre o país em Português, coisa quase impossível de encontrar em Espanha, por exemplo, e a mais é o nosso país irmão!
Descobri que ali também se come caracóis, pelo menos há quem os arranje no meio da praça publica na Medina!
Pelo aspeto ranhoso que tinham acho que não seria capaz de os comer por muito bem cozinhados que fossem…
As portas decoradas e recortadas têm frequentemente um pau que une os dois lado, pouco acima do meio, o que quer dizer que se alguém vier a correr distraído, dará ali uma cambalhota monumental, pois vai-lhe bater com a testa!
A Medina de Fes não teve em mim o efeito que teve a de Marrakech… eu sei que muita coisa estava fechada por ser sexta-feira e porque tudo abre meio tarde naquele país, mas mesmo assim…
Havia ali uma desolação que não senti na outra, um abandono quase antipático…
Entrando por uma portinha insignificante, pelo meio de lojas de peles e subindo sempre…
O cheio forte recebia-nos e facilmente percebemos onde estávamos a chegar. Lá em cima, do terraço da loja, pudemos ver a Tannerie
“Nas Tanneries de Fes curte-se o couro de forma tradicional utilizando urina de gado e fezes de pomba. Ali se vive envolto num cheiro nauseabundo, trabalha-se com as mãos e pés nus, nos líquidos e tintos, e produzem-se os mais belos couros que se possa imaginar. Curiosamente estudos revelam que aqueles homens vivem uma vida saudável Estivemos lá apenas há 3 dias e o tempo de chuva que se vinha sentindo deve ter sido nosso amigo e o cheiro nem era muito forte! Imagino como seria se estivesse sol e calor!”
Acho que tivemos sorte por ter chovido naqueles dias, senão o cheiro teria sido bem mais nauseabundo, se estivesse sol, se estivesse calor…
Por outro lado não tivemos tanta sorte com a cor das curtições que estavam a fazer, só havia duas ou três cores!
Quem inventou de chamar curtir a dar um beijos ou apreciar musica, não faz idea do cheiro que tem a curtição!
Estávamos lá pelo meio da Medina e podia-se ver por cima dos muros o “mundo lá fora” e imaginar o que seria viver perto daquele cheiro! Eu sei que numa Medina eles distinguem a zona habitacional da zona comercial, mas o cheiro não será capaz de o fazer!
Descemos dali pelo interior da loja, que é o único acesso. Tudo bem que o cheiro não era muito forte, mas era horrível na mesma!
Os gatos são habitantes bem-vindos na Medina, impedem que ela fique infestada de ratos!
No entanto os cães não são muito numerosos, porque devem afastar os gatos, digo eu! São animais impuros, em casa onde há cão não se pode rezar!
Há ruelas tão estreitas por ali que as mais fininhas chegam a ter apenas 50 cm! Coitado de quem é gordo!
Aquilo é mesmo labiríntico, mas continuo a achar que o nosso guia não nos mostrou o melhor!
As portas sempre me encantam, velhas mas decoradas e recortadas!
Depois da zona dos curtumes seguíamos pela Medina meio desértica
com recantos curiosos
Fes tem uma belíssima coleção de palácios catalogados com interesse histórico
Seguramente não fomos visitar os mais bonitos e os que vimos da porta mas não podíamos visitar é que eu queria ver!
A confusão de uma Medina pode por uma pessoa louca, mas o silêncio e o vazio também é triste!
Então encontramos uma tinturaria artesanal como eu nunca vira na vida! Fiquei impressionada com o que se pode fazer num espaço tão exíguo!
Os alunos estavam mesmo interessados, talvez inspirados pelo Rui, um especialista na matéria!
Mais à frente, no meio da imundice, uma fonte no chão!
O ar de espanto do João a olhar para a água e a comentar como era possível no meio daquilo tudo a agua ser tão transparente! Presumo que eles terão nascentes de água límpida, digo eu!
Um velhinho e o seu burro proporcionaram-me uma das fotografias mais interessantes desta visita!
Aquela era a zona dos tintos e dos tingimentos.
Então chegamos a um espaço arejado, depois de tanto aperto nas ruínhas e ruelas da Medina. De repente o espaço aberto parecia uma grande praça!
E é nesta praça que fica a universidade mais antiga do mundo árabe, a universidade Kairaouine.
A escadaria azul da Biblioteca Kairaouine, que apenas os muçulmanos podem subir! Uma chatice, o que eu queria mesmo era ir ver!
