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Quatro dias para passear de moto.
Nas duas semanas de férias que tive este ano, a primeira não contou e esta que foi a segunda aproveitei para fazer algo que gosto e que infelizmente por várias razões nos últimos tempos pouco tenho feito - passear de moto.
Com apenas 4 dias disponíveis - de terça a sexta - a ideia era rolar por essas estradas fora (independentemente de já conhecer ou não os locais de passagem), acampar (que é algo que para além de eu gostar de fazer desde miúdo fica mais em conta) e evitar AE e ex SCUTS.
Ah! e ir almoçar a dois sítios que já tinha em vista há uns tempos.
O objectivo foi cumprido quase na totalidade com a excepção das SCUTS, duas vezes por engano no itinerário (com a preguiça de andar a parar para confirmar no mapa) e outra por necessidade de alteração de planos e estar a ficar noite - montar tendas à noite é coisa que nunca gostei de fazer.
Aproveitei para ir tirando algumas fotos, mas como não tenho grande jeito para a coisa por vezes nem me dava ao trabalho de o fazer.
Aqui vai a descrição deste pequeno passeio - e fica registado que é o meu primeiro no M&D
1º Dia - 14AGO
Lisboa a Penamacor – 466km
Com a tralha carregada e a moto com o depósito ainda mais de meio, saída de Lisboa pelas 9h pela V.Gama em direcção a Coruche-Mora-Pavia.
Esta parte inicial no trajecto era basicamente para "fazer ligação" e afastar-me da grande Lisboa, pois são estradas que não tem grande piada para andar de moto, pelo facto de serem rectas enorme atrás de rectas até perder de vista; salva-se pelo facto de terem pouco trânsito e o piso estar em bom estado.
A paisagem tambem não varia muito disto
A partir de Pavia segui para Norte em direcção a Avis-Crato-Nisa.
À saída de Avis ainda deu para apanhar um susto, pois ao entrar numa curva dou com a estrada com areia - a roda traseira ainda resvalou mas a RT aguentou-se em pé, também porque ia devagar.
Avis
Barragem do Maranhão - Avis
Já tinha pesquisado com o nosso conhecido Google, onde poderia almoçar entre Avis e Nisa e como estava na hora, ao chegar ao Crato parei para meter gasolina e almoçar.
Não é bem no Crato, mas em Flor da Rosa, uma pequena aldeia logo a seguir, nem restaurante simpático - O recanto - onde degustei umas migas com carnes fritas.
Flor da Rosa
Barriguinha cheia e toca a andar, que o que eu queria mesmo era passear de moto.
Segui para Nisa e passei o Tejo em Vila Velha de Rodão.
A paisagem começava a mudar significativamente e a estrada tambem
"As portas do Tejo"
Como estava calor e a sede apertava (sobretudo depois do meio-litro do almoço) pensei em parar em V.V. Rodão para beber uma água num café junto ao rio Tejo, mas apesar de terem um espaço bem arranjado, de bares nada.
Continuei para Castelo Branco, onde já tinha planeado parar na decatlhon para comprar uma válvula para o colchão, pois a original tinha ficado esquecida algures em casa – e dormir no chão já não é para as minhas costas.
Como já estava perto da barragem da Idanha, decidi que lá pelo certo encontraria um café onde matar a sede.
Barragem da Idanha a Nova
E assim aconteceu e como o tempo convidava, aproveitei e dei um belo mergulho na barragem.
Segui viagem em direcção a Penamacor
Idanha a Velha - um local que é capaz de valer a pena ser visitado - fica para a próxima
Tinha planeado ficar num parque de campismo que indicava em Aranhas, perto de Penamacor e assim fiz.
O espaço é pequeno, arranjadinho e de ambiente familiar o que tem a vantagem de não haver grande barulho à noite, o que eu prezo pois já passei a fase das noitadas – agora só por razões profissionais.
Ainda deu para ir dar um mergulho à piscina.
De noite começou a chover perto das 4h e foi até de manhã.
Quando montei a tenda olhei para o céu e pensei “não deve chover” e não me dei ao trabalho de a esticar bem; passei o resto na noite a ouvir a chuva e a “rezar” para a tenda aguentar, o que felizmente aconteceu - também era nova a estrear e foi logo o baptismo de fogo.
