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Passeando pela Suíça - 2012
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Fantástico!!! :
Que mais posso dizer do que "obrigado por me levares á Suiça, aqui sentado no sofá"
Que mais posso dizer do que "obrigado por me levares á Suiça, aqui sentado no sofá"
________________________
"A sorte protege os audazes"
jacare- Zero à direita
Re: Passeando pela Suíça - 2012
10 de Agosto de 2012 – continuação
No meu caminho ficava Viamala-Schlucht! Ok, ficava porque eu quis que ficasse!
Viamala é uma garganta monumental pela sua espetacularidade! As paredes estreitas chegam a proporcionar autenticas nesgas de 300 metros de profundidade!
Aquilo fica perto de Thusis, no percurso do Reno na zona, e é digno de uma visita!
Aquelas coisinhas azuis à direita da foto, são carros! A minha motita estava lá também. Por ali se vê a dimensão do abismo!
A tradução para o nome é de “mau caminho” e, se olharmos bem para o desfiladeiro, entendemos bem porque lhe chamaram assim!
O caminho é conhecido desde a época dos romanos e já presenciou e participou em momentos altos na história da zona!
Eu pus-me a olhar para a profundeza daquilo e para a pequena multidão que se aglomerava para fazer o percurso e decidi ver “por fora” e um dia faze-lo na totalidade!
Uma daquelas promessas que faço a mim mesma, durante uma viagem, e que tempos depois me fazem sair de casa para as cumprir!
E segui para Monstein passando por Tiefencastel, uma terrinha deliciosa que fica tão bem nas fotografias com o vale verde e os montes ao fundo! Postal ilustrado!
Os castelinhos nos montes dão um ar tão romântico quanto misterioso à paisagem! Mais tarde eu iria aproximar-me para ver alguns de perto e tirar fotos tipo agencia de viagens! ;-)
Entretanto alcancei um grupo de motociclistas italianos muito bem ordenado e simpático, no meu caminho, que andava a apreciar as belezas do país vizinho!
A verdade é que aquela zona é digna de visita por toda a beleza que proporciona ao nosso olhar!
Com a Ruine Belford, um castelo medieval do séc. XII a despertar o imaginário!
E os montes a imitar tão bem um cenário pintado!
Cheguei a Montein, a aldeia onde se produz uma deliciosa cerveja, com o seu nome, na fábrica de cerveja a maior altitude da Europa!!
A minha escolha de Monstein para passar 3 noites não foi casual! Na realidade, não achando eu Davos uma cidade bonita, procurei uma localidade tipicamente alpina para pernoitar e viver o espirito da zona!
Encontrei Monstein, localizada a 1620 m de altitude numa vertente do monte voltada ao sol, no vale de Landwassertal, rodeado de picos impressionantes, lindas pastagens alpinas e extensa floresta por todos os lados!
O hotel Ducan apresentava-se nas fotos como um postal habitavel! Um chalé em madeira, cheio de flores nas janelas, com esplanada e terraço pitorescos e barato! E era mesmo tudo isso, para além da grande simpatia dos funcionários e de, na realidade, ainda ser mais “mimi” do que nas fotos!
Pousei as tralhas e fui dar uma volta à aldeia, que é pequenina mas cheia de vida!
Na realidade ainda apresenta as características inconfundíveis de uma aldeia típica dos Alpes. Casinhas, espigueiros, celeiros e cabanas são construídas em madeira, alguns têm mesmo o teto em telhas de madeira tradicionais e são forradas com pequenas escamas também em madeira.
Ali começam trilhos de percursos e caminhada que, no inverno serão caminhos para esquiadores!
Ainda me aventurei por alguns caminhos onde apenas caberia eu e a minha motita!
Era cedo para jantar, por isso ainda fui dar uma vista de olhos a ver se Davos continuava na mesma ou se tinha mudado muito! Não mudou o suficiente para eu gostar mais dela do que de costume! O mais bonito que tem é o lago, do outro lado da cidade!
Aqueles caminhos são sempre interessantes de fazer, com Schmitten a embezar o regresso a Monstein!
Iria passar ali varias vezes ao dia, nos dias seguintes, sem perder nunca a vontade de fotografar a aldeia!
Decidi voltar para o hotel e jantar lá! Não me apetecia de todo andar de lado para lado à procura de um sítio para comer!
E o jantar foi uma agradável surpresa! A sala do restaurante era linda, os empregados simpáticos e a comida deliciosa!
Pedi um prato vegetariano, pois não me apetecia nem carne nem peixe e serviram-me um prato lindo e aromático. A princípio pensei que se tinham enganado, pois o prato que eu pedira era composto por queijo, lá da terra, com batatas e legumes, mas o que veio parecia-me peixe!
Embora ao comer o sabor fosse agradável mas indeterminado!
Só à 3ª ou 4ª garfada é que percebi que aquilo não era peixe e sim queijo! Uma delícia, porque o queijo embora panado, não derretera nem ficara enjoativo, pelo contrário, era fofo e… espantoso!
Adorei!
Fim do décimo segundo dia de viagem
No meu caminho ficava Viamala-Schlucht! Ok, ficava porque eu quis que ficasse!
Viamala é uma garganta monumental pela sua espetacularidade! As paredes estreitas chegam a proporcionar autenticas nesgas de 300 metros de profundidade!
Aquilo fica perto de Thusis, no percurso do Reno na zona, e é digno de uma visita!
Aquelas coisinhas azuis à direita da foto, são carros! A minha motita estava lá também. Por ali se vê a dimensão do abismo!
A tradução para o nome é de “mau caminho” e, se olharmos bem para o desfiladeiro, entendemos bem porque lhe chamaram assim!
O caminho é conhecido desde a época dos romanos e já presenciou e participou em momentos altos na história da zona!
Eu pus-me a olhar para a profundeza daquilo e para a pequena multidão que se aglomerava para fazer o percurso e decidi ver “por fora” e um dia faze-lo na totalidade!
Uma daquelas promessas que faço a mim mesma, durante uma viagem, e que tempos depois me fazem sair de casa para as cumprir!
E segui para Monstein passando por Tiefencastel, uma terrinha deliciosa que fica tão bem nas fotografias com o vale verde e os montes ao fundo! Postal ilustrado!
Os castelinhos nos montes dão um ar tão romântico quanto misterioso à paisagem! Mais tarde eu iria aproximar-me para ver alguns de perto e tirar fotos tipo agencia de viagens! ;-)
Entretanto alcancei um grupo de motociclistas italianos muito bem ordenado e simpático, no meu caminho, que andava a apreciar as belezas do país vizinho!
A verdade é que aquela zona é digna de visita por toda a beleza que proporciona ao nosso olhar!
Com a Ruine Belford, um castelo medieval do séc. XII a despertar o imaginário!
E os montes a imitar tão bem um cenário pintado!
Cheguei a Montein, a aldeia onde se produz uma deliciosa cerveja, com o seu nome, na fábrica de cerveja a maior altitude da Europa!!
A minha escolha de Monstein para passar 3 noites não foi casual! Na realidade, não achando eu Davos uma cidade bonita, procurei uma localidade tipicamente alpina para pernoitar e viver o espirito da zona!
Encontrei Monstein, localizada a 1620 m de altitude numa vertente do monte voltada ao sol, no vale de Landwassertal, rodeado de picos impressionantes, lindas pastagens alpinas e extensa floresta por todos os lados!
O hotel Ducan apresentava-se nas fotos como um postal habitavel! Um chalé em madeira, cheio de flores nas janelas, com esplanada e terraço pitorescos e barato! E era mesmo tudo isso, para além da grande simpatia dos funcionários e de, na realidade, ainda ser mais “mimi” do que nas fotos!
Pousei as tralhas e fui dar uma volta à aldeia, que é pequenina mas cheia de vida!