Depois vieram os tapetes. Graças a Deus lojas a gente pode visitar todas…
Mas esta loja eu gostei de visitar!
Ali havia uma infinidade de belíssimos tapetes de lã que custam uma fortuna. “Os tapetes marroquinos são uma arte ancestral que vem desde o seculo XIII e desde sempre até hoje, continuam a ser carregados de significado para qualquer nível de sociedade.”
São frequentemente oferecidos como dote ou grande prenda e usados em tudo e em todo o lado!
E do topo da loja pudemos ver a Medina!
Vimos a mesquita Kairaouine aos nossos pés!
E o mar de antenas parabólicas bem democraticamente distribuídas em todos os telhados!
(continua)
________________________
Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
https://passeandopelavida.com/
Re: Marrocos 2012 - O regresso!
Muito bom... excelente mesmo.
Aguardo pelo dia seguinte
Mais um
Um abraço.
Aguardo pelo dia seguinte
Mais um
Um abraço.
Elisio FJR- Já sai à rua a conduzir.
Re: Marrocos 2012 - O regresso!
Ainda tenho alguns
________________________
---Até 100 Deus nos protege, A mais de 100 Deus poderá acolhernos..." Padre Zé Fernando"
Re: Marrocos 2012 - O regresso!
Boa Gracinda...continua lá vá...
________________________
Paula Matias
A pendura do Carlos Ferreira
http://pelomundoem2rodas.blogspot.pt/
Paula Matias- Zero à direita
Re: Marrocos 2012 - O regresso!
(6 de Abril de 2012 – continuação)
Depois dos tapetes voltamos ao mundo real da Medina, para irmos ver (queria eu) a mesquita Kairaouine, porque apenas os muçulmanos lá podem entrar, e as mulheres por porta diferente da dos homens!
A Mesquita deve o seu nome à cidade de Kairouan, na Tunisia, devido aos muitos emigrantes dessas paragens na zona, na época da sua fundação.
A mesquita ocupa uma grande área da Medina, pudemos passar por varias das suas 14 portas,
A Mosquee Quaraouiyine, receberia naquele dia 20,000 homens e 2,000 mulheres, pois era dia de festa. Eu queria ver aquilo por dentro e um senhor ofereceu-se para me fazer 2 ou 3 fotografias do pátio interior! Programei a minha máquina e dei-lha para a mão e valeu a pena! Aquilo é lindo!
O senhor andou tão contente a tirar fotos para mim e ainda nos tirou uma foto a todos!
Depois iriamos visitar os tecelões, a medina está organizada por áreas de trabalho e ali eram a sedas!
Ui as portas, que giras! :-D
E lá encontramos numa loja de lenços, tecidos e adereços em seda, os teares.
E o tecelão sorridente!
Mais à frente eram os latões
As ruelas são estreitas mas ainda dá para passar de motinha!
E depois a farmácia
Cheia de certificados e recortes de revista emoldurados.
Havia muita tralha para cuidar dos cabelos, do rosto, da pele… elas tapam-se, tapam-se mas é cá fora, porque dentro de casa fazem uso àquelas tretas todas!
O óleo d’Argan está por todo o lado, fabricado a partir da noz da árvore de Argan que apenas existe em Marrocos, por isso chamam ao óleo o ouro de Marrocos.
Os meus amigos estavam muito concentrados nas explicações e exemplificações do “farmacêutico” de serviço!
Mais à frente encontramos o “motor” da caldeira para os banhos de Hamman.
Hamman na realidade quer dizer mesmo “banho” e em Marrocos são banhos relaxantes e purificantes, da pele e dos músculos. Uma variedade do banho turco.
Ali no fundo ficava a caldeira de um desses banhos, (há muitos na Medina). O homem está ali, continuamente a acrescentar serrim de madeira de cedro, para avivar a chama e aquecer a àgua. De cima vai recebendo pancadas na parede ou no chão, em linguagem que lembra o código morse, e que lhe vai dizendo se é para aquecer mais ou deixar arrefecer um pouco.
O homem é substituído de 3 em 3 horas… antes que morra de calor e sufocado pelo pó do serrim, digo eu!
Os salões de cabeleireiro são inspiradores
E mais portas
E caminhos estreitinhos
Recantos e escadinhas
Para chegar ao fabrico das peças em estanho e cobre
Esta foi das poucas lojas que visitamos que não vendia coisas velhas, cheias de pó e com aspeto de terem sido achadas no lixo!
