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Passeando pela Suíça - 2012
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
rjvieira escreveu:Mais um por mais um dia excelente e por mais um excelente relato cheio de fotografias espectaculares.
Visitas-te duas das coisas que adorava... o museu e o bar do HR Giger... adoro o trabalho desse homem... para além do Alien ele também desenhou o monstro do filme Spicies. Dois grandes monstros
Em relação a fotografar em museus, deve-se ao facto do uso do flash a longo prazo danificar as obras... como muita gente não o sabe desligar normalmente optam por proibir, com e sem flash
E claro... também é um negócio Assim vendem as fotografias deles.
Fico a aguardar pelo dia seguinte
Um abraço.
Por ali é curioso não deixarem tirar fotos pois em contrapartida no castelo ninguém se importa e tem obras do próprio Giger e outros pintores e nem o flash impedem! Acho que é mesmo para venderem os postais e posters das obras que estão no museu e assim ganharem dinheiro para a manutenção do dito! Agora que eu me vou distraindo um pouco, vou, só se não puder de todo!
________________________
Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
https://passeandopelavida.com/
Re: Passeando pela Suíça - 2012
plourenço escreveu:Por norma fico a ver as tuas fotos assim , mas este museu deixou-me
Obrigado Gracinda,
É, vale a pena lá passar se um dia visitares a Suiça, tanto pela cidadezinha medieval como pelo bar e museu Giger! É para ficar na memória mesmo!
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Carlos Balio escreveu:Para não voltar a me repetir ... excelente Gracinda.
Esta viagem em forma de album/postal ilustrado, é fabuloso para começar o dia.
Obrigada mais um vez
Abraço
Obrigada!
Uma viagem cheia de paisagens encantadoras, foi a ultima que ofereci à minha Magnífica!
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Gracinda boas!
Obrigado por mais uma voltinha!
E vão 640!
Obrigado por mais uma voltinha!
E vão 640!
Zecacbr- Já conduz... mal!
Re: Passeando pela Suíça - 2012
17 de Agosto de 2012 – continuação da continuação
O Moléson é um monte escarpado que atinge os 2002 metros de altitude e que pertence aos Rochers de Naye que eu visitei quando subi pela encosta em Montreux!
Existe um funicular que faz a primeira parte da subida e um teleférico que faz o topo.
Aquelas encostas, como muitas outras pelo país, são exploradas pelo turismo de inverno com ski alpino, ski de fond e caminhada com raquetes; e pelo turismo de verão com caminhadas, alpinismo e parapente.
Subir no funicular é uma experiência muito bonita, como em muitos outros nos Alpes, porque percorre a montanha serpenteando e revelando pouco a pouco diversas perspetivas da paisagem.
O vale de Gruyères vai ficando para baixo, permitindo ver-se ao longe o lago com o mesmo nome. Um lindo lago artificial provocado por uma barragem.
Ao chegarmos ao fim do funicular, subimos 1.109 metros, depois temos de apanhar o teleférico para subir aos 1.520 metros! E aí já vemos o Moléson, um enorme rochedo proeminente e impressionante!
Ali de cima o vale já é bem distante e pequeno!
Sentimo-nos no topo do mundo e a colina do castelo, lá em baixo, é quase imperceptível!
Lá está o lago ao longe.
Ali de cima, até o que está em cima parece baixo!
E os Alpes estão por todo o lado!
Olhando para sul, por cima dos montes onde alguns parapentes animam a paisagem, a longa mancha branca provocada pelo Lac Leman!
Afinal estamos num ponto alto a poucos quilómetros, a direito, de Lausanne e Montreux!
A sensação de estar-se ali, com uma cerveja fresca na mão e uma paisagem de cortar a respiração… é inesquecível!
Lá tive de me forçar a descer dali, horas depois, depois de muito paleio com alguns caminhantes que se foram sentando perto de mim!
É curioso ver o trilho do funicular pela encosta abaixo, numa paisagem perfeita!
Voltei a passar perto da colina do castelo, para me dirigir para o Lac Leman mais uma vez nesta viagem.
É sempre tão reconfortante passear pelas margens daquele lago!
E fui até Montreux!
Porque estava perto e porque tinha prometido ao meu amigo Rui Vieira tirar uma foto com a minha Magnífica junto da estátua de Freddie Mercury.
Quando lá cheguei havia feira no local! Feira de venda de coisas e feira de gente em volta da estátua do homem!
Bolas, como iria eu fazer para levar a moto até ali com todo aquele povo?
Muito simples! Há um fator que nos permite fazer qualquer coisa sem que ninguém reaja: o fator surpresa!
Por isso fui buscar a moto, subi o passeio, atravessei toda a zona pedonal por entre tendas e povo que me olhava espantado e levei a Magnífica até onde quis!
Freddie Mercury passou em Montreux os seus últimos tempos de vida, onde gravou até morrer…
Diz a placa por baixo da escultura, (numa tradução direta e básica, sem floreios):
“Freddie Mercury, nasceu com o nome de Farrokh Bulsara na ilha africada de Zanzibar, tornou-se um dos maiores artistas de rock da nossa época. A sua carreira de cantor, durante vinte anos, no seio do grupo Queen permitiu-lhe vender mais de 150 milhões de álbuns no mundo inteiro. Visionário, musico fora do comum, ele deixa para trás de si uma herança inestimável assim como uma enorme influencia para as gerações de artistas rock posteriores.