Na realidade ainda apresenta as características inconfundíveis de uma aldeia típica dos Alpes. Casinhas, espigueiros, celeiros e cabanas são construídas em madeira, alguns têm mesmo o teto em telhas de madeira tradicionais e são forradas com pequenas escamas também em madeira.
Ali começam trilhos de percursos e caminhada que, no inverno serão caminhos para esquiadores!
Ainda me aventurei por alguns caminhos onde apenas caberia eu e a minha motita!
Era cedo para jantar, por isso ainda fui dar uma vista de olhos a ver se Davos continuava na mesma ou se tinha mudado muito! Não mudou o suficiente para eu gostar mais dela do que de costume! O mais bonito que tem é o lago, do outro lado da cidade!
Aqueles caminhos são sempre interessantes de fazer, com Schmitten a embezar o regresso a Monstein!
Iria passar ali varias vezes ao dia, nos dias seguintes, sem perder nunca a vontade de fotografar a aldeia!
Decidi voltar para o hotel e jantar lá! Não me apetecia de todo andar de lado para lado à procura de um sítio para comer!
E o jantar foi uma agradável surpresa! A sala do restaurante era linda, os empregados simpáticos e a comida deliciosa!
Pedi um prato vegetariano, pois não me apetecia nem carne nem peixe e serviram-me um prato lindo e aromático. A princípio pensei que se tinham enganado, pois o prato que eu pedira era composto por queijo, lá da terra, com batatas e legumes, mas o que veio parecia-me peixe!
Embora ao comer o sabor fosse agradável mas indeterminado!
Só à 3ª ou 4ª garfada é que percebi que aquilo não era peixe e sim queijo! Uma delícia, porque o queijo embora panado, não derretera nem ficara enjoativo, pelo contrário, era fofo e… espantoso!
Adorei!
Fim do décimo segundo dia de viagem
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Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Carlos Balio escreveu:Paciência??? Curiosidade??? nada disso Gracinda... tens é de aturares os comentários que vamos colocando
Claro que irei acompanhar esta bela crónica, e depois de alguns "Pass" que nos mostraste, fico a aguardar os seguintes...
Obrigado e um abraço
Ah os Pass vêm já a seguir em catadupa, uns atrás dos outros, para completar o grupo que está para trás!
________________________
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Zecacbr escreveu:Gracinda boas!
Espetaculo sim senhor. Gosto mais de ler aqui. Só de uma vez vão 3 big Por isso é que prefiro acompanhar aqui no M&D
Abraçoe boas cruvas!
Isso é verdade, os comentários e os méritos acabam por traduzir o que as pessoas sentem e acham do que lêm! E é giro sentir que gostam!
________________________
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
rjvieira escreveu:Possa Paciência e curiosidade é o que não me falta para ler a reportagem.
Assim "viajo" um pouco todos os dias
Um abraço.
Isso é verdade, que é o que também ando por aqui a fazer: a viajar pelas fotos e memórias!
jacare escreveu:Fantástico!!! :
Que mais posso dizer do que "obrigado por me levares á Suiça, aqui sentado no sofá"
eheheh viagem económica heim?
________________________
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Este teu Passeio pela Suiça é encantador, obrigado pelo que nos mostras, e pela forma como o descreves.
Abraço
Abraço
Carlos Balio- Já sai à rua a conduzir.
Re: Passeando pela Suíça - 2012
A Gracinda levou com mais 1 M!!!
Ela não para, impressionante o que faz num dia, por isso é que nunca aparece nada à noite!!!!!!!!!!!!!!!!!
Ela não para, impressionante o que faz num dia, por isso é que nunca aparece nada à noite!!!!!!!!!!!!!!!!!
________________________
MY LIFE IS A HELL!!!
Elisio FJR- Já sai à rua a conduzir.
Re: Passeando pela Suíça - 2012
11 de Agosto de 2012
Os dias em que estive em Monstein foram dias de ir e voltar, subir e descer, já para não falar no repetir caminhos e observa-los de ângulos diferentes! E o que eu gosto de andar para lá e para cá no topo dos Alpes! E desenhei um 8 no meu mapa! Ou um ∞ (infinito)!
No primeiro dia por minha conta, lá em cima, não dei ordem nenhuma ao GPS e, simplesmente segui o meu instinto e a minha memória para ir onde prometera ao meu moçoilo: até ao Passo dello Stélvio! Há uma série de anos eu fui lá, munida de mapa e muita intuição, desta vez seriam os mesmos meios que eu usaria para lá chegar!
Comecei por seguir pelo Flüelapass, que seria o primeiro do dia. Quando a nossa “casa” é por aquelas bandas não faltam Pass para nos levar e trazer de todo o lado!
Ali há 2 lagos, o Schottensee, maior, e o Schwarzsee, mais pequeno. Faria diversas vezes este pass, por isso não havia necessidade de fotografar muito, logo da primeira passagem!
Depois engrenei noutro Pass, o Pass dal Fuorn
Estava no meu caminho, e cheguei a Santa Maria Val Müstair, uma terrinha muito bonita e cheia de motociclistas que circulavam em todas as direções!
Escolhi a ruinha que me levaria por bonitas paisagens, ninguém veio pelo “meu caminho” por isso segui sozinha, monte acima!
Eu não queria fazer o Pass dello Stévio de baixo para cima, por isso não fui dar a volta que todos davam. Preferi fazer a Via Humbrail, um “passinho” de montanha, com parte do piso em terra batida, cheio de curvas que sobem pelo meio de uma paisagem deslumbrante e sem ninguém por perto!
É melhor não me distrair muito a tirar fotos e a conduzir, num piso "areado"! Mais à frente há alcatrão e, se a memória não me engana, boas perspetivas para fotografar o “passito”!
E lá cheguei ao alcatrão, sem ninguém à vista! Acho que toda a gente faz o mesmo percurso, por isso fiz bem em fazer o “meu” sozinha! Eheheh
Com direito a paisagens, montes e espetáculo de beleza exclusivos, só para mim!
E naquela passeata, sem quase se dar conta, atingem-se os 2500 metros de altitude!
E logo a seguir aparece a placa do Passo famoso, vê-se logo pela quantidade de autocolantes acumulados na placa, a fama da rua!
Como sempre havia muitas motos por ali, muita gente a tentar tirar fotos junto das placas, muitas lojinhas de todo o tipo de bugigangas, a lembrar uma zona de peregrinação!
Claro que não neguei nenhuma foto famosa à minha Magnífica! Ela tinha o direito de ter documentada a sua presença ali!
E o passo esta logo ali, mal se começa a descer a rua… imponente!
Muita gente o observava e fotografava, uns já o tinha feito, outros iriam faze-lo.
Bem, fui buscar a moto, junto das t-shirts e dos bonecos de peluche, canequitas e postais, não iria ficar ali eternamente em contemplação!
A sensação ao olhar aquela estrada fantástica é de que ela é meio impossível de existir e de fazer! Tal como nas fotos, lá é difícil entender como “funciona”!
A primeira vez que fiz o passo, fi-lo subindo e quando cheguei lá acima, tive a sensação de que não vira nada! Por isso voltei a desce-lo para ver a paisagem, pelo menos, e é verdade, é muito mais deslumbrante descendo!
E só na descida conseguimos ver partes da estrada que fica escondida na “parede” abaixo de nós!
O glaciar está ali tão pertinho, o que torna o percurso ainda mais fantástico!
Aquela estrada sem ninguém seria o paraiso para a minha Magnífica e para mim!
Mas havia gente a stressar nas curvas e o pior é que não eram motos, senão a gente ultrapassava e pronto! Era um carro que parava em cada curva e depois fazia-a por parcelas!
Lá fui aproveitando a deixa para tirar fotos, cada vez que parávamos todos para ele fazer a curva!