Bem, mas ali a gente pode ver que não se fabricavam coisas velhas, como em muitos recantos do país! Ali se podia ver como todas aquelas coisas são fabricadas, melhor, manufaturadas!
Aquilo é desenhado martelada a martelada sobre o metal, com goivas finas e delicadas!
Fascinei-me com o candeeiro no teto, eu e a Paula, ficamos encantadas por todos os candeeiros!
E voltamos à Medina pois então, onde os táxis são burros e cavalos.
Onde há lojas de grande e pequena tecnologia
E chegamos ao Mausolee Moulay Idriss, no centro da Medina de Fes não pode ser visitado por nós… uma pena não poder passar da porta! É o Túmulo de Moulay Idriss II que fundou a cidade de Fes no sec IX pela segunda vez! Quase cinco séculos depois da sua morte foi encontrado ali um corpo intacto que se julga ser dele! Ele é o santo padroeiro da cidade e acredita-se que dá sorte ir ao seu Mausoléu dá sorte aos estrageiros, por isso é normal encontra-los a por a mão em determinados pontos da cerca da construção que, por estes dias anda em restauro profundo! Eu queria era vê-lo por dentro…
(continua)
Depois dos tapetes voltamos ao mundo real da Medina, para irmos ver (queria eu) a mesquita Kairaouine, porque apenas os muçulmanos lá podem entrar, e as mulheres por porta diferente da dos homens!
A Mesquita deve o seu nome à cidade de Kairouan, na Tunisia, devido aos muitos emigrantes dessas paragens na zona, na época da sua fundação.
A mesquita ocupa uma grande área da Medina, pudemos passar por varias das suas 14 portas,
A Mosquee Quaraouiyine, receberia naquele dia 20,000 homens e 2,000 mulheres, pois era dia de festa. Eu queria ver aquilo por dentro e um senhor ofereceu-se para me fazer 2 ou 3 fotografias do pátio interior! Programei a minha máquina e dei-lha para a mão e valeu a pena! Aquilo é lindo!
O senhor andou tão contente a tirar fotos para mim e ainda nos tirou uma foto a todos!
Depois iriamos visitar os tecelões, a medina está organizada por áreas de trabalho e ali eram a sedas!
Ui as portas, que giras! :-D
E lá encontramos numa loja de lenços, tecidos e adereços em seda, os teares.
E o tecelão sorridente!
Mais à frente eram os latões
As ruelas são estreitas mas ainda dá para passar de motinha!
E depois a farmácia
Cheia de certificados e recortes de revista emoldurados.
Havia muita tralha para cuidar dos cabelos, do rosto, da pele… elas tapam-se, tapam-se mas é cá fora, porque dentro de casa fazem uso àquelas tretas todas!
O óleo d’Argan está por todo o lado, fabricado a partir da noz da árvore de Argan que apenas existe em Marrocos, por isso chamam ao óleo o ouro de Marrocos.
Os meus amigos estavam muito concentrados nas explicações e exemplificações do “farmacêutico” de serviço!
Mais à frente encontramos o “motor” da caldeira para os banhos de Hamman.
Hamman na realidade quer dizer mesmo “banho” e em Marrocos são banhos relaxantes e purificantes, da pele e dos músculos. Uma variedade do banho turco.
Ali no fundo ficava a caldeira de um desses banhos, (há muitos na Medina). O homem está ali, continuamente a acrescentar serrim de madeira de cedro, para avivar a chama e aquecer a àgua. De cima vai recebendo pancadas na parede ou no chão, em linguagem que lembra o código morse, e que lhe vai dizendo se é para aquecer mais ou deixar arrefecer um pouco.
O homem é substituído de 3 em 3 horas… antes que morra de calor e sufocado pelo pó do serrim, digo eu!
Os salões de cabeleireiro são inspiradores
E mais portas
E caminhos estreitinhos
Recantos e escadinhas
Para chegar ao fabrico das peças em estanho e cobre
Esta foi das poucas lojas que visitamos que não vendia coisas velhas, cheias de pó e com aspeto de terem sido achadas no lixo!
Bem, mas ali a gente pode ver que não se fabricavam coisas velhas, como em muitos recantos do país! Ali se podia ver como todas aquelas coisas são fabricadas, melhor, manufaturadas!
Aquilo é desenhado martelada a martelada sobre o metal, com goivas finas e delicadas!
Fascinei-me com o candeeiro no teto, eu e a Paula, ficamos encantadas por todos os candeeiros!
E voltamos à Medina pois então, onde os táxis são burros e cavalos.
