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Passeando pela Suíça - 2012
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
JvDM escreveu:As imagens dizem tudo! Lindas!
Obrigado mais uma vez.
Obrigada eu!
Sairá mais um pouco dentro de minutos!
________________________
Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
https://passeandopelavida.com/
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Gracinda Ramos escreveu:
Obrigada!
Vou tentar continuar logo que o trabalho mo permita, pois por este andar será Natal e eu a escolher fotos!
É verdade, ao recapitular é que tomo consciencia do quanto vi e andei!
Depois, para contar esses 3 minutos, fico uma hora a olhar e a recordar!
Pelos nossos comentários não tem de se sentir pressionada em nada, pois esta "viagem" que eu também estou a fazer é certo que não me demora 3 minutos nem tão pouco o dia inteiro mas, o tempo que eu tomo tentando assimilar as fotos que nem sei explicar se pela grandeza das paisagens, se da viagem, sinceramente não sei, mas adoro ficar a olhar e volto atrás e repasso e fica sempre ... um dia eu...
Muito obrigado !
E mais 1 e com a certeza de estar assim até ao próximo dia.
gemadovo- Zero à direita
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Gracinda Ramos escreveu:Joao Luis escreveu:O Espetaculo continua sim senhor, agora uma questão, não tinhas estado aqui já? E que ia jurar que ja tinha visto esta ponte de flores...
e ja agora ficas-te com 603...é valente
Obrigada!
Eu já passei naquelas pontes noutras viagens sim, nesta só passei naquele dia!
Então esquece, foi confusão minha, mas sobre estes encantadores locais ja digo........... "Deus esta em todo o lado e a Gracinda Ramos já la esteve..."
Joao Luis- Já dorme com a moto!
Re: Passeando pela Suíça - 2012
ÓH Gracinda agora que estamos entre amigos e que ninguem nos ouve ja te contei que fui duplamente feliz à beira do lac le man em geneve?! é verdade minha amiga corria o ano de 1994 e mais a minha ex namorada, actual mulher... fomos numa viagem romantica por essas terras a fora e então enchi-me de coragem e pimba, foi a extravagancia total e aluguei quarto por duas noites num "petit chateaux"...e bem caro custou...mas vi la aquela que foi, para mim, ate hoje, a mulher mais bonita que vi em toda a minha vida, era realmente muito bonita, tinha uns olhos azuis e era loura, com uma pele clara e uns traços daqueles que não lembra a ninguem, enfim...trabalhava la no hotel e nunca mais a vi, logicamente ...ai ai vida de "miseria" que naquela altura um gajo nem dinheiro para comer num restaurante tinha e andava sempre a contar tostões de manhã à noite....
Olha eu....
E olha a Luisa
Olha eu....
E olha a Luisa
Joao Luis- Já dorme com a moto!
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Cucu!
Oh João Luis por esses dias estava eu a estudar em Genève e passeava-me frequentemente pelo Lac Leman, quase nos encontravamos todos por lá, heim?
Tão giros que vocês eram, tu estavas mesmo parecdidinho com o o Sean Penn na foto!
Oh João Luis por esses dias estava eu a estudar em Genève e passeava-me frequentemente pelo Lac Leman, quase nos encontravamos todos por lá, heim?
Tão giros que vocês eram, tu estavas mesmo parecdidinho com o o Sean Penn na foto!
________________________
Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
https://passeandopelavida.com/
Re: Passeando pela Suíça - 2012
15 de Agosto de 2012
Tirei o dia para não fazer nada de especial, para além de conduzir!
Há sempre dias destes nas minhas viagens: tiro um dia para não conduzir, ou um dia para ficar em casa, ou um dia só para conduzir! Enfim, tiro os dias que me apetecem para fazer o que me apetece e acabo sempre por ver coisas giras, mesmo saindo de casa para não ver nada de especial!
Depois não ver nada é difícil por aquelas bandas pois, mesmo sem se querer, “o que ver” está por todo o lado! Então fiz um desenho louco, de vai e volta no meu mapa!
Primeiro fui numa direção qualquer e atravessei uma terrinha fofinha, com uma porta de entrada em torre, Sempach. Fica na margem do lago Sempachersee onde fica também Sursee que não fui visitar embora saiba que é uma terra interessante!
Esta é uma terra histórica na Confederação Suíça, pois ali se travou uma grande batalha contra os austríacos, lá atrás no sec XIV, quando a confederação se expandia!
Tem também uma porta em torre para sair!
Segui o meu caminho sem destino, embora tivesse um nome em mente: Laufenburg.
Eu sabia que passaria ali perto dali a dias, mas apeteceu-me ir visitar com calma naquele momento!
Laufenburg era uma terra que eu não conhecia, como há muitas pela Suíça, e que irei cata-las um dia ou outro. E o que me despertou o interesse foi o facto de haver uma homónima na Alemanha e logo ao lado uma da outra!
Deixei a mota na Alemanha e fui procurar onde a cidade deixava de ser alemã e começava a ser suíça!
A entrada faz-se por baixo da própria Rathaus!
E ao chegar-se ao fim da rua aparece o rio Reno e a Suíça e Laufenburg, na outra margem!
Na realidade as duas Laufenburg foram a mesma cidade desde o séc. XIII até 1800, quando Napoleão as dividiu. Hoje ainda, as pessoas sentem-se e vivem como se da mesma cidade e do mesmo país se tratasse!
A ponte velha foi desativada para o trânsito dado que se tornara insuficiente. É uma ponte muito bonita, medieval com esculturas a meio!
E do outro lado do rio, outra Rathaus!
Ruínhas muito bonitas com pormenores deliciosos!
E ninguém diria que passamos de uma cidade para outra e de um país para outro e que voltamos atrás, sem nem a língua mudar!
Na realidade andamos entre Laufenburg pertencente a Baden-Württemberg e Laufenburg pertencente ao Cantão de Aargau!
Decidi voltar para o centro da Suíça passando por Brugg, ainda no cantão de Aargau, onde passa o rio Aar a caminho do Reno!
Brugg é uma cidadezinha muito interessante que fica na confluência de 3 rios: O Reuss, o Aar e o Limmat!
Com ruínhas curiosas de passeios elevados onde as esplanadas têm mais graça!
Comi uma belíssima refeição numa esplanada, com direito a sombra e musica ambiente mesmo a calhar!