Graças aos Mountein Recordin Studios, adquiridos pelo grupo Queen em 1978, Freddie soube criar até à sua morta, laços muito fortes com a cidade de Montreux.
Apreciador da simpatia e da discrição dos seus habitantes, Freddie considerava Montreux como o seu lar adotivo e um refúgio de paz propício à elaboração das suas últimas obras.”
E ainda aproveitando o tal fator surpresa, tirei as fotos que quis, dando-me até ao cuidado de mudar a motita de posição! Só não a pus em frente à estátua porque aí existe um passadiço de madeira desnivelado e não era mesmo nada aconselhável arriscar a desce-lo com a moto, senão…
Quase em frente da estatua fica uma plataforma circular onde as pessoas aproveitavam para fazer praia e banhar-se no lago a partir dali. Muito interessante!
E pronto, estava cumprida a promessa da foto por isso pus-me a passear por ali. Não me apetecia visitar a cidade, apenas curtir o lago, que o calor era demasiado!
E tratei de seguir caminho, pois com muito calor prefiro andar de moto que a pé! Segui pela margem do lago até Lausanne, logo ali a menos de 30 km.
A cidade estava cheia de gente e de movimento e de calor! Também não me apetecia visita-la de novo já que a tenho visitado em viagens recentes! Mas havia ali algo que eu queria ver: a catedral!
A Cathédrale protestante Notre-Dame de Lausanne é uma construção espantosa do séc. XIII que esteve recentemente em obras de restauro durante muito tempo!
A última vez que a visitei ela estava em obras de recuperação. É um exemplar lindíssimo de arquitetura românica já com elementos góticos, pois foi construída em várias fases! No séc. XVI foi dedicada ao Calvinismo aquando da Reforma Protestante!
Quando fui visita-la, era tarde, deveria estar fechada… mas fui na mesma! Havia uma porta lateral aberta, espreitei, estavam dois homens lá dentro. Perguntei se podia visitar a catedral. “Está fechada menina, só está aberta para quem vem assistir ao concerto! Terá de vir ver o concerto para ver a catedral!” disse um deles “Mas eu não posso, tenho de ir embora!” disse eu. Então um dos senhores disse-me que me deixava ir até ao centro da igreja e voltar. Estávamos exatamente ao nível do início do altar. Fui e tirei 3 ou 4 fotos! Todas as cadeiras estavam voltadas para o novo órgão, (que é uma aquisição relativamente recente e de grande qualidade), no fundo da catedral. A catedral estava linda, mesmo voltada assim “ao contrario”! Tive uma imensa vontade de ficar para assistir ao concerto…
Não podendo ficar tirei varias fotos a partir do mesmo sitio que o senhor me permitira alcançar!
Aquele teto é mesmo diferente e lindo!
E fui para casa que naquele dia era em Friburgo!
Fim do décimo nono dia de viagem!
O Moléson é um monte escarpado que atinge os 2002 metros de altitude e que pertence aos Rochers de Naye que eu visitei quando subi pela encosta em Montreux!
Existe um funicular que faz a primeira parte da subida e um teleférico que faz o topo.
Aquelas encostas, como muitas outras pelo país, são exploradas pelo turismo de inverno com ski alpino, ski de fond e caminhada com raquetes; e pelo turismo de verão com caminhadas, alpinismo e parapente.
Subir no funicular é uma experiência muito bonita, como em muitos outros nos Alpes, porque percorre a montanha serpenteando e revelando pouco a pouco diversas perspetivas da paisagem.
O vale de Gruyères vai ficando para baixo, permitindo ver-se ao longe o lago com o mesmo nome. Um lindo lago artificial provocado por uma barragem.
Ao chegarmos ao fim do funicular, subimos 1.109 metros, depois temos de apanhar o teleférico para subir aos 1.520 metros! E aí já vemos o Moléson, um enorme rochedo proeminente e impressionante!
Ali de cima o vale já é bem distante e pequeno!
Sentimo-nos no topo do mundo e a colina do castelo, lá em baixo, é quase imperceptível!
Lá está o lago ao longe.
Ali de cima, até o que está em cima parece baixo!
E os Alpes estão por todo o lado!
Olhando para sul, por cima dos montes onde alguns parapentes animam a paisagem, a longa mancha branca provocada pelo Lac Leman!
Afinal estamos num ponto alto a poucos quilómetros, a direito, de Lausanne e Montreux!
A sensação de estar-se ali, com uma cerveja fresca na mão e uma paisagem de cortar a respiração… é inesquecível!
Lá tive de me forçar a descer dali, horas depois, depois de muito paleio com alguns caminhantes que se foram sentando perto de mim!
É curioso ver o trilho do funicular pela encosta abaixo, numa paisagem perfeita!
Voltei a passar perto da colina do castelo, para me dirigir para o Lac Leman mais uma vez nesta viagem.
É sempre tão reconfortante passear pelas margens daquele lago!
E fui até Montreux!