Onde há lojas de grande e pequena tecnologia
E chegamos ao Mausolee Moulay Idriss, no centro da Medina de Fes não pode ser visitado por nós… uma pena não poder passar da porta! É o Túmulo de Moulay Idriss II que fundou a cidade de Fes no sec IX pela segunda vez! Quase cinco séculos depois da sua morte foi encontrado ali um corpo intacto que se julga ser dele! Ele é o santo padroeiro da cidade e acredita-se que dá sorte ir ao seu Mausoléu dá sorte aos estrageiros, por isso é normal encontra-los a por a mão em determinados pontos da cerca da construção que, por estes dias anda em restauro profundo! Eu queria era vê-lo por dentro…
(continua)
________________________
Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
https://passeandopelavida.com/
Re: Marrocos 2012 - O regresso!
Obrigada amigos!
Espero que continuem a gostar. Há fotos que ainda só estou a ver agora, que isto do trabalho não deixa muito tempo para fazer a crónica mais rapido!
Espero que continuem a gostar. Há fotos que ainda só estou a ver agora, que isto do trabalho não deixa muito tempo para fazer a crónica mais rapido!
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Re: Marrocos 2012 - O regresso!
Cucu!
Ando farta de curtir a história dos outros e não há maneira de acabar a minha! eheheheh
Mas é giro o encanto de ir descobrindo as minhas proprias fotos a cada dia, pois ainda nem tive tempo de as ver todas! É como se me fosse aproximando do fim da viagem, de novo, a cada dia!
Ando farta de curtir a história dos outros e não há maneira de acabar a minha! eheheheh
Mas é giro o encanto de ir descobrindo as minhas proprias fotos a cada dia, pois ainda nem tive tempo de as ver todas! É como se me fosse aproximando do fim da viagem, de novo, a cada dia!
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Re: Marrocos 2012 - O regresso!
A descrição da viagem vai desfilando como se da própria se tratasse, sempre com vontade de ver o que se segue e com isso aproximando-nos do seu inevitável fim.
Revisitar e partilhar a história é também uma forma de prolongar a própria viagem.
mais que merecido
Revisitar e partilhar a história é também uma forma de prolongar a própria viagem.
mais que merecido
Luís Azevedo- Ainda é motorato!
Re: Marrocos 2012 - O regresso!
Luís Azevedo escreveu:A descrição da viagem vai desfilando como se da própria se tratasse, sempre com vontade de ver o que se segue e com isso aproximando-nos do seu inevitável fim.
Revisitar e partilhar a história é também uma forma de prolongar a própria viagem.
mais que merecido
Obrigada!
Agora já te posso agradecer na tua propria crónica, que está o maximo!
Já que ficaste para o fim, vais completando o que falta com a tua visão pessoal, tudo o que ja foi dito! Parabens por isso!
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Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
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Re: Marrocos 2012 - O regresso!
Eu deixei de seguir a tua crónica nos ultimos dias, para depois ver tudo de seguida e ficar ainda mais deslumbrado...e posso dizer que...resultou!!!
Fiquei outra vez sem palavras....
Fiquei outra vez sem palavras....
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Já ronca!!!!
Trophyvitor- Já sai à rua a conduzir.
Re: Marrocos 2012 - O regresso!
Muitíssimo bom. Quero maiiiiissss!
E não é que o tal senhor também tinha jeito para a coisa, ahn?!
Rui
E não é que o tal senhor também tinha jeito para a coisa, ahn?!
Rui
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Atikman
atikman- Zero à direita
Re: Marrocos 2012 - O regresso!
atikman escreveu:Muitíssimo bom. Quero maiiiiissss!
E não é que o tal senhor também tinha jeito para a coisa, ahn?!
Rui
Por acaso!
Eu regulei a máquina para a luminosidade que estava e para o ambiente bastante branco, de forma que fosse só dar ao dedo, e vi o senhor de um lado para o outro todo contente a fotografar. No fim fiquei muito agradada com o resultado, estavam otimas as fotos todas que tirou!
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Re: Marrocos 2012 - O regresso!
Gracinda Ramos escreveu:(6 de Abril de 2012 – continuação)
Depois dos tapetes voltamos ao mundo real da Medina, para irmos ver (queria eu) a mesquita Kairaouine, porque apenas os muçulmanos lá podem entrar, e as mulheres por porta diferente da dos homens!