Mas a dada altura aquilo estava a lixar a curtição a todos os que íamos atrás dele! Por isso aproveitei uma saída e fui fazer tempo para que aquela “coisa” se fosse embora! Curioso que uma série de motociclistas fizeram o mesmo que eu! Eheheh
E foi da maneira que consegui fotografar o Passo visto de baixo!
Passado um bom par de minutos não havia mais engarrafamento de estrada, e lá continuei a descida!
O Glaciar de Stelvio está num parque natural com o mesmo nome.
O meu Patrick desenhava a sequencia de curvas e chamava a estrada pelo nome.
Na curva 48 há um recanto e um riacho em escada!
E cheguei cá abaixo… na berma da rua está uma casa cheia de tralhas e bugigangas curiosas e coloridas, parei para tirar uma ou duas fotos
O homem da casa veio logo, armado em cowboy, pedir-me um euro para eu tirar fotos!
“no tintendo!” já criei em palava unica e resulta sempre!
E segui para o Passo Resia, pois havia mais coisas que eu queria rever!
(continua)
Os dias em que estive em Monstein foram dias de ir e voltar, subir e descer, já para não falar no repetir caminhos e observa-los de ângulos diferentes! E o que eu gosto de andar para lá e para cá no topo dos Alpes! E desenhei um 8 no meu mapa! Ou um ∞ (infinito)!
No primeiro dia por minha conta, lá em cima, não dei ordem nenhuma ao GPS e, simplesmente segui o meu instinto e a minha memória para ir onde prometera ao meu moçoilo: até ao Passo dello Stélvio! Há uma série de anos eu fui lá, munida de mapa e muita intuição, desta vez seriam os mesmos meios que eu usaria para lá chegar!
Comecei por seguir pelo Flüelapass, que seria o primeiro do dia. Quando a nossa “casa” é por aquelas bandas não faltam Pass para nos levar e trazer de todo o lado!
Ali há 2 lagos, o Schottensee, maior, e o Schwarzsee, mais pequeno. Faria diversas vezes este pass, por isso não havia necessidade de fotografar muito, logo da primeira passagem!
Depois engrenei noutro Pass, o Pass dal Fuorn
Estava no meu caminho, e cheguei a Santa Maria Val Müstair, uma terrinha muito bonita e cheia de motociclistas que circulavam em todas as direções!
Escolhi a ruinha que me levaria por bonitas paisagens, ninguém veio pelo “meu caminho” por isso segui sozinha, monte acima!
Eu não queria fazer o Pass dello Stévio de baixo para cima, por isso não fui dar a volta que todos davam. Preferi fazer a Via Humbrail, um “passinho” de montanha, com parte do piso em terra batida, cheio de curvas que sobem pelo meio de uma paisagem deslumbrante e sem ninguém por perto!
É melhor não me distrair muito a tirar fotos e a conduzir, num piso "areado"! Mais à frente há alcatrão e, se a memória não me engana, boas perspetivas para fotografar o “passito”!
E lá cheguei ao alcatrão, sem ninguém à vista! Acho que toda a gente faz o mesmo percurso, por isso fiz bem em fazer o “meu” sozinha! Eheheh
Com direito a paisagens, montes e espetáculo de beleza exclusivos, só para mim!
E naquela passeata, sem quase se dar conta, atingem-se os 2500 metros de altitude!
E logo a seguir aparece a placa do Passo famoso, vê-se logo pela quantidade de autocolantes acumulados na placa, a fama da rua!
Como sempre havia muitas motos por ali, muita gente a tentar tirar fotos junto das placas, muitas lojinhas de todo o tipo de bugigangas, a lembrar uma zona de peregrinação!
Claro que não neguei nenhuma foto famosa à minha Magnífica! Ela tinha o direito de ter documentada a sua presença ali!
E o passo esta logo ali, mal se começa a descer a rua… imponente!
Muita gente o observava e fotografava, uns já o tinha feito, outros iriam faze-lo.
Bem, fui buscar a moto, junto das t-shirts e dos bonecos de peluche, canequitas e postais, não iria ficar ali eternamente em contemplação!
A sensação ao olhar aquela estrada fantástica é de que ela é meio impossível de existir e de fazer! Tal como nas fotos, lá é difícil entender como “funciona”!
A primeira vez que fiz o passo, fi-lo subindo e quando cheguei lá acima, tive a sensação de que não vira nada! Por isso voltei a desce-lo para ver a paisagem, pelo menos, e é verdade, é muito mais deslumbrante descendo!
E só na descida conseguimos ver partes da estrada que fica escondida na “parede” abaixo de nós!
O glaciar está ali tão pertinho, o que torna o percurso ainda mais fantástico!
Aquela estrada sem ninguém seria o paraiso para a minha Magnífica e para mim!
Mas havia gente a stressar nas curvas e o pior é que não eram motos, senão a gente ultrapassava e pronto! Era um carro que parava em cada curva e depois fazia-a por parcelas!
Lá fui aproveitando a deixa para tirar fotos, cada vez que parávamos todos para ele fazer a curva!
Mas a dada altura aquilo estava a lixar a curtição a todos os que íamos atrás dele! Por isso aproveitei uma saída e fui fazer tempo para que aquela “coisa” se fosse embora! Curioso que uma série de motociclistas fizeram o mesmo que eu! Eheheh
E foi da maneira que consegui fotografar o Passo visto de baixo!
Passado um bom par de minutos não havia mais engarrafamento de estrada, e lá continuei a descida!
O Glaciar de Stelvio está num parque natural com o mesmo nome.
O meu Patrick desenhava a sequencia de curvas e chamava a estrada pelo nome.
Na curva 48 há um recanto e um riacho em escada!
E cheguei cá abaixo… na berma da rua está uma casa cheia de tralhas e bugigangas curiosas e coloridas, parei para tirar uma ou duas fotos
O homem da casa veio logo, armado em cowboy, pedir-me um euro para eu tirar fotos!
“no tintendo!” já criei em palava unica e resulta sempre!
E segui para o Passo Resia, pois havia mais coisas que eu queria rever!
(continua)
________________________
Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
https://passeandopelavida.com/
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Espectacular, como sempre.
A estradinha que escolhes-te para o Pass de Stelvio é espectacular... Paisagens deslumbrantes sem dúvida.
Tive que me rir com o "no tintendo"
Já agora um pergunta que nada tem a ver com a viagem... o teu GPS, através do pc, dá para programar exactamente as estradas que queres seguir? E tem limite ou pode ter os km's que quiseres?
Mais uns
Um abraço.
A estradinha que escolhes-te para o Pass de Stelvio é espectacular... Paisagens deslumbrantes sem dúvida.
Tive que me rir com o "no tintendo"
Já agora um pergunta que nada tem a ver com a viagem... o teu GPS, através do pc, dá para programar exactamente as estradas que queres seguir? E tem limite ou pode ter os km's que quiseres?
Mais uns
Um abraço.
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Carlos Balio escreveu:Este teu Passeio pela Suiça é encantador, obrigado pelo que nos mostras, e pela forma como o descreves.
Abraço
Obrigada eu, que ainda nem a meio da viagem cheguei, por isso imagina o que ainda falata mostrar!
Elisio FJR escreveu:A Gracinda levou com mais 1 M!!!
Ela não para, impressionante o que faz num dia, por isso é que nunca aparece nada à noite!!!!!!!!!!!!!!!!!
Cá para nós, o que eu mais aprecio está no dia e não na noite! Por isso gasto "os cartuchos todos" enquanto há sol! O serão passo-o, normalmente, no paleio com outros viajantes ou então a encher-me de comida!
________________________
Beijucas!
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
rjvieira escreveu:Espectacular, como sempre.
A estradinha que escolhes-te para o Pass de Stelvio é espectacular... Paisagens deslumbrantes sem dúvida.
Tive que me rir com o "no tintendo"
Já agora um pergunta que nada tem a ver com a viagem... o teu GPS, através do pc, dá para programar exactamente as estradas que queres seguir? E tem limite ou pode ter os km's que quiseres?
