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Passeando pela Suíça - 2012
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Mais uma vez Lindooooooo
________________________
Abraço!
Alex
YBR 125cc
alexybr- Zero à esquerda
Re: Passeando pela Suíça - 2012
1 de Setembro de 2012 – continuação
A minha entrada e França trazia já consigo o sabor a despedida, a regresso, embora ainda tivesse muitas coisas em mente para ver e uma série de quilómetros para fazer até casa!
A França é um país encantador e os seus encantos são do tamanho do seu grande território, já que cada província, cada região, é única e diferente de todas as outras!
Passear por França é, para mim, um dos grandes prazeres! Ter de a atravessar para começar ou terminar uma viagem, é sempre um encanto!
Passei em Guise onde, na berma da estrada, se encontra o Cimetière Militaire Franco-Anglo-Allemand de Flavigny-le-Petit… as duas grandes guerras separaram aqueles homens, a morte os juntou…
La Desolation… é realmente o sentimento que nos acompanha ao passar por ali!
Não tinha previsto parar em lado nenhum, apenas apreciar e curtir as belas estradas nacionais que atravessam o país, com paisagens deliciosas de perder de vista.
Mas não me contive ao passar em Laon… passara ali ao subir para Brugge e apeteceu-me tanto passar para ver a catedral de Notre Dame de Laon, que desta vez não resisti e fui lá acima numa corridinha! A catedral é uma enormidade lá na parte alta da cidade! A sua dimensão e imponência são visíveis a grande distância, no cimo da colina, parecendo desmesurada perto da envolvência!
Imagine-se de perto!
O tempo não era muito mas seria o suficiente para me encantar com aquela que é uma das mais importantes catedrais do gótico primitivo francês, construída entre os séc. XII e XIII, e chegou intacta até nós, em toda a sua grandiosidade, depois de revoluções e guerras lhe terem passado à porta!
Temos de fazer alguma ginástica para a apanharmos totalmente numa foto!
Lá dentro quase provoca vertigens!
Deslumbrei-me ao vê-la ao vivo…
Aqueles vitrais azuis são espantosos em contraste com a pedra branca!
E lá tive de me forçar a saír dali, ou ainda lá estaria hoje…
A envolvência da catedral é uma zona histórica pitoresca
Quase demasiado “apinhada” para conter uma tão grandiosa construção! Os franceses eram assim, não construíam à dimensão do ser humano, como por cá os portugueses! Construíam mais à dimensão de gigantes, de deuses!
E lá vim por ali abaixo, para seguir o meu caminho, mas sem perder a catedral de vista por muito tempo!
A bem dizer, parece que a colina da catedral é a única elevação por muitos quilómetros em redor!
Quilómetros de terra cultivada, longas searas, moinhos de vento no meio de lado nenhum!!
E por falar em moinhos!
De repente deu-me uma vontade de algo diferente, excitante e surreal, no meio de tanta planície! Como se faz na piscina, tapa-se o nariz e salta-se, eu retive a respiração e mergulhei em Paris!
Atravessar Paris foi a loucura total, depois de tantos quilómetros de condução solitária! Foi um mergulho na loucura da maior cidade da Europa ocidental, que já não estava de férias e por isso estava frenética!
O Moulin Rouge é o segundo ponto turístico mais fotografado da cidade, depois da torre Eiffel, e eu não quis perturbar a estatística e também tirei mais umas quantas fotos, lá à porta!
Ainda passei no Sacré Coeur, mas qualquer ilusão de o visitar por dentro, caiu por terra ao me sentir completamente engolida pelo trânsito e pela multidão! Siga mas é para a frente!
O povo e as bicicletas são como moscardos por aquelas ruas! Até os polícias engrossam a enchente nas suas biclas!
Passei na Catedral de Notre Dame e tirei uma ou duas fotos à minha Magnífica parecidas com as que tirei da última vez que ela lá foi!
Porque visitar a catedral por dentro estava completamente fora de questão já que, contra tudo o que eu esperaria de acordo com outras passagens por ali, tinha fila para entrar!!
Nem pensar em pôr-me em filas! Tirei mais uma ou duas fotos ao belo edifício por fora. A bela catedral que é uma das mais antigas no estilo e que foi eternizada por Victor Hugo.
E deixei Paris para outra altura, em que eu lá decida voltar em Agosto, quando os parisienses estão de férias na costa e deixam o interior mais calmo e vago!
E saí do outro lado da cidade, como quem emerge de um mergulho prolongado, completamente revitalizada, depois de fazer uso dos meus dotes de condução mais agressiva e ágil, que já estava a fazer falta à minha motita!
E segui para Orleães, onde ficava a minha casa naquela noite!
Fim do trigésimo quarto dia de viagem!
A minha entrada e França trazia já consigo o sabor a despedida, a regresso, embora ainda tivesse muitas coisas em mente para ver e uma série de quilómetros para fazer até casa!
A França é um país encantador e os seus encantos são do tamanho do seu grande território, já que cada província, cada região, é única e diferente de todas as outras!
Passear por França é, para mim, um dos grandes prazeres! Ter de a atravessar para começar ou terminar uma viagem, é sempre um encanto!
Passei em Guise onde, na berma da estrada, se encontra o Cimetière Militaire Franco-Anglo-Allemand de Flavigny-le-Petit… as duas grandes guerras separaram aqueles homens, a morte os juntou…
La Desolation… é realmente o sentimento que nos acompanha ao passar por ali!
Não tinha previsto parar em lado nenhum, apenas apreciar e curtir as belas estradas nacionais que atravessam o país, com paisagens deliciosas de perder de vista.
Mas não me contive ao passar em Laon… passara ali ao subir para Brugge e apeteceu-me tanto passar para ver a catedral de Notre Dame de Laon, que desta vez não resisti e fui lá acima numa corridinha! A catedral é uma enormidade lá na parte alta da cidade! A sua dimensão e imponência são visíveis a grande distância, no cimo da colina, parecendo desmesurada perto da envolvência!
Imagine-se de perto!
O tempo não era muito mas seria o suficiente para me encantar com aquela que é uma das mais importantes catedrais do gótico primitivo francês, construída entre os séc. XII e XIII, e chegou intacta até nós, em toda a sua grandiosidade, depois de revoluções e guerras lhe terem passado à porta!
Temos de fazer alguma ginástica para a apanharmos totalmente numa foto!
Lá dentro quase provoca vertigens!
Deslumbrei-me ao vê-la ao vivo…
Aqueles vitrais azuis são espantosos em contraste com a pedra branca!
E lá tive de me forçar a saír dali, ou ainda lá estaria hoje…
A envolvência da catedral é uma zona histórica pitoresca
Quase demasiado “apinhada” para conter uma tão grandiosa construção! Os franceses eram assim, não construíam à dimensão do ser humano, como por cá os portugueses! Construíam mais à dimensão de gigantes, de deuses!
E lá vim por ali abaixo, para seguir o meu caminho, mas sem perder a catedral de vista por muito tempo!
A bem dizer, parece que a colina da catedral é a única elevação por muitos quilómetros em redor!
Quilómetros de terra cultivada, longas searas, moinhos de vento no meio de lado nenhum!!
E por falar em moinhos!
De repente deu-me uma vontade de algo diferente, excitante e surreal, no meio de tanta planície! Como se faz na piscina, tapa-se o nariz e salta-se, eu retive a respiração e mergulhei em Paris!
Atravessar Paris foi a loucura total, depois de tantos quilómetros de condução solitária! Foi um mergulho na loucura da maior cidade da Europa ocidental, que já não estava de férias e por isso estava frenética!