E foi assim o 1º dia.
Com apenas 4 dias disponíveis - de terça a sexta - a ideia era rolar por essas estradas fora (independentemente de já conhecer ou não os locais de passagem), acampar (que é algo que para além de eu gostar de fazer desde miúdo fica mais em conta) e evitar AE e ex SCUTS.
Ah! e ir almoçar a dois sítios que já tinha em vista há uns tempos.
O objectivo foi cumprido quase na totalidade com a excepção das SCUTS, duas vezes por engano no itinerário (com a preguiça de andar a parar para confirmar no mapa) e outra por necessidade de alteração de planos e estar a ficar noite - montar tendas à noite é coisa que nunca gostei de fazer.
Aproveitei para ir tirando algumas fotos, mas como não tenho grande jeito para a coisa por vezes nem me dava ao trabalho de o fazer.
Aqui vai a descrição deste pequeno passeio - e fica registado que é o meu primeiro no M&D
1º Dia - 14AGO
Lisboa a Penamacor – 466km
Com a tralha carregada e a moto com o depósito ainda mais de meio, saída de Lisboa pelas 9h pela V.Gama em direcção a Coruche-Mora-Pavia.
Esta parte inicial no trajecto era basicamente para "fazer ligação" e afastar-me da grande Lisboa, pois são estradas que não tem grande piada para andar de moto, pelo facto de serem rectas enorme atrás de rectas até perder de vista; salva-se pelo facto de terem pouco trânsito e o piso estar em bom estado.
A paisagem tambem não varia muito disto
A partir de Pavia segui para Norte em direcção a Avis-Crato-Nisa.
À saída de Avis ainda deu para apanhar um susto, pois ao entrar numa curva dou com a estrada com areia - a roda traseira ainda resvalou mas a RT aguentou-se em pé, também porque ia devagar.
Avis
Barragem do Maranhão - Avis
Já tinha pesquisado com o nosso conhecido Google, onde poderia almoçar entre Avis e Nisa e como estava na hora, ao chegar ao Crato parei para meter gasolina e almoçar.
Não é bem no Crato, mas em Flor da Rosa, uma pequena aldeia logo a seguir, nem restaurante simpático - O recanto - onde degustei umas migas com carnes fritas.
Flor da Rosa
Barriguinha cheia e toca a andar, que o que eu queria mesmo era passear de moto.
Segui para Nisa e passei o Tejo em Vila Velha de Rodão.
A paisagem começava a mudar significativamente e a estrada tambem
"As portas do Tejo"
Como estava calor e a sede apertava (sobretudo depois do meio-litro do almoço) pensei em parar em V.V. Rodão para beber uma água num café junto ao rio Tejo, mas apesar de terem um espaço bem arranjado, de bares nada.
Continuei para Castelo Branco, onde já tinha planeado parar na decatlhon para comprar uma válvula para o colchão, pois a original tinha ficado esquecida algures em casa – e dormir no chão já não é para as minhas costas.
Como já estava perto da barragem da Idanha, decidi que lá pelo certo encontraria um café onde matar a sede.
Barragem da Idanha a Nova
E assim aconteceu e como o tempo convidava, aproveitei e dei um belo mergulho na barragem.
Segui viagem em direcção a Penamacor
Idanha a Velha - um local que é capaz de valer a pena ser visitado - fica para a próxima
Tinha planeado ficar num parque de campismo que indicava em Aranhas, perto de Penamacor e assim fiz.
O espaço é pequeno, arranjadinho e de ambiente familiar o que tem a vantagem de não haver grande barulho à noite, o que eu prezo pois já passei a fase das noitadas – agora só por razões profissionais.
Ainda deu para ir dar um mergulho à piscina.
De noite começou a chover perto das 4h e foi até de manhã.
Quando montei a tenda olhei para o céu e pensei “não deve chover” e não me dei ao trabalho de a esticar bem; passei o resto na noite a ouvir a chuva e a “rezar” para a tenda aguentar, o que felizmente aconteceu - também era nova a estrear e foi logo o baptismo de fogo.
E foi assim o 1º dia.
