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Re: Escócia 2017
Boas,
Tal como eu gosto !!!!!!! VERDE, VERDE, VERDE !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Fantásticas fotos e sítios que visitaram !!!
Levam mais um
Boas curvas
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________________________
CARLOS PIRES
Mama Sumae !!
Carlospira- Zero à direita
Re: Escócia 2017
Oitavo Dia: Ilha de Skye - Ullapool - 300 Kms
Chegado o 8ºdia de viagem, era hora de deixarmos a mágica ilha de Skye.
O nosso caminho continuava para Norte, bem dentro das Highlands. A quietude da manhã e os raios de sol, que por entre as nuvens se projectavam no mar, criavam mais uma vez imagens deslumbrantes.
E novamente deslumbrados ficámos na primeira paragem do dia. O Eilean Donan Castle, é o castelo mais fotografado da Escócia. Construído sobre um lago e bem conservado, é mais um dos postais ilustrados do país. Já tínhamos visto fotografias deste castelo dezenas de vezes, mas nada se compara à real beleza que sustenta. A luminosidade do dia, ajudava a pintar um cenário ainda mais atraente.
Infelizmente não conseguimos entrar para visitar, porque ainda faltava perto de uma hora para a abertura e tínhamos que seguir viagem.
A etapa seguinte e talvez a mais marcante do dia, implicava um percurso desafiante e desejado por motociclistas de todo o mundo: a Applecross Pass. Curvas e curvas em “single track road”, que se estendem pelas montanhas da península de Applecross.
Conhecida localmente como Bealach na Ba (em gaélico) e que significa a passagem do gado, esta estrada foi em tempos longínquos, utilizada para levar gado para outras zonas das Highlands e era a única alternativa.
Actualmente, existe uma outra que contorna as montanhas, mas não oferece o mesmo cenário. Ultrapassada a expectativa inicial, e conforme fomos subindo, subia também a nossa admiração. O que os nossos olhos viam era de cortar a respiração. É de facto uma estrada icónica! E por isso percorrida por tantos amantes das duas rodas. Cruzámo-nos com dezenas…
Ao chegar a Applecross, parámos para relaxar e beber um café numa esplanada que estava bastante concorrida. A localidade, é minúscula, mas de uma graça singular. O céu estava azul e o dia quente, apesar das previsões de chuva para esse dia.
De energia renovada voltámos à estrada, frequentemente isolada, com quilómetros sem se ver sinais da civilização, mas sempre fascinante. Em pleno caminho, somos surpreendidos por um ribeiro com pequenas cascatas e represas. Algum tempo depois as nuvens começavam a avançar e pela primeira vez, sentimos a famosa chuva Escocesa.
Dirigíamo-nos para Ullapool e tínhamos planeado acampar, mas desta vez a meteorologia não estava do nosso lado. Aviso amarelo de chuvas fortes e trovoadas… Lá fomos procurar alojamento, mas parecia que toda a gente tinha decidido passar o fim de semana fora e os B&B pareciam estar todos ocupados.
Já com pouca esperança, fomos ao posto de turismo, onde fomos muito bem atendidos. A funcionária, muito afável, mostrou-se igualmente prestável e eficiente. Compreendendo a nossa aflição, ligou rapidamente para um B&B e arranjámos estadia para a noite. Pouco depois de chegarmos ao quarto, chovia torrencialmente. Foi por pouco!
A chuva, no entanto, não durou muito e aproveitámos para sair e explorar a cidade. Ullapool, apesar de muito pequena, é uma cidade importante e estratégica, tendo um dos portos mais movimentados do país. Caminhávamos no passeio junto ao mar quando nos apercebemos da presença de dois visitantes inesperados. Ali junto à costa, andavam duas focas, provavelmente à procura de jantar e de vez em quando mostravam as cabeças. Uau! Que sorte, ver estes animais na natureza e não em cativeiro. Os sorrisos não saíam das nossas caras… E o ambiente, era mágico. A noite, que por aqui chega mais tarde, estava a ser dominada pela bruma que vinha do mar e envolvia a cidade num manto de mistério. Mesmo como imaginamos as cidades costeiras do Norte. A jornada acabava com um jantar de Fish and Chips e umas pints no pub local, onde uma banda tocava covers de Johnny Cash. Perfeito!
Vídeo e fotos deste magnifico dia:
Chegado o 8ºdia de viagem, era hora de deixarmos a mágica ilha de Skye.
O nosso caminho continuava para Norte, bem dentro das Highlands. A quietude da manhã e os raios de sol, que por entre as nuvens se projectavam no mar, criavam mais uma vez imagens deslumbrantes.
E novamente deslumbrados ficámos na primeira paragem do dia. O Eilean Donan Castle, é o castelo mais fotografado da Escócia. Construído sobre um lago e bem conservado, é mais um dos postais ilustrados do país. Já tínhamos visto fotografias deste castelo dezenas de vezes, mas nada se compara à real beleza que sustenta. A luminosidade do dia, ajudava a pintar um cenário ainda mais atraente.
Infelizmente não conseguimos entrar para visitar, porque ainda faltava perto de uma hora para a abertura e tínhamos que seguir viagem.
A etapa seguinte e talvez a mais marcante do dia, implicava um percurso desafiante e desejado por motociclistas de todo o mundo: a Applecross Pass. Curvas e curvas em “single track road”, que se estendem pelas montanhas da península de Applecross.
Conhecida localmente como Bealach na Ba (em gaélico) e que significa a passagem do gado, esta estrada foi em tempos longínquos, utilizada para levar gado para outras zonas das Highlands e era a única alternativa.
Actualmente, existe uma outra que contorna as montanhas, mas não oferece o mesmo cenário. Ultrapassada a expectativa inicial, e conforme fomos subindo, subia também a nossa admiração. O que os nossos olhos viam era de cortar a respiração. É de facto uma estrada icónica! E por isso percorrida por tantos amantes das duas rodas. Cruzámo-nos com dezenas…
Ao chegar a Applecross, parámos para relaxar e beber um café numa esplanada que estava bastante concorrida. A localidade, é minúscula, mas de uma graça singular. O céu estava azul e o dia quente, apesar das previsões de chuva para esse dia.
De energia renovada voltámos à estrada, frequentemente isolada, com quilómetros sem se ver sinais da civilização, mas sempre fascinante. Em pleno caminho, somos surpreendidos por um ribeiro com pequenas cascatas e represas. Algum tempo depois as nuvens começavam a avançar e pela primeira vez, sentimos a famosa chuva Escocesa.
Dirigíamo-nos para Ullapool e tínhamos planeado acampar, mas desta vez a meteorologia não estava do nosso lado. Aviso amarelo de chuvas fortes e trovoadas… Lá fomos procurar alojamento, mas parecia que toda a gente tinha decidido passar o fim de semana fora e os B&B pareciam estar todos ocupados.
Já com pouca esperança, fomos ao posto de turismo, onde fomos muito bem atendidos. A funcionária, muito afável, mostrou-se igualmente prestável e eficiente. Compreendendo a nossa aflição, ligou rapidamente para um B&B e arranjámos estadia para a noite. Pouco depois de chegarmos ao quarto, chovia torrencialmente. Foi por pouco!
A chuva, no entanto, não durou muito e aproveitámos para sair e explorar a cidade. Ullapool, apesar de muito pequena, é uma cidade importante e estratégica, tendo um dos portos mais movimentados do país. Caminhávamos no passeio junto ao mar quando nos apercebemos da presença de dois visitantes inesperados. Ali junto à costa, andavam duas focas, provavelmente à procura de jantar e de vez em quando mostravam as cabeças. Uau! Que sorte, ver estes animais na natureza e não em cativeiro. Os sorrisos não saíam das nossas caras… E o ambiente, era mágico. A noite, que por aqui chega mais tarde, estava a ser dominada pela bruma que vinha do mar e envolvia a cidade num manto de mistério. Mesmo como imaginamos as cidades costeiras do Norte. A jornada acabava com um jantar de Fish and Chips e umas pints no pub local, onde uma banda tocava covers de Johnny Cash. Perfeito!
Vídeo e fotos deste magnifico dia:
Última edição por Swift em Sex Jun 30 2017, 19:15, editado 1 vez(es)
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Boas viagens!
Mário Cordeiro
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Swift- Zero à direita
Re: Escócia 2017
Adicionado o vídeo do 6º dia
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Re: Escócia 2017
Nono Dia: Ullapool - John O´Groats - 270Kms
Ainda não vos falámos de um pequeno grande pormenor na vida estival da Highlands: os midges! Pois os midges, são uns sacaninhas, do tamanho da cabeça de um alfinete, mas que atacam em grupo (grande, muito grande) e fazem estragos a sério. Da vulgar comichão a reacções anafiláticas. De realçar, que só as meninas têm “dentes”. Os machos, andam só a a ver as vistas.
O nosso quarto em Ullapool estava carregado destes diabinhos. Felizmente sossegaram e deixaram-nos sossegar também.
Depois de um “scottish breakfast” à maneira, era tempo de seguir caminho. Durante o pequeno-almoço, ainda trocámos dois dedos de conversa com um motociclista solitário alemão. Com muitos anos de estrada na bagagem, queixava-se da massificação, da quantidade brutal de motas que tinha visto no dia anterior e da dificuldade em arranjar alojamento. Ainda assim, a Escócia continua a valer a pena. Ao mesmo tempo que nós, saía um casal, também em duas rodas. Vinham da Eslovénia numa BMW de turismo.
Uma das coisas que mais nos tem agradado nesta viagem, são as surpresas que surgem no caminho. Assim do nada, aparecem locais dignos de paragem.