O Moulin Rouge é o segundo ponto turístico mais fotografado da cidade, depois da torre Eiffel, e eu não quis perturbar a estatística e também tirei mais umas quantas fotos, lá à porta!
Ainda passei no Sacré Coeur, mas qualquer ilusão de o visitar por dentro, caiu por terra ao me sentir completamente engolida pelo trânsito e pela multidão! Siga mas é para a frente!
O povo e as bicicletas são como moscardos por aquelas ruas! Até os polícias engrossam a enchente nas suas biclas!
Passei na Catedral de Notre Dame e tirei uma ou duas fotos à minha Magnífica parecidas com as que tirei da última vez que ela lá foi!
Porque visitar a catedral por dentro estava completamente fora de questão já que, contra tudo o que eu esperaria de acordo com outras passagens por ali, tinha fila para entrar!!
Nem pensar em pôr-me em filas! Tirei mais uma ou duas fotos ao belo edifício por fora. A bela catedral que é uma das mais antigas no estilo e que foi eternizada por Victor Hugo.
E deixei Paris para outra altura, em que eu lá decida voltar em Agosto, quando os parisienses estão de férias na costa e deixam o interior mais calmo e vago!
E saí do outro lado da cidade, como quem emerge de um mergulho prolongado, completamente revitalizada, depois de fazer uso dos meus dotes de condução mais agressiva e ágil, que já estava a fazer falta à minha motita!
E segui para Orleães, onde ficava a minha casa naquela noite!
Fim do trigésimo quarto dia de viagem!
________________________
Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
https://passeandopelavida.com/
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Boas Gracinda,
Esse seu peculiar sentido de nos mostrar e contar como foi ...lá estar...passear...Quem me dera também visitar esses locais maravilhosos que nos mostra...
Bjs
Esse seu peculiar sentido de nos mostrar e contar como foi ...lá estar...passear...Quem me dera também visitar esses locais maravilhosos que nos mostra...
Bjs
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CARLOS PIRES
Mama Sumae !!
Carlospira- Zero à direita
Re: Passeando pela Suíça - 2012
alexybr escreveu: Mais uma vez Lindooooooo
Obrigada!
Os locais são muito fotogénicos!
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Carlospira escreveu:Boas Gracinda,
Esse seu peculiar sentido de nos mostrar e contar como foi ...lá estar...passear...Quem me dera também visitar esses locais maravilhosos que nos mostra...
Bjs
Obrigada!
A minha filosofia é "se não posso ir longe, vou perto! O importante é ir!"
Quando a vida melhorar já temos a prática para pensar ir mais longe! Foi assim que eu fui fazendo na minha vida e parece-me que vou ter de voltar a esse ponto: ir para fora cá dentro (e pertinho)!
________________________
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
2 de Setembro de 2012
A minha passagem por Orleães tinha dois propósitos, visitar dois locais ali perto que há muito me interessava conhecer. Por isso dormi duas noites na cidade, para ter um dia por minha conta para explorar o que procurava!
Não, nenhum deles era uma igreja ou catedral!
O desenho que fiz no mapa não foi circular mas foi triangular, de ida, exploração, e volta!
Uma das coisas que eu procurava ficava em Briare, uma cidadezinha que é atravessada pelo famoso e lindo rio Loire, esse mesmo, o que tem um vale com a maior concentração de castelos do mundo!
Ao aproximar-me comecei a encontrar pessoas que corriam, eram muitas, estavam em todo o meu caminho e estendiam-se por todo o percurso que fiz por quilómetros!
La fui andando, muito calmamente, chegando-me para o lado para não atropelar nem ser atropelada pelos corredores! Dava para ver que não eram atletas de alta competição, pois havia gente para todas as idades e gostos! Até chegar a Briare, fui percebendo que os corredores iriam estar por ali por todo o lado!
As pessoas, que guardavam as ruas para os corredores, eram simpáticas e tentavam impedir a moto de passar o menos possível, mesmo quando os carros não podiam passar, a mim deixavam! Também eu não ocupava a rua e conseguia seguir sem perturbar a corrida.
Então vi-me em cima da ponte que me permitia a perfeita visualização do meu objetivo: Le Pont- Canal!
A Pont-Canal de Briare é uma obra fascinante que me fez andar muitos quilómetros para a visitar, percorrer e fotografar!
Foi construída entre 1890 e 1894, totalmente em metal, permite que barcos atravessem o rio Loire e seus canais paralelos, como um viaduto feito de água e passeio para peões! Foi a primeira Ponte-Canal a ser construída e, por muito tempo, a mais longa do mundo com 662 metros!
Pousei a moto na berma do canal, mas a minha vontade era percorrer a ponte com ela…
Foi uma sensação curiosa passear por uma ponte onde não podemos mudar de passeio e cujo alcatrão é aquoso onde passam veículos sem rodas!
Lá em baixo o Loire e os seus canais paralelos!
Durante a segunda guerra a França decide destruir todas as pontes sobre o rio Loire para retardar o avanço dos alemães e a Ponte-canal é dinamitada, fazendo cair dois dos seus tabuleiros.
Esta destruição foi cirúrgica e permitiu poupar os extremos da ponte, com os seus pilares e encaixe de pedra a terra firme. A reconstrução trouxe-a depois ao seu anterior esplendor!
Uma obra extraordinária mesmo, aquela ponte!
Por baixo passa, não apenas o rio, mas a rua também! Uma sensação curiosa a de passar por baixo de um rio, que eu queria experimentar!
Só ao chegar à outra ponta da ponte-canal é que li, num cartaz pendurado numa arvore o que se estava a passar por ali, com tanta gente a correr!
Tratava-se da Semi-maratona Gient-Briare-Gient , isto é, aquela gente andava a correr 21 quilómetros entre as duas cidades, o que queria dizer que iria continuar a passar pelos corredores, dado que iria a Gent!
Foi um belo passeio pela ponte-canal que só “pecou” pela impossibilidade de ir por um passeio e regressar pelo outro!
E lá estava a minha Magnifica à minha espera, para continuarmos a maratona dos outros!
E como toda a gente estava entretida com a maratona eu e a minha motita fomos fazer um pouco de terra batida pelas margens do Loire!
Ela adorou andar na terra! Percursos de sonho!
E lá fomos experimentar qual era a sensação de passar por baixo de um rio que passa por cima de uma ponte! É estranha! Afinal estávamos em posições trocadas, eu e a moto por baixo e o rio por cima!
E no vale dos castelos é suposto encontrarmos castelos! Lá estava o castelo de Saint-Brisson-sur-Loire, um castelo medieval do séc. XII, alterado posteriormente por diversas vezes! Não me apeteceu ver de mais perto, por isso segui caminho.
E mais à frente já se via Gient, uma cidade cheia de história que acolheu Joana D’Arc por quatro vezes no curso da sua epopeia, como eles orgulhosamente dizem!
O trânsito estava numa de arranca-pára-arranca e descobri nessa lentidão de caminha um pescador no meio do rio!
A cidade é mais bonita vista da outra margem que exploradas pelas suas ruínhas!
Foi mais uma cidade vítima de bombardeamentos e grandemente destruída durante a segunda guerra, sendo reconstruida depois… afinal, basicamente, é para isso que as guerras servem, para lixarem tudo e depois darem uma trabalheira infinita e uma despesa maluca para restaurar tudo de novo!
Neste caso a ponte foi destruída pelos alemães para impedir as tropas francesas de recuarem! Afinal uma guerra sem muitos mortos também não serve os seus fins de humilhação, desmoralização e subjugação!
Atravessei a cidade e segui caminho, pois o que procurava não estava ali!