Última edição por jacare em Sáb Ago 18 2012, 22:42, editado 2 vez(es)
________________________
"A sorte protege os audazes"
jacare- Zero à direita
Re: Quatro dias para passear de moto.
Sempre bom recordar viagens por lugares antes percorridos profissionalmente e dar-me conta das belezas pelas quais passei vezes e vezes sem nunca ter ficado na retina nada do que aqui vi, pelo facto de antes contar para mim o destino e a origem..
Espero pelo resto da "aventura".
Abraço
gemadovo- Zero à direita
Re: Quatro dias para passear de moto.
Excelente volta de mota... também desejo assim uns 4 dias de mota...
Muito bom. As fotos estão bastante boas.
Fico a aguardar o resto.
Mais um
Um abraço.
Muito bom. As fotos estão bastante boas.
Fico a aguardar o resto.
Mais um
Um abraço.
Re: Quatro dias para passear de moto.
2º Dia – 15AGO
Penamacor a Vila Real - 457 km
Penamacor a Vila Real - 457 km
Como acordei bem cedo - por volta das 4h quando começou a chover – e não preguei mais olho, quando era hora de me levantar estava era com vontade de dormir – e lá fora continuava a chuviscar.
Como a chuva teimava em não desaparecer e o tempo estava a passar, fui obrigado a “saltar da cama” pelas 9h e arrumar a tralha debaixo de uns chuviscos; desmontar e guardar uma tenda molhada era algo que já não fazia há uns bons 15 anos ou mais – e não tem grande piada, diga-se em abono da verdade.
Um pequeno-almoço rápido no café do parque e siga para a estrada, que isto com ou sem chuva o que interessa é rolar.
Surge uma grande dúvida – visto o fato de chuva ou não?
Com o calor que estava, apesar da chuva, ia assar dentro do impermeável; “isto deve passar e se piorar logo paro e visto” – pensei cá para mim e arrisquei e bem que parou de chuviscar e o tempo melhorou.
Arranquei pelas 10h em direcção a Penamacor e daí segui para o Sabugal com a bela paisagem da Serra da Malcata do meu lado direito.
Castelo de Penamacor
Ao passar num entroncamento que dizia Barragem da Meimoa – vamos lá dar uma espreitadela.
E valeu a pena por duas razões: a barragem em si e por me ter levado a seguir pela serra em direcção ao Sabugal.
Castelo do Sabugal
Do Sabugal segui em direcção à Guarda e daí para Manteigas, entrando nas belas paisagens da Serra da Estrela, sendo que o objectivo era atingir a aldeia do Folgosinho perto de Gouveia.
O tempo ia melhorando e o calor apertava, mas as belas curvas e contra curvas das estradas da serra, faziam esquecer esses pormenores.
Manteigas
Parei em Manteigas para meter gasolina e optei pela estrada que sobe para as Penhas Douradas e vale do Rossim e que por acaso ainda não tinha feito nas minhas anteriores passagens pela Serra da Estrela; a subida é feita numa encosta de declive bem acentudado - fazia concorrência a alguns "pass" que se vem pela Europa fora (em fotos) se não fossem o arvoredo a encobrir a estrada
Passada a serra para o lado NO desci para Gouveia – o que também foi uma estreia – numa estrada larga e de piso em muito bom estado.
Ao chegar ao Folgosinho, já perto das 14h30 lembrei-me que sendo feriado o restaurante – O Albertino -era capaz de estar um bocado para o cheio e não me enganei, pois a juntar a isso ainda havia um evento comemorativo dos 75 anos dos bombeiros locais.
Mas como para um é fácil arranjar mesa, passado pouco mais de 10 minutos lá me sentaram.
O restaurante era um daqueles que eu queria conhecer já há algum tempo, depois de ter lido em alguns fóruns comentários sobre o mesmo – e valeu a pena.
O sistema da casa é que uma das opções é por 15 euros, servirem pratos diferentes e ainda entradas, bebidas, sobremesa e café. Alertei o empregado para o facto de que sendo só um não valia a pena trazer muita comida, pois o objectivo principal era provar de tudo; mas acho que ou ele não percebeu ou se esqueceu de avisar na cozinha.