De onde estava instalada avistavam-se pormenores curiosos!
E voltei a pegar na moto para dar mais umas voltinhas de condução relaxante, passando pelo lago de Zug.
A Suíça é um país cheio de lagos, alguns deles deslumbrantes, outros mais vulgares, mas todos com os seus encantos particulares e histórias mais ou menos felizes. O lago de Zug é considerado o lago menos limpo do país, devido às zonas de cultivo que vão afetando os rios que o alimentam. É no entanto também um assunto em permanente estudo e cuidado, acreditando-se que a sua situação será revertida a médio prazo, já que as questões ambientais sempre foram de primeira importância para o país. O lago não deixa no entanto de ser muito bonito, com a cidade de Zug a dar-lhe o nome e enriquecer-lhe a paisagem!
E o Zugersee tem recantos encantadores em que ninguém diz que aquelas aguas não são tão limpas assim! Na realidade é preciso ter-se uma ideia do que quer dizer “o menos limpo” para os suíços pois, na realidade, têm padrões de limpeza de aguas mesmo muito elevados!
Mas o lago que eu queria visitar era o Lago dos Quatro Cantões, logo ali a seguir!
Lucerne fica na berma de um dos lagos mais extraordinários da Suíça, o Lago dos Quatro Cantões. O seu nome deve-se ao encontro dos quatro cantões fundadores da Suíça: Uri, Scwyz, Unterwalden (que hoje é divido em dois: Ibwald e Nidwald, o que faz que o lago seja hoje, afinal dos 5 cantões!) e Lucerna. A grande beleza do lago deve-se às montanhas que o rodeiam e o tornam um lago em fiord! A verdade é que as paisagens nos surpreendem a cada quilómetro percorrido e a gente pára aqui, encosta ali, tira dúzias de fotos e nunca se sente satisfeita, pois a vontade é traze-lo todo para casa! Deslumbrante e apaixonante…
E ele é lindo… e eu fotografei-o até à exaustão!
E mesmo assim sei que deixei muito para fotografar das próximas vezes que lá passar!
Bendita moto que permite parar em qualquer recantozito da estrada e disparar mais uma ou duas fotos onde ninguém poderia parar!
E cheguei a Altdorf, a capital do cantão de Uri, famosa pela lenda de Guilherme Tell e a sua estátua está bem no centro da praça.
Reza a lenda que Guilherme era conhecido pela sua habilidade no manejo da besta.
“Na época, os imperadores da casa de Habsburgo lutavam pelos domínios de Uri e, para testar a lealdade do povo aos imperadores, Herman Gessler, um governador austríaco tirano, pendurou num poste um chapéu com as cores da Áustria, numa praça de Altdorf. Todos os que por lá passassem teriam de fazer uma vénia como prova do seu respeito. O chapéu era guardado por soldados que se certificariam que as ordens do governador eram cumpridas.
Um dia, Guilherme e seu filho passaram pela praça e não saudaram o chapéu. Foram imediatamente presos e levados à presença do governador que, reconhecendo-o, o fez, como castigo, disparar a besta a uma maçã pousada na cabeça do seu filho. Tell tentou demover Gessler, sem sucesso; o governador ameaçava ainda matar ambos, caso não o fizesse.
Tell foi assim trazido para a praça de Altdorf, escoltado por Gessler e os seus soldados. Era o dia 18 de Novembro de 1307 e a população amontoava-se na expectativa de assistir ao desfecho do castigo. O filho de Guilherme foi atado a uma árvore, e a maçã foi colocada na sua cabeça. Contaram-se 50 passos. Tell carregou a besta, fez pontaria calmamente e disparou. A seta atravessou a maçã sem tocar no rapaz, o que fez a população aplaudir e admirar os dotes do corajoso arqueiro.
Ao observar que Guilherme trazia uma segunda seta, Gessler perguntou por que ele a trazia. Tell hesitou. Gessler, apressando a resposta, assegurou-lhe que se dissesse a verdade, a sua vida seria poupada. Guilherme respondeu: "Seria para atravessar o seu coração, caso a primeira seta matasse o meu filho".”
Guilherme Tell ficou para sempre associado à libertação da Suíça das mãos do império Habsburgo da Austria.
E depois? Era cedo para ir para casa, por isso fui passear para os montes!
Passei no Rundweg Schöllenen, o percurso do Gotthard Pass através do canyon Schöllenen, que é lindíssimo, com paredes íngremes e caminhos rudimentares e sinuosos construídos pelas populações do vale do Urseren, um caminho para eu me dispor a explorar um dia.
É impressionante a facilidade com que a gente perde a noção da dimensão das coisas por ali!
Ao aparecer o comboio é mais fácil entender a dimensão do rochedo, não?
E decidi ir até Vals, não era no meu caminho mas apeteceu-me!
São mais umas estradas de montanha, algumas em terra batida, que estavam a cuidar delas antes que o inverno chegasse e depois de muita ruela em sucessão de SS, lá apareceu a vilazinha! Como dizem por lá: “Vals é a última aldeia no vale, depois é só montanha e céu!”
Depois de tais caminhos nem parece provável encontrar uma vila tão interessante e movimentada! Mas, a principal razão para eu lá ir é a mesma que leva ali tanta gente: As Termas de Vals!
Uma obra do arquiteto Suiço Peter Zumthor, considerado um dos mais importantes arquitetos do mundo! A obra, é um espetáculo! Uma pena que não a tenha podido fotografar por dentro, pois sei que é belíssima!
Na realidade no início de 1980 a comunidade de Vals comprou um hotel falido composto por três edifícios, da década de 1960, e contactou Peter Zumthor para projetar umas novas termas. Se no princípio isso até abalou a estrutura financeira da comunidade, rapidamente o edifício se tornou um sucesso na Suíça e apenas dois anos após a sua abertura, tornou-se um edifício protegido.
Hoje podem-se encontrar fotografias dele em qualquer tipo de revista no país, o nome do arquiteto é bem conhecido para o cidadão comum de Grisões e a vila de Vals está orgulhosamente no mapa, não só da Suíça mas também do mundo!
É curioso a forma como o edifício se integra na paisagem, sem a ferir ou perturbar sequer!