Nemours apareceu-me mais lá para cima e parei para dar uma olhada, pois gostei do que vi ao chegar!
O rio Loing cerca o centro histórico com o seu canal, provocando uma sensação de ilha!
E depois, como toda a cidade medieval que se preze, tem um castelinho do séc. XII lá no meio!
Sentei-me na berma do rio, o céu estava cinzento mas não iria chover. Momentos simples que depois deixam saudades!
Atrás de mim estava a igreja voltada para o outro lado, a Église de Saint-Jean-Baptiste do séc. XII…
Andei por ali mais um pouco. Há uma tranquilidade nas pequenas cidades/aldeias francesas que me faz ter vontade de passear, ou apenas estar, mesmo que seja apenas um pouco, por ali, em paz!
Mas o meu grande destino daquele dia estava uns quilómetros mais a norte, por isso acabei por seguir para o sitio onde passaria grande parte do dia!
(continua)
A minha passagem por Orleães tinha dois propósitos, visitar dois locais ali perto que há muito me interessava conhecer. Por isso dormi duas noites na cidade, para ter um dia por minha conta para explorar o que procurava!
Não, nenhum deles era uma igreja ou catedral!
O desenho que fiz no mapa não foi circular mas foi triangular, de ida, exploração, e volta!
Uma das coisas que eu procurava ficava em Briare, uma cidadezinha que é atravessada pelo famoso e lindo rio Loire, esse mesmo, o que tem um vale com a maior concentração de castelos do mundo!
Ao aproximar-me comecei a encontrar pessoas que corriam, eram muitas, estavam em todo o meu caminho e estendiam-se por todo o percurso que fiz por quilómetros!
La fui andando, muito calmamente, chegando-me para o lado para não atropelar nem ser atropelada pelos corredores! Dava para ver que não eram atletas de alta competição, pois havia gente para todas as idades e gostos! Até chegar a Briare, fui percebendo que os corredores iriam estar por ali por todo o lado!
As pessoas, que guardavam as ruas para os corredores, eram simpáticas e tentavam impedir a moto de passar o menos possível, mesmo quando os carros não podiam passar, a mim deixavam! Também eu não ocupava a rua e conseguia seguir sem perturbar a corrida.
Então vi-me em cima da ponte que me permitia a perfeita visualização do meu objetivo: Le Pont- Canal!
A Pont-Canal de Briare é uma obra fascinante que me fez andar muitos quilómetros para a visitar, percorrer e fotografar!
Foi construída entre 1890 e 1894, totalmente em metal, permite que barcos atravessem o rio Loire e seus canais paralelos, como um viaduto feito de água e passeio para peões! Foi a primeira Ponte-Canal a ser construída e, por muito tempo, a mais longa do mundo com 662 metros!
Pousei a moto na berma do canal, mas a minha vontade era percorrer a ponte com ela…
Foi uma sensação curiosa passear por uma ponte onde não podemos mudar de passeio e cujo alcatrão é aquoso onde passam veículos sem rodas!
Lá em baixo o Loire e os seus canais paralelos!
Durante a segunda guerra a França decide destruir todas as pontes sobre o rio Loire para retardar o avanço dos alemães e a Ponte-canal é dinamitada, fazendo cair dois dos seus tabuleiros.
Esta destruição foi cirúrgica e permitiu poupar os extremos da ponte, com os seus pilares e encaixe de pedra a terra firme. A reconstrução trouxe-a depois ao seu anterior esplendor!
Uma obra extraordinária mesmo, aquela ponte!
Por baixo passa, não apenas o rio, mas a rua também! Uma sensação curiosa a de passar por baixo de um rio, que eu queria experimentar!
Só ao chegar à outra ponta da ponte-canal é que li, num cartaz pendurado numa arvore o que se estava a passar por ali, com tanta gente a correr!
Tratava-se da Semi-maratona Gient-Briare-Gient , isto é, aquela gente andava a correr 21 quilómetros entre as duas cidades, o que queria dizer que iria continuar a passar pelos corredores, dado que iria a Gent!
Foi um belo passeio pela ponte-canal que só “pecou” pela impossibilidade de ir por um passeio e regressar pelo outro!
E lá estava a minha Magnifica à minha espera, para continuarmos a maratona dos outros!
E como toda a gente estava entretida com a maratona eu e a minha motita fomos fazer um pouco de terra batida pelas margens do Loire!
Ela adorou andar na terra! Percursos de sonho!
E lá fomos experimentar qual era a sensação de passar por baixo de um rio que passa por cima de uma ponte! É estranha! Afinal estávamos em posições trocadas, eu e a moto por baixo e o rio por cima!
E no vale dos castelos é suposto encontrarmos castelos! Lá estava o castelo de Saint-Brisson-sur-Loire, um castelo medieval do séc. XII, alterado posteriormente por diversas vezes! Não me apeteceu ver de mais perto, por isso segui caminho.
E mais à frente já se via Gient, uma cidade cheia de história que acolheu Joana D’Arc por quatro vezes no curso da sua epopeia, como eles orgulhosamente dizem!
O trânsito estava numa de arranca-pára-arranca e descobri nessa lentidão de caminha um pescador no meio do rio!
A cidade é mais bonita vista da outra margem que exploradas pelas suas ruínhas!
Foi mais uma cidade vítima de bombardeamentos e grandemente destruída durante a segunda guerra, sendo reconstruida depois… afinal, basicamente, é para isso que as guerras servem, para lixarem tudo e depois darem uma trabalheira infinita e uma despesa maluca para restaurar tudo de novo!
Neste caso a ponte foi destruída pelos alemães para impedir as tropas francesas de recuarem! Afinal uma guerra sem muitos mortos também não serve os seus fins de humilhação, desmoralização e subjugação!
Atravessei a cidade e segui caminho, pois o que procurava não estava ali!
Nemours apareceu-me mais lá para cima e parei para dar uma olhada, pois gostei do que vi ao chegar!
O rio Loing cerca o centro histórico com o seu canal, provocando uma sensação de ilha!
E depois, como toda a cidade medieval que se preze, tem um castelinho do séc. XII lá no meio!
Sentei-me na berma do rio, o céu estava cinzento mas não iria chover. Momentos simples que depois deixam saudades!
Atrás de mim estava a igreja voltada para o outro lado, a Église de Saint-Jean-Baptiste do séc. XII…
Andei por ali mais um pouco. Há uma tranquilidade nas pequenas cidades/aldeias francesas que me faz ter vontade de passear, ou apenas estar, mesmo que seja apenas um pouco, por ali, em paz!
Mas o meu grande destino daquele dia estava uns quilómetros mais a norte, por isso acabei por seguir para o sitio onde passaria grande parte do dia!
(continua)
Última edição por Gracinda Ramos em Sáb Jan 12 2013, 01:17, editado 3 vez(es)
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Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
2 de setembro de 2012 - continuação
Fontainebleau foi um nome repetido por muito tempo na minha vida e na minha memória! Fez parte dos meus estudos como aluna e, posteriormente, como professora! As artes estão intimamente ligadas a Fontainebleau, desde que os artistas italianos contratados para trabalhar na remodelação, aumento e decoração do palácio, introduziram o Maneirismo na França e a França rebatizou o estilo como “estilo Fontainebleau” que conjugava diversas expressões artísticas e decorativas, escultura, pintura, modelagem em estuque e pormenores decorativos em diversos materiais! Depois foi a Escola de Fontainebleau que surgiu em mudanças em pintura e gravura.
Ao aproximarmo-nos da cidade e do palácio encontramos numa rotunda o marco comemorativo do encontro entre Napoleão e o papa, quando este veio consagra-lo Imperador.