Mais uns
Um abraço.
Diz quem sabe que o Garmin Zümo 660 (ou o 550 também) dá para desenhar toda uma viagem no computador, com até duzentos e tal pontos viários! Depois dirige os nossos passos exatamente por onde desenhamos!
Eu nunca usei tal coisa! Não consigo sequer imaginar-me a seguir um desenho que fiz em casa e que pode não me interessar fazer em viagem! A unica coisa que o meu GPS sabe é todos os sitios onde vou dormir!
Embora eu faça todas as marcações de dormidas e pesquise em casa tudo o que possa existir no meu caminho para ver, as minhas viagens são muito livres e muitas vezes ando puramente ao sabor do improviso! O GPS é uma grande ajuda para fazer de co-piloto, quando me vai mostrando se os caminhos que quero fazer são decentes e se têm saída (linha vermelha – autoestrada ou via rápida; linha amarela – estrada nacional; linha cinza claro – estrada secundária; linha cinza escuro – caminho, que pode ser de terra batida) pois é na hora e no local que faço o que me apetece e dá na telha! Quando quero voltar ao “bom caminho” ele é de grande ajuda pois por vezes nem no mapa consigo descobrir a ruela em que me meti, mas ele sabe onde estou!
Mas para quem quer ir pelo desenho que fez em casa, não há como um GPS assim!
________________________
Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
https://passeandopelavida.com/
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Obrigado pela resposta
Por acaso, por norma escolho o trajecto em casa... as estradinhas que quero passar... isto em Portugal... O GPS dá jeito, embora só o ligue quando reparo que saí do trajecto, que normalmente perco-me e por uns km's jeitosos
Mais uma vez, obrigada.
Um abraço.
Por acaso, por norma escolho o trajecto em casa... as estradinhas que quero passar... isto em Portugal... O GPS dá jeito, embora só o ligue quando reparo que saí do trajecto, que normalmente perco-me e por uns km's jeitosos
Mais uma vez, obrigada.
Um abraço.
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Sim, eu também escolho as estradinhas, cá em Portugal e lá fora, senão não conseguiria ver tudo o que vejo, mas nunca as levo definidas no GPS! A cada dia e a cada trajeto, decido como vou fazer para ver o que quero!
Se me desviar do planeado ele não me vai fazer voltar atrás para cumprir desenhos, apenas recalcula e siga para a frente!
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
11 de Agosto de 2012 – continuação
Por ali pela zona não faltam restaurantes, hotéis e cafés desejando as boas-vindas aos motards e por vezes também aos ciclistas. São estradas muito frequentadas pelo povo das duas rodas e há gente que vem de toda a Europa para aquelas paragens para curtir as estradas de montanha!
E realmente eles andam por todos os lados!
E viajam em todo o tipo de motos! Encontrei muita gente a viajar de moto 4!
Mais à frente fica o Lago di Resia, onde eu já andei há 2 anos, vinda do Grossglockner.
Na altura não me apeteceu ir até ao Passo dello Stelvio, vinha da Austria, era quase o por-do-sol, e à Austria voltei. Mas desta vez era cedo e fui até ao lago que me maravilha, mais uma vez!
Escrevia eu em 2010 a propósito do lago e da torre:
“É surrealista ver-se uma torre de igreja que emerge das águas de um lago e eu não resisti em ir lá ver ao vivo!
O lago de Resia é um lago artificial, como é fácil de imaginar, se fosse natural não teria uma igreja e uma localidade no seu fundo! Ali existiam 2 lagos naturais e uma cidade, Venosta Graun, que foram inundados nos anos 50 com a construção de uma barragem.
Apenas a torre da igreja ficou visível e o efeito é no mínimo surpreendente!”
Dizem que em noites cerradas de tormenta se ouvem os sinos da torre do lago, mesmo tendo estes sido retirados há muitos anos atrás!
De dia e com sol, aquilo é uma animação!
Andava ali um grupo de foliões bem-dispostos a oferecer a versão italiana da ginginha a quem apanhavam a jeito! Estavam por lá muitas motos e muitos motards, mas eles acharam-me piada a mim por eu estar só, pois viram-me chegar sozinha e andar para um lado e para o outro.
Eu já fizera uma filinha de fotos por todo o lado e ia para a moto, quando os ouvi chamar em coro:
“hei, miss Honda!”
– o meu blusão diz Honda nas costas, não havia como ignorar o chamamento! De qualquer maneira eles já vinham na minha direção, de garrafa em punho e copito de plástico em riste!
Fizeram-me uma festa, por entre os olhares divertidos dos presentes que me tiravam fotos e chamaram-me “super donna” por ser a única condutora sozinha que eles tinham visto!
Claro que aproveitei para pedir que me tirassem uma foto para mim também!
A ginja era deliciosa!
Depois lá me consegui escapar enquanto eles foram oferecer ginga a outros motards, e segui o meu caminho!
Passeando pela margem do lago, com o glaciar de Stélvio como paisagem…
Os sinais de boas-vindas a motociclistas continuam por ali fora, com parques de estacionamento especiais para as motos e tudo! Um mundo voltado para nós!
E entrei na Áustria, que se diz Österreich em alemão (muito parecido!), para seguir para a Suiça por outros caminhos diferentes!
Tudo é bonito por ali, afinal é a fama que o Tirol tem e não é por acaso!
Era cedo, por isso fui passear um pouco até Saint Moritz. Eu sei que a cidade é muito mais bonita no inverno que no verão, mas há sempre montras para ver, pessoas e recantos e, claro, o lago! Porque toda a cidade Suíça tem o seu lago ou o seu rio, e há algumas que conseguem ter os dois!
Encontram-se coisas interessantes por ali como a igreja católica de São Carlos.
Ou o Badrutt’s Palace Hotel, construído no séc. XIX e que marcou o início do turismo alpino!
O Hotel Palace tornou-se um marco pela arquitetura da sua característica torre.
Estamos a falar de uma zona onde a cada ano mais de 300 dias são de sol! (há mesmo estatisticas que falam em 322 dias de sol por ano!!)
Por isso, mesmo com neve ,as esplanadas são bem-vindas e bem apreciadas! Curioso o pormenor de muitas, mesmo no verão, conservarem as peles sobre os bancos de madeira!
Depois há os pormenores que eu aprecio e que são tão mais interessantes que a cidade no seu todo!
Ali se podem encontrar as lojas e as marcas mais reputadas e a montras são originais! Eu gosto de apreciar o gosto na decoração de montras! Afinal também é uma arte!
Também há os recantos pitorescos e as esplanadas cheias de gente, ainda por cima estava calor!
E as esculturas curiosas e variadas!
Cenas de uma cidade descontraída com muito sol e calor!
Mas longe de ser a mais bonita que conheço! Lindo é o lago, que vislumbrava já por entre as casas!
Saint Moritz fina na sequencia de vários lagos, o que lhe fica mais perto tem o seu nome ou Lej da San Murezzan, na língua deles!
A seguir fica o lago pequeno de Lej da Champfer que se liga ao lago maior de Silvaplanersee. Mais à frente ainda fica outro lago, o Lej la Segi, mas nem fui mais, ou nunca mais pararia de ver lagos e de os confundir uns com os outros!
Por isso fiquei-me pelo Lej da Champfer, o estreito que o liga ao seguinte e as estradinhas por ali!
Há ali uma casa, quase um castelo, na junção dos lagos, tão bonita!
Um privilégio viver com uma paisagem daquelas, deslumbrante a cada momento do ano, porque no inverno é paradisíaco também!
As ruinhas que ligam cada recanto habitado por ali são muito bonitas
e as pessoas passeiam-se naturalmente de cavalo! Eu também o fiz, no meu cavalo mecânico!