Por baixo do fino relvado a vida pulsa…
quase sem darmos por nada…
Uma pena não poder entrar para fotografar. Teria de ir fazer eu mesma um spa, mas nem assim poderia fotografar, pois o ambiente é quente e húmido lá dentro, nada próprio para uma maquina fotográfica…
E estava na hora de voltar para casa, por mais montes e curvas e uma deliciosa dança do ventre até Lucerne!
Passando de novo um pouco pelo Gottharpass
Embora não o tenha feito totalmente o que o põe na minha agenda para uma futura passagem, pois é um dos Pass do meu coração!
E o pôr-do-sol quase chegava primeiro do que eu a casa!
Fim do décimo sétimo dia de viagem…
Tirei o dia para não fazer nada de especial, para além de conduzir!
Há sempre dias destes nas minhas viagens: tiro um dia para não conduzir, ou um dia para ficar em casa, ou um dia só para conduzir! Enfim, tiro os dias que me apetecem para fazer o que me apetece e acabo sempre por ver coisas giras, mesmo saindo de casa para não ver nada de especial!
Depois não ver nada é difícil por aquelas bandas pois, mesmo sem se querer, “o que ver” está por todo o lado! Então fiz um desenho louco, de vai e volta no meu mapa!
Primeiro fui numa direção qualquer e atravessei uma terrinha fofinha, com uma porta de entrada em torre, Sempach. Fica na margem do lago Sempachersee onde fica também Sursee que não fui visitar embora saiba que é uma terra interessante!
Esta é uma terra histórica na Confederação Suíça, pois ali se travou uma grande batalha contra os austríacos, lá atrás no sec XIV, quando a confederação se expandia!
Tem também uma porta em torre para sair!
Segui o meu caminho sem destino, embora tivesse um nome em mente: Laufenburg.
Eu sabia que passaria ali perto dali a dias, mas apeteceu-me ir visitar com calma naquele momento!
Laufenburg era uma terra que eu não conhecia, como há muitas pela Suíça, e que irei cata-las um dia ou outro. E o que me despertou o interesse foi o facto de haver uma homónima na Alemanha e logo ao lado uma da outra!
Deixei a mota na Alemanha e fui procurar onde a cidade deixava de ser alemã e começava a ser suíça!
A entrada faz-se por baixo da própria Rathaus!
E ao chegar-se ao fim da rua aparece o rio Reno e a Suíça e Laufenburg, na outra margem!
Na realidade as duas Laufenburg foram a mesma cidade desde o séc. XIII até 1800, quando Napoleão as dividiu. Hoje ainda, as pessoas sentem-se e vivem como se da mesma cidade e do mesmo país se tratasse!
A ponte velha foi desativada para o trânsito dado que se tornara insuficiente. É uma ponte muito bonita, medieval com esculturas a meio!
E do outro lado do rio, outra Rathaus!
Ruínhas muito bonitas com pormenores deliciosos!
E ninguém diria que passamos de uma cidade para outra e de um país para outro e que voltamos atrás, sem nem a língua mudar!
Na realidade andamos entre Laufenburg pertencente a Baden-Württemberg e Laufenburg pertencente ao Cantão de Aargau!
Decidi voltar para o centro da Suíça passando por Brugg, ainda no cantão de Aargau, onde passa o rio Aar a caminho do Reno!
Brugg é uma cidadezinha muito interessante que fica na confluência de 3 rios: O Reuss, o Aar e o Limmat!
Com ruínhas curiosas de passeios elevados onde as esplanadas têm mais graça!
Comi uma belíssima refeição numa esplanada, com direito a sombra e musica ambiente mesmo a calhar!
De onde estava instalada avistavam-se pormenores curiosos!
E voltei a pegar na moto para dar mais umas voltinhas de condução relaxante, passando pelo lago de Zug.
A Suíça é um país cheio de lagos, alguns deles deslumbrantes, outros mais vulgares, mas todos com os seus encantos particulares e histórias mais ou menos felizes. O lago de Zug é considerado o lago menos limpo do país, devido às zonas de cultivo que vão afetando os rios que o alimentam. É no entanto também um assunto em permanente estudo e cuidado, acreditando-se que a sua situação será revertida a médio prazo, já que as questões ambientais sempre foram de primeira importância para o país. O lago não deixa no entanto de ser muito bonito, com a cidade de Zug a dar-lhe o nome e enriquecer-lhe a paisagem!
E o Zugersee tem recantos encantadores em que ninguém diz que aquelas aguas não são tão limpas assim! Na realidade é preciso ter-se uma ideia do que quer dizer “o menos limpo” para os suíços pois, na realidade, têm padrões de limpeza de aguas mesmo muito elevados!
Mas o lago que eu queria visitar era o Lago dos Quatro Cantões, logo ali a seguir!
Lucerne fica na berma de um dos lagos mais extraordinários da Suíça, o Lago dos Quatro Cantões. O seu nome deve-se ao encontro dos quatro cantões fundadores da Suíça: Uri, Scwyz, Unterwalden (que hoje é divido em dois: Ibwald e Nidwald, o que faz que o lago seja hoje, afinal dos 5 cantões!) e Lucerna. A grande beleza do lago deve-se às montanhas que o rodeiam e o tornam um lago em fiord! A verdade é que as paisagens nos surpreendem a cada quilómetro percorrido e a gente pára aqui, encosta ali, tira dúzias de fotos e nunca se sente satisfeita, pois a vontade é traze-lo todo para casa! Deslumbrante e apaixonante…
E ele é lindo… e eu fotografei-o até à exaustão!
E mesmo assim sei que deixei muito para fotografar das próximas vezes que lá passar!
Bendita moto que permite parar em qualquer recantozito da estrada e disparar mais uma ou duas fotos onde ninguém poderia parar!
E cheguei a Altdorf, a capital do cantão de Uri, famosa pela lenda de Guilherme Tell e a sua estátua está bem no centro da praça.
Reza a lenda que Guilherme era conhecido pela sua habilidade no manejo da besta.
“Na época, os imperadores da casa de Habsburgo lutavam pelos domínios de Uri e, para testar a lealdade do povo aos imperadores, Herman Gessler, um governador austríaco tirano, pendurou num poste um chapéu com as cores da Áustria, numa praça de Altdorf. Todos os que por lá passassem teriam de fazer uma vénia como prova do seu respeito. O chapéu era guardado por soldados que se certificariam que as ordens do governador eram cumpridas.