Em frente ao palácio não faltava onde estacionar a minha motita, afinal estava em França, onde as motos são muito bem recebidas!
E lá estava ele, um dos maiores palácios reais franceses e ninguém fica em dúvida quanto a isso ao aproximar-se dele!
Tive a sorte de chegar ali ao domingo e a entrada era grátis!
Mal se entra no pátio de acesso, somos rodeados pelas alas laterais e há palácio por quase todos os lados!
Lá dentro é a opulência! As alas sucedem-se, os quartos de reis, de rainhas, de conselhos, de armas, de tudo…
A dado momento sentia-me dentro de uma caixa, decorada por todos os lados, tal é a acumulação de elementos decorativos, paredes forradas, pinturas, tetos trabalhados e tecidos floridos! Eu morria ali com todo aquele ruido visual!
Comparativamente a capela do palácio nem é a coisa mais decorada do edifício!
Longas galerias levam-nos de uma ala para outra.
E o salão de baile é aquela coisa gigantesca! Também para que as longas saias rodadas e volumosas, cheias de sedas e folhos, coubessem ali entre danças e exibições, todo o espaço seria pouco!
Pela janela vê-se o pátio entremuros, que já parece um pátio moderno, sem qualquer recanto de jardim, apenas pedra!
E junto ao salão de baile há uma outra capela muito antiga do séc, XIII, que foi descoberta com a ampliação do palácio no séc XVI, a capela de Saint-Saturnin.
E foi então que encontrei a mulher das muitas maminhas! Ele há cada ideia! Provavelmente terá a ver com a fertilidade ou algo do género, mas uma mulher com tantas mamas realmente terá de manter as mãos na cabeça para não amaçar nenhuma! eheheheh
E a opulência mantem-se pelo palácio fora!
A sala do trono e o próprio trono até me pareceram meio despidos perto de todas a decoração e opulência que se encontra por ali!
La Galerie de Diane é a maior divisão do Château de Fontainebleau e foi noutros tempos a galeria da rainha, com 25 metros de comprimento e 7 de largura. Foi construída por Henrique IV no séc. XVIII e restaurada no século seguinte e a sua decoração conta a história da deusa Diana. Durante muito tempo serviu de passagem para a sala de banquetes até ser transformada em biblioteca que comporta 16.000 livros! O grande globo ao topo das escadas pertenceu a Napoleão I. Um espaço extraordinário e com um ambiente imponente que não podemos pisar, apenas observar, o que o torna mais irreal e impressionante!
E saí finalmente do outro lado para visitar os jardins e os lagos! Alguns patos estavam acampados numa fonte e faziam uma festa no pedacinho de água! Digo pedacinho porque ali ao lado os lagos são de perder de vista e cortar a respiração!
Mas o pormenor mais interessante que me prendeu a atenção foi que havia um restaurante no castelo, que estava aberto e ainda servia refeições e estava mesmo na hora de comer! Eu nem sou de saladas, mas aquela estava deliciosa!
De barriga cheia passeia-se muito melhor!
São 80 hectares de parque e jardins, que nos fazem parecer passear por caminhos infinitos! Fizeram-me lembrar os jardins e lagos de Versalhes!
Dizem que reis se passearam por aqueles lagos e canais em galés! (grandes barcos a remos que podem ter também mastros)
Voltei ao palácio, eu não me iria pôr a percorrer quilómetros de parque para depois ter de voltar e duplicar a quilometragem feita!
Começava a chegar muito mais gente para visitar o palácio, depois do almoço!
E fui buscar a minha motita, pois eu tinha visto que se podia entrar no parque de carro/moto e assim não tinha necessidade de percorrer aquilo a pé!
Dá-se a volta pela cidadezinha, que mais à frente estava cheia de motos, e procura-se a passagem para entrar no parque..
A grande dimensão dos caminhos provoca sempre efeitos deslumbrantes. Sentia-se já o outono a chegar!
Sentei-me um pouco no relvado… há momentos de imensidão e paz para nunca mais esquecer!
É claro que tirei um milhão e meio de fotos… e segui finalmente para Orléans, pois queria visitar a cidade onde Joana D’Arc é tão venerada. Uma das padroeiras da França é chamada de «A Donzela de Orléans».
E está representada no altar-mor da catedral de Orléans!
A catedral é gótica do séc. XII e é espantosa!
A cidade é acolhedora e tem uma zona histórica interessante.
As referências a Joana D’Arc estão bem presentes, aqui na Maison du Diane de Poitiers - Musée Historique, uma das mais antigas casas da cidade.
Mais à frente, no outro extremo da avenida da catedral, fica a casa de Joana D’Arc.
tudo já fechado àquela hora…
“Nesta casa, reconstruida em 1965, Joana D’Arc foi hóspede de Jacques Bovcher, tesoureiro do Duque de Orléans de 29 a Abril a 9 de maio de 1429”
Ainda brinquei um pouco por ali…
Fui tomar qualquer coisa a uma esplanada…
Dei uma voltinha a pé e voltei a encontrar a Joana, numa estátua equestre no meio de uma praça!
E fui para casa em Orléans, que no dia seguinte daria mais um passo na direção da minha casa em Portugal!
Fim do trigésimo quinto dia de viagem!
Fontainebleau foi um nome repetido por muito tempo na minha vida e na minha memória! Fez parte dos meus estudos como aluna e, posteriormente, como professora! As artes estão intimamente ligadas a Fontainebleau, desde que os artistas italianos contratados para trabalhar na remodelação, aumento e decoração do palácio, introduziram o Maneirismo na França e a França rebatizou o estilo como “estilo Fontainebleau” que conjugava diversas expressões artísticas e decorativas, escultura, pintura, modelagem em estuque e pormenores decorativos em diversos materiais! Depois foi a Escola de Fontainebleau que surgiu em mudanças em pintura e gravura.
Ao aproximarmo-nos da cidade e do palácio encontramos numa rotunda o marco comemorativo do encontro entre Napoleão e o papa, quando este veio consagra-lo Imperador.
Em frente ao palácio não faltava onde estacionar a minha motita, afinal estava em França, onde as motos são muito bem recebidas!
E lá estava ele, um dos maiores palácios reais franceses e ninguém fica em dúvida quanto a isso ao aproximar-se dele!
Tive a sorte de chegar ali ao domingo e a entrada era grátis!
Mal se entra no pátio de acesso, somos rodeados pelas alas laterais e há palácio por quase todos os lados!
Lá dentro é a opulência! As alas sucedem-se, os quartos de reis, de rainhas, de conselhos, de armas, de tudo…
A dado momento sentia-me dentro de uma caixa, decorada por todos os lados, tal é a acumulação de elementos decorativos, paredes forradas, pinturas, tetos trabalhados e tecidos floridos! Eu morria ali com todo aquele ruido visual!
Comparativamente a capela do palácio nem é a coisa mais decorada do edifício!
Longas galerias levam-nos de uma ala para outra.
E o salão de baile é aquela coisa gigantesca! Também para que as longas saias rodadas e volumosas, cheias de sedas e folhos, coubessem ali entre danças e exibições, todo o espaço seria pouco!
Pela janela vê-se o pátio entremuros, que já parece um pátio moderno, sem qualquer recanto de jardim, apenas pedra!
E junto ao salão de baile há uma outra capela muito antiga do séc, XIII, que foi descoberta com a ampliação do palácio no séc XVI, a capela de Saint-Saturnin.
