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Passeando pela Suíça - 2012
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Ok, a seguir vou para outra rota de vinhos e visitar uma outra grande catedral, a que destronou a de Estrasburgo em dimensão: a catedral de Colónia!
Lá estou eu com as igrejas velhas como diz o João Luis!
Lá estou eu com as igrejas velhas como diz o João Luis!
________________________
Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
https://passeandopelavida.com/
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Mais um fabuloso capítulo...
Essa forma de nos mostrares um pouco de Estraburgo e descrita à tua maneira, que mais podemos pedir??? Mais.... e mais.
Obrigada
Abraço
Essa forma de nos mostrares um pouco de Estraburgo e descrita à tua maneira, que mais podemos pedir??? Mais.... e mais.
Obrigada
Abraço
Carlos Balio- Já sai à rua a conduzir.
Re: Passeando pela Suíça - 2012
24 de Agosto de 2012 – continuação
Tudo é interessante de ver numa viagem, sobretudo o que desconhecemos, por isso deixar Estrasburgo teve tanto de “triste” como de regresso à aventura!
Dali seguiria para o rio Mosel!
Desde a viagem do ano passado, quando passei em Trier vinda da Escócia, que tinha este rio em mente! Como eu dizia na crónica “ninguém se espante se um dia surgir um «Passeando pelo Mosel» na minha vida!” e pronto, era o que eu ía a caminho de fazer!
Isso faria um longo caminho até ao início da rota dos vinhos do Rio Mosel e depois, uma filinha de pequenas terras vinhateiras!
Logo a seguir não pude deixar de registar uma terra com o nome do meu moçoilo! Não é toda a gente que tem uma terra com o seu nome: Filipesburgo (em português)!
Logo à frente um grande trambolho era transportado, escoltado por um segurança em moto amarela que me fez uma festa!
Ficou ali à conversa comigo e eu a ver o mostrengo a aproximar-se!
Queria saber de onde eu vinha, que potencia tinha a minha moto, onde estavam os meus amigos e até fez pose para a foto! Muito simpático e deslumbrado por eu andar ali sozinha (mal ele sabia ao tempo que eu andava por ali e por acolá!)
E lá vinha a coisa gigante que fazia lembrar uma lata de cerveja monstruosa!
Quilómetros acima no mapa, lá cheguei ao belo rio! O Mosel é um dos maiores afluentes do Rio Reno, com 545km de extensão.
O rio é espantoso pelas curvas que desenha em todo o seu percurso, pelas suas encostas forradas de vinha e pelas aldeias e castelos edificados ao longo de todo o seu caminho e em ambas as margens!
Na realidade ele passa por 3 países: França, Luxemburgo e Alemanha. Mas eu seguiria apenas o seu percurso por terras alemãs.
Ao chegar a Bernkastel-Kues somos recebidos pelo castelo em ruinas no topo de uma colina forrada de vinha.
Mas fôra a cidadezinha medieval que me chamara ali!
Bernkastel-Kues é uma cidade com mais de 700 anos, famosa pelos seus vinhos.
As casinhas de travejamento exterior lembram o quanto a arquitetura da Alsácia é influenciada pela arquitetura alemã!
A Praça do Mercado Medieval é linda, cercada por casas bem conservadas, com os seus travejamentos exteriores que as tornam encantadoras! A Rathaus renascentista construída em 1608, à direita na foto é linda e diferente!
A "Spitzhäuschen", ou “Casa Pontiaguda”, do séc. XV, é muito conhecida e visitada
É fácil de imaginar como me deliciei a passear-me por ali!
Depois o Mosel continuava na berma do meu caminho, com as vinhas que parecem forrar todas as encostas que o ladeiam!
Em Traven-Trarbach a porta que dá acesso à ponte é do séc. XIX, em arquitetura “romântica” com elementos de Arte Nova, aliás, as construções “Art Nouveau” são comuns ao longo do rio, testemunhas da riqueza que o comércio de vinho deu à região durante o séc. XIX.
Claro que andei para lá e para cá a ver a “coisa” de todos os ângulos!
Depois veio Enkirch…
e Zell, sempre terras que vivem do vinho e da vinha, desde o tempo dos romanos!
Passeei-me por ali, num ambiente em que toda a gente parecia ter saído à rua para beber um copito de vinho!
Mesmo antes de lá chegar eu já sabia da existência desta “casinha de bonecas” que é uma casa particular bem original! Uma casa do Arquiteto Walter Andre que é conhecido pelos seus edifícios orgânicos de poupança e recuperação de energia.
Não me surpreenderia se o proprietário fosse um criador de histórias infantis!
Bullay, logo a seguir
Onde encontrei vários motociclistas acampados num terreno junto ao rio! Curioso como era tão cedo e já estavam abancados junto às tendas, com motos e bagagem como quem já está pronto para pernoitar!
Os enquadramentos que o rio proporciona são lindos, apenas faltou um pouco de sol e céu azul!
Em Bremm fica uma das curvas fantásticas do rio, um “U” bem apertado, que faz qualquer barco “retorcer-se” para dar a volta!
E a seguir Cochem, uma cidade linda e cheia de festa por aqueles dias!
Depois de subir o rio Mosel chega-se a Cochem e lá em cima da colina, bem na berma do rio e da cidade, o Castelo Imperial, impressionante, assim declarado pelo rei Konrad III em 1151. Um castelo que andou um pouco de mão em mão, entre alemães e franceses, acabou destruído e abandonado até ao séc. XIX, quando foi restaurado por um industrial berlinense. Hoje é um imponente marco histórico sobranceiro à cidade, o seu orgulho e o prazer dos visitantes! Por momentos fica-se ali a olhar para ele, como se de um cenário se tratasse. Deslumbrante!
Mas eu estava cheia de fome e tinha de tratar de comer! Cheirava a salsichas assadas e o meu estomago roncou! Puxa, ao tempo que eu não comia! Comprei um cachorro com uma salsicha quatro vezes maior que o pão!
Foi uma luta, tive de puxar do canivete suíço e corta-la aos pedaços para tentar que ela coubesse mais ou menos no pão! Era divinal! Afinal estava na terra das salsichas e não muito longe da cidade onde dizem que nasceram: Frankfurt!
