Motas que marcaram o motociclismo!

E assim foi.

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A Yamaha YZF600R Thundercat, uma mota 600cc à volta de 100cv e uma velocidade máxima a rondar os 250km/h, aceleração dos 0-100 km/h em 3,4seg era uma mota inovadora, com quadro deltabox usado anteriormente pela Yamaha e usada em provas desportivas, nomeadamente nas provas Supersport Inglesas:



Foi uma mota que andou no mercado mais de 13 anos com apenas pequenos toques de estéticos.



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Motas que marcaram o motociclismo e a minha vida..
Sem qualquer desprimor para a Thundercat, julgo que nesse segmento (Turismo-Sport de média cilindrada) o alvo a abater e o modelo + icónico (julgo que não há dúvidas) e até por ter sido a primeira a aparecer no mercado (em 1987) é a CBR-600.




e também tenho uma estória com este modelo, julgo até que foi a grande causadora da minha actual situação profissional.. decorria o bonito ano de 1987 (precisamente) e eu frequentava o 12º ano de escolaridade ali para os lados dos Carvalhos no famoso CIC (Campo Internacional de Concentração) como era carinhosamente.. apelidado pelos "reclusos" que o frequentavam; num bonito dia de Julho apareceu-me então nas aulas um colega de turma (o David) aos comandos e a estrear essa beldade, uma bonita e magestosa Honda CBR-600 bordeaux (para mim um sonho já que aos fins de semana me fazia deslocar numa bela casal-boss.. eu era interno, só vinha a casa ao fim de semana.. e alguns só no fim dos periodos/férias..) e qual não foi o meu azar em experimentar tal preciosidade.. pois descobri logo ali a minha vocação.. Men, eu não quero ser doutor! quero ser motociclista! e assim se cumpriu a minha vontade.. e no final do ano e por falta de aproveitamento fui trabalhar para comprar uma moto.. afinal o meu sonho de então!

A Thundercat foi a mota que trouxe a evolução a R6.

E também andaste no CIC? Junta-te ao grupo, tiveste boa escola sem dúvida.

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A R6... sim.. foi a moto que marcou o passo nas Hypersport de média cilindrada; e era tão boa que tive duas; a primeira em 1999 quando apareceu no mercado, cinza prata e preto, as côres da McLaren dessa altura; e não foi por acaso que conotei esta moto com um fórmula-1.. a começar pelo hyper-rotativo (16.000rpm) "pequeno" tetracilindrico de 599cc e 120cv (200cv/litro.. +ou- o rendimento dum motor de fórmula-1 dessa altura (3000cc e 700cv) e acabando no seu leve e compacto chassis em aluminio e outros materiais compósitos, como o comprovam aliás o título de campeã do mundo de Supersport em 2000 ou 2009.
Esta moto trouxe-me grandes alegrias aos seus comandos, não só pelo desempenho do seu "pequeno" motor ultra rotativo mas também pelo seu leve e ágil chassis a destronar e muitas veses as suas conterrâneas e até familiares adversárias de maior capacidade; lembro-me de ir nela a Faro no ano 2000 em que havia muito trânsito de motos na A-1 que só chegava a Grândola e de travar várias lutas com várias 1000 que apesar de me passarem não aguentaram muito tempo no comando.. boas recordações portanto.
Esta moto apesar dos bons momentos de condução que passei aos seus comandos, vendi-a no final do ano 2000 com perto de 30.000kms sem problemas mas a precisar duma revisão mais profunda ao motor (eventualmente um jogo de segmentos) ..dado o consumo d'oleo que já se verificava.. entretanto comprei a R1 (2002) e digo "A" porque foi a moto da minha vida.. a que tive mais tempo (7 anos) e a que fiz mais kms (70.000) sendo que alguns no campeonato nacional de velocidade. Depois de me desfazer da R1 (de 2002)(agora tenho uma de 2006) ainda voltei a comprar outra R6 para matar saudades, mas já não passou disso mesmo..

Não fazia ideia que essa mota chegava às 16.000rpm.

Depois de ler um pouco sobre o assunto, reparei que a mota era suposto fazer 17.500rpm, no entanto "só" fazia 16.000rpm, tendo mesmo a Yamaha USA oferecido para comprar de volta as motas dos clientes que não estivessem satisfeitos por não chegarem às 17.500rpm.