E foi então que encontrei a mulher das muitas maminhas! Ele há cada ideia! Provavelmente terá a ver com a fertilidade ou algo do género, mas uma mulher com tantas mamas realmente terá de manter as mãos na cabeça para não amaçar nenhuma! eheheheh
E a opulência mantem-se pelo palácio fora!
A sala do trono e o próprio trono até me pareceram meio despidos perto de todas a decoração e opulência que se encontra por ali!
La Galerie de Diane é a maior divisão do Château de Fontainebleau e foi noutros tempos a galeria da rainha, com 25 metros de comprimento e 7 de largura. Foi construída por Henrique IV no séc. XVIII e restaurada no século seguinte e a sua decoração conta a história da deusa Diana. Durante muito tempo serviu de passagem para a sala de banquetes até ser transformada em biblioteca que comporta 16.000 livros! O grande globo ao topo das escadas pertenceu a Napoleão I. Um espaço extraordinário e com um ambiente imponente que não podemos pisar, apenas observar, o que o torna mais irreal e impressionante!
E saí finalmente do outro lado para visitar os jardins e os lagos! Alguns patos estavam acampados numa fonte e faziam uma festa no pedacinho de água! Digo pedacinho porque ali ao lado os lagos são de perder de vista e cortar a respiração!
Mas o pormenor mais interessante que me prendeu a atenção foi que havia um restaurante no castelo, que estava aberto e ainda servia refeições e estava mesmo na hora de comer! Eu nem sou de saladas, mas aquela estava deliciosa!
De barriga cheia passeia-se muito melhor!
São 80 hectares de parque e jardins, que nos fazem parecer passear por caminhos infinitos! Fizeram-me lembrar os jardins e lagos de Versalhes!
Dizem que reis se passearam por aqueles lagos e canais em galés! (grandes barcos a remos que podem ter também mastros)
Voltei ao palácio, eu não me iria pôr a percorrer quilómetros de parque para depois ter de voltar e duplicar a quilometragem feita!
Começava a chegar muito mais gente para visitar o palácio, depois do almoço!
E fui buscar a minha motita, pois eu tinha visto que se podia entrar no parque de carro/moto e assim não tinha necessidade de percorrer aquilo a pé!
Dá-se a volta pela cidadezinha, que mais à frente estava cheia de motos, e procura-se a passagem para entrar no parque..
A grande dimensão dos caminhos provoca sempre efeitos deslumbrantes. Sentia-se já o outono a chegar!
Sentei-me um pouco no relvado… há momentos de imensidão e paz para nunca mais esquecer!
É claro que tirei um milhão e meio de fotos… e segui finalmente para Orléans, pois queria visitar a cidade onde Joana D’Arc é tão venerada. Uma das padroeiras da França é chamada de «A Donzela de Orléans».
E está representada no altar-mor da catedral de Orléans!
A catedral é gótica do séc. XII e é espantosa!
A cidade é acolhedora e tem uma zona histórica interessante.
As referências a Joana D’Arc estão bem presentes, aqui na Maison du Diane de Poitiers - Musée Historique, uma das mais antigas casas da cidade.
Mais à frente, no outro extremo da avenida da catedral, fica a casa de Joana D’Arc.
tudo já fechado àquela hora…
“Nesta casa, reconstruida em 1965, Joana D’Arc foi hóspede de Jacques Bovcher, tesoureiro do Duque de Orléans de 29 a Abril a 9 de maio de 1429”
Ainda brinquei um pouco por ali…
Fui tomar qualquer coisa a uma esplanada…
Dei uma voltinha a pé e voltei a encontrar a Joana, numa estátua equestre no meio de uma praça!
E fui para casa em Orléans, que no dia seguinte daria mais um passo na direção da minha casa em Portugal!
Fim do trigésimo quinto dia de viagem!
Última edição por Gracinda Ramos em Dom Jan 13 2013, 11:11, editado 2 vez(es)
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
E o 800 é meu
Não tenha pressa Gracinda, que isto de saber viajar tem muito que se lhe diga, e enquanto houver alguns euros, existem sempre locais bonitos para visitar.
Obrigada
Abraço
Não tenha pressa Gracinda, que isto de saber viajar tem muito que se lhe diga, e enquanto houver alguns euros, existem sempre locais bonitos para visitar.
Obrigada
Abraço
Carlos Balio- Já sai à rua a conduzir.
Re: Passeando pela Suíça - 2012
3 de Setembro de 2012
As coisas precipitam-se sempre um pouco na minha cabeça quando uma viagem se está a aproximar do fim. De repente a sensação de que não vi muita coisa que queria e a sensação de que passará muito tempo até eu poder voltar a partir, começam a interferir no meu ânimo! Tinha recebido um mail da escola comunicando uma reunião e eu teria por isso de chegar a casa a tempo! Isso entristeceu-me um pouco pois era sempre menos um dia na minha epopeia…
Então fiz-me à estrada querendo ver tudo o que me aparecesse no caminho, à medida que descia o país na direção de Tulle.
Claro que fui parando nas terrinhas que me apareciam e, a dada altura, tive de parar com isso e correr para não chegar a meio da noite ao meu destino! Nada disso aconteceria se eu não tivesse de repente de estar em casa no dia 8…
Meung-sur-Loire chamou-me atenção ao longe e fui ver como era. É comum os Franceses acrescentarem ao nome das cidades um “sur” e o rio que lhe está próximo e ali continuava a ser o rio Loire!
A cidadezinha é deliciosa! Medieval e com uma igreja espantosa, a Collégiale Saint-Liphard do séc XII, com boa parte românica e a sua torre fortificada que parece a torre de um castelo!
Encostadinho à igreja fica o castelo, quase se confundindo com ela, aliás as suas partes mais antigas serão mesmo contemporâneas da collégiale!…
O castelo é lindo e deu-me imensa pena não poder visitar, pois estava fechado! Por azar o horário muda em Setembro, quando começa a abrir só de tarde…
Um castelo cheio de história, que participou na história da França, entre outras personalidades Joana D’Arc passou lá!
Soube que é muito bonito e que vale a pena visitar, mas teria de ficar para outra altura!
Dei uma volta pela cidade, que é encantadora!
E lá estava a estátua da Joaninha! Afinal ela libertou a cidade por isso é venerada por ela! Chamam-lhe a Libertadora!
A torre imponente do antigo Hôtel Dieu do séc. XII. Curioso chamarem Hotel de Deus aos hospitais ou hospícios!
E mais uma igreja impressionante, a Abbatiale de Notre Dame, do séc. XI, que conservou elementos românicos espantosos, apesar das remodelações posteriores!
Aquele altar apaixonou-me! Quando temos o hábito de ter os batistérios aos “pés” das igrejas, ali a pia batismal está bem no topo da igreja, e o efeito é lindo!
Foi uma agradável descoberta Meung, serena e antiga como eu tanto gosto!
Há coisas feias que se encontram no meio do paraíso… que acabam por se tornar lindas no contexto!
E de repente não resisti, desviei-me do meu caminho e fui atras das placas…
Eu já fizera aquele caminho e já sabia que a estradinha é longa e cheia de avisos, pois há animais à solta por ali, é preciso ter cuidado com as velocidades! Já uma vez na Eslovénia quase chocava com um alce que atravessou a estrada de um salto e deu para perceber que, ou se vai devagar… ou é a morte do artista!
E pude comprovar que em França sabem que existem portugueses, e escrevem, entre outras línguas, na nossa língua, porque somos gente! Coisa que não acontece em Espanha, por exemplo, um país que fica tão longe do nosso que tem folhetos, placas e indicações em francês, inglês, alemão ou italiano, mas raramente em português!
E lá estava ele, o Château de Chambord, um dos maiores castelos do Vale do Loire!