Fui caminhando enquanto lutava com a salsicha e o pão, por ruelas que levavam a um ambiente que se pressentia no ar.
Pois é, eu nem sei alemão, mas pelas imagens de cartazes e pelo ambiente não era difícil entender que havia ali uma festa do vinho!
E na Praça do Mercado lá estava toda a gente e aqueles alemães sabem fazer a festa! O que eu me diverti naquela tarde no meio daquela gente animada!
Havia uns balcões todos enfeitados onde as pessoas estavam a pedir vinho! Ora era mesmo o que me estava a faltar para acompanhar o cachorrão!
A gente comprava o copinho de 2dl por 1.20€ e depois cada vez que o enchia pagava 1€. Tinham 5 vinhos à escolha, desde o mais doce até ao mais seco. Escolhi o do meio, nem muito doce nem muito seco, para nem enjoar nem me agredir o estomago! E era divinal!
Então a musica subiu de tom, havia 2 grupos que se tocavam à vez, um mais maltrapilho, outro mais compostinho em uniformes iguais, mas os dois de partir o côco a rir!
Apesar dos seus trajes coloridos e apalhaçados, tocavam bem e cantavam também!
Então entrava o segundo grupo, todo em uniformes iguais e tocando igualmente bem e animadamente!
Por esta altura eu já ía no 2º cachorro e no 2º copito de vinhinho (também era tão pequenino o copito!)
Começaram a meter-se comigo, não os entendia, mas acho que foi porque eu andava de um lado para o outro a rir-me, a fotografar e a comer, pelo menos o homem parecia que queria comer o meu delicioso cachorro! eheheheh
Fui buscar o meu último copito de vinho
As pessoas eram tão simpáticas que não me apetecia sair dali!
Ainda dei uma voltita pela cidade, mas nem pensar em ir visitar o castelo! Ele estará lá quando eu voltar um dia certamente!
E fui-me sentar numa outra praça, junto ao rio, a curtir a festa e a boa disposição, que era minha também!
Lá estava a minha Magnífica na berma da estrada, com o castelo que não visitaria lá em cima! Que se lixe, já bastam as obrigações do tempo de trabalho! Em férias a única obrigação que levo comigo é a de me divertir e fazer o que me apetecer!
Só muito tempo depois é que me decidi continuar o caminho, calmamente e sem preocupações!
Em Treis-Karden voltei a parar, apetecia-me passear um pouco a pé e encontrei uma igreja linda, onde estavam a preparar uma outra festa do vinho! Aquela gente não perde tempo!
A igreja era diferente de tudo o que vira e as senhoras, muito simpáticas, foram acender as luzes para eu a ver melhor!
Continuo a achar os alemães muito simpáticos, contra tudo o que ouço muita gente dizer!
Depois veio Schleuse-Müden, onde toda a gente parecia ter ido para a festa de Cochem, pelo menos não havia vivalma em lado nenhum!
E fui passear para o meio da vinha, encosta acima! Achei tão giro o caxo de uvas desenhado no chão, indicando o caminho do vinho e da vinha!
O que eu gosto destes caminhos! Fiz uma pequena coleção de percursos vinícolas só nesta viagem: França, vários na Suíça e agora Alemanha!
Alken lá ao fundo, uma das cidades mais antigas do vale do Mosel, habitada desde 450 aC pelos Celtas! Lá em cima da encosta o castelo de Thurant, do séc. XII que tenho de visitar um dia, que vá para aqueles lados!
Na cidadezinha de Gondorf, passa-se por baixo do Castelo do príncipe Von der Leyen, do séc. XII. É, na verdade a estrada nacional passa-lhe por baixo, fazendo ele de túnel!
Claro que andei ali para tras e para a frente! É que ele tem uma primeira “porta”, por onde entramos no seu espaço interior e depois tem uma segunda por onde saímos! Curioso!
E o sol abriu finalmente, dando às vinhas uma cor deslumbrante! Tal como os suíços e os portugueses do Douro, os alemães trabalham a vinha até ao topo das encostas mais íngremes! Parece que até as paredes dão vinho para quem sabe “da poda”!
E segui para Koblenz, onde ficava a minha casa naquele dia!
Fim do vigésimo sexto dia de viagem!
Tudo é interessante de ver numa viagem, sobretudo o que desconhecemos, por isso deixar Estrasburgo teve tanto de “triste” como de regresso à aventura!
Dali seguiria para o rio Mosel!
Desde a viagem do ano passado, quando passei em Trier vinda da Escócia, que tinha este rio em mente! Como eu dizia na crónica “ninguém se espante se um dia surgir um «Passeando pelo Mosel» na minha vida!” e pronto, era o que eu ía a caminho de fazer!
Isso faria um longo caminho até ao início da rota dos vinhos do Rio Mosel e depois, uma filinha de pequenas terras vinhateiras!
Logo a seguir não pude deixar de registar uma terra com o nome do meu moçoilo! Não é toda a gente que tem uma terra com o seu nome: Filipesburgo (em português)!
Logo à frente um grande trambolho era transportado, escoltado por um segurança em moto amarela que me fez uma festa!
Ficou ali à conversa comigo e eu a ver o mostrengo a aproximar-se!
Queria saber de onde eu vinha, que potencia tinha a minha moto, onde estavam os meus amigos e até fez pose para a foto! Muito simpático e deslumbrado por eu andar ali sozinha (mal ele sabia ao tempo que eu andava por ali e por acolá!)
E lá vinha a coisa gigante que fazia lembrar uma lata de cerveja monstruosa!
Quilómetros acima no mapa, lá cheguei ao belo rio! O Mosel é um dos maiores afluentes do Rio Reno, com 545km de extensão.
O rio é espantoso pelas curvas que desenha em todo o seu percurso, pelas suas encostas forradas de vinha e pelas aldeias e castelos edificados ao longo de todo o seu caminho e em ambas as margens!
Na realidade ele passa por 3 países: França, Luxemburgo e Alemanha. Mas eu seguiria apenas o seu percurso por terras alemãs.
Ao chegar a Bernkastel-Kues somos recebidos pelo castelo em ruinas no topo de uma colina forrada de vinha.
Mas fôra a cidadezinha medieval que me chamara ali!