Porque estava perto e porque tinha prometido ao meu amigo Rui Vieira tirar uma foto com a minha Magnífica junto da estátua de Freddie Mercury.
Quando lá cheguei havia feira no local! Feira de venda de coisas e feira de gente em volta da estátua do homem!
Bolas, como iria eu fazer para levar a moto até ali com todo aquele povo?
Muito simples! Há um fator que nos permite fazer qualquer coisa sem que ninguém reaja: o fator surpresa!
Por isso fui buscar a moto, subi o passeio, atravessei toda a zona pedonal por entre tendas e povo que me olhava espantado e levei a Magnífica até onde quis!
Freddie Mercury passou em Montreux os seus últimos tempos de vida, onde gravou até morrer…
Diz a placa por baixo da escultura, (numa tradução direta e básica, sem floreios):
“Freddie Mercury, nasceu com o nome de Farrokh Bulsara na ilha africada de Zanzibar, tornou-se um dos maiores artistas de rock da nossa época. A sua carreira de cantor, durante vinte anos, no seio do grupo Queen permitiu-lhe vender mais de 150 milhões de álbuns no mundo inteiro. Visionário, musico fora do comum, ele deixa para trás de si uma herança inestimável assim como uma enorme influencia para as gerações de artistas rock posteriores.
Graças aos Mountein Recordin Studios, adquiridos pelo grupo Queen em 1978, Freddie soube criar até à sua morta, laços muito fortes com a cidade de Montreux.
Apreciador da simpatia e da discrição dos seus habitantes, Freddie considerava Montreux como o seu lar adotivo e um refúgio de paz propício à elaboração das suas últimas obras.”
E ainda aproveitando o tal fator surpresa, tirei as fotos que quis, dando-me até ao cuidado de mudar a motita de posição! Só não a pus em frente à estátua porque aí existe um passadiço de madeira desnivelado e não era mesmo nada aconselhável arriscar a desce-lo com a moto, senão…
Quase em frente da estatua fica uma plataforma circular onde as pessoas aproveitavam para fazer praia e banhar-se no lago a partir dali. Muito interessante!
E pronto, estava cumprida a promessa da foto por isso pus-me a passear por ali. Não me apetecia visitar a cidade, apenas curtir o lago, que o calor era demasiado!
E tratei de seguir caminho, pois com muito calor prefiro andar de moto que a pé! Segui pela margem do lago até Lausanne, logo ali a menos de 30 km.
A cidade estava cheia de gente e de movimento e de calor! Também não me apetecia visita-la de novo já que a tenho visitado em viagens recentes! Mas havia ali algo que eu queria ver: a catedral!
A Cathédrale protestante Notre-Dame de Lausanne é uma construção espantosa do séc. XIII que esteve recentemente em obras de restauro durante muito tempo!
A última vez que a visitei ela estava em obras de recuperação. É um exemplar lindíssimo de arquitetura românica já com elementos góticos, pois foi construída em várias fases! No séc. XVI foi dedicada ao Calvinismo aquando da Reforma Protestante!
Quando fui visita-la, era tarde, deveria estar fechada… mas fui na mesma! Havia uma porta lateral aberta, espreitei, estavam dois homens lá dentro. Perguntei se podia visitar a catedral. “Está fechada menina, só está aberta para quem vem assistir ao concerto! Terá de vir ver o concerto para ver a catedral!” disse um deles “Mas eu não posso, tenho de ir embora!” disse eu. Então um dos senhores disse-me que me deixava ir até ao centro da igreja e voltar. Estávamos exatamente ao nível do início do altar. Fui e tirei 3 ou 4 fotos! Todas as cadeiras estavam voltadas para o novo órgão, (que é uma aquisição relativamente recente e de grande qualidade), no fundo da catedral. A catedral estava linda, mesmo voltada assim “ao contrario”! Tive uma imensa vontade de ficar para assistir ao concerto…
Não podendo ficar tirei varias fotos a partir do mesmo sitio que o senhor me permitira alcançar!
Aquele teto é mesmo diferente e lindo!
E fui para casa que naquele dia era em Friburgo!
Fim do décimo nono dia de viagem!
Última edição por Gracinda Ramos em Qua Out 24 2012, 23:20, editado 1 vez(es)
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Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
https://passeandopelavida.com/
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Que visão a do teleférico... fabulosa.
Mais um dia fantástico.
Um abraço.
Mais um dia fantástico.
Um abraço.
Re: Passeando pela Suíça - 2012
rjvieira escreveu:Que visão a do teleférico... fabulosa.
Mais um dia fantástico.
Um abraço.
Subir um teleférico nos Alpes é sempre lindo!
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Gracinda Ramos escreveu:rjvieira escreveu:Que visão a do teleférico... fabulosa.
Mais um dia fantástico.
Um abraço.
Subir um teleférico nos Alpes é sempre lindo!
Vocês são é doidos....
Joao Luis- Já dorme com a moto!
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Paisagens deslumbrantes...
Quanto ao teleférico, não sei... preferia subir a pé
Obrigada
Abraço
Quanto ao teleférico, não sei... preferia subir a pé
Obrigada
Abraço
Carlos Balio- Já sai à rua a conduzir.
jacare- Zero à direita
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Gracinda boas!