Eu visitara os seus exteriores a pé, da última vez que ali estivera, por isso fui pelos caminhos que sabia onde a moto podia passar. Não me apanham a caminhar duas vezes por uma extensão tão grande se descobri caminho para a minha motita para lá! Claro que depois pusemo-nos a tirar fotos uma à outra com o castelo como paisagem, como fazem os turistas todos!
Mas desta vez fui visita-lo por dentro…
(continua)
As coisas precipitam-se sempre um pouco na minha cabeça quando uma viagem se está a aproximar do fim. De repente a sensação de que não vi muita coisa que queria e a sensação de que passará muito tempo até eu poder voltar a partir, começam a interferir no meu ânimo! Tinha recebido um mail da escola comunicando uma reunião e eu teria por isso de chegar a casa a tempo! Isso entristeceu-me um pouco pois era sempre menos um dia na minha epopeia…
Então fiz-me à estrada querendo ver tudo o que me aparecesse no caminho, à medida que descia o país na direção de Tulle.
Claro que fui parando nas terrinhas que me apareciam e, a dada altura, tive de parar com isso e correr para não chegar a meio da noite ao meu destino! Nada disso aconteceria se eu não tivesse de repente de estar em casa no dia 8…
Meung-sur-Loire chamou-me atenção ao longe e fui ver como era. É comum os Franceses acrescentarem ao nome das cidades um “sur” e o rio que lhe está próximo e ali continuava a ser o rio Loire!
A cidadezinha é deliciosa! Medieval e com uma igreja espantosa, a Collégiale Saint-Liphard do séc XII, com boa parte românica e a sua torre fortificada que parece a torre de um castelo!
Encostadinho à igreja fica o castelo, quase se confundindo com ela, aliás as suas partes mais antigas serão mesmo contemporâneas da collégiale!…
O castelo é lindo e deu-me imensa pena não poder visitar, pois estava fechado! Por azar o horário muda em Setembro, quando começa a abrir só de tarde…
Um castelo cheio de história, que participou na história da França, entre outras personalidades Joana D’Arc passou lá!
Soube que é muito bonito e que vale a pena visitar, mas teria de ficar para outra altura!
Dei uma volta pela cidade, que é encantadora!
E lá estava a estátua da Joaninha! Afinal ela libertou a cidade por isso é venerada por ela! Chamam-lhe a Libertadora!
A torre imponente do antigo Hôtel Dieu do séc. XII. Curioso chamarem Hotel de Deus aos hospitais ou hospícios!
E mais uma igreja impressionante, a Abbatiale de Notre Dame, do séc. XI, que conservou elementos românicos espantosos, apesar das remodelações posteriores!
Aquele altar apaixonou-me! Quando temos o hábito de ter os batistérios aos “pés” das igrejas, ali a pia batismal está bem no topo da igreja, e o efeito é lindo!
Foi uma agradável descoberta Meung, serena e antiga como eu tanto gosto!
Há coisas feias que se encontram no meio do paraíso… que acabam por se tornar lindas no contexto!
E de repente não resisti, desviei-me do meu caminho e fui atras das placas…
Eu já fizera aquele caminho e já sabia que a estradinha é longa e cheia de avisos, pois há animais à solta por ali, é preciso ter cuidado com as velocidades! Já uma vez na Eslovénia quase chocava com um alce que atravessou a estrada de um salto e deu para perceber que, ou se vai devagar… ou é a morte do artista!
E pude comprovar que em França sabem que existem portugueses, e escrevem, entre outras línguas, na nossa língua, porque somos gente! Coisa que não acontece em Espanha, por exemplo, um país que fica tão longe do nosso que tem folhetos, placas e indicações em francês, inglês, alemão ou italiano, mas raramente em português!
E lá estava ele, o Château de Chambord, um dos maiores castelos do Vale do Loire!
Eu visitara os seus exteriores a pé, da última vez que ali estivera, por isso fui pelos caminhos que sabia onde a moto podia passar. Não me apanham a caminhar duas vezes por uma extensão tão grande se descobri caminho para a minha motita para lá! Claro que depois pusemo-nos a tirar fotos uma à outra com o castelo como paisagem, como fazem os turistas todos!
Mas desta vez fui visita-lo por dentro…
(continua)
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Carlos Balio escreveu:E o 800 é meu
Não tenha pressa Gracinda, que isto de saber viajar tem muito que se lhe diga, e enquanto houver alguns euros, existem sempre locais bonitos para visitar.
Obrigada
Abraço
Obrigada!
Oh se esses 800 méritos se transformassem em 800 litros de gasolina, o que eu faria com eles!
Estou a chegar a casa e cheia de vontade de partir de novo!
________________________
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Gracinda Ramos escreveu:
Obrigada!
Oh se esses 800 méritos se transformassem em 800 litros de gasolina, o que eu faria com eles!
Estou a chegar a casa e cheia de vontade de partir de novo!
Dou minhas as suas palavras.... ai o que fazia com 800 litros...
P.S. Gracinda só uma pergunta se nao descrição, vai sozinha, ou vai com alguem a acompanhar com outra ?
________________________
Abraço!
Alex
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alexybr- Zero à esquerda
Re: Passeando pela Suíça - 2012
alexybr escreveu:Gracinda Ramos escreveu:
Obrigada!
Oh se esses 800 méritos se transformassem em 800 litros de gasolina, o que eu faria com eles!
Estou a chegar a casa e cheia de vontade de partir de novo!
Dou minhas as suas palavras.... ai o que fazia com 800 litros...
P.S. Gracinda só uma pergunta se nao descrição, vai sozinha, ou vai com alguem a acompanhar com outra ?
Cucu!
Não é indiscrição nenhuma!
Normalmente viajo sempre sozinha!
Apenas as 2 viagens a Marrocos foram em grupo e uma ou outra vez alguém me acompanhou, mas as grandes viagens faço-as sempre só! Para ter uma ideia, apenas 5 das cerca de 30 viagens que fiz foram acompanhadas!
Uma das razões é porque apenas sozinha consigo ver tudo o que quero ver!
Outra é porque não é fácil encontrar alguém com os mesmos interesses, gostos, vontades, dinheiro e tempo para fazer tudo o que faço!
Outra ainda… é porque adoro viajar comigo mesma! Dou-me tão bem sozinha que chego a ter saudades de mim em viagem, quando estou por cá!
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Gracinda Ramos escreveu:alexybr escreveu:Gracinda Ramos escreveu:
Obrigada!
Oh se esses 800 méritos se transformassem em 800 litros de gasolina, o que eu faria com eles!
Estou a chegar a casa e cheia de vontade de partir de novo!
Dou minhas as suas palavras.... ai o que fazia com 800 litros...
P.S. Gracinda só uma pergunta se nao descrição, vai sozinha, ou vai com alguem a acompanhar com outra ?
Cucu!
Não é indiscrição nenhuma!
Normalmente viajo sempre sozinha!
Apenas as 2 viagens a Marrocos foram em grupo e uma ou outra vez alguém me acompanhou, mas as grandes viagens faço-as sempre só! Para ter uma ideia, apenas 5 das cerca de 30 viagens que fiz foram acompanhadas!
Uma das razões é porque apenas sozinha consigo ver tudo o que quero ver!
Outra é porque não é fácil encontrar alguém com os mesmos interesses, gostos, vontades, dinheiro e tempo para fazer tudo o que faço!
Outra ainda… é porque adoro viajar comigo mesma! Dou-me tão bem sozinha que chego a ter saudades de mim em viagem, quando estou por cá!
Sim senhora, grande Mulher!!!!