Bernkastel-Kues é uma cidade com mais de 700 anos, famosa pelos seus vinhos.
As casinhas de travejamento exterior lembram o quanto a arquitetura da Alsácia é influenciada pela arquitetura alemã!
A Praça do Mercado Medieval é linda, cercada por casas bem conservadas, com os seus travejamentos exteriores que as tornam encantadoras! A Rathaus renascentista construída em 1608, à direita na foto é linda e diferente!
A "Spitzhäuschen", ou “Casa Pontiaguda”, do séc. XV, é muito conhecida e visitada
É fácil de imaginar como me deliciei a passear-me por ali!
Depois o Mosel continuava na berma do meu caminho, com as vinhas que parecem forrar todas as encostas que o ladeiam!
Em Traven-Trarbach a porta que dá acesso à ponte é do séc. XIX, em arquitetura “romântica” com elementos de Arte Nova, aliás, as construções “Art Nouveau” são comuns ao longo do rio, testemunhas da riqueza que o comércio de vinho deu à região durante o séc. XIX.
Claro que andei para lá e para cá a ver a “coisa” de todos os ângulos!
Depois veio Enkirch…
e Zell, sempre terras que vivem do vinho e da vinha, desde o tempo dos romanos!
Passeei-me por ali, num ambiente em que toda a gente parecia ter saído à rua para beber um copito de vinho!
Mesmo antes de lá chegar eu já sabia da existência desta “casinha de bonecas” que é uma casa particular bem original! Uma casa do Arquiteto Walter Andre que é conhecido pelos seus edifícios orgânicos de poupança e recuperação de energia.
Não me surpreenderia se o proprietário fosse um criador de histórias infantis!
Bullay, logo a seguir
Onde encontrei vários motociclistas acampados num terreno junto ao rio! Curioso como era tão cedo e já estavam abancados junto às tendas, com motos e bagagem como quem já está pronto para pernoitar!
Os enquadramentos que o rio proporciona são lindos, apenas faltou um pouco de sol e céu azul!
Em Bremm fica uma das curvas fantásticas do rio, um “U” bem apertado, que faz qualquer barco “retorcer-se” para dar a volta!
E a seguir Cochem, uma cidade linda e cheia de festa por aqueles dias!
Depois de subir o rio Mosel chega-se a Cochem e lá em cima da colina, bem na berma do rio e da cidade, o Castelo Imperial, impressionante, assim declarado pelo rei Konrad III em 1151. Um castelo que andou um pouco de mão em mão, entre alemães e franceses, acabou destruído e abandonado até ao séc. XIX, quando foi restaurado por um industrial berlinense. Hoje é um imponente marco histórico sobranceiro à cidade, o seu orgulho e o prazer dos visitantes! Por momentos fica-se ali a olhar para ele, como se de um cenário se tratasse. Deslumbrante!
Mas eu estava cheia de fome e tinha de tratar de comer! Cheirava a salsichas assadas e o meu estomago roncou! Puxa, ao tempo que eu não comia! Comprei um cachorro com uma salsicha quatro vezes maior que o pão!
Foi uma luta, tive de puxar do canivete suíço e corta-la aos pedaços para tentar que ela coubesse mais ou menos no pão! Era divinal! Afinal estava na terra das salsichas e não muito longe da cidade onde dizem que nasceram: Frankfurt!
Fui caminhando enquanto lutava com a salsicha e o pão, por ruelas que levavam a um ambiente que se pressentia no ar.
Pois é, eu nem sei alemão, mas pelas imagens de cartazes e pelo ambiente não era difícil entender que havia ali uma festa do vinho!
E na Praça do Mercado lá estava toda a gente e aqueles alemães sabem fazer a festa! O que eu me diverti naquela tarde no meio daquela gente animada!
Havia uns balcões todos enfeitados onde as pessoas estavam a pedir vinho! Ora era mesmo o que me estava a faltar para acompanhar o cachorrão!
A gente comprava o copinho de 2dl por 1.20€ e depois cada vez que o enchia pagava 1€. Tinham 5 vinhos à escolha, desde o mais doce até ao mais seco. Escolhi o do meio, nem muito doce nem muito seco, para nem enjoar nem me agredir o estomago! E era divinal!
Então a musica subiu de tom, havia 2 grupos que se tocavam à vez, um mais maltrapilho, outro mais compostinho em uniformes iguais, mas os dois de partir o côco a rir!
Apesar dos seus trajes coloridos e apalhaçados, tocavam bem e cantavam também!
Então entrava o segundo grupo, todo em uniformes iguais e tocando igualmente bem e animadamente!
Por esta altura eu já ía no 2º cachorro e no 2º copito de vinhinho (também era tão pequenino o copito!)
Começaram a meter-se comigo, não os entendia, mas acho que foi porque eu andava de um lado para o outro a rir-me, a fotografar e a comer, pelo menos o homem parecia que queria comer o meu delicioso cachorro! eheheheh
Fui buscar o meu último copito de vinho
As pessoas eram tão simpáticas que não me apetecia sair dali!
Ainda dei uma voltita pela cidade, mas nem pensar em ir visitar o castelo! Ele estará lá quando eu voltar um dia certamente!
E fui-me sentar numa outra praça, junto ao rio, a curtir a festa e a boa disposição, que era minha também!
Lá estava a minha Magnífica na berma da estrada, com o castelo que não visitaria lá em cima! Que se lixe, já bastam as obrigações do tempo de trabalho! Em férias a única obrigação que levo comigo é a de me divertir e fazer o que me apetecer!
Só muito tempo depois é que me decidi continuar o caminho, calmamente e sem preocupações!
Em Treis-Karden voltei a parar, apetecia-me passear um pouco a pé e encontrei uma igreja linda, onde estavam a preparar uma outra festa do vinho! Aquela gente não perde tempo!
A igreja era diferente de tudo o que vira e as senhoras, muito simpáticas, foram acender as luzes para eu a ver melhor!
Continuo a achar os alemães muito simpáticos, contra tudo o que ouço muita gente dizer!
Depois veio Schleuse-Müden, onde toda a gente parecia ter ido para a festa de Cochem, pelo menos não havia vivalma em lado nenhum!