Um dia, Guilherme e seu filho passaram pela praça e não saudaram o chapéu. Foram imediatamente presos e levados à presença do governador que, reconhecendo-o, o fez, como castigo, disparar a besta a uma maçã pousada na cabeça do seu filho. Tell tentou demover Gessler, sem sucesso; o governador ameaçava ainda matar ambos, caso não o fizesse.
Tell foi assim trazido para a praça de Altdorf, escoltado por Gessler e os seus soldados. Era o dia 18 de Novembro de 1307 e a população amontoava-se na expectativa de assistir ao desfecho do castigo. O filho de Guilherme foi atado a uma árvore, e a maçã foi colocada na sua cabeça. Contaram-se 50 passos. Tell carregou a besta, fez pontaria calmamente e disparou. A seta atravessou a maçã sem tocar no rapaz, o que fez a população aplaudir e admirar os dotes do corajoso arqueiro.
Ao observar que Guilherme trazia uma segunda seta, Gessler perguntou por que ele a trazia. Tell hesitou. Gessler, apressando a resposta, assegurou-lhe que se dissesse a verdade, a sua vida seria poupada. Guilherme respondeu: "Seria para atravessar o seu coração, caso a primeira seta matasse o meu filho".”
Guilherme Tell ficou para sempre associado à libertação da Suíça das mãos do império Habsburgo da Austria.
E depois? Era cedo para ir para casa, por isso fui passear para os montes!
Passei no Rundweg Schöllenen, o percurso do Gotthard Pass através do canyon Schöllenen, que é lindíssimo, com paredes íngremes e caminhos rudimentares e sinuosos construídos pelas populações do vale do Urseren, um caminho para eu me dispor a explorar um dia.
É impressionante a facilidade com que a gente perde a noção da dimensão das coisas por ali!
Ao aparecer o comboio é mais fácil entender a dimensão do rochedo, não?
E decidi ir até Vals, não era no meu caminho mas apeteceu-me!
São mais umas estradas de montanha, algumas em terra batida, que estavam a cuidar delas antes que o inverno chegasse e depois de muita ruela em sucessão de SS, lá apareceu a vilazinha! Como dizem por lá: “Vals é a última aldeia no vale, depois é só montanha e céu!”
Depois de tais caminhos nem parece provável encontrar uma vila tão interessante e movimentada! Mas, a principal razão para eu lá ir é a mesma que leva ali tanta gente: As Termas de Vals!
Uma obra do arquiteto Suiço Peter Zumthor, considerado um dos mais importantes arquitetos do mundo! A obra, é um espetáculo! Uma pena que não a tenha podido fotografar por dentro, pois sei que é belíssima!
Na realidade no início de 1980 a comunidade de Vals comprou um hotel falido composto por três edifícios, da década de 1960, e contactou Peter Zumthor para projetar umas novas termas. Se no princípio isso até abalou a estrutura financeira da comunidade, rapidamente o edifício se tornou um sucesso na Suíça e apenas dois anos após a sua abertura, tornou-se um edifício protegido.
Hoje podem-se encontrar fotografias dele em qualquer tipo de revista no país, o nome do arquiteto é bem conhecido para o cidadão comum de Grisões e a vila de Vals está orgulhosamente no mapa, não só da Suíça mas também do mundo!
É curioso a forma como o edifício se integra na paisagem, sem a ferir ou perturbar sequer!
Por baixo do fino relvado a vida pulsa…
quase sem darmos por nada…
Uma pena não poder entrar para fotografar. Teria de ir fazer eu mesma um spa, mas nem assim poderia fotografar, pois o ambiente é quente e húmido lá dentro, nada próprio para uma maquina fotográfica…
E estava na hora de voltar para casa, por mais montes e curvas e uma deliciosa dança do ventre até Lucerne!
Passando de novo um pouco pelo Gottharpass
Embora não o tenha feito totalmente o que o põe na minha agenda para uma futura passagem, pois é um dos Pass do meu coração!
E o pôr-do-sol quase chegava primeiro do que eu a casa!
Fim do décimo sétimo dia de viagem…
Última edição por Gracinda Ramos em Dom Out 14 2012, 00:25, editado 1 vez(es)
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Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Simplesmente espectacular!
,visto não ter conseguido ficar só por um...
Bem hajas Gracinda por me fazeres sonhar com passeios destes.
,visto não ter conseguido ficar só por um...
Bem hajas Gracinda por me fazeres sonhar com passeios destes.
Perrot- Zero à esquerda
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Sem duvida... grande
Além de uma crónica fabulosa acompanhada de um pouco de história, que mais se pode pedir?
A não ser... continue se faxavor
Obrigada Gracinda por partilhares de uma forma tão nobre estes teus momentos.
Abraço
Além de uma crónica fabulosa acompanhada de um pouco de história, que mais se pode pedir?
A não ser... continue se faxavor
Obrigada Gracinda por partilhares de uma forma tão nobre estes teus momentos.
Abraço
Carlos Balio- Já sai à rua a conduzir.
Re: Passeando pela Suíça - 2012
16 de Agosto de 2012
Estava na hora de seguir para Friburgo e fi-lo desenhando um caracol no mapa! É que Friburgo fica logo ali e não teria qualquer piada arrancar direta para lá, com tanta coisa bonita para ver na redondeza! Aliás, as minhas dormidas são marcadas sempre em pontos estratégicos e nunca é por acaso que eu marco 2 num espaço de apenas cento e tal quilómetros!
Não me interessava passar por Bern, pois nos últimos anos tenho lá “passado a vida” e outros dias virão em que terei vontade de lá passar de novo!
Quando cheguei cá abaixo a minha Magnífica tinha feito amizade com uma Suzuki toda desportiva, eu bem lhe disse que nunca se metesse com motos desportivas pois nunca teria pedal para elas, mas ela esquecia-se por vezes que era uma maratonista e não uma R!
Ok, convenhamos que foi a R ZSX que se meteu com ela, pois estava mascarada e tudo quando cheguei lá fora, com uma cobertura preta, a trabalhar para o mistério!
Achei piada à moto com as “orelhas” recolhidas, fez-me lembrar a minha gata que punha as orelhas para trás quando ia fazer uma asneira!