Mais uma vez, dou os parabens pelas suas viagens.
quem me dera acompanha-la...
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Abraço!
Alex
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
alexybr escreveu:
Sim senhora, grande Mulher!!!!
Mais uma vez, dou os parabens pelas suas viagens.
quem me dera acompanha-la...
Se aguentar fazer muitos quilometros e parar muitas vezes para ver, caminhar e tirar milhões de fotos, nunca se sabe se um dia não poderemos dar uma volta por aí!
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Gracinda Ramos escreveu:alexybr escreveu:
Sim senhora, grande Mulher!!!!
Mais uma vez, dou os parabens pelas suas viagens.
quem me dera acompanha-la...
Se aguentar fazer muitos quilometros e parar muitas vezes para ver, caminhar e tirar milhões de fotos, nunca se sabe se um dia não poderemos dar uma volta por aí!
Claro que sim
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Abraço!
Alex
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alexybr- Zero à esquerda
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Gracinda boas!
Saia mais um par de big
Agora que está a chegar ao fim do relato, vou ter de voltar ao inicio para ler tudo de novo e de rajada!
Tenho um Tio que trabalhou 20 anos nas obras de restauro da catedral de Orléans!
Abraço!
José Carlos
Saia mais um par de big
Agora que está a chegar ao fim do relato, vou ter de voltar ao inicio para ler tudo de novo e de rajada!
Tenho um Tio que trabalhou 20 anos nas obras de restauro da catedral de Orléans!
Abraço!
José Carlos
Zecacbr- Já conduz... mal!
Re: Passeando pela Suíça - 2012
Zecacbr escreveu:Gracinda boas!
Saia mais um par de big
Agora que está a chegar ao fim do relato, vou ter de voltar ao inicio para ler tudo de novo e de rajada!
Tenho um Tio que trabalhou 20 anos nas obras de restauro da catedral de Orléans!
Abraço!
José Carlos
Ui, isso vais ser como ler um livro inteiro! eheheh
O teu tio trabalhou numa grande obra! A catedral é linda!
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
Eh pá oh Gracinda, puxa que viagem fantástica
França é um país cheio de "locais a visitar"
Crónica deliciosa, como sempre.
Fico à espera da continuação...
merecido.
França é um país cheio de "locais a visitar"
Crónica deliciosa, como sempre.
Fico à espera da continuação...
merecido.
JoUgly- Zero à esquerda
Re: Passeando pela Suíça - 2012
JoUgly escreveu:Eh pá oh Gracinda, puxa que viagem fantástica
França é um país cheio de "locais a visitar"
Crónica deliciosa, como sempre.
Fico à espera da continuação...
merecido.
Obrigada!
França é, sem dúvida, um dos paises mais extraordinários que conheço!
Cada vez que me passeio por lá, parece que descubro um novo país!
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Re: Passeando pela Suíça - 2012
3 de Setembro de 2012 - continuação
De cada vez que passei em Chambord prometi a mim mesma que teria de visitar o palácio/castelo por dentro e nunca o fiz! Desta vez, que nem pensara em lá passar e me desviei à última hora, não resisti! “Que se lixe a distância, se chegar a meio da noite para dormir, alguém me há-de abrir a porta!”
Uma das coisas que me chamava a atenção era a famosa escada em dupla espiral e ela está logo ali, é o coração do edifício!
Dizem que o edifício foi concebido segundo um esboço de Leonardo da Vinci e que a Grande Escada, em dupla espiral, foi mesmo um projeto seu! Esta escada fantástica tem a particularidade de entrelaçar duas espirais, o que faz com que quem sobe numa não cruza com quem desce noutra!
No meio, uma coluna de vazio se forma até à claraboia superior, provocando uma perspetiva alucinante com aberturas de corrimão até ao topo!
O castelo de Chambord é do séc. XVI e nunca foi completamente concluído, afinal ele era apenas uma residência de caça e para uns dias de caça quase 2000 pessoas acompanhavam o rei! Quanta privacidade!
Durante a ocupação nazi as obras do Louvre foram trazidas para lá, a fim de as salvar da pilhagem e destruição e entendemos a escolha quando nos aproximamos do palácio e nos apercebemos o quanto ele fica longe de tudo! Bem como quando percorremos os seus longos corredores, alas e salões, entendemos porque foi escolhido para proteger tão importantes obras!
Os telhados são repletos de elementos decorativos que se misturam com chaminés e respiros e criam perfis curiosos do edifício!
As escadas nos recantos dos pátios interiores, como “tourelles” são escadas em caracol deliciosas!
Há pormenores curiosos no palácio, os quartos de dormir são muito grandes, as camas parecem altares, cheios de cortinas em dossel, por vezes mesmo com grades que separam o espaço da cama do restante quarto e no entanto as camas são tão pequenas!!
Eu estive-me lá a medir e não caberia assim tão bem ali dentro! Para alem de me sentir claustrofóbica!
E em cada andar a fantástica escadaria domina o cruzamento de salas e corredores!
Ao longe, pela janela vislumbra-se o fosso! Um fosso que foi construído, já de origem, para ser decorativo e serve ainda hoje a sua finalidade, pois é fantástico!
E as torrezinhas de escadinhas em caracol são lindas vistas de cima!
Lá de cima podem-se ver finalmente as claraboias, as cúpulas, as chaminés e os telhados escamosos em pormenor, e a perspetiva é fascinante!
Toda aquela “tralha” que se vê de longe em cima do edifício fica ali ao nosso lado!
O jardim não tem fim…
Chega-se lá acima ao telhado, pela fantástica escada em duplo caracol, que termina numa torre oca, decorada e impressionante!
E, claro, depois de ter espreitado de baixo para cima, tive de espreitar de cima para baixo, pelo vão cilíndrico que se forma no centro das escadas espiraladas!
Momentos em que, quem desce numa escada, cruza olhares com quem sobe na outra!
magnificas escadarias…
E à medida que me afastava do castelo, para ir buscar a minha motita e seguir viagem, não consegui afastar os olhos dele, nem deixar de fotografa-lo…
E Chambord despediu-se de mim na minha própria língua, com um “Obrigado”!
Segui nostálgica o meu caminho. Porque tinha o tempo de estar cinzento? Para me entristecer mais ainda o regresso?
Blois veio logo a seguir, depois da Reserve National de Chasse de Chambord, uma cidade bonita e acolhedora que me proporcionou enquadramentos muito bonitos, com o famoso Loire a completar o quadro!
Foi uma pena passear por Blois com o céu cinzento!
Encontrei a igreja de Saint-Nicolas, uma construção tão monumental quanto bela!
Uma daquelas belas igrejas românicas que me faz parar imediatamente, saltar da moto e ir ver!
E lá dentro a atmosfera é tão pura quanto a arquitetura que a cria!
O núcleo histórico da cidade é muito bonito e bem conservado, sem monstruosidades arquitetónicas a perturbar a sua beleza!
Ruelas como nesgas, entre casas, improprias para claustrofóbicos, não faltam por lá!
No seguimento do meu percurso passei em Amboise, porque ficava na margem do meu caminho! E de novo não fui visitar o seu castelo! Voltei a fazer uma foto com a moto no mesmo lugar como fizera em 2009, quando lá passei a ultima vez, com o Rio Loire como paisagem e o château d’Amboise ao fundo!
Ainda não foi desta que o fui visitar por dentro, ficará para uma próxima vez!
E ao chegar a Tours, numa curva do caminho, uma moto me saltou à vista! Parei de repente mais à frente e voltei para confirmar que não me enganara: era mesmo uma X11, uma linda motita igual à do meu moçoilo!