Os cavalos olhavam para mim de lado… a bem dizer eles só podem olhar de lado! Os seus olhos são voltados um para cada lado, logo nunca olham de frente! :-o
E lá estava a junção dos dois lagos! Eu não iria mais para a frente, queria ir ali ao lado cuscar umas coisas.
Um Pass que eu fiz há muito tempo e que queria rever: o Julierpass
Eu já fiz aquilo de bicicleta um dia e de moto anos depois…
E há um lago, lá à frente, artificial, provocado por um dique que a mim sempre me impressionou!
Porque de um lado fica a agua e do outro o monte, com casas e campos de cultivo e gente a viver!
Na minha inocência e ignorância, tenho sempre a sensação que um dia aquela agua toda avança o muro de terra, que é o morro, e afogará toda a gente por ali abaixo!
É o Lac de la Marmorera e ali em baixo está uma cidade, a cidade velha de la Marmorera, afogada desde 1954, quando aquilo foi construído…
Ao longe o muro de terra relvado esconde o lago, como se ali apenas existisse uma colina inocente!
E segui meio para trás, para voltar a Monstein pelo Albula Pass, um pass muito antigo e bonito!
E tive direito ao meu “pedacinho de Escócia” por momentos!
Construído há quase 150 anos, sempre bonito, sempre renovado e transitavel! No inverno chega-se a circular por carreiros formados pela neve, com paredes de mais de 3 metros de altura dos dois lados!
No verão é toda esta beleza!
Bergün fica logo a seguir, uma vilazinha deliciosa de origem medieval, com construções cheias de decorações pintadas, comuns por aquela zona.
Parecem casas bordadas!
E fui para casa, que por aqueles dias, e àquela altitude, a temperatura já baixava um bocado à noite!
Em “casa” esperava-me a deliciosa cerveja local, fresca e tomada no fresco do entardecer!
E voltei a jantar um prato delicioso de legumes variados (e não identificados) com queijo gratinado por cima, numa sala acolhedora e quentinha!
Que feliz que eu sou na Suíça…
Fim do décimo terceiro dia de viagem!
Por ali pela zona não faltam restaurantes, hotéis e cafés desejando as boas-vindas aos motards e por vezes também aos ciclistas. São estradas muito frequentadas pelo povo das duas rodas e há gente que vem de toda a Europa para aquelas paragens para curtir as estradas de montanha!
E realmente eles andam por todos os lados!
E viajam em todo o tipo de motos! Encontrei muita gente a viajar de moto 4!
Mais à frente fica o Lago di Resia, onde eu já andei há 2 anos, vinda do Grossglockner.
Na altura não me apeteceu ir até ao Passo dello Stelvio, vinha da Austria, era quase o por-do-sol, e à Austria voltei. Mas desta vez era cedo e fui até ao lago que me maravilha, mais uma vez!
Escrevia eu em 2010 a propósito do lago e da torre:
“É surrealista ver-se uma torre de igreja que emerge das águas de um lago e eu não resisti em ir lá ver ao vivo!
O lago de Resia é um lago artificial, como é fácil de imaginar, se fosse natural não teria uma igreja e uma localidade no seu fundo! Ali existiam 2 lagos naturais e uma cidade, Venosta Graun, que foram inundados nos anos 50 com a construção de uma barragem.
Apenas a torre da igreja ficou visível e o efeito é no mínimo surpreendente!”
Dizem que em noites cerradas de tormenta se ouvem os sinos da torre do lago, mesmo tendo estes sido retirados há muitos anos atrás!
De dia e com sol, aquilo é uma animação!
Andava ali um grupo de foliões bem-dispostos a oferecer a versão italiana da ginginha a quem apanhavam a jeito! Estavam por lá muitas motos e muitos motards, mas eles acharam-me piada a mim por eu estar só, pois viram-me chegar sozinha e andar para um lado e para o outro.
Eu já fizera uma filinha de fotos por todo o lado e ia para a moto, quando os ouvi chamar em coro:
“hei, miss Honda!”
– o meu blusão diz Honda nas costas, não havia como ignorar o chamamento! De qualquer maneira eles já vinham na minha direção, de garrafa em punho e copito de plástico em riste!
Fizeram-me uma festa, por entre os olhares divertidos dos presentes que me tiravam fotos e chamaram-me “super donna” por ser a única condutora sozinha que eles tinham visto!
Claro que aproveitei para pedir que me tirassem uma foto para mim também!
A ginja era deliciosa!
Depois lá me consegui escapar enquanto eles foram oferecer ginga a outros motards, e segui o meu caminho!
Passeando pela margem do lago, com o glaciar de Stélvio como paisagem…
Os sinais de boas-vindas a motociclistas continuam por ali fora, com parques de estacionamento especiais para as motos e tudo! Um mundo voltado para nós!
E entrei na Áustria, que se diz Österreich em alemão (muito parecido!), para seguir para a Suiça por outros caminhos diferentes!
Tudo é bonito por ali, afinal é a fama que o Tirol tem e não é por acaso!
Era cedo, por isso fui passear um pouco até Saint Moritz. Eu sei que a cidade é muito mais bonita no inverno que no verão, mas há sempre montras para ver, pessoas e recantos e, claro, o lago! Porque toda a cidade Suíça tem o seu lago ou o seu rio, e há algumas que conseguem ter os dois!
Encontram-se coisas interessantes por ali como a igreja católica de São Carlos.
Ou o Badrutt’s Palace Hotel, construído no séc. XIX e que marcou o início do turismo alpino!
O Hotel Palace tornou-se um marco pela arquitetura da sua característica torre.
Estamos a falar de uma zona onde a cada ano mais de 300 dias são de sol! (há mesmo estatisticas que falam em 322 dias de sol por ano!!)
Por isso, mesmo com neve ,as esplanadas são bem-vindas e bem apreciadas! Curioso o pormenor de muitas, mesmo no verão, conservarem as peles sobre os bancos de madeira!
Depois há os pormenores que eu aprecio e que são tão mais interessantes que a cidade no seu todo!
Ali se podem encontrar as lojas e as marcas mais reputadas e a montras são originais! Eu gosto de apreciar o gosto na decoração de montras! Afinal também é uma arte!
Também há os recantos pitorescos e as esplanadas cheias de gente, ainda por cima estava calor!
E as esculturas curiosas e variadas!
Cenas de uma cidade descontraída com muito sol e calor!
Mas longe de ser a mais bonita que conheço! Lindo é o lago, que vislumbrava já por entre as casas!
Saint Moritz fina na sequencia de vários lagos, o que lhe fica mais perto tem o seu nome ou Lej da San Murezzan, na língua deles!
A seguir fica o lago pequeno de Lej da Champfer que se liga ao lago maior de Silvaplanersee. Mais à frente ainda fica outro lago, o Lej la Segi, mas nem fui mais, ou nunca mais pararia de ver lagos e de os confundir uns com os outros!
Por isso fiquei-me pelo Lej da Champfer, o estreito que o liga ao seguinte e as estradinhas por ali!
Há ali uma casa, quase um castelo, na junção dos lagos, tão bonita!
Um privilégio viver com uma paisagem daquelas, deslumbrante a cada momento do ano, porque no inverno é paradisíaco também!
As ruinhas que ligam cada recanto habitado por ali são muito bonitas
e as pessoas passeiam-se naturalmente de cavalo! Eu também o fiz, no meu cavalo mecânico!
Os cavalos olhavam para mim de lado… a bem dizer eles só podem olhar de lado! Os seus olhos são voltados um para cada lado, logo nunca olham de frente! :-o
E lá estava a junção dos dois lagos! Eu não iria mais para a frente, queria ir ali ao lado cuscar umas coisas.
Um Pass que eu fiz há muito tempo e que queria rever: o Julierpass
Eu já fiz aquilo de bicicleta um dia e de moto anos depois…
E há um lago, lá à frente, artificial, provocado por um dique que a mim sempre me impressionou!