E fui passear para o meio da vinha, encosta acima! Achei tão giro o caxo de uvas desenhado no chão, indicando o caminho do vinho e da vinha!
O que eu gosto destes caminhos! Fiz uma pequena coleção de percursos vinícolas só nesta viagem: França, vários na Suíça e agora Alemanha!
Alken lá ao fundo, uma das cidades mais antigas do vale do Mosel, habitada desde 450 aC pelos Celtas! Lá em cima da encosta o castelo de Thurant, do séc. XII que tenho de visitar um dia, que vá para aqueles lados!
Na cidadezinha de Gondorf, passa-se por baixo do Castelo do príncipe Von der Leyen, do séc. XII. É, na verdade a estrada nacional passa-lhe por baixo, fazendo ele de túnel!
Claro que andei ali para tras e para a frente! É que ele tem uma primeira “porta”, por onde entramos no seu espaço interior e depois tem uma segunda por onde saímos! Curioso!
E o sol abriu finalmente, dando às vinhas uma cor deslumbrante! Tal como os suíços e os portugueses do Douro, os alemães trabalham a vinha até ao topo das encostas mais íngremes! Parece que até as paredes dão vinho para quem sabe “da poda”!
E segui para Koblenz, onde ficava a minha casa naquele dia!
Fim do vigésimo sexto dia de viagem!
Última edição por Gracinda Ramos em Sáb Nov 24 2012, 22:35, editado 2 vez(es)
________________________
Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
https://passeandopelavida.com/
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Magnificas paisagens naturais e artificiais!
________________________
"A sorte protege os audazes"
jacare- Zero à direita
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Que belas fotos Gracinda, acompanhada de uma narrativa que fazem desta crónica... absolutamente deliciosa, já para não falar no cachorrão e nos copos de vinho
Obrigada
Abraço
Obrigada
Abraço
Carlos Balio- Já sai à rua a conduzir.
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Não sei porquê mas gostei muito deste percurso...
Imagino o teu estado de curiosidade constante na procura de motivos interessantes e depois o deslumbramento porque encontras tantos.
Gracinda maravilhada nos países das coisas bonitas.
Folgo muito.
Imagino o teu estado de curiosidade constante na procura de motivos interessantes e depois o deslumbramento porque encontras tantos.
Gracinda maravilhada nos países das coisas bonitas.
Folgo muito.
________________________
prós acamados nas cabanas do tédio......não há remédio.......é deixá-las arder.....
"lacraus"
ADVirtam-SE
legasea- Zero à direita
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Gracinda Ramos escreveu:
Lá estou eu com as igrejas velhas como diz o João Luis!
Esta viagem agora exageras-te nas capelas cum raio, andas a converter-te ou quê?!
Ou então estas como quando eu disse ao gajos no Sudão que eles deviam ser grandes pecadores, andavam sempre a rezar (não acharam muita piada )
Joao Luis- Já dorme com a moto!
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Carlos Balio escreveu:Que belas fotos Gracinda, acompanhada de uma narrativa que fazem desta crónica... absolutamente deliciosa, já para não falar no cachorrão e nos copos de vinho
Obrigada
Abraço
Eu adoro os alemães e as suas cervejas e cachorrões e agora o vinhinho! Não fazia ideia que os seus vinhos fossem tão bons!
As paisagens alemãs então, tem de tudo, como se fossem varios paises dentro do mesmo país! Um dia vou ter de fazer um "Passeando pela Alemanha" como ando a combinar com o Edwin, o meu amigo gigante da Babiera! Provavelmente será em 2014!
Re: Passeando pela Suíça - 2012
legasea escreveu:Não sei porquê mas gostei muito deste percurso...
Imagino o teu estado de curiosidade constante na procura de motivos interessantes e depois o deslumbramento porque encontras tantos.
Gracinda maravilhada nos países das coisas bonitas.
Folgo muito.
Quando estive em Trier, no ano passado, recolhi informação sobre o famoso (para mim) Rio Mosel e não descansei enquanto não fui lá ver, com os meus próprios olhos, como aquilo é na realidade!
Eu sabia que a rota dos vinhos da Alsácia era mais pitoresca e que a rota do vinho do Mosel era mais agreste! Adorei o contraste e as semelhanças e diferenças entre as duas, lembrando-me por vezes também das rotas dos vinhos do Rhone e finalmente comparando tudo com o nosso Douro!
Resumindo, provei de todos os vinhos e petiscos, tirei um milhão de fotos e fiquei fan e cliente: vou voltar, mais dia menos dia!
________________________
Beijucas!
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Joao Luis escreveu:Gracinda Ramos escreveu:
Lá estou eu com as igrejas velhas como diz o João Luis!
Esta viagem agora exageras-te nas capelas cum raio, andas a converter-te ou quê?!
Ou então estas como quando eu disse ao gajos no Sudão que eles deviam ser grandes pecadores, andavam sempre a rezar (não acharam muita piada )
Sabes que adoro a arquitetura religiosa, sobretudo a medieval e o curioso é que, o que mais me custa é entrar numa igreja e ter de fazer o ritual da genuflexão e inclinação para não chocar quem está porque, independentemente das minhas crenças religiosas, visito estes edifícios com puro respeito e interesse histórico e isso não carece de vénias a estátuas de madeira ou gesso!
Dou comigo a resmungar em silêncio, cada vez que uma igreja está engalanada por meses com cartazes aberrantes de lamechas, que impedem a perfeita contemplação do edifício! Já para não falar das reformas benevolentemente feitas pelos fiéis, em igrejas extraordinárias e que ficam no fim parecidas com casas de banho publicas viradas do avesso, com azulejos monstruosos a forra-las!
________________________
Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Dass ... um gajo está uma semana fora e quando chega aqui .............
Tu és uma bisbilhoteira em larga escala - é isso o que um historiador é!!!!!!!!!!!
Eu um ano destes vou ter mesmo que ir contigo, o mês de Agosto todo mas claro, só nos vamos ver 2 ou 3 vezes!!!!!!!!!! Tu andas de dia e eu faço a reportagem nocturna : bares, bebedeiras, casas de meninas, luxúria, moças do Ceilão etc ... vamos ganhar dinheiro para andar a pessear 10 anos seguidos!!!!!!!!