O dono também meteu conversa comigo, era um rapazola simpático que ficou curioso por a Magnífica ser de uma mulher! Ele estava a viver em Genève e tinha ido dar uma volta até Lucerne. Mais tarde comunicou comigo através do meu blogue, um tipo simpático!
Antes de me ir embora dali, não resisti em subir de novo o Mont Pilatus! Eu sabia que se calhar nada se veria lá de cima, mas não resisti em passar, porque por vezes o tempo chuvoso reserva-nos surpresas nas montanhas, proporcionando perspetivas e enquadramentos da paisagem, únicos! E acabou por ser o caso!
Pela dimensão das casas e dos prédios lá em baixo, dá para imaginar a distância a que eu estava. Depois as nuvens ficavam um pouco abaixo de mim! Por isso a visibilidade estava longe de ser nula!
Fiz outras ruelas diferentes das que fizera já, quando por ali andara dias antes, encontrando outros pormenores na paisagem.
Depois segui pelos montes e pelo meio das quintas e dos campos verdes, por ruínhas estreitas e cheias de curvas, que é o que de mais bonito há para fazer naquele país!
Se as ruínhas não estivessem cheias de terra e marcas da circulação de tratores e carros rurais, dir-se-ia que as quintinhas apenas estavam ali para embelezar a paisagem!
Mas não, aquilo ali tudo funciona! As casa são habitadas e as terras trabalhadas!
E depois fica tudo tão direitinho e verde que parecem campos de futebol às ondas!
Lá cheguei a Burgdorf, estava no distrito do Emmental, sim a terra do queijo tão apreciado, com o seu castelo do séc. XII lá em cima duma colina que domina a cidade. Estava no cantão de Berna e o símbolo com o urso lá estava!
A cidade é muito antiga e já andou de mão em mão, como muitas ou quase todas naquele país, por isso se juntaram todos e formaram o seu próprio país, deixando de ter de lutar contra tudo e contra todos passando a defender-se em conjunto.
Comprei uns pãezinhos deliciosos na feirinha de rua e propus-me visitar a redondeza.
Subi até ao castelo e tudo!
Os castelos têm sempre a vantagem de ficar em locais elevados e proporcionarem vistas panorâmicas sobre a cidade em baixo!
No castelo funciona um museu há mais de 2 séculos e que eu não visitei.
Bastou-me deliciar-me com a sua arquitetura que é sempre interessante!
E desci para a cidade pelo lado oposto ao que subira, por caminhos giros e antigos!
Dali até Biel foi mais um instante de belas ruas!
A cidade de Biel fica na extremidade oriental do Lago Biel, no sopé do Jura e é a metrópole da relojoaria suíça pois ali se fabricam alguns dos melhores e mais conhecidos relógios suíços como os Swatch, Rolex, Omega, Tissot, Movado e Mikron.
Na realidade o país divide-se em 3 faixas, ficando o chamado Planalto Suíço, uma zona quase plana que ocupa cerca de um terço do país e onde vive a maior parte da população, ente a cordilheira do Jura a noroeste e os Alpes Suíços a sudeste.
Biel, e zona onde eu chegava fica, portanto, no início do Jura!
A sua cidade antiga é deliciosa, com as fontes medievais pintadas, tão características no país, como a fontaine de l'ange, do séc. XVI.
Ali fala-se tanto o alemão como o francês e é a única grande cidade onde essa distribuição é de 50/50.
Dizem que Biel tem 72 fontes com água potável alimentadas até hoje por uma fonte romana!
A fontaine de la Justice é uma delas, do séc. XVI, tem sido mantida impecável ao longo dos tempos!
Anda-se por ruínhas e ruelas até se chegar à praça da catedral, que é sempre onde está o centro histórico e mais pitoresco de uma cidade antiga !
A Place du Ring é deliciosa, com cada construção a rivalizar com a outra, em cada esquina e em cada recanto!
E mais uma fonte do séc. XVI la fontaine du Banneret
A igreja gótica do séc. XV lá estava, a dominar o espaço !
É interessante por dentro, com o teto florido e luminoso.
Estamos numa zona elevada da cidade que continua a descer até à zona nova, com avenidas e prédios lá para baixo.
e voltamos à praça que é muito mais gira que tudo o resto !
Depois foi descer até à motita, por ruínhas tão fofinhas
e cheias de coisas curiosas!
Para seguir o meu caminho, que naquele dia eu estava com vontade de ver muitas coisas !
(continua)
Estava na hora de seguir para Friburgo e fi-lo desenhando um caracol no mapa! É que Friburgo fica logo ali e não teria qualquer piada arrancar direta para lá, com tanta coisa bonita para ver na redondeza! Aliás, as minhas dormidas são marcadas sempre em pontos estratégicos e nunca é por acaso que eu marco 2 num espaço de apenas cento e tal quilómetros!
Não me interessava passar por Bern, pois nos últimos anos tenho lá “passado a vida” e outros dias virão em que terei vontade de lá passar de novo!
Quando cheguei cá abaixo a minha Magnífica tinha feito amizade com uma Suzuki toda desportiva, eu bem lhe disse que nunca se metesse com motos desportivas pois nunca teria pedal para elas, mas ela esquecia-se por vezes que era uma maratonista e não uma R!
Ok, convenhamos que foi a R ZSX que se meteu com ela, pois estava mascarada e tudo quando cheguei lá fora, com uma cobertura preta, a trabalhar para o mistério!
Achei piada à moto com as “orelhas” recolhidas, fez-me lembrar a minha gata que punha as orelhas para trás quando ia fazer uma asneira!
O dono também meteu conversa comigo, era um rapazola simpático que ficou curioso por a Magnífica ser de uma mulher! Ele estava a viver em Genève e tinha ido dar uma volta até Lucerne. Mais tarde comunicou comigo através do meu blogue, um tipo simpático!
Antes de me ir embora dali, não resisti em subir de novo o Mont Pilatus! Eu sabia que se calhar nada se veria lá de cima, mas não resisti em passar, porque por vezes o tempo chuvoso reserva-nos surpresas nas montanhas, proporcionando perspetivas e enquadramentos da paisagem, únicos! E acabou por ser o caso!
Pela dimensão das casas e dos prédios lá em baixo, dá para imaginar a distância a que eu estava. Depois as nuvens ficavam um pouco abaixo de mim! Por isso a visibilidade estava longe de ser nula!