Porque de um lado fica a agua e do outro o monte, com casas e campos de cultivo e gente a viver!
Na minha inocência e ignorância, tenho sempre a sensação que um dia aquela agua toda avança o muro de terra, que é o morro, e afogará toda a gente por ali abaixo!
É o Lac de la Marmorera e ali em baixo está uma cidade, a cidade velha de la Marmorera, afogada desde 1954, quando aquilo foi construído…
Ao longe o muro de terra relvado esconde o lago, como se ali apenas existisse uma colina inocente!
E segui meio para trás, para voltar a Monstein pelo Albula Pass, um pass muito antigo e bonito!
E tive direito ao meu “pedacinho de Escócia” por momentos!
Construído há quase 150 anos, sempre bonito, sempre renovado e transitavel! No inverno chega-se a circular por carreiros formados pela neve, com paredes de mais de 3 metros de altura dos dois lados!
No verão é toda esta beleza!
Bergün fica logo a seguir, uma vilazinha deliciosa de origem medieval, com construções cheias de decorações pintadas, comuns por aquela zona.
Parecem casas bordadas!
E fui para casa, que por aqueles dias, e àquela altitude, a temperatura já baixava um bocado à noite!
Em “casa” esperava-me a deliciosa cerveja local, fresca e tomada no fresco do entardecer!
E voltei a jantar um prato delicioso de legumes variados (e não identificados) com queijo gratinado por cima, numa sala acolhedora e quentinha!
Que feliz que eu sou na Suíça…
Fim do décimo terceiro dia de viagem!
Última edição por Gracinda Ramos em Ter Out 02 2012, 23:45, editado 3 vez(es)
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Fabuloso...
Podes ainda não ir a meio da viagem, mas também não tenhas pressa em acabar... tens seguidores fieis
Obrigado e claro mais um
Abraço
Podes ainda não ir a meio da viagem, mas também não tenhas pressa em acabar... tens seguidores fieis
Obrigado e claro mais um
Abraço
Carlos Balio- Já sai à rua a conduzir.
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Obrigada!
São tantas as fotos e as memórias que trazem consigo quando as olho, que é difícil escolher o que mostrar e até o que contar, ou cairei no detalhe excessivo.... e mesmo assim dá o que se vê!
São tantas as fotos e as memórias que trazem consigo quando as olho, que é difícil escolher o que mostrar e até o que contar, ou cairei no detalhe excessivo.... e mesmo assim dá o que se vê!
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Sei que já parece banal....mas é o máximo que te consigo dar que é um mérito!
Sei que é feio mas invejo-te nestas viagens e um dia também irei conseguir algo assim! Invejo-te a ti , à Paula, ao Jluis, etc...... mas é uma inveja boa e ao mesmo tempo agradeço-vos por me darem a conhecer o que não se encontra em panfletos ou nas montras de uma agência de viagens! Obrigado por isso! Quando conseguir viajar vocês vão sempre no meu pensamento porque são a minha inspiração!
Sei que é feio mas invejo-te nestas viagens e um dia também irei conseguir algo assim! Invejo-te a ti , à Paula, ao Jluis, etc...... mas é uma inveja boa e ao mesmo tempo agradeço-vos por me darem a conhecer o que não se encontra em panfletos ou nas montras de uma agência de viagens! Obrigado por isso! Quando conseguir viajar vocês vão sempre no meu pensamento porque são a minha inspiração!
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Boas curvas!
Pedro Santos
*Fazer600 99 *Yamaha Thunderace 1000cc *Daelim S2 125cc *Fazer600 02
santos466- Zero à direita
Re: Passeando pela Suíça - 2012
santos466 escreveu:
Invejo-te a ti , à Paula, ao Jluis, etc......
Quando conseguir viajar vocês vão sempre no meu pensamento porque são a minha inspiração!
Na parte que me toca muitissimo obrigado pela consideração
Joao Luis- Já dorme com a moto!
Re: Passeando pela Suíça - 2012
santos466 escreveu:Sei que já parece banal....mas é o máximo que te consigo dar que é um mérito!
Sei que é feio mas invejo-te nestas viagens e um dia também irei conseguir algo assim! Invejo-te a ti , à Paula, ao Jluis, etc...... mas é uma inveja boa e ao mesmo tempo agradeço-vos por me darem a conhecer o que não se encontra em panfletos ou nas montras de uma agência de viagens! Obrigado por isso! Quando conseguir viajar vocês vão sempre no meu pensamento porque são a minha inspiração!
Obrigada eu pela tua companhia nesta viagem!
Essa inveja é da branca, aquela que toda a gente sente quando vê onde outros vão e também quer ir mas a vida, o momento, ou a troika não deixam!
Mas vamos vivendo as viagens de uns e de outros e pensando na que faremos mal possamos!
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Até o "menu" é
Sai mais um!
Sai mais um!
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"A sorte protege os audazes"
jacare- Zero à direita
Re: Passeando pela Suíça - 2012
12 de Agosto de 2012
O dia amanhece sempre fresco por aquelas paragens, a gente sai de casa e esbarra com uns 10 ou 11 graus que nos fazem acordar de vez, se o pequeno almoço não o conseguiu fazer definitivamente!
Havia meia dúzia de coisas a catar ainda por ali e, como os dias são ainda longos, fiz um desenho meio bizarro no mapa, de tanto vai e volta e torna a subir e a descer!
Pouco me importa se o desenho é lindo e ordenado, desde que eu faça o que me apetece e consiga ver o que me dá na telha!
Comecei por visitar um pouco mais de Monstein, que é como eu faço cada vez que estou vários dias no mesmo sítio: visito um pouco a cada dia!
No dia anterior tinha havido uma festa na aldeia e havia carros de cerveja estacionados pela rua. É sempre curioso fazer uma festa junto a uma fábrica de cerveja, adivinhem o que mais se bebeu por ali!
Há uma igrejinha logo a seguir ao hotel, muito bonita, com uma torre bem tradicional por ali. A Alte Kirche, (ou igreja velha) É uma igreja do séc. XVI ligada ao culto evangélico, que hoje é usada para reuniões e eventos na aldeia.
As flores são presença em todas as aldeias e cidades e na verdade conferem aos locais muito encanto e beleza!
As casas têm frequentemente bancos e cadeiras à porta porque, tal como algumas das nossas aldeias, dá-se muito valor ao sentar à porta a apreciar a tarde e a conversar!
E as paredes exteriores das casas mais antigas e típicas são revestidas com escamas de madeira. Era o caso do Hotel Ducan onde eu estava hospedada.
A igreja nova, Neue Kirche de finais do séc. XIX, fica logo ali à frente e é a que se vê de longe, quando nos aproximamos, pois fica na berma da encosta.
Ali deve morrer pouca gente, pois o cemitério é bem pequenino! Seria de pensar em ir viver para lá só por isso, não?
A água brota gelada das fontes, ao ponto de quando enchemos uma garrafa de agua, esta fica embaciada com a diferença de temperatura, tal como se a tivessemos tirado do frigorifico! Não é de admirar que se ponha tudo a refrescar nas fontes, como barris de cerveja!
E desci o monte… que aqui é um “descer para cima” já que Davos é também bastante alta.
Se Davos é a cidade mais alta da Europa com os seus 1.560m de altitude, Monstein não será a aldeia mais alta com os seus 1.620m?!
E fui até Davos para conhecer o meu amigo do Face, António da Silva, que me mandara mensagem no dia anterior a perguntar quando passaria por Davos!
“Davos? Eu estou aí à porta!”
Lá o conheci, a ele (o da esquerda) e ao Paulo Basilio (o da direita) e o António Mendes (a tirar a foto).
Gente portuguesa, ainda por cima vindos de perto aqui da terra onde vivo! E foi preciso ir tão longe conhece-los! Boa gente!