Neste dia, por exemplo, deparámo-nos com um sítio histórico, em Assynt, onde se encontravam ruínas de várias construções senhoriais. Entre eles, o Castelo Ardvreck, datado do séc. XVI e poiso do clã MacLeod e a Calda House, casa do Laird (lorde ou senhor) dos MacKenzie, no séc. XVIII.
Quilómetros depois, nova paragem.
Tínhamos passado a Kylesku Bridge, sobre o Loch a´Chàirn Bhàin (não, não sabemos como se pronuncia!). Esta obra, data apenas de 1984. Espantoso pensar que há tão pouco tempo, era preciso uma viagem de barco para unir duas margens tão próximas.
Enquanto admirávamos a paisagem, um outro viajante, chamou-nos a atenção para o lado oposto. No cimo do monte, erguia-se orgulhoso e solitário, um veado. Que visão. Mais uma vez a natureza a ser generosa connosco.
Pausa para café em Durness. Parámos num café/mercearia/tudo em 1 e fomos atendidos por um senhor, de idade já avançada, mas cheio de espírito. Pergunta-nos de onde somos e a conversa desenrola-se agradavelmente. Acaba por dizer que os turistas são o ganha-pão daquelas gentes. Salvou-os, porque a terra é pobre e infértil. O vento mata tudo. O turismo é bom. Mas no Inverno, há pouco turismo. É calmo. E também é bom. “We like it”, diz-nos. Foi um gosto conhecê-lo.
As pessoas, aqui no Norte da Escócia, parecem-nos sinceramente afáveis. Apesar da vida dura, estão realmente cheias de vida. Daquela de verdade!
Ao sairmos do “café”, fomos abordados por um casal de Ingleses. Também andavam em passeio, mas de autocaravana. A senhora, que pensava sermos da Polónia, ficou muito embaraçada quando dissemos que éramos portugueses (P é de Portugal, da Polónia é PL!). Depois, muito entusiasmados, confessam que gostam muito de Portugal, dos pastéis de nata…”estivemos de férias em Portugal. Durante um ano…” (belas férias!). E para rematar, “temos Macieira na autocaravana” Muito simpáticos e extrovertidos, desejam-nos boa viagem e seguem a sua.
Entretanto, parámos em mais um dos pontos que tínhamos planeado para o dia: a Smoo Cave.
A Smoo Cave, é um fenómeno geológico, fruto do trabalho conjunto das águas doce e salgada, ao longo de milhões de anos. Existe uma primeira câmara, escavada pelo mar, que dá lugar a uma segunda, esculpida pelo rio. Actualmente o rio corre para o mar por uma abertura no solo, produzindo o efeito de queda de água. Naquele dia, a água jorrava com uma pressão tremenda, o que potenciava consideravelmente o espanto nas caras dos visitantes. Impressionante mesmo.
O caminho seguia pela costa. Praias de areia branca e águas cristalinas. Não fosse a temperatura, parecia as caraíbas…
Sempre em direcção a Norte, passámos em Thurso, uma das maiores cidades da região para nos abastecermos. Sabíamos que para onde nos dirigíamos, o comércio era praticamente inexistente.
Chegámos finalmente a John O´Groats e assentámos arraiais no parque de campismo. Mesmo colado ao mar.
John O´Groats, é frequentemente referido como o local mais a norte na mainland da Escócia. Na verdade, o local mais a norte, é Dunnet Head, um cabo a alguns quilómetros dali.
Estava um fim de tarde frio e ventoso, como deve ser nestes lugares do fim do mundo…
o isolamento,
o silêncio e ao mesmo tempo a alma cheia.
Não há como explicar.
Só vivendo…
E porque as nuvens deixaram, assistimos a um pôr-do-sol memorável, já passava das 10 da noite. E com esta imagem, terminava mais um dia desta nossa aventura.
Outras fotos deste magnifico dia:
Vídeo e fotos deste dia:
Ainda não vos falámos de um pequeno grande pormenor na vida estival da Highlands: os midges! Pois os midges, são uns sacaninhas, do tamanho da cabeça de um alfinete, mas que atacam em grupo (grande, muito grande) e fazem estragos a sério. Da vulgar comichão a reacções anafiláticas. De realçar, que só as meninas têm “dentes”. Os machos, andam só a a ver as vistas.
O nosso quarto em Ullapool estava carregado destes diabinhos. Felizmente sossegaram e deixaram-nos sossegar também.
Depois de um “scottish breakfast” à maneira, era tempo de seguir caminho. Durante o pequeno-almoço, ainda trocámos dois dedos de conversa com um motociclista solitário alemão. Com muitos anos de estrada na bagagem, queixava-se da massificação, da quantidade brutal de motas que tinha visto no dia anterior e da dificuldade em arranjar alojamento. Ainda assim, a Escócia continua a valer a pena. Ao mesmo tempo que nós, saía um casal, também em duas rodas. Vinham da Eslovénia numa BMW de turismo.
Uma das coisas que mais nos tem agradado nesta viagem, são as surpresas que surgem no caminho. Assim do nada, aparecem locais dignos de paragem.
Neste dia, por exemplo, deparámo-nos com um sítio histórico, em Assynt, onde se encontravam ruínas de várias construções senhoriais. Entre eles, o Castelo Ardvreck, datado do séc. XVI e poiso do clã MacLeod e a Calda House, casa do Laird (lorde ou senhor) dos MacKenzie, no séc. XVIII.
Quilómetros depois, nova paragem.
Tínhamos passado a Kylesku Bridge, sobre o Loch a´Chàirn Bhàin (não, não sabemos como se pronuncia!). Esta obra, data apenas de 1984. Espantoso pensar que há tão pouco tempo, era preciso uma viagem de barco para unir duas margens tão próximas.
Enquanto admirávamos a paisagem, um outro viajante, chamou-nos a atenção para o lado oposto. No cimo do monte, erguia-se orgulhoso e solitário, um veado. Que visão. Mais uma vez a natureza a ser generosa connosco.
Pausa para café em Durness. Parámos num café/mercearia/tudo em 1 e fomos atendidos por um senhor, de idade já avançada, mas cheio de espírito. Pergunta-nos de onde somos e a conversa desenrola-se agradavelmente. Acaba por dizer que os turistas são o ganha-pão daquelas gentes. Salvou-os, porque a terra é pobre e infértil. O vento mata tudo. O turismo é bom. Mas no Inverno, há pouco turismo. É calmo. E também é bom. “We like it”, diz-nos. Foi um gosto conhecê-lo.
As pessoas, aqui no Norte da Escócia, parecem-nos sinceramente afáveis. Apesar da vida dura, estão realmente cheias de vida. Daquela de verdade!
Ao sairmos do “café”, fomos abordados por um casal de Ingleses. Também andavam em passeio, mas de autocaravana. A senhora, que pensava sermos da Polónia, ficou muito embaraçada quando dissemos que éramos portugueses (P é de Portugal, da Polónia é PL!). Depois, muito entusiasmados, confessam que gostam muito de Portugal, dos pastéis de nata…”estivemos de férias em Portugal. Durante um ano…” (belas férias!). E para rematar, “temos Macieira na autocaravana” Muito simpáticos e extrovertidos, desejam-nos boa viagem e seguem a sua.
Entretanto, parámos em mais um dos pontos que tínhamos planeado para o dia: a Smoo Cave.
A Smoo Cave, é um fenómeno geológico, fruto do trabalho conjunto das águas doce e salgada, ao longo de milhões de anos. Existe uma primeira câmara, escavada pelo mar, que dá lugar a uma segunda, esculpida pelo rio. Actualmente o rio corre para o mar por uma abertura no solo, produzindo o efeito de queda de água. Naquele dia, a água jorrava com uma pressão tremenda, o que potenciava consideravelmente o espanto nas caras dos visitantes. Impressionante mesmo.
O caminho seguia pela costa. Praias de areia branca e águas cristalinas. Não fosse a temperatura, parecia as caraíbas…
Sempre em direcção a Norte, passámos em Thurso, uma das maiores cidades da região para nos abastecermos. Sabíamos que para onde nos dirigíamos, o comércio era praticamente inexistente.
Chegámos finalmente a John O´Groats e assentámos arraiais no parque de campismo. Mesmo colado ao mar.
John O´Groats, é frequentemente referido como o local mais a norte na mainland da Escócia. Na verdade, o local mais a norte, é Dunnet Head, um cabo a alguns quilómetros dali.
Estava um fim de tarde frio e ventoso, como deve ser nestes lugares do fim do mundo…
o isolamento,
o silêncio e ao mesmo tempo a alma cheia.
Não há como explicar.
Só vivendo…
E porque as nuvens deixaram, assistimos a um pôr-do-sol memorável, já passava das 10 da noite. E com esta imagem, terminava mais um dia desta nossa aventura.
Outras fotos deste magnifico dia:
Vídeo e fotos deste dia:
Última edição por Swift em Qui Jul 06 2017, 16:57, editado 1 vez(es)
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Boas viagens!
Mário Cordeiro
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Swift- Zero à direita
Re: Escócia 2017
Excelente relato e fotos a condizer
Aqui vai o merecido 29
Aqui vai o merecido 29
Carlos Balio- Já sai à rua a conduzir.
Re: Escócia 2017
Trip belíssima! continuo firme na garupa virtual.
As fotos, apesar de tantas, vejo uma a uma e cada vez mais munido da boa inveja!!
As fotos, apesar de tantas, vejo uma a uma e cada vez mais munido da boa inveja!!
Saulo wds- Zero à direita
Re: Escócia 2017
Boas!
Adicionei o vídeo do 7º dia.
Espero que gostem!
Adicionei o vídeo do 7º dia.
Espero que gostem!