O turismo da Suiça devia comparticipar pela publicidade! As fotos do funicular são impressionantes !
Saia mais um big
Abraço e boas curvas!
O turismo da Suiça devia comparticipar pela publicidade! As fotos do funicular são impressionantes !
Saia mais um big
Abraço e boas curvas!
Zecacbr- Já conduz... mal!
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Cucu!
Obrigada pela vossa companhia e pelas vossas palavras!
O meu pc teve um ataque de ma disposição e por isso tive de passar para o portátil enquanto ele se recupera! Logo já continuarei com a história da minha viagem que está apenas a chegar a meio!
ps. eu já aceitava qualquer participação de qualquer entidade, bastava que me dessem uns mil euritos e eu já seria tão feliz em agosto de 2013!
Obrigada pela vossa companhia e pelas vossas palavras!
O meu pc teve um ataque de ma disposição e por isso tive de passar para o portátil enquanto ele se recupera! Logo já continuarei com a história da minha viagem que está apenas a chegar a meio!
ps. eu já aceitava qualquer participação de qualquer entidade, bastava que me dessem uns mil euritos e eu já seria tão feliz em agosto de 2013!
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Joao Luis escreveu:Gracinda Ramos escreveu:rjvieira escreveu:Que visão a do teleférico... fabulosa.
Mais um dia fantástico.
Um abraço.
Subir um teleférico nos Alpes é sempre lindo!
Vocês são é doidos....
Oh João Luis, tu não me digas que atravessas continentes e tens medo de andar de teleférico!!!
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Gracinda Ramos escreveu:Joao Luis escreveu:Gracinda Ramos escreveu:rjvieira escreveu:Que visão a do teleférico... fabulosa.
Mais um dia fantástico.
Um abraço.
Subir um teleférico nos Alpes é sempre lindo!
Vocês são é doidos....
Oh João Luis, tu não me digas que atravessas continentes e tens medo de andar de teleférico!!!
É a Vida....
Joao Luis- Já dorme com a moto!
Re: Passeando pela Suíça - 2012
18 de Agosto de 2012
A história deste dia é curta e com alguma preocupação. Um dia de muito calor em que a moto começou a fazer um barulho que me intrigou! Não era um barulho constante nem previsível e dada a história recente da minha motita, não me deixava nada sossegada! Por isso o percurso acabou por não ser longo!
Passeei um pouco pela cidade, que visitara recentemente, mas deixara a catedral para ver com calma noutra altura. Era esta a altura!
A Catedral de St-Nicolas, construída entre os séculos XIII e XV, começou em estilo românico e acabou em gótico, como tantas catedrais da época, entre estilos. É um edifício lindíssimo com uma torre muito caraterística que, segundo a lenda, não foi concluída porque se acabou o dinheiro!
O portal é extraordinário com um baixo-relevo ilustrando o Juízo Final.
Lá dentro a atmosfera é serena e o espaço é lindo!
E o órgão, famoso e extraordinário ao fundo.
Na realidade ela conserva elementos de todas as épocas porque passou desde o início da sua construção, incluindo elementos barrocos!
A catedral fica situada num ponto elevado, bem no centro da cidade medieval e é facilmente visível a partir das margens do rio Saarne, em enquadramentos muito bonitos!
É sempre emocionante percorrer com as nossas próprias rodas caminhos medievais tão bem conservados!
E lá está a catedral e o rio que também é chamado de Sarine!
E a zona histórica, uma das mais bem conservadas da Europa!
Um dia tenho de lá voltar para subir a torre da catedral, pois a paisagem lá de cima é deslumbrante, e eu não a tenho encontrado aberta!
O meu destino naquele dia seria Basel, sem nada de especial para fazer pelo caminho para além de cismar no barulho da minha moto! Voltei a passar no Lac Morat, por caminhos estreitinhos e isolados!
Com pormenores retirados de contos infantis!
Parei em Avenches, uma cidadezinha muito interessante que já foi um importante posto avançado romano: Aventicum
Há vestígios da cidade romana um pouco por todo o lado e os estudos e escavações continuam.
A importância da cidade pode-se ver pelo anfiteatro, que é ainda hoje usado para espetáculos, (naqueles dias decorria o Rock Oz'Arènes), com as suas bancadas mistas, entre cadeiras de plástico e degraus de pedra. Imponente!
Pensa-se que um anfiteatro tão grande só se justificava para uma cidade com 200.000 habitantes! Muito maior população do que a que a cidade tem hoje, menos de 3.000!
Mesmo à beirinha fica o castelo do séc. XIII, onde funcionam serviços da comunidade.
Muito bonito, pena ter carros estacionados por todo o lado!
Ali mesmo junto ao anfiteatro!
Acabei por me sentar numa sombra, junto à ruinas romanas, a comer maçãs de uma enorme macieira que ali havia! Eram boas!
Depois foi a sequencia de casinhas medievais deliciosas, tão características naquele país, lindas!
De repente avistei uma oficina Honda! Era a boa oportunidade de ver como estava a minha velhinha e de descobrir que barulho era aquele que ela andava a fazer!
Descobri que tudo estava bem na minha motita, ninguém diria que já levava tanto quilómetro em cima dos tantos que já trazia! E o que eu não queria acreditar que fosse, era mesmo o que ela tinha… tinha as pastilhas de travão completamente gastas!