Aproveito as belas fotos da Mesquita, para acrescentar que esta cidade Tunisina, chamada Kairouan, é considerada umas das mais importantes para o islão, a mais importante do Magreb e onde estão os restos de Abu Djama el Balani (com a alcunha de barbeiro, por trazer consigo alguns cabelos da barba do profeta). No passado, considerava-se que sete peregrinações a esta cidade equivaliam a uma a Meca. Al Qayrawan é de facto algo importante!
Luís Azevedo- Ainda é motorato!
Re: Marrocos 2012 - O regresso!
Luís Azevedo escreveu:Gracinda Ramos escreveu:(6 de Abril de 2012 – continuação)
Depois dos tapetes voltamos ao mundo real da Medina, para irmos ver (queria eu) a mesquita Kairaouine, porque apenas os muçulmanos lá podem entrar, e as mulheres por porta diferente da dos homens!
Aproveito as belas fotos da Mesquita, para acrescentar que esta cidade Tunisina, chamada Kairouan, é considerada umas das mais importantes para o islão, a mais importante do Magreb e onde estão os restos de Abu Djama el Balani (com a alcunha de barbeiro, por trazer consigo alguns cabelos da barba do profeta). No passado, considerava-se que sete peregrinações a esta cidade equivaliam a uma a Meca. Al Qayrawan é de facto algo importante!
Obrigado Luis Azevedo!
Re: Marrocos 2012 - O regresso!
Obrigada Luis por complementares as minhas históris!
Pimba, levaste por isso!
(estou a cozinhar mais um pouco de história, sai já a seguir!
Pimba, levaste por isso!
(estou a cozinhar mais um pouco de história, sai já a seguir!
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fernandosilva- Zero à direita
Re: Marrocos 2012 - O regresso!
Gracinda Ramos escreveu:Obrigada Luis por complementares as minhas histórias!
Mas se estiver a interromper avisa! Tá?
Se fosses o Rui é que era a toda a hora...
Luís Azevedo- Ainda é motorato!
Re: Marrocos 2012 - O regresso!
(ainda o dia 6 de Abril de 2012 – continuação)
Estava na hora de sair da Medina e voltar para as motos para seguir viagem! Ainda fui pondo o olho aqui e ali, ao passar numa das portas da Mesquita. Era uma das portas das mulheres!
Mais à frente uma escolinha de uma sala apenas, com um grupo de miúdos, aparentemente minúsculos demais, cantarolava uma cantilena tipo tabuada de antigamente! Cantavam a lição!
As mesquitas e as suas torres, são tantas naquela Medina!
A Medina das 15 mil ruas, das 150 mesquitas, das 500 mil pessoas…
Voltamos a sair por uma porta invisível, havia gente “estacionada” por todo o lado.
Pregamos nas moto e seguimos para a tarde mais louca destaviagem!
A Medina está por todo o lado, demos-lhe a volta por fora, por boa parte dos seus muitos quilómetros.
Fes ficou para trás, lá em baixo, como uma manta sem fim!
Olhando atentamente podia-se ver a Mesquita e os milhares de telhados numa manta espetacular!
E saímos da cidade e partimos para a nossa aventura!
As paisagens são verdes por ali acima, com pormenores espantosos.
As estradas e as curvas eram extraordinárias!
As casinhas por aquelas paragens são lindas. As paredes são brancas e os telhados de colmo coberto com argila, provavelmente para os tornar mais resistentes aos ventos e intempéries!
A paisagem continuava a mudar e a apresentar-se cheia de beleza!
Estava finalmente sol, a paisagem era linda, que mais faltaria num dia perfeito para viajar?
Então encontramos a primeira ponte que vi na minha vida, de terra batida e com buracos e poças de água!!
Chegamos a Karia Ba Mohamed, uma terrinha simpática onde pararíamos para recuperar energias!
Ora lá estava a carninha ao penduro, mesmo à mão de escolhermos o que comer!
Este assador não é um assador qualquer, como parece à primeira vista! Há ali um interruptor que faz com que se ligue a ventilação! Primitivo, primitivo, mas não necessita de abanico!
Custou um bocado convencer o homem que a costela mindinha da vitela se pode comer assada na brasa! Ficou meio incrédulo e, meio contragosto, lá a cortou e assou e a gente comeu de boa vontade! Só é pena eles passarem tanto a carne, se bem que ali é aconselhável que o façam, por uma questão de desinfeção!
Pelas carinhas larocas dá para entender que estava tudo contente!
E lá pegamos de novo nas motitas para seguirmos para aquela que seria uma luta sensual na lama mais as nossas montadas! E digo sensual porque tudo foi feito com muito carinho e cuidado!