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Mário Cordeiro
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Swift- Zero à direita
Re: Escócia 2017
Boas
A maquina é boa, mas o olhar e feeling do fotografo está uns furinhos acima no normal. Das melhores fotos que tenho visto por cá, parabéns!
Saia mais um par de
A maquina é boa, mas o olhar e feeling do fotografo está uns furinhos acima no normal. Das melhores fotos que tenho visto por cá, parabéns!
Saia mais um par de
Zecacbr- Já conduz... mal!
Re: Escócia 2017
Primeiro que tudo,
obrigado pelas vossas palavras!
Décimo Dia: Orkney
Tínhamos ultrapassado a barreira temporal do meio da viagem (já?) e estávamos prestes a ir ao local mais a norte aonde esta aventura nos levaria: as Orkney.
As ilhas Orkney, ou Órcades, são um dos vários arquipélagos pertencentes à Escócia. Localizadas no mar do Norte, são constituídas por cerca de 70 ilhas, embora apenas 20 sejam habitadas. Com um rico espólio arqueológico, encontram-se aqui, diversos vestígios da civilização neolítica, alguns dos quais pretendíamos visitar. Além disso, estas ilhas constituíram uma importante peça na "arte da guerra" inglesa e dos aliados. Foi fundamental, como base naval, constituindo quer pela sua localização, quer pelas especificidades geológicas, um ponto estratégico em diversos conflitos militares.
Despertámos cedo na nossa tenda, no parque de campismo de John O´Groats. Como já comentámos anteriormente, os dias aqui, nesta altura do ano, são grandes. Para além de anoitecer tarde, o sol acorda pouco depois das 4h00 e com ele, vem a luz...fenomenal, mas não tanto para o descanso daqueles que são sensíveis à luminosidade. As noites passadas no campismo, provocam-nos alguma ambivalência: por um lado, o ambiente que nos oferecem é magnífico e único, por outro, o descanso é muito limitado, o que ao fim de algum tempo, se começa a fazer sentir. Ainda assim, não nos faltou vontade de prosseguir.
Cerca das 8h30, saímos do parque para Gills Bay, onde apanharíamos o ferry para The Mainland, a principal ilha das Orkney. Apenas mais 2 motas se encontravam no terminal, mas um rol de carros e veículos pesados de mercadorias aguardavam também um lugar, o que acabou por atrapalhar as manobras de embarque e resultou num atraso significativo. Passava das 10h00 quando finalmente zarpámos.
Mais uma vez no mar... e aqui foi-nos possível apreciar a vida marítima, rica, daquele lugar. Inúmeras aves cruzavam-se connosco, numa corrida contra o ferry...um verdadeiro espectáculo, ver aqueles voos rasantes em alto mar.
De repente, todos se viram para o outro lado do barco..."Baleias! Baleias!" Pelo menos uma baleia deixava-se avistar, não muito longe de nós, para contentamento geral...jackpot! Apesar de serem habitantes daquelas águas, ao que parece, não é assim tão frequente a sua aparição.
Chegámos finalmente a St. Margarets Hope, nas ilhas Orkney e dirigimo-nos à Italian Chapel. Esta capela, como o nome deixa adivinhar, foi construída por italianos, mais concretamente, por prisioneiros, que durante a 2ª Guerra Mundial foram capturados e levados para os campos de trabalho existentes nesta ilha. Aqui, construíram e adornaram esta igreja, apenas com materiais existentes nos campos. A capela, que tem sido alvo de obras de conservação, encontra-se num estado impressionante.
Quando saímos, fomos abordados por um motociclista que tinha vindo no mesmo ferry que nós. O Grahaem, inglês de Newcastle, estava em viagem com a companheira, para uma estadia de 3 dias nas Orkney. Veterano das duas rodas, mostrava-se avesso a outro tipo de férias. "Já visitei 36 países, sempre de mota..." Cheio de boa disposição e vontade de socializar, deixou-nos o contacto. Quem sabe, em viagens futuras, nos voltaremos a encontrar. Seguimos o nosso caminho.
Começavam a surgir os primeiros vestígios neolíticos, como as Standing Stones of Stenness ou o Ring of Brodgar, onde parámos. Este último, trata-se de um local cerimonial pré-histórico composto por um conjunto de monólitos, erigidos em círculo. Actualmente, restam cerca de 36 destas pedras...e visitantes, muitos visitantes! Cada monólito, estava rodeado de gente. E nós, ansiosos por sentir a energia do local, acabámos por desistir e demorar pouco no local.
Adiante...havia ainda muito por ver. A paragem seguinte era Yesnaby, um cenário costeiro, com espectaculares penhascos marítimos e refúgio de aves marítimas como o puffin, ou papagaio do mar.
Voltando à arqueologia, dirigimo-nos a Scara Brae, uma das mais bem preservadas aldeias neolíticas da Europa. Situada junto à baía de Skaill, foi descoberta cerca de 1850, após uma tempestade ter deixado expostos os seus vestígios. Além das casas propriamente ditas, foram encontrados vários artefactos, desde ferramentas a objectos ornamentais, feitos em osso, marfim ou pedra.
O dia corria e admitindo que não teríamos tempo para mais visitas, decidimos que era momento para uma pausa e "piquenicar", em Marwick Bay, junto ao mar...
Ainda passámos por Kirkwall, a capital da ilha, que tinha sem dúvida muito para explorar, como por exemplo a St. Magnus Cathedral, que só vimos por fora.
Infelizmente o último ferry era demasiado cedo e não conseguimos fazer mais do que uma volta pela avenida principal. Momento de dizer, que foi aqui que encontrámos as melhores estradas da Escócia. Muito poucas "single track roads" e piso em condições.
De novo a bordo do Pentalina, o ferry em que viajámos, cedemos ao cansaço e ao desgaste, que terá neste dia, chegado ao seu auge. Aproveitámos o conforto dos cadeirões e acabámos por dormir, durante parte da travessia...
O descanso deu-nos novas forças e chegados novamente a terra, ainda fomos a Dunnet Head, o verdadeiro ponto mais a norte do território "continental" escocês. Para além das vistas soberbas, Dunnet Head tem um farol, que lhe dá um brilho especial.
O dia terminava mais uma vez em John O'Groats, onde decidimos ir jantar ao único "restaurante" do sítio: o The Cabin, a fabulosa roulotte do Geoff, com direito a esplanada e tudo
obrigado pelas vossas palavras!
Décimo Dia: Orkney
Tínhamos ultrapassado a barreira temporal do meio da viagem (já?) e estávamos prestes a ir ao local mais a norte aonde esta aventura nos levaria: as Orkney.
As ilhas Orkney, ou Órcades, são um dos vários arquipélagos pertencentes à Escócia. Localizadas no mar do Norte, são constituídas por cerca de 70 ilhas, embora apenas 20 sejam habitadas. Com um rico espólio arqueológico, encontram-se aqui, diversos vestígios da civilização neolítica, alguns dos quais pretendíamos visitar. Além disso, estas ilhas constituíram uma importante peça na "arte da guerra" inglesa e dos aliados. Foi fundamental, como base naval, constituindo quer pela sua localização, quer pelas especificidades geológicas, um ponto estratégico em diversos conflitos militares.
Despertámos cedo na nossa tenda, no parque de campismo de John O´Groats. Como já comentámos anteriormente, os dias aqui, nesta altura do ano, são grandes. Para além de anoitecer tarde, o sol acorda pouco depois das 4h00 e com ele, vem a luz...fenomenal, mas não tanto para o descanso daqueles que são sensíveis à luminosidade. As noites passadas no campismo, provocam-nos alguma ambivalência: por um lado, o ambiente que nos oferecem é magnífico e único, por outro, o descanso é muito limitado, o que ao fim de algum tempo, se começa a fazer sentir. Ainda assim, não nos faltou vontade de prosseguir.
Cerca das 8h30, saímos do parque para Gills Bay, onde apanharíamos o ferry para The Mainland, a principal ilha das Orkney. Apenas mais 2 motas se encontravam no terminal, mas um rol de carros e veículos pesados de mercadorias aguardavam também um lugar, o que acabou por atrapalhar as manobras de embarque e resultou num atraso significativo. Passava das 10h00 quando finalmente zarpámos.
Mais uma vez no mar... e aqui foi-nos possível apreciar a vida marítima, rica, daquele lugar. Inúmeras aves cruzavam-se connosco, numa corrida contra o ferry...um verdadeiro espectáculo, ver aqueles voos rasantes em alto mar.
De repente, todos se viram para o outro lado do barco..."Baleias! Baleias!" Pelo menos uma baleia deixava-se avistar, não muito longe de nós, para contentamento geral...jackpot! Apesar de serem habitantes daquelas águas, ao que parece, não é assim tão frequente a sua aparição.
Chegámos finalmente a St. Margarets Hope, nas ilhas Orkney e dirigimo-nos à Italian Chapel. Esta capela, como o nome deixa adivinhar, foi construída por italianos, mais concretamente, por prisioneiros, que durante a 2ª Guerra Mundial foram capturados e levados para os campos de trabalho existentes nesta ilha. Aqui, construíram e adornaram esta igreja, apenas com materiais existentes nos campos. A capela, que tem sido alvo de obras de conservação, encontra-se num estado impressionante.
Quando saímos, fomos abordados por um motociclista que tinha vindo no mesmo ferry que nós. O Grahaem, inglês de Newcastle, estava em viagem com a companheira, para uma estadia de 3 dias nas Orkney. Veterano das duas rodas, mostrava-se avesso a outro tipo de férias. "Já visitei 36 países, sempre de mota..." Cheio de boa disposição e vontade de socializar, deixou-nos o contacto. Quem sabe, em viagens futuras, nos voltaremos a encontrar. Seguimos o nosso caminho.