Depois de um naco de queijo da serra, uma morcela e chouriço grelhados, comecei por um arroz de cabidela, seguido de javali com feijão - e aqui já eu tinha comido para mim de sobra – que estavam divinais; a seguir vieram umas febras estufadas e depois um cabrito assado que já foram a custo e só metade. Por ultimo um leitão assado e este já foi só mesmo para provar.
A sobremesa ficou para a próxima e só engoli um cafezito.
Arranquei com um quilos a mais em cima e com vontade de parar numa sombra para dormir uma sesta – que até dizem que faz bem e dá saúde – mas como eu sempre que durmo de tarde acordo com mau feitio, optei por enrolar o punho, que não eram uns quilitos a mais e meio litro de tinto que me iam encostar.
E assim fiz e segui em direcção a Fornos de Algodres e depois Aguiar da Beira e Sernancelhe.
A ideia inicial era ir dormir ao parque de campismo das Termas do Carvalhal perto de Castro de Aire, mas a falta de paciência para ir ver o mapa mais vezes levou em direcção à Barragem de Vilar, onde eu tinha ideia de haver um parque de campismo.
Barragem de Vilar
Assim que cheguei lá procurei mas não encontrei nada que se parecesse com tal coisa; ainda pensei em montar a tenda num canto qualquer e siga, mas como não vi ninguém a acampar, não quis arriscar a ser acordado pela GNR e ter que levantar a barraca a meio da noite.
Siga para Lamego pois sabia que lá havia um parque de campismo na Serra das Meadas.
Chegado a Lamego subo a serra até ao complexo Turiserra e qual o eu espanto quando descubro aquilo fechado e com ares de abandonado; ou faliu ou coisa parecida, o que me fez pena pois era um pequeno complexo com motel, camping e restaurante onde cheguei a ir várias vezes.
Bem, já passava das 19h e daqui para a frente a preocupação principal era mesmo montar a tenda antes da noite.
Olho para o mapa e a partir daqui, entre Vila Real ou as Termas do Carvalhal a distância aparentemente era idêntica, mas V.Real parecia mais perto - depois confirmei que afinal até era mais longe devido às muitas curvas da A24 - e como não gosto de voltar para trás – no dia seguinte a ideia era seguir para o planalto transmontano – segui para Vila Real.
E foi aqui que tive que optar pela ex SCUT, pois não dava tempo para fazer o resto de dia e ainda procurar o parque.
Cheguei a Vila Real ainda tive que meter gasolina e montei a tenda já quase noite.
Fui comprar umas águas, que estava demasiado sedento e deitei-me que tinha o sono atrasado quase uma noite; jantar não foi preciso que o almoço tinha dado para várias refeições.
Estas já não em recordo de onde são
E assim findou o 2º dia.
Como a chuva teimava em não desaparecer e o tempo estava a passar, fui obrigado a “saltar da cama” pelas 9h e arrumar a tralha debaixo de uns chuviscos; desmontar e guardar uma tenda molhada era algo que já não fazia há uns bons 15 anos ou mais – e não tem grande piada, diga-se em abono da verdade.
Um pequeno-almoço rápido no café do parque e siga para a estrada, que isto com ou sem chuva o que interessa é rolar.
Surge uma grande dúvida – visto o fato de chuva ou não?
Com o calor que estava, apesar da chuva, ia assar dentro do impermeável; “isto deve passar e se piorar logo paro e visto” – pensei cá para mim e arrisquei e bem que parou de chuviscar e o tempo melhorou.
Arranquei pelas 10h em direcção a Penamacor e daí segui para o Sabugal com a bela paisagem da Serra da Malcata do meu lado direito.
Castelo de Penamacor
Ao passar num entroncamento que dizia Barragem da Meimoa – vamos lá dar uma espreitadela.
E valeu a pena por duas razões: a barragem em si e por me ter levado a seguir pela serra em direcção ao Sabugal.
Castelo do Sabugal
Do Sabugal segui em direcção à Guarda e daí para Manteigas, entrando nas belas paisagens da Serra da Estrela, sendo que o objectivo era atingir a aldeia do Folgosinho perto de Gouveia.