Tudo começou pelos preliminares, de paisagens lindas e suaves, inspiradoras!
Estradas lindas ladeadas pelas belas paisagens!
Recantos surpreendentes de paraíso!
E então começou o caminho das manobras carinhosas, cuidadosas e deslizantes!
Cada pedaço de alcatrão ou terra batida lisa, era uma pequena versão de autoestrada espetacular!
Junto dos percursos de condução delicada e criativa!
Ainda não sei como consegui tirar a mão do volante e fazer algumas fotos!
A paisagem era muito interessante e, a cada vez que a gente parava, valia a pena olhar em volta!
Nesta altura já batizara a minha motita como Pan-Marrokian ST-A (A de adventure!)
Aqui já quase toda a gente tinha experimentado o banho de lama, a minha Magnífica teve o cuidado de se reclinar ligeiramente sem deixar que eu me sujasse! Muito delicada nesta luta na lama, por isso uma luta sensual!
O Elísio conseguiu sair ileso! Dançou, estrebuchou, mas não caiu! Grande e fiel amigo da sua Nº 2, já batizada e FJR-A (A de adventure também!) pois era uma das que se estragaria tristemente se tivesse ido ao chão. Grande Elísio!
Vimos carros e furgões deslizarem de lado em toda aquela lama! porque não podíamos nós deslizar também?
Eu estava preocupada com o pneu da minha motita, mas a lama não parecia deixar que ele perdesse ar! E lá fomos seguindo!
O que vale é que eramos muitos e ajudávamo-nos uns aos outros… quanto mais não fosse com apoio moral!
E não conseguia evitar de pôr o olho à paisagem envolvente!
Enquanto a estrada melhorava consideravelmente até parecer uma estrada de luxo perto do que já se vira!
Oh pr’a eles a curtir a estrada todos contentes!
Então, quando a gente pensava que tinha chegado ao paraíso… a brincadeira recomeçou!
Aquela lama era tão fininha e escorregadia que as motos tendiam a andar de lado, mesmo quando a gente ficava parada! É no mínimo estranho sentir uma moto de 300 quilos deslizar de lado!
O João foi o herói da tarde! Aquele que apoiou cada luta de lama, cada par amoroso de moto/condutor! Grande João, se não fosses tu, acho que ainda andava por lá à espera que aquela lama secasse e se convertesse em terra!
Encontrei uma foto no meio das fotos do Elísio de um dos momentos em que o João me apoiava na travessia do lodo “Ai que eu não consigo” era a única coisa que eu conseguia dizer ao sentir a Magnífica a rabear e a querer estender-se na lama “Não me abandones!” dizia eu para o João, pois tinha a certeza que e ele me deixasse naquele momento eu não seguraria mais a moto! Eheheh
Que episódio!
Então o Correia, que se tinha revelado um grande acrobata de duas rodas, com uma condução irrepreensível, escolheu a melhor poça de lama e, por sinal a ultima, para se estender mais a sua querida Ângela!
Não havia condições, os pés escorregavam, as motos deslizavam, fazíamos todos SS artísticos por ali e lá vinha o João segurar cada moto, como quem segura a traseira da biciclieta para ensinar as crianças a andar de bicla!
Grande João! Quando voltar a entusiasmar-me com uma luta sensual na lama com a minha Magnífica não me posso esquecer de te convidar, por via das dúvidas!
Neste momento os nativos da localidade a que chegávamos vieram em nosso socorro e aconselharam-nos a seguir outro caminho… pois seguir em frente não era bom caminho!
Sábio conselho e vindo na hora certa! A partir dali o caminho era lindo e muito bom, em comparação!
Oh que paraíso! O cascão de lama nos meus pés até começou a secar e a querer caír!
Até já apetecia e dava para brincar!
Paramos finalmente para avaliar a situação e limpar as unhas!
Quem diz limpar as unhas diz lavar a moto do Tonica e o Tonica!
Um dos senhores da estação de serviço sacou da escova e do balde com detergente e toca a esfregar o lodo da metade mais criativa do Tonica, aquela que fizera o banho de beleza na argila!
Carros para lavar? Esperam na fila que isto agora está ocupado!
Eu acho que toda a gente tinha vontade de fazer companhia ao Correia, mas faltou a coragem de arriscar a testar fatos de chuva!
E chegamos ao nosso refúgio daquela noite, onde fomos recebidos com conforto e simpatia!