Começavam a surgir os primeiros vestígios neolíticos, como as Standing Stones of Stenness ou o Ring of Brodgar, onde parámos. Este último, trata-se de um local cerimonial pré-histórico composto por um conjunto de monólitos, erigidos em círculo. Actualmente, restam cerca de 36 destas pedras...e visitantes, muitos visitantes! Cada monólito, estava rodeado de gente. E nós, ansiosos por sentir a energia do local, acabámos por desistir e demorar pouco no local.
Adiante...havia ainda muito por ver. A paragem seguinte era Yesnaby, um cenário costeiro, com espectaculares penhascos marítimos e refúgio de aves marítimas como o puffin, ou papagaio do mar.
Voltando à arqueologia, dirigimo-nos a Scara Brae, uma das mais bem preservadas aldeias neolíticas da Europa. Situada junto à baía de Skaill, foi descoberta cerca de 1850, após uma tempestade ter deixado expostos os seus vestígios. Além das casas propriamente ditas, foram encontrados vários artefactos, desde ferramentas a objectos ornamentais, feitos em osso, marfim ou pedra.
O dia corria e admitindo que não teríamos tempo para mais visitas, decidimos que era momento para uma pausa e "piquenicar", em Marwick Bay, junto ao mar...
Ainda passámos por Kirkwall, a capital da ilha, que tinha sem dúvida muito para explorar, como por exemplo a St. Magnus Cathedral, que só vimos por fora.
Infelizmente o último ferry era demasiado cedo e não conseguimos fazer mais do que uma volta pela avenida principal. Momento de dizer, que foi aqui que encontrámos as melhores estradas da Escócia. Muito poucas "single track roads" e piso em condições.
De novo a bordo do Pentalina, o ferry em que viajámos, cedemos ao cansaço e ao desgaste, que terá neste dia, chegado ao seu auge. Aproveitámos o conforto dos cadeirões e acabámos por dormir, durante parte da travessia...
O descanso deu-nos novas forças e chegados novamente a terra, ainda fomos a Dunnet Head, o verdadeiro ponto mais a norte do território "continental" escocês. Para além das vistas soberbas, Dunnet Head tem um farol, que lhe dá um brilho especial.
O dia terminava mais uma vez em John O'Groats, onde decidimos ir jantar ao único "restaurante" do sítio: o The Cabin, a fabulosa roulotte do Geoff, com direito a esplanada e tudo
Última edição por Swift em Seg Jul 10 2017, 19:51, editado 1 vez(es)
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Boas viagens!
Mário Cordeiro
https://www.facebook.com/Escocia2017
https://www.instagram.com/para_la_da_escocia
https://www.youtube.com/@ParaladaEscocia
Swift- Zero à direita
Re: Escócia 2017
Olá a todos,
acrescentei o vídeo do dia 8, para nós um dos melhores dias da nossa viagem!
espero que gostem
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Re: Escócia 2017
Décimo Primeiro Dia - John O´Groats - Inverness -
A noite esteve fria em John O'Groats.
E a chuva, também se fez convidada, conforme prometera. Na noite anterior, já avisados de que havia uma forte possibilidade de chuva, procurávamos o melhor terreno para deixar a mota. Ao ver as manobras, o nosso vizinho do camping, decidiu ajudar. Veio ao nosso encontro com uma base de suporte, para evitar que o descanso da mota se enterrasse na lama. O senhor, inglês em passeio, estava numa auto caravana, estacionada ao nosso lado.
Mais uma vez, o destino cruzava-nos com a simpatia em pessoa. Acabou a contar-nos que apesar de Inglês, gostava muito da Escócia e sobretudo de viajar. Que viajava muito em auto-caravana. Quanto a Portugal? Percebeu-se pelo brilho nos olhos, que lhe agradava mesmo. “Gosto muito de Portugal. Estive muitas vezes em Lisboa em trabalho. E a comida…”. Agora já reformado, dizia apreciar muito o Algarve: Lagos e Carvoeiro.
Fomos conversando e agradecendo a ajuda prestada, quando nos pergunta se no dia seguinte queríamos um chá ou café quente. “Eu sei o que é acampar com frio, cansados e só apetece uma bebida quente…” Meio envergonhados acabamos por aceitar. De realçar, que estas pessoas tão gentis e cheias de vida, com quem os nossos caminhos se cruzaram, fizeram toda a diferença e marcaram de forma profunda a nossa experiência. Por isso, deixamos-lhes aqui, o nosso profundo agradecimento.
Despertámos, mais uma vez cedo e numa manhã ainda fria, mas já sem chuva. Prontamente, o nosso amável vizinho estende-nos duas canecas de café a fumegar. Aqueceu-nos o corpo e a alma…e já de baterias carregadas, arrumámos rapidamente o material e estávamos prontos a enfrentar a estrada. Partimos de John O'Groats, não sem antes nos despedirmos também do simpático Geoff, que já tinha a roulotte a trabalhar a todo o vapor. Foto para a posteridade e toca a rolar.
Começávamos a “descer”.
Tempo de voltar para o sul, apesar do destino do dia, ser ainda nas Terras altas, mais precisamente, Inverness, a capital das Highlands. Mas antes, havia tempo para mais castelos…o Dunrobin Castle foi o primeiro. Casa do Clã e Duques de Sutherland desde o séc. XIII. Remodelado no séc. XIX, destaca-se pela sua arquitectura menos austera e mais romântica , muito ao estilo francês… e dos filmes da Disney! Edificado mesmo junto ao mar, na costa leste, exibe luxuriantes jardins que se misturam com o mar e oferece de facto, imagens de sonho. Desta vez, conseguimos visitar o interior do castelo, mas os jardins…só mesmo da janela, porque a chuva tinha decidido fazer mais uma visita.
Lá seguimos viagem e a chuva, embora pouco persistente, ia fazendo os seus estragos, entre eles minava a vontade de andar em espaços abertos.
Assim, parámos na Culloden Battlefield apenas por uns momentos. A batalha de Culloden, foi o ponto final de uma guerra civil e religiosa na Grã-Bretanha do Séc. XVIII. Exército inglês e revolucionários Jacobitas, confrontaram-se numa das mais sangrentas batalhas. Com a vitória inglesa, foram-se os sonhos independentistas dos Escoceses.
Mudando para cenários menos macabros, tínhamos mais um castelo na lista: o Cawdor Castle. Este, muito famoso pela sua ligação (ficcional), com a obra maldita de Shakespeare, Macbeth. O castelo, é encantador. Situado numa grande propriedade, encontra-se rodeado de jardins frondosos que convidam ao passeio ou ao descanso. Foi sem dúvida, um dos nossos preferidos.
Rondava as 3 da tarde e decidimos comer qualquer coisa ali mesmo, no bar do castelo. Enquanto isso aproveitávamos a Wi-Fi para procurar alojamento em Inverness.
Depois de 2 noites mal dormidas já merecíamos uma caminha…tarefa difícil. Mais uma vez, tudo ocupado. Ou demasiado excêntrico para os nossos bolsos. Depois de muita procura e dois telefonemas, lá arranjámos um B&B, dentro do orçamento.
Mais descansados, prosseguimos viagem. Íamos finalmente visitar uma destilaria. A eleita foi a Dhallas Dhu (não por sermos fãs deste whisky, mas porque tínhamos entrada gratuita com o Explorer Pass que tínhamos comprado). Temos que admitir que ficámos um bocadinho desiludidos. Afinal, aquilo não é uma destilaria a sério…já foi! Agora, está inactiva e é basicamente um museu. Ainda assim, deu para perceber as etapas de produção e tivemos direito a uma amostra de Whisky. Slàinte! (Saúde!).
Para este dia, tínhamos ainda planeado ir a Fort George, mas fomos avisados pelos funcionários da destilaria para desistirmos da ideia.
O Fort, estava a fechar àquela hora. Bem, sempre dava para ver por fora. E aí fomos nós.
A chuva tinha dado tréguas, mas no seu lugar, instalara-se um vendaval, ainda mais incomodativo. O Fort George, é uma fortaleza militar, concebida para ser uma base naval e constituindo, no momento da sua construção, a maior da Europa. O seu perímetro murado é de cerca de 1,5 km. Mesmo não entrando, dá para perceber a sua dimensão e imponência.
Chegámos a Inverness perto das 19h00, depois de cerca de 300km. Dirigimo-nos à nossa "casa" da noite, a Park Guest House, onde fomos muito bem recebidos pelo anfitrião, um senhor de idade já avançada, mas muito elegante. Uma das condições que necessitamos nos alojamentos é a existência de parque para a mota, o que tinha sido confirmado no prévio contacto telefónico. Quando entrámos, o senhor pergunta avidamente "Que mota têm? Eu também tive mota, uma Triumph..." Por estas bandas, é notório e frequente o gosto pelos veículos de duas rodas. Gosto que se estende transversalmente pelas gerações. Depois de um duche que nos deixou revigorados, dirigimo-nos ao centro da cidade para explorar um pouco e jantar. O B&B ficava a uma distância curta, o que nos permitiu ir a pé. Inverness é já uma cidade de tamanho considerável, comparativamente com as outras cidades das Highlands. Cortada ao meio pelo rio Ness, que por sua vez é atravessado por diversas pontes, a cidade tem também um castelo, edificado numa colina e que domina a paisagem de uma das margens do rio. A estrutura actual, data do séc. XIX e foi construída no mesmo local de uma fortificação bem mais antiga, que foi alvo de sucessivos ataques ao longo dos anos. Pelo pouco que conseguimos ver, Inverness pareceu-nos muito agradável. Mais um dos locais que merecia mais tempo. Depois de percorrermos um pouco das ruas da cidade e de jantarmos era hora de descanso. Regressámos ao nosso quarto e caímos nos braços de Morfeu.