Lá estão os 3 junto da minha Magnífica, para memória futura de gente que conheci em viagem e conto encontrar por terras lusas, mais dia, menos dia!
Depois da conversa possível, pois eles não estavam por lá a passar férias, atravessei Davos, com os seus pormenores interessantes!
E fui passear. É curioso constatar que há quem tenha como trabalho conduzir autocarros nos Pass de montanha! É a coisa mais comum cruzar com autocarros a percorrer uma estrada toda "engelhada" de montanha!
Voltei a subir Flüelapass, que já era quase a avenida de minha casa, para ir para Bernina Pass e seu glaciar!
As neves eternas espreitam-nos por cima dos montes, por entre as arvores e eu queria vê-las de perto!
O Bernina Express passava por caminhos perto dos meus e acompanhei o comboio até a sua linha se afastar de mim.
"Não há praticamente nenhum topo de montanha na Suíça onde não se possa chegar facilmente de comboio. Cerca de 670 comboios e funiculares permitem o acesso aos mais maravilhosos recantos nas montanhas. Alguns em funcionamento há mais de 100 anos. O comboio é o meio de transporte mais utilizado para viajar pelo país e alguns fazem percursos considerados dos mais bonitos do mundo!"
E o Passo del Bernina não é exceção, mas chegar lá de moto é, sem dúvida, muito mais interessante!
O ponto alto do Pass é interessante, com o glaciar a espreitar logo ali em cima, o lago esbranquiçado e as vaquinhas a pastar. Encontrei uma vaca em stress que mordia tudo o que encontrava!
Acho que o seu grande boi a tinha abandonado ou lhe tinha posto um par de chifres e ela mastigada a frustração! Há as vacas loucas e as vaca passadas!
E o deslumbramento estava por todo o lado!
Logo ali fica Livigno e, para quem quer mais Stelvio, começa mais à frente a subida para Bormio.
Livigno é uma cidade que fica aninhada e isolada, em filinha, entre montes durante grande parte do ano o que a faz não se reger pelas leis nacionais e não ter iva! Dai o meu espanto ao ver os preços da gasolina! Ninguem acredita que num país onde os preços da gasolina 95 andam pelos 1.78 haja um recanto nos Alpes em que custa apenas 1.164! Mas é mesmo verdade! A pena que eu tive de não ter o depósito vazio!
A cidade é comprida pelo vale alongado.
Ainda fui passear um pouco para os montes para gastar gasolina… mas tive de voltar mesmo com o depósito a meio e enche-lo mesmo assim.
Encontram-se muitas motos e motociclistas pelas ruas e, de entre todos, cruzei com m casal giríssimo, que viajava em 2 motos, cada um transportando um filho à pendura! Adorei! Só não tirei fotos porque não tenho feitio para seguir as pessoas e eles seguiam em sentido contrario ao meu!
Mais tarde viria e cruzar com um outro casal semelhante, em que apenas as crianças eram mais novitas.
Os motards são bem-vindos por ali!
Passeei mais um pouco, porque a montanha é sempre fascinante para se conduzir uma moto
E voltei ao Passo del Bernina pois queria visitar o seu glaciar de perto!
Ali na redondeza há 2 ou 3 teleféricos, mas eu não iria subir mais do que um, por isso embarquei no que me levaria ao Diavolezza, que sobe dos 2.093 m (onde deixei a motita) até aos 2.978 m de altitude (onde fica o glaciar)
Sempre gostei muito de andar de teleférico, então quando aquelas paisagens estão todas brancas é uma sensação de verdadeiro êxtase, subir ao glaciar!
Lá em cima fica um restaurante simpático que apoia caminhantes, no verão e skiadores, no inverno!
Lá fora as pessoas comem e descansam ao sol, que é quente, embora a temperatura do ar seja fria. É uma sensação parecida com a do inverno, quando tudo é branco, o ar é gélido, o ar condensa-se quando falamos e no entanto o sol é quente e esturrica-nos a pele!
e depois do “patamar” em pedras soltas, onde a esplanada se instala… la Diavolleza espreita…
Caminhantes amontoam pedritas aqui e ali, em montículos maiores e menores e eles ficam ali, na berma do declive até a neve voltar a cair e tudo cobrir…
A sensação é que não há maquina que consiga registar toda a imensidão que é aquele mundo branco, com o seu rio estático, de neve que parece querer descer o monte…
Escrevia eu, ainda em viagem, na minha pagina “Passeando pela vida”:
“O glaciar de Bernina, la Diavolezza… numa foto panorâmica, pois não há outra forma de mostrar toda a sua grandiosidade!
Conheci diversos glaciares, sempre no inverno para fazer ski, mas ir até eles em pleno agosto é… avassalador! Há um pulsar por trás do silêncio das neves eternas, como se uma “alma aquosa” se mantivesse acordada, enquanto a grande entidade dorme! Ouve-se mesmo um leve restolhar de água longínquo vindo do mar de gelo e quase ficamos à espera que ele se mova…
Ele absorve todos os ruídos, como o deserto e uma paz absoluta se apodera de mim…”
Nenhum ruido chega até mim, desde a esplanada, como se não houvesse lá ninguém!
Não sei quanto tempo fiquei ali, mas foi muito!
Até finalmente ganhar coragem para me afastar e descer ao mundo real…
Há lagos que se formam com o desaparecimento das neves e a gente quase perde a noção da sua dimensão, no meio de tanta imensidão!
Mas, se olharmos com mais cuidado, a setinha vermelha aponta uma tenda “igloo” na borda do lado, e a setinha branca aponta uma filinha de varias pessoas que percorrem o caminho.
Outro lago mais abaixo, o mesmo que já fotografara na subida…
“Quando os glaciares se sucedem e se tornam paisagem acessível, o paraíso parece que desceu à terra ou que nós ascendemos ao paraíso! Lá, no topo dos Alpes, com o glaciar de Bernina a encher-me os olhos e o coração, eu acreditei no paraíso mais uma vez!
Por aqueles dias eu li num blogue de um motociclista brasileiro, Lineu Vitale, a seguinte frase e, depois de um sorriso aberto, tive de concordar com ele:
“Se você se comportar e for um bom motociclista, cuidar bem da sua moto, trocar o óleo no tempo certo e ajudar seus companheiros de viagem, quando você morrer vai para os Alpes como recompensa.”
E voltei à estrada fantástica!
(continua)
O dia amanhece sempre fresco por aquelas paragens, a gente sai de casa e esbarra com uns 10 ou 11 graus que nos fazem acordar de vez, se o pequeno almoço não o conseguiu fazer definitivamente!
Havia meia dúzia de coisas a catar ainda por ali e, como os dias são ainda longos, fiz um desenho meio bizarro no mapa, de tanto vai e volta e torna a subir e a descer!
Pouco me importa se o desenho é lindo e ordenado, desde que eu faça o que me apetece e consiga ver o que me dá na telha!
Comecei por visitar um pouco mais de Monstein, que é como eu faço cada vez que estou vários dias no mesmo sítio: visito um pouco a cada dia!
No dia anterior tinha havido uma festa na aldeia e havia carros de cerveja estacionados pela rua. É sempre curioso fazer uma festa junto a uma fábrica de cerveja, adivinhem o que mais se bebeu por ali!
Há uma igrejinha logo a seguir ao hotel, muito bonita, com uma torre bem tradicional por ali. A Alte Kirche, (ou igreja velha) É uma igreja do séc. XVI ligada ao culto evangélico, que hoje é usada para reuniões e eventos na aldeia.
As flores são presença em todas as aldeias e cidades e na verdade conferem aos locais muito encanto e beleza!
As casas têm frequentemente bancos e cadeiras à porta porque, tal como algumas das nossas aldeias, dá-se muito valor ao sentar à porta a apreciar a tarde e a conversar!