As minhas botas estavam lindas e eu não tinha outras para calçar!
Havia bolinhos e chá de menta para todos… menos para mim, que não gosto nem de uma coisa, nem de outra!
Foram-nos servidas tajines deliciosas e quentinhas, que isto de andar a rolar e a rebolar na lama faz uma fome danada!
O que eu gosto daquela comidinha! Acho que vou ter saudades!
E nem faltou o vinhinho de Portugal, que alguém deixará lá no restaurante e que o senhor muito gentilmente nos ofereceu!
Ui, e pude tirar a duvida e concluir que tajine acompanhada de um bom vinhinho é mesmo a delicia perfeita!
Depois foi o fim de mais um dia, com direito a lavagem de botas no lavatório e a uma noite muito bem dormida, depois de um longo dia!
E foi o fim do 8º dia de viagem
Estava na hora de sair da Medina e voltar para as motos para seguir viagem! Ainda fui pondo o olho aqui e ali, ao passar numa das portas da Mesquita. Era uma das portas das mulheres!
Mais à frente uma escolinha de uma sala apenas, com um grupo de miúdos, aparentemente minúsculos demais, cantarolava uma cantilena tipo tabuada de antigamente! Cantavam a lição!
As mesquitas e as suas torres, são tantas naquela Medina!
A Medina das 15 mil ruas, das 150 mesquitas, das 500 mil pessoas…
Voltamos a sair por uma porta invisível, havia gente “estacionada” por todo o lado.
Pregamos nas moto e seguimos para a tarde mais louca destaviagem!
A Medina está por todo o lado, demos-lhe a volta por fora, por boa parte dos seus muitos quilómetros.
Fes ficou para trás, lá em baixo, como uma manta sem fim!
Olhando atentamente podia-se ver a Mesquita e os milhares de telhados numa manta espetacular!
E saímos da cidade e partimos para a nossa aventura!
As paisagens são verdes por ali acima, com pormenores espantosos.
As estradas e as curvas eram extraordinárias!
As casinhas por aquelas paragens são lindas. As paredes são brancas e os telhados de colmo coberto com argila, provavelmente para os tornar mais resistentes aos ventos e intempéries!
A paisagem continuava a mudar e a apresentar-se cheia de beleza!
Estava finalmente sol, a paisagem era linda, que mais faltaria num dia perfeito para viajar?
Então encontramos a primeira ponte que vi na minha vida, de terra batida e com buracos e poças de água!!
Chegamos a Karia Ba Mohamed, uma terrinha simpática onde pararíamos para recuperar energias!
Ora lá estava a carninha ao penduro, mesmo à mão de escolhermos o que comer!
Este assador não é um assador qualquer, como parece à primeira vista! Há ali um interruptor que faz com que se ligue a ventilação! Primitivo, primitivo, mas não necessita de abanico!
Custou um bocado convencer o homem que a costela mindinha da vitela se pode comer assada na brasa! Ficou meio incrédulo e, meio contragosto, lá a cortou e assou e a gente comeu de boa vontade! Só é pena eles passarem tanto a carne, se bem que ali é aconselhável que o façam, por uma questão de desinfeção!
Pelas carinhas larocas dá para entender que estava tudo contente!
E lá pegamos de novo nas motitas para seguirmos para aquela que seria uma luta sensual na lama mais as nossas montadas! E digo sensual porque tudo foi feito com muito carinho e cuidado!
Tudo começou pelos preliminares, de paisagens lindas e suaves, inspiradoras!
Estradas lindas ladeadas pelas belas paisagens!
Recantos surpreendentes de paraíso!
E então começou o caminho das manobras carinhosas, cuidadosas e deslizantes!
Cada pedaço de alcatrão ou terra batida lisa, era uma pequena versão de autoestrada espetacular!
Junto dos percursos de condução delicada e criativa!
Ainda não sei como consegui tirar a mão do volante e fazer algumas fotos!
A paisagem era muito interessante e, a cada vez que a gente parava, valia a pena olhar em volta!
Nesta altura já batizara a minha motita como Pan-Marrokian ST-A (A de adventure!)
Aqui já quase toda a gente tinha experimentado o banho de lama, a minha Magnífica teve o cuidado de se reclinar ligeiramente sem deixar que eu me sujasse! Muito delicada nesta luta na lama, por isso uma luta sensual!
O Elísio conseguiu sair ileso! Dançou, estrebuchou, mas não caiu! Grande e fiel amigo da sua Nº 2, já batizada e FJR-A (A de adventure também!) pois era uma das que se estragaria tristemente se tivesse ido ao chão. Grande Elísio!