Mais 1 M
Tu és uma bisbilhoteira em larga escala - é isso o que um historiador é!!!!!!!!!!!
Eu um ano destes vou ter mesmo que ir contigo, o mês de Agosto todo mas claro, só nos vamos ver 2 ou 3 vezes!!!!!!!!!! Tu andas de dia e eu faço a reportagem nocturna : bares, bebedeiras, casas de meninas, luxúria, moças do Ceilão etc ... vamos ganhar dinheiro para andar a pessear 10 anos seguidos!!!!!!!!
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MY LIFE IS A HELL!!!
Elisio FJR- Já sai à rua a conduzir.
Re: Passeando pela Suíça - 2012
25 de Agosto de 2012
Não tinha nada para fazer naquele dia, apenas deambular por onde me desse na telha! E isso é que é fixe!
Tinha uma cidade completamente desconhecida para explorar, o dia estava uma bosta meio cinzenta, mas não seria impedimento para eu catar umas coisitas por ali!
Na realidade um dia dá para fazer muito mais do que deambular por uma cidade e pelo dia fora fui desenhando de improviso o destino das minhas explorações, com calma e sem grandes ambições!
E fiz uma linha quase reta no mapa!
Eu dormira na margem do rio Reno, do outro lado é que se passava o que eu queria ver!
Descobri que o vocalista do grupo Modern Talking nasceu em Koblenz! Eheheh
Lá fui dar a volta para passar para o outro lado do rio, caminhando depois até ao jardim que queria ver!
Encontrei no jardim3 blocos do muro de Berlim! Acho que há “muro de Berlim” por toda a Alemanha!
Estas três partes do Muro estão agora dedicadas às "vítimas da separação".
E lá estava o que eu queria ver! O Deutsche Eck!
É em Koblenz que os rios Mosel e Reno se encontram, na realidade o nome da própria cidade deriva do termo latino “Confluentia” que se refere a esse encontro entre rios!
A sensação de estar no vértice da união dos rios é inversa à de estar na proa de um navio, pois as águas ganham velocidade afastando-se de nós!
O ponto onde os rios se juntam chama-se Deutsche Eck, que quer dizer “Esquina Alemã” e nesse ponto ergue-se um monumento colossal ao Kaiser Wilhelm I.
Uma inscrição cheia de significado foi gravada na base da escultura:
"Nimmer wird das Reich zerstöret, wenn ihr Einig seid und treu"
(o Império nunca será destruído, se você for unido e leal).
O monumento original foi destruído pelos bombardeamentos da 2ª Guerra Mundial e no seu lugar hasteou-se uma bandeira alemã por muito tempo até que um casal, cidadão de Koblenz, doou o monumento atual, cópia do que foi destruído na guerra, apenas há cerca de 20 anos…
Aquela águia de asas abertas impressionou-me! Como pode uma pedra ter tanta vida!
Ali ao lado fica a St Kastor Basilika, um exemplo lindíssimo da arquitetura românica da zona!
Foi construída no séc. XII contendo elementos de construções anteriores e alberga os restos mortais do santo que é padroeiro da cidade, o São Castor.
Os tetos parecem bordados!
E os jardins envolventes lindos! Os monges e padres sempre souberam cuidar da beleza dos seus recantos!
Passeando pelo centro histórico da cidade fiz amizade com um motard muito simpático, mais o seu sidecar!
Logo ali fica o Mittelrhein Museum, mas o que me impressionou foi o edifício medieval, gótico tardio do séc. XV, mas totalmente diferente do que estamos habituados a ver! Foi mais tarde renovado já em estilo barroco, mas continuou adorável! Aliás na praça Florinsmarkt os edifícios são todos bonitos e diferentes!
Como a Florinskirche, ou igreja Florim, protestante construída em estilo românico, com alterações posteriores, mas sempre espantosa!
Curioso o pormenor de se pintarem as paredes e as colunas imitando pedra! Não deveriam ser mesmo de pedra?
A mesma imitação de pedra continua no exterior do edifício a toda a volta!
As traseiras dos edifícios criam ruelas encantadoras, ainda bem! Eu nunca entendi como alguém pode projetar uma casa linda pela frente e monstruosa pela traseira, mas é o que não falta no nosso país, como se a ruas de trás não tivessem o direito de serem bonitas!
Depois a zona antiga continua pitoresca e simpática por uma rede de ruelas giras!
Até encontrar mais uma enorme igreja, a Liebfrauenkirche, que é o mesmo que dizer Igreja de Nossa Senhora, fácil de ver!
Uma igreja católica do séc. XIII, que já foi a igreja paroquial da cidade é considerada uma obra-prima da arquitetura medieval do Médio Reno!
Impressionante por dentro, quando estava à espera que ela fosse toda em pedra, como o seu exterior e como grande parte das construções românicas... ela é pintada!
E os seus tetos também parecem bordados! A cada país seus hábitos!
Depois passeei-me por ali, há pela zona estátuas castiças, caricaturando personagens típicas da cidade, como o polícia, a vendedora, ou o rapaz do tambor, muito giros e bonacheirões!
Os edifícios são bonitos e decorados com relevos pintados e balcões trabalhados!
Entrei na zona comercial e fui comprar umas botas. Estava tudo em saldos e as minhas já me saiam dos pés, para além das solas gastas! Tantos dias a caminhar gastaram muito, mas o montar e desmontar da moto, rodando sobre o pé esquerdo, rapou-me quase totalmente a meia-sola da bota esquerda! :-o
A Igreja Católica do Sagrado Coração, está situado no cruzamento das estradas principais e na azáfama do centro de compras.
Surgiu com a expansão da cidade para fora do núcleo medieval, no séc. XIX, quando se tornou necessária a criação de novas paróquias. Foi construída nos primeiros anos do séc. XX em estilo neo-românico. Queria tê-la visto por dentro, mas estava fechada! :-(
Depois peguei na motita e fui procurar o caminho para o topo da encosta. Há ali um teleférico e eu podia tê-lo apanhado e subido direta, mas tem muito mais piada andar a catar o caminho e ver tudo o que houver para ver! Lá em cima há um grande espaço aberto, que demora imenso a percorrer caminhando, pela sua dimensão! O que vale é que já estava de botas novas e até apetecia caminhar! :-)
E lá estava o miradouro todo moderno! É que do chão nada se vê lá para baixo, já que há árvores que impedem a visão!