Só então me lembrei que ela não fizera a revisão no sitio do costume e, para quem não sabia o quanto eu iria andar, ter as pastilhas a meio daria para muitos quilómetros… e deram, mas não para toda a viagem!
Era sábado, a oficina estava mesmo a fechar, eu teria de continuar viagem não iria ficar ali à espera que fosse segunda-feira! Teria de evitar travar com o travão de trás, que não tinha pastilha de todo e usar o da frente pouco, pois tinha apenas um milimetro de pastilha, e o melhor seria ir pôr as pastilhas na Alemanha pois na Suíça eram muito caras, disse-me o mecânico.
Estava muito calor, eu estava muito preocupada, nem pensar em ficar sem travões, já experimentara uma manete de travão que encravou e não queria voltar a passar pela sensação de travar e não parar! Por isso fui muito direitinha para Basel para o Hostel simpático e fresco, que contrastava profundamente com o 39 graus cá fora!
A minha Magnífica fez sensação, "discretamente" estacionada entre as bicicletas.
Fiz amizade com uma série de pessoas que foram metendo conversa comigo por causa de eu andar a viajar sozinha de moto e aprendi algumas coisas sobre países onde quero passar um dia destes. E não voltei a sair, porque em viagem não me obrigo a nada!
Fim do vigésimo dia de viagem…
A história deste dia é curta e com alguma preocupação. Um dia de muito calor em que a moto começou a fazer um barulho que me intrigou! Não era um barulho constante nem previsível e dada a história recente da minha motita, não me deixava nada sossegada! Por isso o percurso acabou por não ser longo!
Passeei um pouco pela cidade, que visitara recentemente, mas deixara a catedral para ver com calma noutra altura. Era esta a altura!
A Catedral de St-Nicolas, construída entre os séculos XIII e XV, começou em estilo românico e acabou em gótico, como tantas catedrais da época, entre estilos. É um edifício lindíssimo com uma torre muito caraterística que, segundo a lenda, não foi concluída porque se acabou o dinheiro!
O portal é extraordinário com um baixo-relevo ilustrando o Juízo Final.
Lá dentro a atmosfera é serena e o espaço é lindo!
E o órgão, famoso e extraordinário ao fundo.
Na realidade ela conserva elementos de todas as épocas porque passou desde o início da sua construção, incluindo elementos barrocos!
A catedral fica situada num ponto elevado, bem no centro da cidade medieval e é facilmente visível a partir das margens do rio Saarne, em enquadramentos muito bonitos!
É sempre emocionante percorrer com as nossas próprias rodas caminhos medievais tão bem conservados!
E lá está a catedral e o rio que também é chamado de Sarine!
E a zona histórica, uma das mais bem conservadas da Europa!
Um dia tenho de lá voltar para subir a torre da catedral, pois a paisagem lá de cima é deslumbrante, e eu não a tenho encontrado aberta!
O meu destino naquele dia seria Basel, sem nada de especial para fazer pelo caminho para além de cismar no barulho da minha moto! Voltei a passar no Lac Morat, por caminhos estreitinhos e isolados!
Com pormenores retirados de contos infantis!
Parei em Avenches, uma cidadezinha muito interessante que já foi um importante posto avançado romano: Aventicum
Há vestígios da cidade romana um pouco por todo o lado e os estudos e escavações continuam.
A importância da cidade pode-se ver pelo anfiteatro, que é ainda hoje usado para espetáculos, (naqueles dias decorria o Rock Oz'Arènes), com as suas bancadas mistas, entre cadeiras de plástico e degraus de pedra. Imponente!
Pensa-se que um anfiteatro tão grande só se justificava para uma cidade com 200.000 habitantes! Muito maior população do que a que a cidade tem hoje, menos de 3.000!
Mesmo à beirinha fica o castelo do séc. XIII, onde funcionam serviços da comunidade.
Muito bonito, pena ter carros estacionados por todo o lado!
Ali mesmo junto ao anfiteatro!
Acabei por me sentar numa sombra, junto à ruinas romanas, a comer maçãs de uma enorme macieira que ali havia! Eram boas!
Depois foi a sequencia de casinhas medievais deliciosas, tão características naquele país, lindas!
De repente avistei uma oficina Honda! Era a boa oportunidade de ver como estava a minha velhinha e de descobrir que barulho era aquele que ela andava a fazer!
Descobri que tudo estava bem na minha motita, ninguém diria que já levava tanto quilómetro em cima dos tantos que já trazia! E o que eu não queria acreditar que fosse, era mesmo o que ela tinha… tinha as pastilhas de travão completamente gastas!
Só então me lembrei que ela não fizera a revisão no sitio do costume e, para quem não sabia o quanto eu iria andar, ter as pastilhas a meio daria para muitos quilómetros… e deram, mas não para toda a viagem!
Era sábado, a oficina estava mesmo a fechar, eu teria de continuar viagem não iria ficar ali à espera que fosse segunda-feira! Teria de evitar travar com o travão de trás, que não tinha pastilha de todo e usar o da frente pouco, pois tinha apenas um milimetro de pastilha, e o melhor seria ir pôr as pastilhas na Alemanha pois na Suíça eram muito caras, disse-me o mecânico.