Fiz outras ruelas diferentes das que fizera já, quando por ali andara dias antes, encontrando outros pormenores na paisagem.
Depois segui pelos montes e pelo meio das quintas e dos campos verdes, por ruínhas estreitas e cheias de curvas, que é o que de mais bonito há para fazer naquele país!
Se as ruínhas não estivessem cheias de terra e marcas da circulação de tratores e carros rurais, dir-se-ia que as quintinhas apenas estavam ali para embelezar a paisagem!
Mas não, aquilo ali tudo funciona! As casa são habitadas e as terras trabalhadas!
E depois fica tudo tão direitinho e verde que parecem campos de futebol às ondas!
Lá cheguei a Burgdorf, estava no distrito do Emmental, sim a terra do queijo tão apreciado, com o seu castelo do séc. XII lá em cima duma colina que domina a cidade. Estava no cantão de Berna e o símbolo com o urso lá estava!
A cidade é muito antiga e já andou de mão em mão, como muitas ou quase todas naquele país, por isso se juntaram todos e formaram o seu próprio país, deixando de ter de lutar contra tudo e contra todos passando a defender-se em conjunto.
Comprei uns pãezinhos deliciosos na feirinha de rua e propus-me visitar a redondeza.
Subi até ao castelo e tudo!
Os castelos têm sempre a vantagem de ficar em locais elevados e proporcionarem vistas panorâmicas sobre a cidade em baixo!
No castelo funciona um museu há mais de 2 séculos e que eu não visitei.
Bastou-me deliciar-me com a sua arquitetura que é sempre interessante!
E desci para a cidade pelo lado oposto ao que subira, por caminhos giros e antigos!
Dali até Biel foi mais um instante de belas ruas!
A cidade de Biel fica na extremidade oriental do Lago Biel, no sopé do Jura e é a metrópole da relojoaria suíça pois ali se fabricam alguns dos melhores e mais conhecidos relógios suíços como os Swatch, Rolex, Omega, Tissot, Movado e Mikron.
Na realidade o país divide-se em 3 faixas, ficando o chamado Planalto Suíço, uma zona quase plana que ocupa cerca de um terço do país e onde vive a maior parte da população, ente a cordilheira do Jura a noroeste e os Alpes Suíços a sudeste.
Biel, e zona onde eu chegava fica, portanto, no início do Jura!
A sua cidade antiga é deliciosa, com as fontes medievais pintadas, tão características no país, como a fontaine de l'ange, do séc. XVI.
Ali fala-se tanto o alemão como o francês e é a única grande cidade onde essa distribuição é de 50/50.
Dizem que Biel tem 72 fontes com água potável alimentadas até hoje por uma fonte romana!
A fontaine de la Justice é uma delas, do séc. XVI, tem sido mantida impecável ao longo dos tempos!
Anda-se por ruínhas e ruelas até se chegar à praça da catedral, que é sempre onde está o centro histórico e mais pitoresco de uma cidade antiga !
A Place du Ring é deliciosa, com cada construção a rivalizar com a outra, em cada esquina e em cada recanto!
E mais uma fonte do séc. XVI la fontaine du Banneret
A igreja gótica do séc. XV lá estava, a dominar o espaço !
É interessante por dentro, com o teto florido e luminoso.
Estamos numa zona elevada da cidade que continua a descer até à zona nova, com avenidas e prédios lá para baixo.
e voltamos à praça que é muito mais gira que tudo o resto !
Depois foi descer até à motita, por ruínhas tão fofinhas
e cheias de coisas curiosas!
Para seguir o meu caminho, que naquele dia eu estava com vontade de ver muitas coisas !
(continua)
Última edição por Gracinda Ramos em Dom Out 14 2012, 23:58, editado 1 vez(es)
________________________
Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
https://passeandopelavida.com/
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Muito bom
Os relógios em Biel são mais baratos que cá? Adoro relógios... curiosamente só tenho um
Sai mais um Por este andar vais ter mais méritos do que eu de mensagens
Um abraço.
Os relógios em Biel são mais baratos que cá? Adoro relógios... curiosamente só tenho um
Sai mais um Por este andar vais ter mais méritos do que eu de mensagens
Um abraço.
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Olá Gracinda
Obrigado por mais esta lição de cultura (história e geografia) acompanhado de belas fotos.
Obrigado por mais esta lição de cultura (história e geografia) acompanhado de belas fotos.
vrodrig- Zero à esquerda
Re: Passeando pela Suíça - 2012
rjvieira escreveu:Muito bom
Os relógios em Biel são mais baratos que cá? Adoro relógios... curiosamente só tenho um
Sai mais um Por este andar vais ter mais méritos do que eu de mensagens
Um abraço.
Obrigada!
Olha que não faço ideia pois nem sei preços para poder comparar!
A bem dizer eu não uso relógio há muitos anos! Guio-me pelo da moto e pelo telemóvel e mais nada!
Mas reconheço que vale a pena ver as montras das relojoarias por lá pela Suíça, vêm-se algumas obras de arte!
Os méritos? Eu já tentei negocia-los por litros de gasolina, mas ninguem me liga!
________________________
Beijucas!
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
vrodrig escreveu:Olá Gracinda
Obrigado por mais esta lição de cultura (história e geografia) acompanhado de belas fotos.
Obrigada eu pela companhia!
Acho que é sempre bom que se saiba um pouco de onde e o que são as fotos para memória futura, tentando não aborrecer muito!
simone escreveu:Olá Gracinda!
Deslumbrante! Belíssimas fotografias!
Obrigada!!
Obrigada!
Neste dia vi tanta coisa que tenho mais de 450 fotos para "arrumar", por isso ainda ha muito o que ver!
________________________
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Gracinda Ramos escreveu:rjvieira escreveu:Muito bom
Os relógios em Biel são mais baratos que cá? Adoro relógios... curiosamente só tenho um
Sai mais um Por este andar vais ter mais méritos do que eu de mensagens
Um abraço.
Obrigada!
Olha que não faço ideia pois nem sei preços para poder comparar!
A bem dizer eu não uso relógio há muitos anos! Guio-me pelo da moto e pelo telemóvel e mais nada!
Mas reconheço que vale a pena ver as montras das relojoarias por lá pela Suíça, vêm-se algumas obras de arte!
Os méritos? Eu já tentei negocia-los por litros de gasolina, mas ninguem me liga!