E lá estava a confluência!
Foi uma sensação curiosa aquela visão...
O Deutsches Eck teve um impacto forte para mim! Simbologias e histórias que me chamam a atenção e quando chego aos locais, fico hipnotizada por eles!
Pus o zoom da minha máquina à prova e apanhei o Guilherme, o Grande
Lá em cima, no enorme jardim onde eu estava, coisas giras se encontram!
A caminho da minha motita que estava toda entretida no paleio com as outras!
E parti para outras explorações fora de Koblenz...
(continua)
Não tinha nada para fazer naquele dia, apenas deambular por onde me desse na telha! E isso é que é fixe!
Tinha uma cidade completamente desconhecida para explorar, o dia estava uma bosta meio cinzenta, mas não seria impedimento para eu catar umas coisitas por ali!
Na realidade um dia dá para fazer muito mais do que deambular por uma cidade e pelo dia fora fui desenhando de improviso o destino das minhas explorações, com calma e sem grandes ambições!
E fiz uma linha quase reta no mapa!
Eu dormira na margem do rio Reno, do outro lado é que se passava o que eu queria ver!
Descobri que o vocalista do grupo Modern Talking nasceu em Koblenz! Eheheh
Lá fui dar a volta para passar para o outro lado do rio, caminhando depois até ao jardim que queria ver!
Encontrei no jardim3 blocos do muro de Berlim! Acho que há “muro de Berlim” por toda a Alemanha!
Estas três partes do Muro estão agora dedicadas às "vítimas da separação".
E lá estava o que eu queria ver! O Deutsche Eck!
É em Koblenz que os rios Mosel e Reno se encontram, na realidade o nome da própria cidade deriva do termo latino “Confluentia” que se refere a esse encontro entre rios!
A sensação de estar no vértice da união dos rios é inversa à de estar na proa de um navio, pois as águas ganham velocidade afastando-se de nós!
O ponto onde os rios se juntam chama-se Deutsche Eck, que quer dizer “Esquina Alemã” e nesse ponto ergue-se um monumento colossal ao Kaiser Wilhelm I.
Uma inscrição cheia de significado foi gravada na base da escultura:
"Nimmer wird das Reich zerstöret, wenn ihr Einig seid und treu"
(o Império nunca será destruído, se você for unido e leal).
O monumento original foi destruído pelos bombardeamentos da 2ª Guerra Mundial e no seu lugar hasteou-se uma bandeira alemã por muito tempo até que um casal, cidadão de Koblenz, doou o monumento atual, cópia do que foi destruído na guerra, apenas há cerca de 20 anos…
Aquela águia de asas abertas impressionou-me! Como pode uma pedra ter tanta vida!
Ali ao lado fica a St Kastor Basilika, um exemplo lindíssimo da arquitetura românica da zona!
Foi construída no séc. XII contendo elementos de construções anteriores e alberga os restos mortais do santo que é padroeiro da cidade, o São Castor.
Os tetos parecem bordados!
E os jardins envolventes lindos! Os monges e padres sempre souberam cuidar da beleza dos seus recantos!
Passeando pelo centro histórico da cidade fiz amizade com um motard muito simpático, mais o seu sidecar!
Logo ali fica o Mittelrhein Museum, mas o que me impressionou foi o edifício medieval, gótico tardio do séc. XV, mas totalmente diferente do que estamos habituados a ver! Foi mais tarde renovado já em estilo barroco, mas continuou adorável! Aliás na praça Florinsmarkt os edifícios são todos bonitos e diferentes!
Como a Florinskirche, ou igreja Florim, protestante construída em estilo românico, com alterações posteriores, mas sempre espantosa!
Curioso o pormenor de se pintarem as paredes e as colunas imitando pedra! Não deveriam ser mesmo de pedra?
A mesma imitação de pedra continua no exterior do edifício a toda a volta!
As traseiras dos edifícios criam ruelas encantadoras, ainda bem! Eu nunca entendi como alguém pode projetar uma casa linda pela frente e monstruosa pela traseira, mas é o que não falta no nosso país, como se a ruas de trás não tivessem o direito de serem bonitas!
Depois a zona antiga continua pitoresca e simpática por uma rede de ruelas giras!
Até encontrar mais uma enorme igreja, a Liebfrauenkirche, que é o mesmo que dizer Igreja de Nossa Senhora, fácil de ver!
Uma igreja católica do séc. XIII, que já foi a igreja paroquial da cidade é considerada uma obra-prima da arquitetura medieval do Médio Reno!
Impressionante por dentro, quando estava à espera que ela fosse toda em pedra, como o seu exterior e como grande parte das construções românicas... ela é pintada!
E os seus tetos também parecem bordados! A cada país seus hábitos!
Depois passeei-me por ali, há pela zona estátuas castiças, caricaturando personagens típicas da cidade, como o polícia, a vendedora, ou o rapaz do tambor, muito giros e bonacheirões!
Os edifícios são bonitos e decorados com relevos pintados e balcões trabalhados!
Entrei na zona comercial e fui comprar umas botas. Estava tudo em saldos e as minhas já me saiam dos pés, para além das solas gastas! Tantos dias a caminhar gastaram muito, mas o montar e desmontar da moto, rodando sobre o pé esquerdo, rapou-me quase totalmente a meia-sola da bota esquerda! :-o
A Igreja Católica do Sagrado Coração, está situado no cruzamento das estradas principais e na azáfama do centro de compras.
Surgiu com a expansão da cidade para fora do núcleo medieval, no séc. XIX, quando se tornou necessária a criação de novas paróquias. Foi construída nos primeiros anos do séc. XX em estilo neo-românico. Queria tê-la visto por dentro, mas estava fechada! :-(
Depois peguei na motita e fui procurar o caminho para o topo da encosta. Há ali um teleférico e eu podia tê-lo apanhado e subido direta, mas tem muito mais piada andar a catar o caminho e ver tudo o que houver para ver! Lá em cima há um grande espaço aberto, que demora imenso a percorrer caminhando, pela sua dimensão! O que vale é que já estava de botas novas e até apetecia caminhar! :-)
E lá estava o miradouro todo moderno! É que do chão nada se vê lá para baixo, já que há árvores que impedem a visão!