Naquele dia publiquei a imagem no meu mural do facebook, para que ele a visse!
E lá estava a catedral de Tours! Linda e imponente construção gótica que demorou 4 séculos a ser concluída, entre o séc. XII e o XVI.
Esta era uma das catedrais que queria muito ver e foi por ela que ali fui, embora a cidade também me despertasse o interesse.
Afinal eu só visitei 32 das 51 mais belas catedrais de França, ainda me falta visitar tantas! ;-)
Aqueles tetos "suspensos sobre pedacinhos de vidro chumbado", que são os vitrais, fascinam-me! Como uma luta entre o terrestre e o divino, entre o peso e a gravidade!
E estava na hora de ir embora! O sol não queria nada comigo e eu queria ir dormir muito longe dali! Dei uma última olhada a Tours e segui sem parar nem pensar muito até Tulle, em mais de 300 quilómetros de paisagens tão lindas quanto tristes, pela despedida e pela falta de sol…
Cheguei à "minha casa" daquela noite, tarde. Uma maison d’hotes linda e com um anfitrião muito simpático que me ofereceu um lanchinho bem-vindo e dois dedos de conversa, que eu já vinha calada há muitas horas!
O meu quarto, como toda a casa, parecia um quartinho de bonecas, quente e aconchegado, que por aqueles dias as noites já eram frias!
E foi o fim do trigésimo sexto dia de viagem…
De cada vez que passei em Chambord prometi a mim mesma que teria de visitar o palácio/castelo por dentro e nunca o fiz! Desta vez, que nem pensara em lá passar e me desviei à última hora, não resisti! “Que se lixe a distância, se chegar a meio da noite para dormir, alguém me há-de abrir a porta!”
Uma das coisas que me chamava a atenção era a famosa escada em dupla espiral e ela está logo ali, é o coração do edifício!
Dizem que o edifício foi concebido segundo um esboço de Leonardo da Vinci e que a Grande Escada, em dupla espiral, foi mesmo um projeto seu! Esta escada fantástica tem a particularidade de entrelaçar duas espirais, o que faz com que quem sobe numa não cruza com quem desce noutra!
No meio, uma coluna de vazio se forma até à claraboia superior, provocando uma perspetiva alucinante com aberturas de corrimão até ao topo!
O castelo de Chambord é do séc. XVI e nunca foi completamente concluído, afinal ele era apenas uma residência de caça e para uns dias de caça quase 2000 pessoas acompanhavam o rei! Quanta privacidade!
Durante a ocupação nazi as obras do Louvre foram trazidas para lá, a fim de as salvar da pilhagem e destruição e entendemos a escolha quando nos aproximamos do palácio e nos apercebemos o quanto ele fica longe de tudo! Bem como quando percorremos os seus longos corredores, alas e salões, entendemos porque foi escolhido para proteger tão importantes obras!
Os telhados são repletos de elementos decorativos que se misturam com chaminés e respiros e criam perfis curiosos do edifício!
As escadas nos recantos dos pátios interiores, como “tourelles” são escadas em caracol deliciosas!
Há pormenores curiosos no palácio, os quartos de dormir são muito grandes, as camas parecem altares, cheios de cortinas em dossel, por vezes mesmo com grades que separam o espaço da cama do restante quarto e no entanto as camas são tão pequenas!!
Eu estive-me lá a medir e não caberia assim tão bem ali dentro! Para alem de me sentir claustrofóbica!
E em cada andar a fantástica escadaria domina o cruzamento de salas e corredores!
Ao longe, pela janela vislumbra-se o fosso! Um fosso que foi construído, já de origem, para ser decorativo e serve ainda hoje a sua finalidade, pois é fantástico!
E as torrezinhas de escadinhas em caracol são lindas vistas de cima!
Lá de cima podem-se ver finalmente as claraboias, as cúpulas, as chaminés e os telhados escamosos em pormenor, e a perspetiva é fascinante!
Toda aquela “tralha” que se vê de longe em cima do edifício fica ali ao nosso lado!
O jardim não tem fim…
Chega-se lá acima ao telhado, pela fantástica escada em duplo caracol, que termina numa torre oca, decorada e impressionante!
E, claro, depois de ter espreitado de baixo para cima, tive de espreitar de cima para baixo, pelo vão cilíndrico que se forma no centro das escadas espiraladas!
Momentos em que, quem desce numa escada, cruza olhares com quem sobe na outra!
magnificas escadarias…
E à medida que me afastava do castelo, para ir buscar a minha motita e seguir viagem, não consegui afastar os olhos dele, nem deixar de fotografa-lo…
E Chambord despediu-se de mim na minha própria língua, com um “Obrigado”!
Segui nostálgica o meu caminho. Porque tinha o tempo de estar cinzento? Para me entristecer mais ainda o regresso?
Blois veio logo a seguir, depois da Reserve National de Chasse de Chambord, uma cidade bonita e acolhedora que me proporcionou enquadramentos muito bonitos, com o famoso Loire a completar o quadro!
Foi uma pena passear por Blois com o céu cinzento!
Encontrei a igreja de Saint-Nicolas, uma construção tão monumental quanto bela!
Uma daquelas belas igrejas românicas que me faz parar imediatamente, saltar da moto e ir ver!
E lá dentro a atmosfera é tão pura quanto a arquitetura que a cria!
O núcleo histórico da cidade é muito bonito e bem conservado, sem monstruosidades arquitetónicas a perturbar a sua beleza!
Ruelas como nesgas, entre casas, improprias para claustrofóbicos, não faltam por lá!
No seguimento do meu percurso passei em Amboise, porque ficava na margem do meu caminho! E de novo não fui visitar o seu castelo! Voltei a fazer uma foto com a moto no mesmo lugar como fizera em 2009, quando lá passei a ultima vez, com o Rio Loire como paisagem e o château d’Amboise ao fundo!
Ainda não foi desta que o fui visitar por dentro, ficará para uma próxima vez!
E ao chegar a Tours, numa curva do caminho, uma moto me saltou à vista! Parei de repente mais à frente e voltei para confirmar que não me enganara: era mesmo uma X11, uma linda motita igual à do meu moçoilo!
Naquele dia publiquei a imagem no meu mural do facebook, para que ele a visse!
E lá estava a catedral de Tours! Linda e imponente construção gótica que demorou 4 séculos a ser concluída, entre o séc. XII e o XVI.
Esta era uma das catedrais que queria muito ver e foi por ela que ali fui, embora a cidade também me despertasse o interesse.
Afinal eu só visitei 32 das 51 mais belas catedrais de França, ainda me falta visitar tantas! ;-)
Aqueles tetos "suspensos sobre pedacinhos de vidro chumbado", que são os vitrais, fascinam-me! Como uma luta entre o terrestre e o divino, entre o peso e a gravidade!
E estava na hora de ir embora! O sol não queria nada comigo e eu queria ir dormir muito longe dali! Dei uma última olhada a Tours e segui sem parar nem pensar muito até Tulle, em mais de 300 quilómetros de paisagens tão lindas quanto tristes, pela despedida e pela falta de sol…
Cheguei à "minha casa" daquela noite, tarde. Uma maison d’hotes linda e com um anfitrião muito simpático que me ofereceu um lanchinho bem-vindo e dois dedos de conversa, que eu já vinha calada há muitas horas!
O meu quarto, como toda a casa, parecia um quartinho de bonecas, quente e aconchegado, que por aqueles dias as noites já eram frias!
E foi o fim do trigésimo sexto dia de viagem…
Última edição por Gracinda Ramos em Sáb Jan 19 2013, 10:45, editado 2 vez(es)
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Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
https://passeandopelavida.com/
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