O tempo ia melhorando e o calor apertava, mas as belas curvas e contra curvas das estradas da serra, faziam esquecer esses pormenores.
Manteigas
Parei em Manteigas para meter gasolina e optei pela estrada que sobe para as Penhas Douradas e vale do Rossim e que por acaso ainda não tinha feito nas minhas anteriores passagens pela Serra da Estrela; a subida é feita numa encosta de declive bem acentudado - fazia concorrência a alguns "pass" que se vem pela Europa fora (em fotos) se não fossem o arvoredo a encobrir a estrada
Passada a serra para o lado NO desci para Gouveia – o que também foi uma estreia – numa estrada larga e de piso em muito bom estado.
Ao chegar ao Folgosinho, já perto das 14h30 lembrei-me que sendo feriado o restaurante – O Albertino -era capaz de estar um bocado para o cheio e não me enganei, pois a juntar a isso ainda havia um evento comemorativo dos 75 anos dos bombeiros locais.
Mas como para um é fácil arranjar mesa, passado pouco mais de 10 minutos lá me sentaram.
O restaurante era um daqueles que eu queria conhecer já há algum tempo, depois de ter lido em alguns fóruns comentários sobre o mesmo – e valeu a pena.
O sistema da casa é que uma das opções é por 15 euros, servirem pratos diferentes e ainda entradas, bebidas, sobremesa e café. Alertei o empregado para o facto de que sendo só um não valia a pena trazer muita comida, pois o objectivo principal era provar de tudo; mas acho que ou ele não percebeu ou se esqueceu de avisar na cozinha.
Depois de um naco de queijo da serra, uma morcela e chouriço grelhados, comecei por um arroz de cabidela, seguido de javali com feijão - e aqui já eu tinha comido para mim de sobra – que estavam divinais; a seguir vieram umas febras estufadas e depois um cabrito assado que já foram a custo e só metade. Por ultimo um leitão assado e este já foi só mesmo para provar.
A sobremesa ficou para a próxima e só engoli um cafezito.
Arranquei com um quilos a mais em cima e com vontade de parar numa sombra para dormir uma sesta – que até dizem que faz bem e dá saúde – mas como eu sempre que durmo de tarde acordo com mau feitio, optei por enrolar o punho, que não eram uns quilitos a mais e meio litro de tinto que me iam encostar.
E assim fiz e segui em direcção a Fornos de Algodres e depois Aguiar da Beira e Sernancelhe.
A ideia inicial era ir dormir ao parque de campismo das Termas do Carvalhal perto de Castro de Aire, mas a falta de paciência para ir ver o mapa mais vezes levou em direcção à Barragem de Vilar, onde eu tinha ideia de haver um parque de campismo.
Barragem de Vilar
Assim que cheguei lá procurei mas não encontrei nada que se parecesse com tal coisa; ainda pensei em montar a tenda num canto qualquer e siga, mas como não vi ninguém a acampar, não quis arriscar a ser acordado pela GNR e ter que levantar a barraca a meio da noite.
Siga para Lamego pois sabia que lá havia um parque de campismo na Serra das Meadas.
Chegado a Lamego subo a serra até ao complexo Turiserra e qual o eu espanto quando descubro aquilo fechado e com ares de abandonado; ou faliu ou coisa parecida, o que me fez pena pois era um pequeno complexo com motel, camping e restaurante onde cheguei a ir várias vezes.
Bem, já passava das 19h e daqui para a frente a preocupação principal era mesmo montar a tenda antes da noite.
Olho para o mapa e a partir daqui, entre Vila Real ou as Termas do Carvalhal a distância aparentemente era idêntica, mas V.Real parecia mais perto - depois confirmei que afinal até era mais longe devido às muitas curvas da A24 - e como não gosto de voltar para trás – no dia seguinte a ideia era seguir para o planalto transmontano – segui para Vila Real.
E foi aqui que tive que optar pela ex SCUT, pois não dava tempo para fazer o resto de dia e ainda procurar o parque.
Cheguei a Vila Real ainda tive que meter gasolina e montei a tenda já quase noite.
Fui comprar umas águas, que estava demasiado sedento e deitei-me que tinha o sono atrasado quase uma noite; jantar não foi preciso que o almoço tinha dado para várias refeições.