E lá estava a confluência!
Foi uma sensação curiosa aquela visão...
O Deutsches Eck teve um impacto forte para mim! Simbologias e histórias que me chamam a atenção e quando chego aos locais, fico hipnotizada por eles!
Pus o zoom da minha máquina à prova e apanhei o Guilherme, o Grande
Lá em cima, no enorme jardim onde eu estava, coisas giras se encontram!
A caminho da minha motita que estava toda entretida no paleio com as outras!
E parti para outras explorações fora de Koblenz...
(continua)
Última edição por Gracinda Ramos em Ter Nov 27 2012, 19:23, editado 2 vez(es)
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Mais um dia fabuloso...
Mas faltou a foto das botas novas, e a foto das velhas com as solas gastas, afinal também contribuiram para a crónica
Obrigada e aqui vai o 728
Abraço
Mas faltou a foto das botas novas, e a foto das velhas com as solas gastas, afinal também contribuiram para a crónica
Obrigada e aqui vai o 728
Abraço
Carlos Balio- Já sai à rua a conduzir.
Re: Passeando pela Suíça - 2012
25 de Agosto de 2012 – continuação
Ali perto fica uma das coisas que me levou até Koblenz: o Burg Eltz.
Eu passara lá perto no dia anterior mas não o quis visitar a correr ou vê-lo apenas de longe. Achei que merecia uma visita mais cuidada e sem pressas e foi nas calmas que percorri os trinta e tal quilómetros, de Koblenz até ele!
O Burg Eltz é apenas um dos castelos mais belos da Alemanha e fica na margem do rio Eltz, um afluente do Mosel.
A gente chega ao ponto onde não pode continuar mais, nem de carro nem de moto, e tem de continuar a pé. Não há sinal do dito castelo que, contra o esperado, não está lá em cima de monte nenhum!
Pelo contrário, a gente começa a caminhar e começa a descer! E só depois de ter descido um bom bocado, pela rua íngreme e ladeada de vegetação em que nada se vê, além da rua e das arvores… ele aparece numa curva, lá em baixo!
E está realmente sobre um morro, no fundo do vale! Visão extraordinária!
Há um furgão que faz a descida, para quem quiser pagar 2 €, naquele momento eu agradeci a minha própria forretice de não os ter querido pagar e ter descido caminhando, porque não teria tido esta visão, que nos acompanha à medida que nos vamos aproximando! Tirei meio milhão de fotos, claro!
Parece um castelo de brincar, retirado das histórias de príncipes e princesas!
O castelinho terá a sua origem no séc. XII e foi construído sobre uma colina, tomando-lhe a forma oval!
Embora pareça ali escondido, como os mosteiros, para ficar longe de tudo e de todos, na realidade situava-se, à época, numa rota comercial e num ponto estratégico do vale do Eltz, que permitia controlar e vigiar a idas e voltas pela zona!
Ao longo dos anos e dos séculos foi sendo acrescentado, à medida que a família ía aumentando, dado que ele pertence à mesma família há mais de 800 anos: os condes de Eltz.
O atual proprietário do castelo, o Conde e Edler Herr von und zu Eltz-Kempenich assumiu a tarefa de manter o edifício aberto ao público, de garantir a sua riqueza e de passar o castelo à 34ª geração.
Os pormenores são deliciosos e foram mantidos e restaurados chegando até nós como sempre foram. As gárgulas são espantosas!
Os pátios interiores são vertiginosamente lindos, acumulando como em puzzles cada secção do castelo.
Daquele pátio partem visitas guiadas para o interior do castelo.
Por baixo existe um pequeno museu com joias, armas e objetos do dia-a-dia, testemunhas da história dos costumes do castelo e que eu fui visitando enquanto esperava pela visita em inglês.
Havia muita gente para visitar o castelo, o ultimo grupo a começar a visita foi o meu, pois os outros eram em alemão.
Um grupo de sereias com corpo de baleia esperava pela visita, sensualmente, em gargalhadas sexies e comentários languidos e provocantes.
Surgiu-me na mente que, se elas fossem verdadeiramente sexies, teria sido um espetáculo de sedução mesmo provocante!
Curioso que as mais gordas e desajeitadas eram as mais provocantes, com maquilhagens fortes e atitudes meio escandalosas!
Não se pode fotografar dentro do castelo, embora eu tenha feito algumas fotos discretas.
O tempo estava a ameaçar chuva quando terminei a visita, por isso fui tratar de comer e logo se veria o que faria com o mau tempo.
O castelo ainda é parcialmente habitado, mas a parte visitável é grande e bonita, com direito a café e restaurante e tudo!
E claro, provei mais uma cervejola alemã!
Decidi que não faria o caminho de regresso até à moto a pé! Afinal eu já sabia o quanto aquilo fica cá em baixo e, se para baixo todos os santos ajudam, para cima seria uma estafa!
Por isso esperei que o furgão voltasse, paguei o 2 € e subi aquilo rapidamente, sem me cansar nem me molhar, deixando para trás uma pequena porção linda do paraíso!
(continua)
Ali perto fica uma das coisas que me levou até Koblenz: o Burg Eltz.
Eu passara lá perto no dia anterior mas não o quis visitar a correr ou vê-lo apenas de longe. Achei que merecia uma visita mais cuidada e sem pressas e foi nas calmas que percorri os trinta e tal quilómetros, de Koblenz até ele!
O Burg Eltz é apenas um dos castelos mais belos da Alemanha e fica na margem do rio Eltz, um afluente do Mosel.
A gente chega ao ponto onde não pode continuar mais, nem de carro nem de moto, e tem de continuar a pé. Não há sinal do dito castelo que, contra o esperado, não está lá em cima de monte nenhum!
Pelo contrário, a gente começa a caminhar e começa a descer! E só depois de ter descido um bom bocado, pela rua íngreme e ladeada de vegetação em que nada se vê, além da rua e das arvores… ele aparece numa curva, lá em baixo!