Estava muito calor, eu estava muito preocupada, nem pensar em ficar sem travões, já experimentara uma manete de travão que encravou e não queria voltar a passar pela sensação de travar e não parar! Por isso fui muito direitinha para Basel para o Hostel simpático e fresco, que contrastava profundamente com o 39 graus cá fora!
A minha Magnífica fez sensação, "discretamente" estacionada entre as bicicletas.
Fiz amizade com uma série de pessoas que foram metendo conversa comigo por causa de eu andar a viajar sozinha de moto e aprendi algumas coisas sobre países onde quero passar um dia destes. E não voltei a sair, porque em viagem não me obrigo a nada!
Fim do vigésimo dia de viagem…
Última edição por Gracinda Ramos em Sáb Out 27 2012, 23:21, editado 1 vez(es)
________________________
Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
https://passeandopelavida.com/
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Mais um excelente dia... pena o pequeno problema... já fiquei sem calços a trás sem contar, é uma sensação estranha... o pé vai lá por instinto e temos que o contrariar, que é complicado
Fico a aguardar as novidades do dia seguinte mais um
Um abraço.
Fico a aguardar as novidades do dia seguinte mais um
Um abraço.
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Mais um fantástico dia, cheio de beleza.
Chato as preocupações, mas soubeste lidar bem com elas!
Beijinho
Chato as preocupações, mas soubeste lidar bem com elas!
Beijinho
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Mesmo com alguma preocupação conseguiste brindarmos com mais uma partilha de um belo dia bem documentado.
Obrigado mais uma vez, e para esta dupla "Magnifica"
Abraço
Obrigado mais uma vez, e para esta dupla "Magnifica"
Abraço
Carlos Balio- Já sai à rua a conduzir.
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Venham meninos e meninas venham sentar-se à volta da Ti Gracinda que ela continua a hipnotizar-nos com histórias de fadas e dragões do pais da Heidi....
Joao Luis- Já dorme com a moto!
Re: Passeando pela Suíça - 2012
19 de Agosto de 2012
O dia seguinte foi de preocupação, o que estragou um pouco o que queria ver e fazer! Isto de não conduzir à vontade é ruim e, quando nos dizem para não travarmos, parece que de repente travamos mais do que nunca e por tudo e por nada!
O meu destino era Saint Gallen, por caminhos cheios de beleza, mas nem sabia o que fazer, se seguir direta, se dar umas voltinhas inocentes e visitar recantos que trazia no meu “livrinho das saudades”.
Optei pelo “meio-termo”: nem ir direta, nem catar demasiado, e deixar na agenda coisas lindíssimas, que não poderia ver, para uma próxima passagem no local. Acho que foi a boa opção pois, no final, o dia resultou muito bonito!
O hostel era muito bonito e o pequeno-almoço cheio de requintes! É o momento em que me encho sempre de comida! Acordo com vontade de comer de tudo e é o que faço sempre, pois durante o dia a vontade de comer nunca é muita! Pudera, com a barriga cheia e a cinta apertada nem há tempo para sentir fome!
Não fiz uma visita exaustiva a Basel, implicaria muito "pára-arranca" e isso stressar-me-ia por causa dos travões, por isso fui até um ponto central, perto do que queria ver, e parei ali.
Uma das coisas que me irrita na Suíça são os milhares de fios dos autocarros elétricos! Lixam a paisagem toda, ao ponto de fazer quase redes de fios por cima de nós! Ecológico mas aborrecido para caramba!
A caminho da Rathaus extraordinária da cidade passei na Elisabethenkirche, uma igreja fantástica em estilo neo-gótico, que consegue ter a torre mais alta que a da catedral de Basel! Um edifício do séc. XIX lindíssimo… infelizmente estava fechada, era muito cedo!
Não estava fácil aproximar-me do ponto onde queria parar, porque havia ruas cortadas e sinais de festa, mais propriamente cinema ao ar livre!
Do outro lado do Reno a catedral vermelha chamava a atenção! Era para lá que eu queria ir!
Aquele Reno é um rio que tenho de percorrer de ponta a ponta, um dia… desde a nascente nos Alpes suíços, até à sua chegada ao Mar do Norte, depois de passar por 6 países: Suíça, Áustria, Liechtenstein, Alemanha, França e Holanda!
Dei a volta e fui até à Marktplatz, onde o edifício de arenito vermelho domina visualmente toda a envolvência!
Uma construção do séc. XVI espantoso onde hoje funcionam o Grande Conselho – legislativo e o Conselho de Governo – executivo, bem como os serviços do Parlamento do cantão.
Não há qualquer dúvida da data de construção do edifício, pois está escrevinhada numa varanda! A segunda data deverá ser a do seu restauro, que naquele país gostam de registar também!
As paredes são deslumbrantes em torno do pátio interior! Fica-se por ali de nariz no ar a apreciar!
Basel foi a única grande cidade que eu não conheci enquanto vivi na Suíça! Lembro-me que quando a Confederação organizou o passeio para os bolseiros visitarem a zona, eu não pude participar, pois estava em exames, que nas Belas Artes nunca são nas mesmas datas dos da Universidade, vá-se lá saber porquê.