Vimos carros e furgões deslizarem de lado em toda aquela lama! porque não podíamos nós deslizar também?
Eu estava preocupada com o pneu da minha motita, mas a lama não parecia deixar que ele perdesse ar! E lá fomos seguindo!
O que vale é que eramos muitos e ajudávamo-nos uns aos outros… quanto mais não fosse com apoio moral!
E não conseguia evitar de pôr o olho à paisagem envolvente!
Enquanto a estrada melhorava consideravelmente até parecer uma estrada de luxo perto do que já se vira!
Oh pr’a eles a curtir a estrada todos contentes!
Então, quando a gente pensava que tinha chegado ao paraíso… a brincadeira recomeçou!
Aquela lama era tão fininha e escorregadia que as motos tendiam a andar de lado, mesmo quando a gente ficava parada! É no mínimo estranho sentir uma moto de 300 quilos deslizar de lado!
O João foi o herói da tarde! Aquele que apoiou cada luta de lama, cada par amoroso de moto/condutor! Grande João, se não fosses tu, acho que ainda andava por lá à espera que aquela lama secasse e se convertesse em terra!
Encontrei uma foto no meio das fotos do Elísio de um dos momentos em que o João me apoiava na travessia do lodo “Ai que eu não consigo” era a única coisa que eu conseguia dizer ao sentir a Magnífica a rabear e a querer estender-se na lama “Não me abandones!” dizia eu para o João, pois tinha a certeza que e ele me deixasse naquele momento eu não seguraria mais a moto! Eheheh
Que episódio!
Então o Correia, que se tinha revelado um grande acrobata de duas rodas, com uma condução irrepreensível, escolheu a melhor poça de lama e, por sinal a ultima, para se estender mais a sua querida Ângela!
Não havia condições, os pés escorregavam, as motos deslizavam, fazíamos todos SS artísticos por ali e lá vinha o João segurar cada moto, como quem segura a traseira da biciclieta para ensinar as crianças a andar de bicla!
Grande João! Quando voltar a entusiasmar-me com uma luta sensual na lama com a minha Magnífica não me posso esquecer de te convidar, por via das dúvidas!
Neste momento os nativos da localidade a que chegávamos vieram em nosso socorro e aconselharam-nos a seguir outro caminho… pois seguir em frente não era bom caminho!
Sábio conselho e vindo na hora certa! A partir dali o caminho era lindo e muito bom, em comparação!
Oh que paraíso! O cascão de lama nos meus pés até começou a secar e a querer caír!
Até já apetecia e dava para brincar!
Paramos finalmente para avaliar a situação e limpar as unhas!
Quem diz limpar as unhas diz lavar a moto do Tonica e o Tonica!
Um dos senhores da estação de serviço sacou da escova e do balde com detergente e toca a esfregar o lodo da metade mais criativa do Tonica, aquela que fizera o banho de beleza na argila!
Carros para lavar? Esperam na fila que isto agora está ocupado!
Eu acho que toda a gente tinha vontade de fazer companhia ao Correia, mas faltou a coragem de arriscar a testar fatos de chuva!
E chegamos ao nosso refúgio daquela noite, onde fomos recebidos com conforto e simpatia!
As minhas botas estavam lindas e eu não tinha outras para calçar!
Havia bolinhos e chá de menta para todos… menos para mim, que não gosto nem de uma coisa, nem de outra!
Foram-nos servidas tajines deliciosas e quentinhas, que isto de andar a rolar e a rebolar na lama faz uma fome danada!
O que eu gosto daquela comidinha! Acho que vou ter saudades!
E nem faltou o vinhinho de Portugal, que alguém deixará lá no restaurante e que o senhor muito gentilmente nos ofereceu!
Ui, e pude tirar a duvida e concluir que tajine acompanhada de um bom vinhinho é mesmo a delicia perfeita!
Depois foi o fim de mais um dia, com direito a lavagem de botas no lavatório e a uma noite muito bem dormida, depois de um longo dia!
E foi o fim do 8º dia de viagem
Última edição por Gracinda Ramos em Qui Abr 26 2012, 20:30, editado 3 vez(es)
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Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
https://passeandopelavida.com/
Re: Marrocos 2012 - O regresso!
Mais umas quantas fotografias espectaculares.
Essa da "luta sensual na lama" está altamente!
Obrigada!
Essa da "luta sensual na lama" está altamente!
Obrigada!
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