A noite esteve fria em John O'Groats.
E a chuva, também se fez convidada, conforme prometera. Na noite anterior, já avisados de que havia uma forte possibilidade de chuva, procurávamos o melhor terreno para deixar a mota. Ao ver as manobras, o nosso vizinho do camping, decidiu ajudar. Veio ao nosso encontro com uma base de suporte, para evitar que o descanso da mota se enterrasse na lama. O senhor, inglês em passeio, estava numa auto caravana, estacionada ao nosso lado.
Mais uma vez, o destino cruzava-nos com a simpatia em pessoa. Acabou a contar-nos que apesar de Inglês, gostava muito da Escócia e sobretudo de viajar. Que viajava muito em auto-caravana. Quanto a Portugal? Percebeu-se pelo brilho nos olhos, que lhe agradava mesmo. “Gosto muito de Portugal. Estive muitas vezes em Lisboa em trabalho. E a comida…”. Agora já reformado, dizia apreciar muito o Algarve: Lagos e Carvoeiro.
Fomos conversando e agradecendo a ajuda prestada, quando nos pergunta se no dia seguinte queríamos um chá ou café quente. “Eu sei o que é acampar com frio, cansados e só apetece uma bebida quente…” Meio envergonhados acabamos por aceitar. De realçar, que estas pessoas tão gentis e cheias de vida, com quem os nossos caminhos se cruzaram, fizeram toda a diferença e marcaram de forma profunda a nossa experiência. Por isso, deixamos-lhes aqui, o nosso profundo agradecimento.
Despertámos, mais uma vez cedo e numa manhã ainda fria, mas já sem chuva. Prontamente, o nosso amável vizinho estende-nos duas canecas de café a fumegar. Aqueceu-nos o corpo e a alma…e já de baterias carregadas, arrumámos rapidamente o material e estávamos prontos a enfrentar a estrada. Partimos de John O'Groats, não sem antes nos despedirmos também do simpático Geoff, que já tinha a roulotte a trabalhar a todo o vapor. Foto para a posteridade e toca a rolar.
Começávamos a “descer”.
Tempo de voltar para o sul, apesar do destino do dia, ser ainda nas Terras altas, mais precisamente, Inverness, a capital das Highlands. Mas antes, havia tempo para mais castelos…o Dunrobin Castle foi o primeiro. Casa do Clã e Duques de Sutherland desde o séc. XIII. Remodelado no séc. XIX, destaca-se pela sua arquitectura menos austera e mais romântica , muito ao estilo francês… e dos filmes da Disney! Edificado mesmo junto ao mar, na costa leste, exibe luxuriantes jardins que se misturam com o mar e oferece de facto, imagens de sonho. Desta vez, conseguimos visitar o interior do castelo, mas os jardins…só mesmo da janela, porque a chuva tinha decidido fazer mais uma visita.
Lá seguimos viagem e a chuva, embora pouco persistente, ia fazendo os seus estragos, entre eles minava a vontade de andar em espaços abertos.
Assim, parámos na Culloden Battlefield apenas por uns momentos. A batalha de Culloden, foi o ponto final de uma guerra civil e religiosa na Grã-Bretanha do Séc. XVIII. Exército inglês e revolucionários Jacobitas, confrontaram-se numa das mais sangrentas batalhas. Com a vitória inglesa, foram-se os sonhos independentistas dos Escoceses.
Mudando para cenários menos macabros, tínhamos mais um castelo na lista: o Cawdor Castle. Este, muito famoso pela sua ligação (ficcional), com a obra maldita de Shakespeare, Macbeth. O castelo, é encantador. Situado numa grande propriedade, encontra-se rodeado de jardins frondosos que convidam ao passeio ou ao descanso. Foi sem dúvida, um dos nossos preferidos.
Rondava as 3 da tarde e decidimos comer qualquer coisa ali mesmo, no bar do castelo. Enquanto isso aproveitávamos a Wi-Fi para procurar alojamento em Inverness.
Depois de 2 noites mal dormidas já merecíamos uma caminha…tarefa difícil. Mais uma vez, tudo ocupado. Ou demasiado excêntrico para os nossos bolsos. Depois de muita procura e dois telefonemas, lá arranjámos um B&B, dentro do orçamento.
Mais descansados, prosseguimos viagem. Íamos finalmente visitar uma destilaria. A eleita foi a Dhallas Dhu (não por sermos fãs deste whisky, mas porque tínhamos entrada gratuita com o Explorer Pass que tínhamos comprado). Temos que admitir que ficámos um bocadinho desiludidos. Afinal, aquilo não é uma destilaria a sério…já foi! Agora, está inactiva e é basicamente um museu. Ainda assim, deu para perceber as etapas de produção e tivemos direito a uma amostra de Whisky. Slàinte! (Saúde!).
Para este dia, tínhamos ainda planeado ir a Fort George, mas fomos avisados pelos funcionários da destilaria para desistirmos da ideia.
O Fort, estava a fechar àquela hora. Bem, sempre dava para ver por fora. E aí fomos nós.
A chuva tinha dado tréguas, mas no seu lugar, instalara-se um vendaval, ainda mais incomodativo. O Fort George, é uma fortaleza militar, concebida para ser uma base naval e constituindo, no momento da sua construção, a maior da Europa. O seu perímetro murado é de cerca de 1,5 km. Mesmo não entrando, dá para perceber a sua dimensão e imponência.
Chegámos a Inverness perto das 19h00, depois de cerca de 300km. Dirigimo-nos à nossa "casa" da noite, a Park Guest House, onde fomos muito bem recebidos pelo anfitrião, um senhor de idade já avançada, mas muito elegante. Uma das condições que necessitamos nos alojamentos é a existência de parque para a mota, o que tinha sido confirmado no prévio contacto telefónico. Quando entrámos, o senhor pergunta avidamente "Que mota têm? Eu também tive mota, uma Triumph..." Por estas bandas, é notório e frequente o gosto pelos veículos de duas rodas. Gosto que se estende transversalmente pelas gerações. Depois de um duche que nos deixou revigorados, dirigimo-nos ao centro da cidade para explorar um pouco e jantar. O B&B ficava a uma distância curta, o que nos permitiu ir a pé. Inverness é já uma cidade de tamanho considerável, comparativamente com as outras cidades das Highlands. Cortada ao meio pelo rio Ness, que por sua vez é atravessado por diversas pontes, a cidade tem também um castelo, edificado numa colina e que domina a paisagem de uma das margens do rio. A estrutura actual, data do séc. XIX e foi construída no mesmo local de uma fortificação bem mais antiga, que foi alvo de sucessivos ataques ao longo dos anos. Pelo pouco que conseguimos ver, Inverness pareceu-nos muito agradável. Mais um dos locais que merecia mais tempo. Depois de percorrermos um pouco das ruas da cidade e de jantarmos era hora de descanso. Regressámos ao nosso quarto e caímos nos braços de Morfeu.
Última edição por Swift em Sex Jul 14 2017, 20:04, editado 1 vez(es)
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Boas viagens!
Mário Cordeiro
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Re: Escócia 2017
Boas,
Juntei o Vídeo do nosso nono dia de viagem! espero que gostem!
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Re: Escócia 2017
Décimo Segundo Dia - Inverness - Edimburgo - 371Kms
Que bem dormimos na Park Guest House, em Inverness!
A casa é do estilo vitoriano e decorada na mesma linha. Cheia de objectos de arte e antiguidades. Condizente com o anfitrião, sempre muito cordial, um verdadeiro gentleman. Serviu-nos o pequeno almoço escocês na sala de refeições, ao som de música clássica. Apesar de curta, foi uma estadia muito agradável.
O tempo corre e era mais uma vez hora de seguir viagem. Despedimo-nos do Sr. Robertson e partimos.
Hoje deixaríamos as Terras Altas, de que tanto gostámos. Iríamos já dormir em Edimburgo, o último destino da nossa aventura Escocesa. Mas ainda havia muito para ver...
O Urquhart Castle, por exemplo, que fica plantado à beira do Loch Ness e que foi um dos maiores castelos da Escócia. Hoje em dia, é uma das atracções mais visitadas, o que podemos comprovar pelos rios de gente que inundavam as ruínas. A presença de tanta gente, acaba por nos tirar um bocadinho a vontade de permanecer mais tempo nestes locais. Por isso, não alongámos a nossa visita. De qualquer forma, o castelo tem acesso directo ao lago e ainda deu para ir molhar a mão e trazer uma pedrinha de recordação.
Seguimos rumos a sul, sempre com o Loch Ness ao nosso lado, estendendo-se por cerca de 37 km. Aqui e ali, viam-se turistas parados a tirar fotografias...quem sabe na esperança de ver a Nessie. Como suspeitávamos, a menina (é verdade, dizem que "o monstro" é uma menina), é tímida e não apareceu mesmo.
Chegávamos ao extremo sul do Loch Ness, onde se aninha a pitoresca vila de Fort Augustus. Por lá, passa também o Caledonian Canal, uma impressionante construção de canais que liga diferentes lagos ao longo de quase 100 km. Este, é um destino muito concorrido, não só pelos cruzeiros nos lagos, mas também pelos trilhos de ciclismo e caminhadas, muito populares por estas bandas. Aproveitámos o cenário para fazer uma pausa para café, mesmo em frente ao canal. Lindo.
Conforme prosseguíamos viagem, a imagem que nos envolvia ia mudando outra vez. Era fácil perceber que estávamos a deixar as Highlands.