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Contam-se pelos dedos duma mão os pilotos que venceram campeonatos do mundo de motos e de carros e Mike Hailwood (Mike the Bike como era conhecido devido à sua habilidade com motos) foi um deles.. Campeão do mundo de motociclismo por 9 vezes e vencedor por 14 em Man, dedicou-se a partir de 1968 ao automobilismo, inicialmente na Fórmula-2 onde se sagrou campeão e logo a seguir na Fórmula-1 onde conseguiu um 2º (GP-Itália em 1972) e um 3º lugar (GP-àfrica do Sul de 1974) como melhores resultados nesta categoria. Foi também neste ano (1974) que sofreu um aparatoso acidente no antigo (+ conhecido por Nordshleife) cicuito de Nurburgring ao volante do seu McLaren tendo terminada aí a sua carreira como piloto de Fórmula-1 devido principalmente aos ferimentos sofridos nas pernas.
Contudo Mike "the Bike" e depois de algum tempo e angústia na sua vida, volta em 1978 a convite do preparador e ex-piloto Steve Wynne, para tripolar a bonita Ducati 900-SS na ilha de Man.. vencendo-a.. tornando o seu regresso e esta moto (SS-900 Mike Hailwood) verdadeiramente miticos. Tanto que em 2000 a Ducati, pelas mãos de Pierre Terblanche ainda lançou uma moto comemorativa e em memória de Hailwood (que viria a falecer em 1981 (40 anos) num acidente de viação) vendida directamente pela internet (as primeiras mil esgotaram-se em 30mn...) e em série limitada (2000 motos).





A 900-MH (de Pierre Terblanche)

Esta menina lançada/aparecida em 1987 durante a famosa corrida (era um modelo de competição) de resistência "8 horas de Suzuka" no Japão, venceu a bem dizer todos os campeonatos por onde passou e por várias épocas.. a começar pelo Campeonato do Mundo de Superbikes, Campeonato do Mundo de Resistência, 24 Heures du Mans, variados campeonatos nacionais de velocidade e várias vezes o famoso TT da Isle of Man
Entre outros destaca-se o seu motor V-4 a 4 tempos de 750cc derivado do V-4 da VFR-750 de estrada mas preparado para a competição cuja potência rondava os 150cv e um ronco (mítico) original (naquela altura práticamente só a Honda usava esta arquitectura, hoje em dia há outras marcas a explorá-los (motores V4) nomeadamente no Moto-GP) grave e abafado.

https://youtu.be/IVeNzDCq8xI

Aqui o famoso exemplar do mítico (apesar de já ter falecido, ainda mantém o rekord de vitórias em Man) Joey Dunlop
https://youtu.be/qnmV7RSK5MY

https://youtu.be/abKIWeEO_FM

E o que dizer da Yamaha RD500LC V4?


Fonte: Jornal dos Clássicos





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Tive uma 125 que foi a minha primeira moto e o meu irmão mais novo (José) teve uma 250 que era bem mais interessante do que a minha; de qualquer forma eu gostava mesmo era da 500.. mesmo hoje..




https://youtu.be/jsgWlP_3WHk

Nunca experimentei um animal destes, mas gostava; recentemente por acaso surgiu uma oportunidade de experimentar uma RD-LC 500 igual à que o Fábio postou mas como estava em mau estado, pricipalmente de suspensões.. contentei-me em vêr o dono a dar umas gazadas e olha que aquilo ainda impressiona..
Tal como a Yamaha também a Suzuki (500cc) tem 4 cilindros a 2 tempos mas em Quadrado (uma configuração inédita).

Já agora aqui fica uma animação do motor da Suzuki em funcionamento:



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No final da década de 80 os construtores japoneses mandaram para o mercado (interno), a Portugal nunca chegaram, umas 250cc de 4 cilindros a 4 tempos cujos motores chegavam ás 20 mil rpm!!

20.000 rpm, isso é de loucos.

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Soichiro Honda. O Homem por trás da máquina..




a "coisa" Máquina

https://youtu.be/4SkyAnVIChE




Aqui Mike Hailwood aos seus comandos em 1967 (Campeão do Mundo nas classes 250 e 350cc em 1966 e 67) disse um dia: esta foi a melhor moto que pilotei/experimentei...


Hailwood e a sua inovadora (na altura) posição de condução "frog legs"