E as paredes exteriores das casas mais antigas e típicas são revestidas com escamas de madeira. Era o caso do Hotel Ducan onde eu estava hospedada.
A igreja nova, Neue Kirche de finais do séc. XIX, fica logo ali à frente e é a que se vê de longe, quando nos aproximamos, pois fica na berma da encosta.
Ali deve morrer pouca gente, pois o cemitério é bem pequenino! Seria de pensar em ir viver para lá só por isso, não?
A água brota gelada das fontes, ao ponto de quando enchemos uma garrafa de agua, esta fica embaciada com a diferença de temperatura, tal como se a tivessemos tirado do frigorifico! Não é de admirar que se ponha tudo a refrescar nas fontes, como barris de cerveja!
E desci o monte… que aqui é um “descer para cima” já que Davos é também bastante alta.
Se Davos é a cidade mais alta da Europa com os seus 1.560m de altitude, Monstein não será a aldeia mais alta com os seus 1.620m?!
E fui até Davos para conhecer o meu amigo do Face, António da Silva, que me mandara mensagem no dia anterior a perguntar quando passaria por Davos!
“Davos? Eu estou aí à porta!”
Lá o conheci, a ele (o da esquerda) e ao Paulo Basilio (o da direita) e o António Mendes (a tirar a foto).
Gente portuguesa, ainda por cima vindos de perto aqui da terra onde vivo! E foi preciso ir tão longe conhece-los! Boa gente!
Lá estão os 3 junto da minha Magnífica, para memória futura de gente que conheci em viagem e conto encontrar por terras lusas, mais dia, menos dia!
Depois da conversa possível, pois eles não estavam por lá a passar férias, atravessei Davos, com os seus pormenores interessantes!
E fui passear. É curioso constatar que há quem tenha como trabalho conduzir autocarros nos Pass de montanha! É a coisa mais comum cruzar com autocarros a percorrer uma estrada toda "engelhada" de montanha!
Voltei a subir Flüelapass, que já era quase a avenida de minha casa, para ir para Bernina Pass e seu glaciar!
As neves eternas espreitam-nos por cima dos montes, por entre as arvores e eu queria vê-las de perto!
O Bernina Express passava por caminhos perto dos meus e acompanhei o comboio até a sua linha se afastar de mim.
"Não há praticamente nenhum topo de montanha na Suíça onde não se possa chegar facilmente de comboio. Cerca de 670 comboios e funiculares permitem o acesso aos mais maravilhosos recantos nas montanhas. Alguns em funcionamento há mais de 100 anos. O comboio é o meio de transporte mais utilizado para viajar pelo país e alguns fazem percursos considerados dos mais bonitos do mundo!"
E o Passo del Bernina não é exceção, mas chegar lá de moto é, sem dúvida, muito mais interessante!
O ponto alto do Pass é interessante, com o glaciar a espreitar logo ali em cima, o lago esbranquiçado e as vaquinhas a pastar. Encontrei uma vaca em stress que mordia tudo o que encontrava!
Acho que o seu grande boi a tinha abandonado ou lhe tinha posto um par de chifres e ela mastigada a frustração! Há as vacas loucas e as vaca passadas!
E o deslumbramento estava por todo o lado!
Logo ali fica Livigno e, para quem quer mais Stelvio, começa mais à frente a subida para Bormio.
Livigno é uma cidade que fica aninhada e isolada, em filinha, entre montes durante grande parte do ano o que a faz não se reger pelas leis nacionais e não ter iva! Dai o meu espanto ao ver os preços da gasolina! Ninguem acredita que num país onde os preços da gasolina 95 andam pelos 1.78 haja um recanto nos Alpes em que custa apenas 1.164! Mas é mesmo verdade! A pena que eu tive de não ter o depósito vazio!
A cidade é comprida pelo vale alongado.
Ainda fui passear um pouco para os montes para gastar gasolina… mas tive de voltar mesmo com o depósito a meio e enche-lo mesmo assim.
Encontram-se muitas motos e motociclistas pelas ruas e, de entre todos, cruzei com m casal giríssimo, que viajava em 2 motos, cada um transportando um filho à pendura! Adorei! Só não tirei fotos porque não tenho feitio para seguir as pessoas e eles seguiam em sentido contrario ao meu!
Mais tarde viria e cruzar com um outro casal semelhante, em que apenas as crianças eram mais novitas.
Os motards são bem-vindos por ali!
Passeei mais um pouco, porque a montanha é sempre fascinante para se conduzir uma moto
E voltei ao Passo del Bernina pois queria visitar o seu glaciar de perto!
Ali na redondeza há 2 ou 3 teleféricos, mas eu não iria subir mais do que um, por isso embarquei no que me levaria ao Diavolezza, que sobe dos 2.093 m (onde deixei a motita) até aos 2.978 m de altitude (onde fica o glaciar)
Sempre gostei muito de andar de teleférico, então quando aquelas paisagens estão todas brancas é uma sensação de verdadeiro êxtase, subir ao glaciar!
Lá em cima fica um restaurante simpático que apoia caminhantes, no verão e skiadores, no inverno!
Lá fora as pessoas comem e descansam ao sol, que é quente, embora a temperatura do ar seja fria. É uma sensação parecida com a do inverno, quando tudo é branco, o ar é gélido, o ar condensa-se quando falamos e no entanto o sol é quente e esturrica-nos a pele!
e depois do “patamar” em pedras soltas, onde a esplanada se instala… la Diavolleza espreita…
Caminhantes amontoam pedritas aqui e ali, em montículos maiores e menores e eles ficam ali, na berma do declive até a neve voltar a cair e tudo cobrir…
A sensação é que não há maquina que consiga registar toda a imensidão que é aquele mundo branco, com o seu rio estático, de neve que parece querer descer o monte…
Escrevia eu, ainda em viagem, na minha pagina “Passeando pela vida”:
“O glaciar de Bernina, la Diavolezza… numa foto panorâmica, pois não há outra forma de mostrar toda a sua grandiosidade!
Conheci diversos glaciares, sempre no inverno para fazer ski, mas ir até eles em pleno agosto é… avassalador! Há um pulsar por trás do silêncio das neves eternas, como se uma “alma aquosa” se mantivesse acordada, enquanto a grande entidade dorme! Ouve-se mesmo um leve restolhar de água longínquo vindo do mar de gelo e quase ficamos à espera que ele se mova…
Ele absorve todos os ruídos, como o deserto e uma paz absoluta se apodera de mim…”
Nenhum ruido chega até mim, desde a esplanada, como se não houvesse lá ninguém!
Não sei quanto tempo fiquei ali, mas foi muito!
Até finalmente ganhar coragem para me afastar e descer ao mundo real…
Há lagos que se formam com o desaparecimento das neves e a gente quase perde a noção da sua dimensão, no meio de tanta imensidão!
Mas, se olharmos com mais cuidado, a setinha vermelha aponta uma tenda “igloo” na borda do lado, e a setinha branca aponta uma filinha de varias pessoas que percorrem o caminho.
Outro lago mais abaixo, o mesmo que já fotografara na subida…
“Quando os glaciares se sucedem e se tornam paisagem acessível, o paraíso parece que desceu à terra ou que nós ascendemos ao paraíso! Lá, no topo dos Alpes, com o glaciar de Bernina a encher-me os olhos e o coração, eu acreditei no paraíso mais uma vez!
Por aqueles dias eu li num blogue de um motociclista brasileiro, Lineu Vitale, a seguinte frase e, depois de um sorriso aberto, tive de concordar com ele:
“Se você se comportar e for um bom motociclista, cuidar bem da sua moto, trocar o óleo no tempo certo e ajudar seus companheiros de viagem, quando você morrer vai para os Alpes como recompensa.”
E voltei à estrada fantástica!
(continua)
Última edição por Gracinda Ramos em Sex Out 05 2012, 10:44, editado 4 vez(es)
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Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
https://passeandopelavida.com/
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