É precisamente por esse motivo que só tenho um relógio... nos dias que decorrem, não passa de um adorno... temos horas em todo o lado... tele, mota, microondas, etc tornando-se inútil gastar em relógios
O vinho é o néctar dos deuses, a gasolina é o dos mortais
Um abraço.
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Gracinda Ramos escreveu:simone escreveu:Olá Gracinda!
Deslumbrante! Belíssimas fotografias!
Obrigada!!
Obrigada!
Neste dia vi tanta coisa que tenho mais de 450 fotos para "arrumar", por isso ainda ha muito o que ver!
Mais 450 fotos! Isso é fixe!
Dará trabalho escolheres as fotos que partilhas entre tanta beleza, mas no final nos presenteias com deslumbrantes paisagens!
Aproveito e também te agradeço pela história que partilhas. É sempre bem vinda e não aborreces nada, bem pelo contrário!
A tua viagem está fantástica! A Suiça é linda! Obrigada
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Como depois de se fazer amor o primeiro a falar diz sempre algo estúpido, não vou fazer qualquer comentário e limitei-me a dar mais 1 M!!!!!!!!!!!!!
________________________
MY LIFE IS A HELL!!!
Elisio FJR- Já sai à rua a conduzir.
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Elisio FJR escreveu:Como depois de se fazer amor o primeiro a falar diz sempre algo estúpido, não vou fazer qualquer comentário e limitei-me a dar mais 1 M!!!!!!!!!!!!!
Ha comentários teus que ninguem pode contradizer, muito menos provar o contrário!
________________________
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
16 de Agosto de 2012 – continuação
Na outra ponta do lago de Biel ficam duas terrinhas muito bonitas, a primeira é Le Landeron, uma cidade medieval do séc. XIV, que mantem o mesmo aspeto desde há muitos séculos! É curioso que é a única cidade da margem do rio que pertence a Neuchatel, pois os limites do cantão acabam logo ali!!
Já foi uma cidade muito importante com seu próprio exército e tudo e foi também o pomo de discórdia por se ter mantido à parte da reforma, mesmo com um grande reformador logo ali ao lado, em Neuchatel, o Guillaume Farel, ficando com mais duas ou três localidades, como ilhas católicas no meio do mar protestante!
A cidade é linda, com a sua praça principal que é, praticamente, toda a cidade medieval.
Com portas de entrada e de saída, na muralha que ainda conserva intacta.
E as fontes com esculturas pintadas tão bonitas!
Passeando pela redondeza, encontramos a qualquer momento, e por todo o lado, quintas com terrenos bem cuidados que contribuem para a beleza verde que o país exibe de norte a sul. E as casas são lindíssimas, parecendo por vezes quase irreais de tão perfeitas e bem enquadradas na paisagem! Dir-se-ia que alguém as põe ali porque ficam bem na paisagem mas, na realidade são casas habitadas, muitas delas com uma parte de habitação e outra de celeiro e a gente quase nem se dá conta!
Logo a seguir fica outra cidadezinha encantadora e ainda mais antiga, do séc. XII, Erlach!
Tudo é cercado de vinhas por ali e, subindo pela encosta até ao castelo, podemos ver como a redondeza é encantadora!
Lá em cima fica a zona mais antiga e pitoresca da cidade.
Nenhum veículo pode circular por ali, a minha motita apenas entrou para dar a volta, também o piso é muito irregular e nem valia a pena arriscar!
Depois ao fim da rua ficam as escadas que levam à rua de baixo!
Então segui para Neuchatel, a capital do cantão com o seu nome e que fica na margem do maior lago totalmente suíço, e que também tem o seu nome! Dá para ver que é uma cidade importante!
E na verdade é, a sua história é longa, andou de mão em mão, nobres poderosos dos países vizinhos, os Condes de Orleans de França e os reis Prussianos da Alemanha, a disputaram e governaram alternadamente, até que ela se juntou à Confederação Suíça e acabou de vez com a cobiça!
La Maison des Halles do séc. XVI, na Place du marche, já foi armazém das mercadorias mais delicadas, como sedas indianas e cereais. Hoje permanece uma joia no coração da cidade antiga!
Ela estende-se pela rue du Trésor, na direção da la place de la Croix du Marché.
A Fonte du Banneret é muito antiga e o seu aspeto atual data do séc. XVI, era usada para dar de beber às vacas e aos cavalos!
Depois, se subisse por ali acima iria dar ao castelo, mas se há rua para andar com rodinhas, não havia necessidade de usar uma que é só para pezinhos! Por isso fui buscar a moto e fui até lá acima, onde fica o castelo e a catedral, pois então!
A catedral está sem rosto, em restauro, e nada se vê da sua fachada mas, por dentro continua linda!
A Catedral é conhecida como "la Collegiale", é um edifício extraordinário do séc. XII com base românica e mistura com estilo gótico, com um teto espantoso, pois eleva-se até ao céu e é estrelado!
ouro sobre azul!
Andei ali, de um lado para o outro de nariz no ar!
Depois num dos lados do altar há um Cenotáfio em honra dos condes de Neuchatel e toda a sua família, um monumento do séc. XII, notável e bem conservado através dos tempos!
E aquele teto a encher-me os olhos!
Ali ao lado ficam os vestígios do castelo antigo que ajudou a dar origem ao nome da cidade, pois ao construir-se o castelo novo, que está mais à frente, veio ao longo dos tempos o "neuchatel"!
Este sim, foi a origem do nome, pois é o castelo novo de «Nuefchastel»!
No castelo medieval funcionam atualmente os edifícios do governo cantonal de Neuchâtel.
A arquitetura é espantosa e o edifício imponente!
Ali se trabalha realmente e se tomam decisões, porque não existe o conceito de “puseram-me cá agora aguentem comigo!”
Na salle des Etats podem-se ver os brasões de todos os governantes de Neuchatel até a cidade se juntar à Confederação e se tornar um Cantão Suíço.
Da janela vê-se parte da cidade e o imenso lago ao fundo.
O edifício não pode ser todo visitado pois está em funcionamento todos os dias!
Sempre achei piada à forma como eles pintam as venezianas das janelas às riscas das cores mais improváveis! E o curioso é que fica tão bem!
Adoram as torres, torrinhas e torreões e os chapéus bicudos lá em cima! Um só edifício pode ter diversos!