Depois nunca lá fui pelos meus próprios meios (bicicleta + comboio) porque havia sempre algo mais chamativo e mais perto para eu visitar! Por isso conheci-a apenas anos depois, quando regressei à Suíça de moto!
A praça, cá fora, estava deserta e era o momento certo para a visitar, sem carros por todos os lados!
Pertinho da Marktplatz fica a Catedral, vai-se mais facilmente a pé que de moto, pois a volta que se dá é enorme!
A catedral é um edifício espantoso, também em arenito vermelho, sobressai na paisagem da cidade pelas suas torres e telhados de telhas coloridas!
Foi construída entre o séc. XI e o séc. XVI, entre estilo românico tardio e gótico!
Esta catedral, como outras no país, nasceu Católica e acabou Protestante, como se mantem até hoje! Mas a transição foi violenta e um duro golpe para o seu património artístico!
Entre 1528 e 1529 muitas das suas obras foram destruídas, crucifixos e estuas de santos e da virgem foram esmagados pela população que a invadiu para destruir tudo o que fossem imagens, inspirados pelo reformador Ulrich Zwingli, que recusava a adoração de Deus pelas imagens!
Os capelães defenderam a catedral que acabou por ser despojada das suas imagens e assim se mantem até hoje.
Pertinho de Basel, em Dornach, fica o Goetheanum! Um edifício que é uma escultura onde se pode entrar!
Na realidade é a sede mundial do Movimento Antroposófico, fundado por Rudolf Steiner, que o apresentava como “um caminho para se trilhar em busca da verdade que preenche o abismo historicamente criado desde a escolástica entre a fé e a ciência!”
A obra arquitetónica é também de Steiner e é considerada uma verdadeira obra-prima da arquitetura expressionista do século 20. A libertação de alguns elementos tradicional da arquitetura, obtendo estruturas orgânicas, provoca no observador as mais diversas emoções. A cor, usada no interior do edifício em nuances e efeitos que se alteram ao longo da subida da escadaria colorida e no interior dos auditórios, é surpreendente e proporciona enquadramentos inesperados! Uma obra de arte que se pode percorrer por dentro!
As escadas, quase orgânicas, sobem em tons quentes que vão arrefecendo até chegar ao azul, lá em cima!
Lá em cima, onde o patamar já é amarelo, a maqueta de todo o sítio, onde figura o Goetheanum e as pequenas casas em formas orgânicas e florais que aparecem perfeitamente integradas na paisagem.
Lá de cima podia ver a minha motita à minha espera no pátio!
As entradas para os auditórios estavam fechadas, o que foi uma pena, pois sei que eles são de cortar a respiração!
Ao visitarmos este edifício somos levados a pensar que é uma construção moderna e recente, futurista mesmo!
Mas na realidade foi construído nos anos 20 do século passado! Os Suíços são muito reputados em artes e arquitetura, não é por acaso!
As outras construções do complexo completam o conjunto de forma digna e encantadora!
(continua)
O dia seguinte foi de preocupação, o que estragou um pouco o que queria ver e fazer! Isto de não conduzir à vontade é ruim e, quando nos dizem para não travarmos, parece que de repente travamos mais do que nunca e por tudo e por nada!
O meu destino era Saint Gallen, por caminhos cheios de beleza, mas nem sabia o que fazer, se seguir direta, se dar umas voltinhas inocentes e visitar recantos que trazia no meu “livrinho das saudades”.
Optei pelo “meio-termo”: nem ir direta, nem catar demasiado, e deixar na agenda coisas lindíssimas, que não poderia ver, para uma próxima passagem no local. Acho que foi a boa opção pois, no final, o dia resultou muito bonito!
O hostel era muito bonito e o pequeno-almoço cheio de requintes! É o momento em que me encho sempre de comida! Acordo com vontade de comer de tudo e é o que faço sempre, pois durante o dia a vontade de comer nunca é muita! Pudera, com a barriga cheia e a cinta apertada nem há tempo para sentir fome!
Não fiz uma visita exaustiva a Basel, implicaria muito "pára-arranca" e isso stressar-me-ia por causa dos travões, por isso fui até um ponto central, perto do que queria ver, e parei ali.
Uma das coisas que me irrita na Suíça são os milhares de fios dos autocarros elétricos! Lixam a paisagem toda, ao ponto de fazer quase redes de fios por cima de nós! Ecológico mas aborrecido para caramba!
A caminho da Rathaus extraordinária da cidade passei na Elisabethenkirche, uma igreja fantástica em estilo neo-gótico, que consegue ter a torre mais alta que a da catedral de Basel! Um edifício do séc. XIX lindíssimo… infelizmente estava fechada, era muito cedo!
Não estava fácil aproximar-me do ponto onde queria parar, porque havia ruas cortadas e sinais de festa, mais propriamente cinema ao ar livre!
Do outro lado do Reno a catedral vermelha chamava a atenção! Era para lá que eu queria ir!
Aquele Reno é um rio que tenho de percorrer de ponta a ponta, um dia… desde a nascente nos Alpes suíços, até à sua chegada ao Mar do Norte, depois de passar por 6 países: Suíça, Áustria, Liechtenstein, Alemanha, França e Holanda!