Mais a sul, a flora é mais densa, com arvoredos a dominarem a paisagem. Norte e sul têm diferenças abissais, mas ambos com uma beleza natural quase transcendente.
Seguimos ao lado do Cairngorms National Park . Vida selvagem, lagos, montanhas, tudo isto e mais, fazem parte das experiências que o parque tem para oferecer. No nosso caso, ficámos pelas vistas a partir da estrada e não nos aventuramos mais. Mais uma vez, o tempo não dá para tudo.
Ficámos com a clara noção que precisaríamos de muitos mais dias para explorar tudo que a Escócia tem para oferecer. O ponto seguinte da viagem era Stirling, uma cidade importante e conhecida como "The Gateway to the Highlands": o portão para as terras altas. Dona de um dos maiores e mais visitados castelos do país, este, aloja-se no alto da cidade, rodeado por uma zona histórica de arquitectura medieval muito bonita, toda empedrada e com edifícios muito bem preservados. O único senão é a estrada, muito má para andar de mota...
Quando chegámos, já a tarde ia a meio, o que queria dizer que mais uma vez não teríamos muito tempo para visitar o castelo. Apesar de também ter muitos visitantes, não havia tanta gente aglomerada, o que facilitou a visita. É de facto digno de visita, além de proporcionar vistas fantásticas do resto da cidade e de outros pontos históricos, como o monumento a Wallace e a Igreja da Holly Cross, rodeada por um enorme cemitério.
Saímos do castelo e o calor apertava, com o sol a brilhar inclemente. Procuramos um lugar à sombra no relvado exterior para relaxar um pouco antes de seguir viagem. Quando deixámos Stirling o trânsito estava caótico, mas lá conseguimos descobrir um caminho alternativo para Falkirk. Conforme estávamos avisados, a maior parte das atracções turísticas fecha muito cedo, por isso, alguns dos locais que tínhamos planeado visitar, acabaram por ser vistos do exterior ou já sem estarem em funcionamento. Foi o caso da Roda de Falkirk, um elevador rotativo de barcos, que permite a passagem das embarcações de um canal para o outro, único no mundo. O engenho, situa-se num parque, que alberga um centro de visitas e onde é possível perceber e ver o funcionamento do mecanismo, além de fazer passeios de barco.
Não muito longe dali, encontra-se o The Helix, um parque urbano de recreio que aloja duas enormes esculturas de cabeças de cavalos em metal: os Kelpies. Estes seres, fazem parte do vasto imaginário mitológico da Escócia, espíritos aquáticos, que viveriam em todos os Lochs e que teriam a habilidade de mudar de forma, embora habitualmente surgissem como cavalos. Além de homenagear a cultura, estas esculturas pretendem igualmente destacar a importância dos cavalos na história e economia do país. À hora que chegámos, o parque estava quase vazio e o sol que se escondia por trás da estrutura, contribuía para um cenário ainda mais bonito. Se não fossem as gruas estacionadas mesmo ao lado, o quadro era perfeito.
50 km depois estávamos a chegar ao destino do dia. Eram perto das 19h00, quando chegámos finalmente à capital da Escócia: Edimburgo!
Que bem dormimos na Park Guest House, em Inverness!
A casa é do estilo vitoriano e decorada na mesma linha. Cheia de objectos de arte e antiguidades. Condizente com o anfitrião, sempre muito cordial, um verdadeiro gentleman. Serviu-nos o pequeno almoço escocês na sala de refeições, ao som de música clássica. Apesar de curta, foi uma estadia muito agradável.
O tempo corre e era mais uma vez hora de seguir viagem. Despedimo-nos do Sr. Robertson e partimos.
Hoje deixaríamos as Terras Altas, de que tanto gostámos. Iríamos já dormir em Edimburgo, o último destino da nossa aventura Escocesa. Mas ainda havia muito para ver...
O Urquhart Castle, por exemplo, que fica plantado à beira do Loch Ness e que foi um dos maiores castelos da Escócia. Hoje em dia, é uma das atracções mais visitadas, o que podemos comprovar pelos rios de gente que inundavam as ruínas. A presença de tanta gente, acaba por nos tirar um bocadinho a vontade de permanecer mais tempo nestes locais. Por isso, não alongámos a nossa visita. De qualquer forma, o castelo tem acesso directo ao lago e ainda deu para ir molhar a mão e trazer uma pedrinha de recordação.
Seguimos rumos a sul, sempre com o Loch Ness ao nosso lado, estendendo-se por cerca de 37 km. Aqui e ali, viam-se turistas parados a tirar fotografias...quem sabe na esperança de ver a Nessie. Como suspeitávamos, a menina (é verdade, dizem que "o monstro" é uma menina), é tímida e não apareceu mesmo.
Chegávamos ao extremo sul do Loch Ness, onde se aninha a pitoresca vila de Fort Augustus. Por lá, passa também o Caledonian Canal, uma impressionante construção de canais que liga diferentes lagos ao longo de quase 100 km. Este, é um destino muito concorrido, não só pelos cruzeiros nos lagos, mas também pelos trilhos de ciclismo e caminhadas, muito populares por estas bandas. Aproveitámos o cenário para fazer uma pausa para café, mesmo em frente ao canal. Lindo.
Conforme prosseguíamos viagem, a imagem que nos envolvia ia mudando outra vez. Era fácil perceber que estávamos a deixar as Highlands.
Mais a sul, a flora é mais densa, com arvoredos a dominarem a paisagem. Norte e sul têm diferenças abissais, mas ambos com uma beleza natural quase transcendente.
Seguimos ao lado do Cairngorms National Park . Vida selvagem, lagos, montanhas, tudo isto e mais, fazem parte das experiências que o parque tem para oferecer. No nosso caso, ficámos pelas vistas a partir da estrada e não nos aventuramos mais. Mais uma vez, o tempo não dá para tudo.
Ficámos com a clara noção que precisaríamos de muitos mais dias para explorar tudo que a Escócia tem para oferecer. O ponto seguinte da viagem era Stirling, uma cidade importante e conhecida como "The Gateway to the Highlands": o portão para as terras altas. Dona de um dos maiores e mais visitados castelos do país, este, aloja-se no alto da cidade, rodeado por uma zona histórica de arquitectura medieval muito bonita, toda empedrada e com edifícios muito bem preservados. O único senão é a estrada, muito má para andar de mota...
Quando chegámos, já a tarde ia a meio, o que queria dizer que mais uma vez não teríamos muito tempo para visitar o castelo. Apesar de também ter muitos visitantes, não havia tanta gente aglomerada, o que facilitou a visita. É de facto digno de visita, além de proporcionar vistas fantásticas do resto da cidade e de outros pontos históricos, como o monumento a Wallace e a Igreja da Holly Cross, rodeada por um enorme cemitério.
Saímos do castelo e o calor apertava, com o sol a brilhar inclemente. Procuramos um lugar à sombra no relvado exterior para relaxar um pouco antes de seguir viagem. Quando deixámos Stirling o trânsito estava caótico, mas lá conseguimos descobrir um caminho alternativo para Falkirk. Conforme estávamos avisados, a maior parte das atracções turísticas fecha muito cedo, por isso, alguns dos locais que tínhamos planeado visitar, acabaram por ser vistos do exterior ou já sem estarem em funcionamento. Foi o caso da Roda de Falkirk, um elevador rotativo de barcos, que permite a passagem das embarcações de um canal para o outro, único no mundo. O engenho, situa-se num parque, que alberga um centro de visitas e onde é possível perceber e ver o funcionamento do mecanismo, além de fazer passeios de barco.
Não muito longe dali, encontra-se o The Helix, um parque urbano de recreio que aloja duas enormes esculturas de cabeças de cavalos em metal: os Kelpies. Estes seres, fazem parte do vasto imaginário mitológico da Escócia, espíritos aquáticos, que viveriam em todos os Lochs e que teriam a habilidade de mudar de forma, embora habitualmente surgissem como cavalos. Além de homenagear a cultura, estas esculturas pretendem igualmente destacar a importância dos cavalos na história e economia do país. À hora que chegámos, o parque estava quase vazio e o sol que se escondia por trás da estrutura, contribuía para um cenário ainda mais bonito. Se não fossem as gruas estacionadas mesmo ao lado, o quadro era perfeito.
50 km depois estávamos a chegar ao destino do dia. Eram perto das 19h00, quando chegámos finalmente à capital da Escócia: Edimburgo!
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Boas viagens!
Mário Cordeiro
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https://www.instagram.com/para_la_da_escocia
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Swift- Zero à direita
Re: Escócia 2017
Excelente a narrativa da vossa viagem Mário e Claudia! Do melhor que tenho lido por aqui. Deves ter uma costela de "Higlander" (A' Ghàidhealtachd ). Uma não, muitas...Obrigado por partilhares o teu sonho tornado realidade.
Espsanto- Zero à direita
Re: Escócia 2017
Boas,
Mais e mais paisagens deslumbrantes......É um regalo viajar convosco e quase que estar lá também. Parabéns por esta viagem.
Levam mais um
Boas curvas
Mais e mais paisagens deslumbrantes......É um regalo viajar convosco e quase que estar lá também. Parabéns por esta viagem.
Levam mais um
Boas curvas
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CARLOS PIRES
Mama Sumae !!
Carlospira- Zero à direita
Re: Escócia 2017
Olá!
Adicionei o vídeo do 11º dia.
Abraço
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Abraço
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Boas viagens!
Mário Cordeiro
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Swift- Zero à direita
Re: Escócia 2017
Décimo Terceiro Dia - Edimburgo
Edimburgo!