E preparei-me para continuar o meu caminho…
(continua)
Na outra ponta do lago de Biel ficam duas terrinhas muito bonitas, a primeira é Le Landeron, uma cidade medieval do séc. XIV, que mantem o mesmo aspeto desde há muitos séculos! É curioso que é a única cidade da margem do rio que pertence a Neuchatel, pois os limites do cantão acabam logo ali!!
Já foi uma cidade muito importante com seu próprio exército e tudo e foi também o pomo de discórdia por se ter mantido à parte da reforma, mesmo com um grande reformador logo ali ao lado, em Neuchatel, o Guillaume Farel, ficando com mais duas ou três localidades, como ilhas católicas no meio do mar protestante!
A cidade é linda, com a sua praça principal que é, praticamente, toda a cidade medieval.
Com portas de entrada e de saída, na muralha que ainda conserva intacta.
E as fontes com esculturas pintadas tão bonitas!
Passeando pela redondeza, encontramos a qualquer momento, e por todo o lado, quintas com terrenos bem cuidados que contribuem para a beleza verde que o país exibe de norte a sul. E as casas são lindíssimas, parecendo por vezes quase irreais de tão perfeitas e bem enquadradas na paisagem! Dir-se-ia que alguém as põe ali porque ficam bem na paisagem mas, na realidade são casas habitadas, muitas delas com uma parte de habitação e outra de celeiro e a gente quase nem se dá conta!
Logo a seguir fica outra cidadezinha encantadora e ainda mais antiga, do séc. XII, Erlach!
Tudo é cercado de vinhas por ali e, subindo pela encosta até ao castelo, podemos ver como a redondeza é encantadora!
Lá em cima fica a zona mais antiga e pitoresca da cidade.
Nenhum veículo pode circular por ali, a minha motita apenas entrou para dar a volta, também o piso é muito irregular e nem valia a pena arriscar!
Depois ao fim da rua ficam as escadas que levam à rua de baixo!
Então segui para Neuchatel, a capital do cantão com o seu nome e que fica na margem do maior lago totalmente suíço, e que também tem o seu nome! Dá para ver que é uma cidade importante!
E na verdade é, a sua história é longa, andou de mão em mão, nobres poderosos dos países vizinhos, os Condes de Orleans de França e os reis Prussianos da Alemanha, a disputaram e governaram alternadamente, até que ela se juntou à Confederação Suíça e acabou de vez com a cobiça!
La Maison des Halles do séc. XVI, na Place du marche, já foi armazém das mercadorias mais delicadas, como sedas indianas e cereais. Hoje permanece uma joia no coração da cidade antiga!
Ela estende-se pela rue du Trésor, na direção da la place de la Croix du Marché.
A Fonte du Banneret é muito antiga e o seu aspeto atual data do séc. XVI, era usada para dar de beber às vacas e aos cavalos!
Depois, se subisse por ali acima iria dar ao castelo, mas se há rua para andar com rodinhas, não havia necessidade de usar uma que é só para pezinhos! Por isso fui buscar a moto e fui até lá acima, onde fica o castelo e a catedral, pois então!
A catedral está sem rosto, em restauro, e nada se vê da sua fachada mas, por dentro continua linda!
A Catedral é conhecida como "la Collegiale", é um edifício extraordinário do séc. XII com base românica e mistura com estilo gótico, com um teto espantoso, pois eleva-se até ao céu e é estrelado!
ouro sobre azul!
Andei ali, de um lado para o outro de nariz no ar!
Depois num dos lados do altar há um Cenotáfio em honra dos condes de Neuchatel e toda a sua família, um monumento do séc. XII, notável e bem conservado através dos tempos!
E aquele teto a encher-me os olhos!
Ali ao lado ficam os vestígios do castelo antigo que ajudou a dar origem ao nome da cidade, pois ao construir-se o castelo novo, que está mais à frente, veio ao longo dos tempos o "neuchatel"!
Este sim, foi a origem do nome, pois é o castelo novo de «Nuefchastel»!
No castelo medieval funcionam atualmente os edifícios do governo cantonal de Neuchâtel.
A arquitetura é espantosa e o edifício imponente!
Ali se trabalha realmente e se tomam decisões, porque não existe o conceito de “puseram-me cá agora aguentem comigo!”
Na salle des Etats podem-se ver os brasões de todos os governantes de Neuchatel até a cidade se juntar à Confederação e se tornar um Cantão Suíço.
Da janela vê-se parte da cidade e o imenso lago ao fundo.
O edifício não pode ser todo visitado pois está em funcionamento todos os dias!
Sempre achei piada à forma como eles pintam as venezianas das janelas às riscas das cores mais improváveis! E o curioso é que fica tão bem!
Adoram as torres, torrinhas e torreões e os chapéus bicudos lá em cima! Um só edifício pode ter diversos!
E preparei-me para continuar o meu caminho…
(continua)
Última edição por Gracinda Ramos em Ter Out 16 2012, 00:05, editado 1 vez(es)
________________________
Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
https://passeandopelavida.com/
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Cara Gracinda,
Acabei de ler todo o tópico,... está soberbo!
Excelentes fotos, condimentadas por uma picada de história.
Muitos Méritos vale esta viagem que estou a fazer...
Vou ficar aqui há espera de mais!!
Acabei de ler todo o tópico,... está soberbo!
Excelentes fotos, condimentadas por uma picada de história.
Muitos Méritos vale esta viagem que estou a fazer...
Vou ficar aqui há espera de mais!!
________________________
Abraço,
JohnMiranda
JohnMiranda- Zero à esquerda
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Sem dúvida... estou maravilhado...
Obrigada mais uma vez
Abraço
Obrigada mais uma vez
Abraço
Carlos Balio- Já sai à rua a conduzir.
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Obrigada!
Vou ver se conto mais um grande pedaço do que foi esta viagem, pois até eu quero ver o que vem a seguir!
É tão giro reviver cada momento!
Vou ver se conto mais um grande pedaço do que foi esta viagem, pois até eu quero ver o que vem a seguir!
É tão giro reviver cada momento!
Última edição por Gracinda Ramos em Ter Out 16 2012, 22:14, editado 1 vez(es)
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Beijucas!
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
E que mais posso dizer do que:
Sai mais um!
Sai mais um!
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jacare- Zero à direita
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