E está realmente sobre um morro, no fundo do vale! Visão extraordinária!
Há um furgão que faz a descida, para quem quiser pagar 2 €, naquele momento eu agradeci a minha própria forretice de não os ter querido pagar e ter descido caminhando, porque não teria tido esta visão, que nos acompanha à medida que nos vamos aproximando! Tirei meio milhão de fotos, claro!
Parece um castelo de brincar, retirado das histórias de príncipes e princesas!
O castelinho terá a sua origem no séc. XII e foi construído sobre uma colina, tomando-lhe a forma oval!
Embora pareça ali escondido, como os mosteiros, para ficar longe de tudo e de todos, na realidade situava-se, à época, numa rota comercial e num ponto estratégico do vale do Eltz, que permitia controlar e vigiar a idas e voltas pela zona!
Ao longo dos anos e dos séculos foi sendo acrescentado, à medida que a família ía aumentando, dado que ele pertence à mesma família há mais de 800 anos: os condes de Eltz.
O atual proprietário do castelo, o Conde e Edler Herr von und zu Eltz-Kempenich assumiu a tarefa de manter o edifício aberto ao público, de garantir a sua riqueza e de passar o castelo à 34ª geração.
Os pormenores são deliciosos e foram mantidos e restaurados chegando até nós como sempre foram. As gárgulas são espantosas!
Os pátios interiores são vertiginosamente lindos, acumulando como em puzzles cada secção do castelo.
Daquele pátio partem visitas guiadas para o interior do castelo.
Por baixo existe um pequeno museu com joias, armas e objetos do dia-a-dia, testemunhas da história dos costumes do castelo e que eu fui visitando enquanto esperava pela visita em inglês.
Havia muita gente para visitar o castelo, o ultimo grupo a começar a visita foi o meu, pois os outros eram em alemão.
Um grupo de sereias com corpo de baleia esperava pela visita, sensualmente, em gargalhadas sexies e comentários languidos e provocantes.
Surgiu-me na mente que, se elas fossem verdadeiramente sexies, teria sido um espetáculo de sedução mesmo provocante!
Curioso que as mais gordas e desajeitadas eram as mais provocantes, com maquilhagens fortes e atitudes meio escandalosas!
Não se pode fotografar dentro do castelo, embora eu tenha feito algumas fotos discretas.
O tempo estava a ameaçar chuva quando terminei a visita, por isso fui tratar de comer e logo se veria o que faria com o mau tempo.
O castelo ainda é parcialmente habitado, mas a parte visitável é grande e bonita, com direito a café e restaurante e tudo!
E claro, provei mais uma cervejola alemã!
Decidi que não faria o caminho de regresso até à moto a pé! Afinal eu já sabia o quanto aquilo fica cá em baixo e, se para baixo todos os santos ajudam, para cima seria uma estafa!
Por isso esperei que o furgão voltasse, paguei o 2 € e subi aquilo rapidamente, sem me cansar nem me molhar, deixando para trás uma pequena porção linda do paraíso!
(continua)
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Carlos Balio escreveu:Mais um dia fabuloso...
Mas faltou a foto das botas novas, e a foto das velhas com as solas gastas, afinal também contribuiram para a crónica
Obrigada e aqui vai o 728
Abraço
Oh, as botas velhas estavam todas gastas e sem cor sobre o pé esquerdo, nem apetecia fotografar!
As novas, foi uma pequena complicação para comprar, pois a menina deu-me duas botas do mesmo pé e depois não achava o par certo! Lá se resolveu e nem pensei mais nelas!
________________________
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Mais uma excelente viagem que acabei de fazer na sua companhia por recantos e locais dignos de compartilhar.
Obrigada e continue,pois estou sempre desejoso da próxima viagem.
Obrigada e continue,pois estou sempre desejoso da próxima viagem.
________________________
CARLOS PIRES
Mama Sumae !!
Carlospira- Zero à direita
Re: Passeando pela Suíça - 2012
O castelo ao vivo deve ser uma paisagem deslumbrante.
________________________
"A sorte protege os audazes"
jacare- Zero à direita
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Mais um dia espectacular.
O castelo Burg Eltz foi o mais espectacular que conheci (que foi hoje através da tua foto) até à data, seja pela beleza dele ou pela posição geográfica... é de facto um castelo espectacular.
Mais um obviamente.
Aguardo pelo restante relato.
Um abraço.
O castelo Burg Eltz foi o mais espectacular que conheci (que foi hoje através da tua foto) até à data, seja pela beleza dele ou pela posição geográfica... é de facto um castelo espectacular.
Mais um obviamente.
Aguardo pelo restante relato.
Um abraço.
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Carlospira escreveu:Mais uma excelente viagem que acabei de fazer na sua companhia por recantos e locais dignos de compartilhar.
Obrigada e continue,pois estou sempre desejoso da próxima viagem.
Cucu!
Obrigada eu pela companhia!
Ainda faltam uns dias para eu chegar a casa com muitas coisas bonitas para partilhar, por isso a companhia sabe bem!
Já agora, parece que esta é a sua primeira mesnagem no forum! isso quer dizer que ainda não se apresentou ao pessoal! Então faça-o logo que possa para que toda a gente o conheça e lhe dê as boas-vindas!
Começo já eu: Bem-vindo ao M&D!
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
simone escreveu:Mais uma lindíssima partilha!
O castelo é castiço!
Obrigada!
jacare escreveu:O castelo ao vivo deve ser uma paisagem deslumbrante.
Chegar à curva e vislumbrar o castelo lá em baixo, no meio daquela paisagem, é realmente deslumbrante! Nem as imagens que eu vira na net me prepararam totalmente para a sensação!
rjvieira escreveu:Mais um dia espectacular.
O castelo Burg Eltz foi o mais espectacular que conheci (que foi hoje através da tua foto) até à data, seja pela beleza dele ou pela posição geográfica... é de facto um castelo espectacular.
Mais um obviamente.
Aguardo pelo restante relato.
Um abraço.
Também é um dos castelos mais extraordinários que conheci até hoje!
E ninguém imagina a quantidade de fotos que eu lhe tirei! Parece que nunca se fica satisfeito com todas as fotos que se tirou e continua-se a repetir mais uma e outra!
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