Estávamos na capital da Escócia. Uma cidade que há muito planeávamos conhecer! Uma cidade cheia de mistérios e histórias de fantasmas...
Tínhamos dois dias para explorar a cidade, nitidamente pouco para a tarefa. Durante estas 48 horas, daríamos descanso à mota, que ficaria no estacionamento do B&B onde ficámos, a Mayville Guest House. Este, ficava situado numa zona residencial, não muito longe do centro, o que permitia deslocarmo-nos a pé. Confessamos que o nosso alojamento não era brilhante (devia um bocadinho(ão)à limpeza), mas o resto das condições, eram ideais para nós e o anfitrião bastante prestável.
Logo à chegada, alertou-nos para a vaga de roubos de motos na cidade, ao mesmo tempo que nos descansava com o facto do estacionamento ser nas traseiras e menos exposto a olhos alheios. A noite passou e mais uma vez, a mania desta malta não utilizar estores, perturbou o nosso sono. A partir das 4h30, com o dia já claro, o descanso não foi o mesmo. Ainda assim, tínhamos uma cama (consideravelmente mais confortável que uma tenda ). 1º dia em Edimburgo e tínhamos planeado visitar antes de mais o imponente castelo. Saímos em direcção ao centro, absorvendo o espírito da cidade. As pessoas, o trânsito, as ruas cheias de cafés e lojinhas...apetecia para em todo o lado. Tínhamos caminhado pouco mais de meia hora quando chegámos às muralhas.
Apesar de nos termos levantado cedo, rapidamente percebemos que afinal não era suficiente. Às portas do castelo, avolumava-se a multidão...felizmente tínhamos o Explorer Pass, um passe turístico que dá acesso a vários monumentos e que neste caso, além da entrada gratuita, também nos dava acesso a uma"fast track", o que nos permitiu escapar às filas.
Dentro do castelo o cenário era idêntico: centenas de pessoas por todo o lado. Nem um espacinho livre para tirar uma fotografia de jeito...cada vez mais, as multidões nos fazem "alergia"! De qualquer forma, valeu bem a pena. O castelo é enorme, com vários locais visitáveis e com uma forte componente militar, apresentando várias exposições sobre as diferentes forças armadas da Escócia. Além disso, a vista que se tem da cidade e que se estende até ao mar, é espectacular. Uma particularidade que observámos em muitos monumentos escoceses, principalmente nos castelos e que aqui não foi excepção, foi a presença de actores, que encarnam o papel de personagens históricas e contam as suas "estórias" e interagem com o público. Traz de facto uma animação extra ao cenário.
Uma das atracções principais e que infelizmente falhámos, foi "As Jóias da Coroa". Por muito que gostássemos de as ver, 1h30m de espera, não era de todo, admissível para nós.
Saímos do castelo e optámos por fazer um tour nos autocarros turísticos Hop-on, Hop-off, presentes em quase todas as grandes cidades europeias. Habitualmente, quando visitamos estas cidades, não consideramos este meio, no entanto, é uma boa opção para quando não se tem muito tempo. Ficamos com uma visão geral da cidade e conseguimos percepcionar melhor os locais onde queremos ir posteriormente. Além disso, é fornecido um audio-guia que nos vai informando sobre os diferentes monumentos ou historias da cidade. Outro ponto positivo, é ter a validade de 24 horas, o que permite usá-lo quase como transporte público, dentro daquela área.
Edimburgo não é uma cidade muito grande. Não tem metro, mas a rede de autocarros é bastante alargada e com horários regulares. Ainda assim, andar é a melhor forma de conhecer a cidade, a menos que se esteja a cair de cansaço, como era o nosso caso. Por isso e depois de uma visita ao National Museum of Scotland, que recomendamos vivamente (e ainda por cima é de borla), decidimos regressar ao quarto para descansar um pouco.
À noite, esperava-nos uma experiência arrepiante...
Sendo Edimburgo uma, senão "A" cidade mais assombrada da Europa, não poderíamos deixar de visitar alguns dos locais, supostamente habitados por seres do além ou palcos das mais macabras histórias do país. E quem melhor para nos levar nesta senda que não um local? Embora com uma forte componente turística, as Ghost Tours, são sem dúvida um "must do" em Edimburgo e a oferta é enorme.
Optámos por fazer a Free Ghost Tour, dos City Explorers. É claro que no final não é de graça, mas o conceito é mais justo. Se gostarmos, contribuímos com o valor que quisermos. E claro que nós contribuímos! Reunimo-nos na High Street, pelas 21h30. Turistas de várias partes do mundo acorreram ao chamamento. O nosso guia, era a imagem do genuíno escocês: um ruivo, alto, de barbas e cabelo comprido, com um delicioso, mas perceptível "scottish accent". Era sobretudo, um contador de histórias nato e cativante, imprimindo a sua paixão em cada palavra.
O passeio, que durou cerca de 1h30, percorreu as ruas mais sangrentas de Edimburgo e terminou no célebre cemitério de Greygfriers. Longe de ser uma experiência de meter medo, foi sem dúvida um dos pontos altos do dia!
A noite, acabou um pouco mais leve, com uma pint num pub perto de "casa".
Edimburgo!
Estávamos na capital da Escócia. Uma cidade que há muito planeávamos conhecer! Uma cidade cheia de mistérios e histórias de fantasmas...
Tínhamos dois dias para explorar a cidade, nitidamente pouco para a tarefa. Durante estas 48 horas, daríamos descanso à mota, que ficaria no estacionamento do B&B onde ficámos, a Mayville Guest House. Este, ficava situado numa zona residencial, não muito longe do centro, o que permitia deslocarmo-nos a pé. Confessamos que o nosso alojamento não era brilhante (devia um bocadinho(ão)à limpeza), mas o resto das condições, eram ideais para nós e o anfitrião bastante prestável.
Logo à chegada, alertou-nos para a vaga de roubos de motos na cidade, ao mesmo tempo que nos descansava com o facto do estacionamento ser nas traseiras e menos exposto a olhos alheios. A noite passou e mais uma vez, a mania desta malta não utilizar estores, perturbou o nosso sono. A partir das 4h30, com o dia já claro, o descanso não foi o mesmo. Ainda assim, tínhamos uma cama (consideravelmente mais confortável que uma tenda ). 1º dia em Edimburgo e tínhamos planeado visitar antes de mais o imponente castelo. Saímos em direcção ao centro, absorvendo o espírito da cidade. As pessoas, o trânsito, as ruas cheias de cafés e lojinhas...apetecia para em todo o lado. Tínhamos caminhado pouco mais de meia hora quando chegámos às muralhas.
Apesar de nos termos levantado cedo, rapidamente percebemos que afinal não era suficiente. Às portas do castelo, avolumava-se a multidão...felizmente tínhamos o Explorer Pass, um passe turístico que dá acesso a vários monumentos e que neste caso, além da entrada gratuita, também nos dava acesso a uma"fast track", o que nos permitiu escapar às filas.
Dentro do castelo o cenário era idêntico: centenas de pessoas por todo o lado. Nem um espacinho livre para tirar uma fotografia de jeito...cada vez mais, as multidões nos fazem "alergia"! De qualquer forma, valeu bem a pena. O castelo é enorme, com vários locais visitáveis e com uma forte componente militar, apresentando várias exposições sobre as diferentes forças armadas da Escócia. Além disso, a vista que se tem da cidade e que se estende até ao mar, é espectacular. Uma particularidade que observámos em muitos monumentos escoceses, principalmente nos castelos e que aqui não foi excepção, foi a presença de actores, que encarnam o papel de personagens históricas e contam as suas "estórias" e interagem com o público. Traz de facto uma animação extra ao cenário.
Uma das atracções principais e que infelizmente falhámos, foi "As Jóias da Coroa". Por muito que gostássemos de as ver, 1h30m de espera, não era de todo, admissível para nós.
Saímos do castelo e optámos por fazer um tour nos autocarros turísticos Hop-on, Hop-off, presentes em quase todas as grandes cidades europeias. Habitualmente, quando visitamos estas cidades, não consideramos este meio, no entanto, é uma boa opção para quando não se tem muito tempo. Ficamos com uma visão geral da cidade e conseguimos percepcionar melhor os locais onde queremos ir posteriormente. Além disso, é fornecido um audio-guia que nos vai informando sobre os diferentes monumentos ou historias da cidade. Outro ponto positivo, é ter a validade de 24 horas, o que permite usá-lo quase como transporte público, dentro daquela área.
Edimburgo não é uma cidade muito grande. Não tem metro, mas a rede de autocarros é bastante alargada e com horários regulares. Ainda assim, andar é a melhor forma de conhecer a cidade, a menos que se esteja a cair de cansaço, como era o nosso caso. Por isso e depois de uma visita ao National Museum of Scotland, que recomendamos vivamente (e ainda por cima é de borla), decidimos regressar ao quarto para descansar um pouco.
À noite, esperava-nos uma experiência arrepiante...
Sendo Edimburgo uma, senão "A" cidade mais assombrada da Europa, não poderíamos deixar de visitar alguns dos locais, supostamente habitados por seres do além ou palcos das mais macabras histórias do país. E quem melhor para nos levar nesta senda que não um local? Embora com uma forte componente turística, as Ghost Tours, são sem dúvida um "must do" em Edimburgo e a oferta é enorme.
Optámos por fazer a Free Ghost Tour, dos City Explorers. É claro que no final não é de graça, mas o conceito é mais justo. Se gostarmos, contribuímos com o valor que quisermos. E claro que nós contribuímos! Reunimo-nos na High Street, pelas 21h30. Turistas de várias partes do mundo acorreram ao chamamento. O nosso guia, era a imagem do genuíno escocês: um ruivo, alto, de barbas e cabelo comprido, com um delicioso, mas perceptível "scottish accent". Era sobretudo, um contador de histórias nato e cativante, imprimindo a sua paixão em cada palavra.