Dei a volta e fui até à Marktplatz, onde o edifício de arenito vermelho domina visualmente toda a envolvência!
Uma construção do séc. XVI espantoso onde hoje funcionam o Grande Conselho – legislativo e o Conselho de Governo – executivo, bem como os serviços do Parlamento do cantão.
Não há qualquer dúvida da data de construção do edifício, pois está escrevinhada numa varanda! A segunda data deverá ser a do seu restauro, que naquele país gostam de registar também!
As paredes são deslumbrantes em torno do pátio interior! Fica-se por ali de nariz no ar a apreciar!
Basel foi a única grande cidade que eu não conheci enquanto vivi na Suíça! Lembro-me que quando a Confederação organizou o passeio para os bolseiros visitarem a zona, eu não pude participar, pois estava em exames, que nas Belas Artes nunca são nas mesmas datas dos da Universidade, vá-se lá saber porquê.
Depois nunca lá fui pelos meus próprios meios (bicicleta + comboio) porque havia sempre algo mais chamativo e mais perto para eu visitar! Por isso conheci-a apenas anos depois, quando regressei à Suíça de moto!
A praça, cá fora, estava deserta e era o momento certo para a visitar, sem carros por todos os lados!
Pertinho da Marktplatz fica a Catedral, vai-se mais facilmente a pé que de moto, pois a volta que se dá é enorme!
A catedral é um edifício espantoso, também em arenito vermelho, sobressai na paisagem da cidade pelas suas torres e telhados de telhas coloridas!
Foi construída entre o séc. XI e o séc. XVI, entre estilo românico tardio e gótico!
Esta catedral, como outras no país, nasceu Católica e acabou Protestante, como se mantem até hoje! Mas a transição foi violenta e um duro golpe para o seu património artístico!
Entre 1528 e 1529 muitas das suas obras foram destruídas, crucifixos e estuas de santos e da virgem foram esmagados pela população que a invadiu para destruir tudo o que fossem imagens, inspirados pelo reformador Ulrich Zwingli, que recusava a adoração de Deus pelas imagens!
Os capelães defenderam a catedral que acabou por ser despojada das suas imagens e assim se mantem até hoje.
Pertinho de Basel, em Dornach, fica o Goetheanum! Um edifício que é uma escultura onde se pode entrar!
Na realidade é a sede mundial do Movimento Antroposófico, fundado por Rudolf Steiner, que o apresentava como “um caminho para se trilhar em busca da verdade que preenche o abismo historicamente criado desde a escolástica entre a fé e a ciência!”
A obra arquitetónica é também de Steiner e é considerada uma verdadeira obra-prima da arquitetura expressionista do século 20. A libertação de alguns elementos tradicional da arquitetura, obtendo estruturas orgânicas, provoca no observador as mais diversas emoções. A cor, usada no interior do edifício em nuances e efeitos que se alteram ao longo da subida da escadaria colorida e no interior dos auditórios, é surpreendente e proporciona enquadramentos inesperados! Uma obra de arte que se pode percorrer por dentro!
As escadas, quase orgânicas, sobem em tons quentes que vão arrefecendo até chegar ao azul, lá em cima!
Lá em cima, onde o patamar já é amarelo, a maqueta de todo o sítio, onde figura o Goetheanum e as pequenas casas em formas orgânicas e florais que aparecem perfeitamente integradas na paisagem.
Lá de cima podia ver a minha motita à minha espera no pátio!
As entradas para os auditórios estavam fechadas, o que foi uma pena, pois sei que eles são de cortar a respiração!
Ao visitarmos este edifício somos levados a pensar que é uma construção moderna e recente, futurista mesmo!
Mas na realidade foi construído nos anos 20 do século passado! Os Suíços são muito reputados em artes e arquitetura, não é por acaso!
As outras construções do complexo completam o conjunto de forma digna e encantadora!
(continua)
Última edição por Gracinda Ramos em Ter Out 30 2012, 09:21, editado 1 vez(es)
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Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
https://passeandopelavida.com/
Re: Passeando pela Suíça - 2012
As coisas que tu encontras! Toma lá mais uma senha para a gasolina!
Luís Azevedo- Ainda é motorato!
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Carlos Balio escreveu:Mesmo com alguma preocupação conseguiste brindarmos com mais uma partilha de um belo dia bem documentado.
Obrigado mais uma vez, e para esta dupla "Magnifica"
Abraço
Sim, andei com a preocupação mais dois dias e uma porrada de quilometros, pois parar nada resolvia, por isso o melhor era mesmo seguir para a Alemanha! Já que seguimos, ora vamos vendo qualquer coisita pelo caminho!
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Joao Luis escreveu:Venham meninos e meninas venham sentar-se à volta da Ti Gracinda que ela continua a hipnotizar-nos com histórias de fadas e dragões do pais da Heidi....
Tem piada que nunca fui boa contadora de histórias para crianças! Ao menos que os crescidos se interessem pelo que conto!
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Luís Azevedo escreveu:As coisas que tu encontras! Toma lá mais uma senha para a gasolina!
Oh, com 658 litros de gasolina onde eu iria!
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