O passeio, que durou cerca de 1h30, percorreu as ruas mais sangrentas de Edimburgo e terminou no célebre cemitério de Greygfriers. Longe de ser uma experiência de meter medo, foi sem dúvida um dos pontos altos do dia!
A noite, acabou um pouco mais leve, com uma pint num pub perto de "casa".
Última edição por Swift em Seg Jul 31 2017, 19:01, editado 1 vez(es)
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Boas viagens!
Mário Cordeiro
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Swift- Zero à direita
Re: Escócia 2017
Também não gosto de cidades com locais a abarrotar de turistas... No entanto ver as fotos de Edimburgo pelo vosso olhar de viajantes é inspirador. A formula Hop on Hop off e os City Explorers é perfeita para descobrir uma cidade quando temos pouco tempo!
Espero que tenham provado o Highland Park 40 Years
Espero que tenham provado o Highland Park 40 Years
Espsanto- Zero à direita
Re: Escócia 2017
Décimo Quarto Dia - Edimburgo
O nosso 2º dia na capital, acabou por ser mais relaxado. Mentalizámo-nos que esta não era uma visita "normal" a uma cidade europeia e abraçámos o cansaço acumulado nos dias prévios. Iríamos seguir ao nosso ritmo, visitando o que fosse possível, mas sem obrigações. Temos plena consciência que noutro tipo de viagem, teríamos palmilhado a cidade de uma ponta a outra, mas desta forma, foi o possível. As viagens, servem antes de tudo para nos dar prazer...
Aproveitámos por isso, este dia para passear e encarnar um bocadinho o espírito do turista. E claro, não poderia faltar uma paragem para ouvir a gaita de foles, tocada por um senhor de kilt! Edimburgo é uma cidade peculiar, com uma organização arquitectónica muito diferente da que estamos habituados. Antes de tudo, tem uma base vulcânica, o que lhe confere características muito próprias e irregulares. O castelo, por exemplo, assenta num monte, denominado por Castle Rock, um vulcão extinto há milhares de anos. A cidade divide-se em duas: a Old Town, mais pitoresca, mantém a sua forma medieval. Foi construída em "andares", com ruas superiores e outras inferiores, sendo necessário descer escadarias ou dar a volta à cidade para lhes aceder. Quase como se houvessem ruas em pontes...Nada fácil para nos orientarmos no início.
A cidade nova, é mais linear, com um sistema de quarteirões. No meio do cinzento da construção (feita essencialmente com pedra) , existem diversos espaços verdes e jardins que são amplamente aproveitados tanto por turistas, como por locais. Exemplo disso é o Princess Street Gardens, um enorme pulmão no meio da cidade. Deixamos aqui um aparte, mas que é sempre útil em viagens: todas as casas de banho públicas na Escócia que utilizámos, estavam impecáveis. Mesmo no meio de um jardim, em plena capital. Limpas e com papel higiénico! Já das ruas, não se pode dizer o mesmo. Curiosamente, deparámo-nos com muito lixo nas ruas, parecendo não haver consciência ecológica.
Edimburgo, foi também uma das cidades europeias onde nos foi mais evidente os comportamentos marginais, rapidamente "assistidos"pela polícia local. Nunca, noutra cidade, tínhamos visto tanta gente a ser detida. Não obstante, nunca nos sentimos em perigo.
Este segundo e último dia, revelou-se como um verdadeiro dia escocês: as 4 estações num dia. Chuva, vento, frio, sol, calor... e as emoções ao rubro: estávamos quase a terminar a nossa aventura e ainda com tanta sede de a viver! Ainda tivemos tempo para visitar algumas igrejas, entre elas a St Giles Cathedral. E recebemos um bónus: um trio de harpas fazia um concerto naquele momento. Verdadeira música dos céus!
Depois de um périplo pelas lojas de "souvenirs", onde o Mário não se convenceu a experimentar um kilt (para desilusão geral), decidimos presentear-nos com uma delícia tipicamente escocesa : Aberdeen Angus beef! Era hora de "chicha" da boa. Lá fomos em busca de um bifinho de Angus!
O restaurante eleito foi o "Wildfire", referido como uma das melhores steackhouses da cidade e compatível com o nosso orçamento (ainda que alto para o habitual). São Pedro ajudou e conseguimos aproveitar a esplanada. Optámos por um menu de almoço, mais económico e que nos permitia experimentar diferentes iguarias. que além do bife de Angus, incluía uma entrada: legumes grelhados com queijo de cabra para o Mário, paté de fígado de galinha, bacon e brandy, com bolachas de aveia para a Cláudia. Não decepcionou. Além da simpatia dos funcionários, estava tudo muito saboroso e bem apresentado, embora a dose de carne de vaca, seja muito reduzida comparativamente com aquilo a que estamos habituados em casa (sim, nós portugueses, somos uns alarves!). Tudo regado com um Merlot chileno, que ambos experimentávamos pela 1ª vez!
De barriga cheia, restou-nos percorrer as ruas da cidade... O bom senso dizia-nos para regressarmos cedo ao quarto. Era preciso descansar para a jornada do dia seguinte.
E assim fomos, um pouco ambivalentes. Ainda imersos no espírito da viagem, mas já com saudades do que íamos deixar...
O nosso 2º dia na capital, acabou por ser mais relaxado. Mentalizámo-nos que esta não era uma visita "normal" a uma cidade europeia e abraçámos o cansaço acumulado nos dias prévios. Iríamos seguir ao nosso ritmo, visitando o que fosse possível, mas sem obrigações. Temos plena consciência que noutro tipo de viagem, teríamos palmilhado a cidade de uma ponta a outra, mas desta forma, foi o possível. As viagens, servem antes de tudo para nos dar prazer...
Aproveitámos por isso, este dia para passear e encarnar um bocadinho o espírito do turista. E claro, não poderia faltar uma paragem para ouvir a gaita de foles, tocada por um senhor de kilt! Edimburgo é uma cidade peculiar, com uma organização arquitectónica muito diferente da que estamos habituados. Antes de tudo, tem uma base vulcânica, o que lhe confere características muito próprias e irregulares. O castelo, por exemplo, assenta num monte, denominado por Castle Rock, um vulcão extinto há milhares de anos. A cidade divide-se em duas: a Old Town, mais pitoresca, mantém a sua forma medieval. Foi construída em "andares", com ruas superiores e outras inferiores, sendo necessário descer escadarias ou dar a volta à cidade para lhes aceder. Quase como se houvessem ruas em pontes...Nada fácil para nos orientarmos no início.
A cidade nova, é mais linear, com um sistema de quarteirões. No meio do cinzento da construção (feita essencialmente com pedra) , existem diversos espaços verdes e jardins que são amplamente aproveitados tanto por turistas, como por locais. Exemplo disso é o Princess Street Gardens, um enorme pulmão no meio da cidade. Deixamos aqui um aparte, mas que é sempre útil em viagens: todas as casas de banho públicas na Escócia que utilizámos, estavam impecáveis. Mesmo no meio de um jardim, em plena capital. Limpas e com papel higiénico! Já das ruas, não se pode dizer o mesmo. Curiosamente, deparámo-nos com muito lixo nas ruas, parecendo não haver consciência ecológica.
Edimburgo, foi também uma das cidades europeias onde nos foi mais evidente os comportamentos marginais, rapidamente "assistidos"pela polícia local. Nunca, noutra cidade, tínhamos visto tanta gente a ser detida. Não obstante, nunca nos sentimos em perigo.
Este segundo e último dia, revelou-se como um verdadeiro dia escocês: as 4 estações num dia. Chuva, vento, frio, sol, calor... e as emoções ao rubro: estávamos quase a terminar a nossa aventura e ainda com tanta sede de a viver! Ainda tivemos tempo para visitar algumas igrejas, entre elas a St Giles Cathedral. E recebemos um bónus: um trio de harpas fazia um concerto naquele momento. Verdadeira música dos céus!
Depois de um périplo pelas lojas de "souvenirs", onde o Mário não se convenceu a experimentar um kilt (para desilusão geral), decidimos presentear-nos com uma delícia tipicamente escocesa : Aberdeen Angus beef! Era hora de "chicha" da boa. Lá fomos em busca de um bifinho de Angus!
O restaurante eleito foi o "Wildfire", referido como uma das melhores steackhouses da cidade e compatível com o nosso orçamento (ainda que alto para o habitual). São Pedro ajudou e conseguimos aproveitar a esplanada. Optámos por um menu de almoço, mais económico e que nos permitia experimentar diferentes iguarias. que além do bife de Angus, incluía uma entrada: legumes grelhados com queijo de cabra para o Mário, paté de fígado de galinha, bacon e brandy, com bolachas de aveia para a Cláudia. Não decepcionou. Além da simpatia dos funcionários, estava tudo muito saboroso e bem apresentado, embora a dose de carne de vaca, seja muito reduzida comparativamente com aquilo a que estamos habituados em casa (sim, nós portugueses, somos uns alarves!). Tudo regado com um Merlot chileno, que ambos experimentávamos pela 1ª vez!
De barriga cheia, restou-nos percorrer as ruas da cidade... O bom senso dizia-nos para regressarmos cedo ao quarto. Era preciso descansar para a jornada do dia seguinte.
E assim fomos, um pouco ambivalentes. Ainda imersos no espírito da viagem, mas já com saudades do que íamos deixar...
Última edição por Swift em Seg Jul 31 2017, 19:06, editado 1 vez(es)
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Boas viagens!
Mário Cordeiro
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