Estas já não em recordo de onde são
E assim findou o 2º dia.
________________________
"A sorte protege os audazes"
jacare- Zero à direita
Re: Quatro dias para passear de moto.
Continua deliciosa a viagem e o sabor a quero o resto aumenta cada vez mais. Obrigado uma vez mais.
Raul
gemadovo- Zero à direita
Re: Quatro dias para passear de moto.
3º Dia – 16AGO
Vila Real a Chaves - 382 km
Depois de uma boa noite de sono, acordei cedo e arrumei as tralhas para me fazer à estrada e aproveitar o magnifico e calorento dia que aparentava estar a começar.
Apesar de ainda não ter grande apetite devido ao repasto do dia anterior, o pequeno-almoço é a refeição a que dou mais importância e por isso fiz uma paragem no Intermarche para comprar fruta e iogurte que seriam comidos mais tarde.
Parti com as compras e a ideia fixa de parar para comer num daqueles parques de merendas que são habituais pelas nossas estradas, mas o primeiro que me apareceu foi de repente (ia demasiado depressa ), junto à Casa de Mateus e do lado contrario da estrada; não parei e pensei cá para mim: "mais para a frente há-de haver mais".
Mas não é que fiz quase meia hora de viagem e nada; ainda por cima as estradas não tinham berma e os muros encostavam na estrada
Assim que me aparecer o primeiro recanto há-de ser mesmo ali e assim fiz - parei comi e arrenquei e 50m à frente encontrava-se um belo parque de merendas - há situações caricatas.
Embora não estivesse no plano inicial passar a noite em V.Real, aproveitei o facto para descer até ao Pinhão a partir de Sabrosa, por uma estrada que segue as belas encostas do Douro vinhateiro, com as suas fantásticas curvas.
Quem tem o engenho e arte de plantar vinhas naqueles sucalcos tem toda a minha admiração, pois não será tarefa fácil.
O Pinhão é sempre um sito bonito para se visitar nem que seja só de passagem
A partir daí segui para S.João da Pesqueira com destino a V.N.Foz Coa – já tinha feito esta estrada antes e também entra na lista das que vale a pena, tanto pelas curvas, como pela paisagem.
Passei ao longe pelo castelo de Numão que se impõe pela sua muralha – um sitio a visitar com tempo.
Ainda antes de V.N.F. Coa um dos montes que encontrei pelo caminho chamou-me a atenção pela sua imponência e não quis passar sem subir ao cimo, onde tinha uma capela e tudo muito arranjadinho; não me lembro é do nome da santa – tenho que começar a apontar que o PDI já não perdoa.
Passei o Douro no Pocinho e segui para Torre de Moncorvo onde parei para abastecer.
O meu destino para almoço estava perto pois tinha intenção de ir comer uma bela posta mirandesa, entre Carviçais, Mogadouro ou Sendim, dependendo da hora de chegada; como a barriga já dava sinal foi logo na primeira hipótese e almocei uma magnifica posta no restaurante Artur em Carviçais.
Há pessoal que não pode ver uma bela moto que vai logo estacionar ao lado
Aproveitei para telefonar a um amigo que mora em Chaves para saber da sua disponibilidade para me dar “guarida” nessa noite e como a resposta foi afirmativa, segui depois em direcção a Chaves, passando por Alfandega da Fé, Mirandela (onde ainda pensei em parar, mas era tal a confusão, típica da altura do ano em que muitos emigrantes regressam a casa, que desisti) e Valpaços.
Alfandega da Fé
Pelo caminho ainda tentei duas vezes ir até à Barragem do Rabaçal (para dar um mergulho que o calor era desgastante) cujo desvio me apareceu pelo caminho, mas ao fim de quase 2 km de estrada em terra, a dita cuja começou a ficar imprópria para consumo e a RT (embora seja uma GS com plásticos, como já lhe chamaram ) não é propriamente uma trail e acabei por voltar para trás, que levantar do chão um bicho destes não dá jeito nenhum.
Barragem do Rabaçal
Como ainda era cedo e tinha ficado de aparecer em casa do meu amigo pelas 18 e pouco, ainda parei na famosa Pedra Bolideira e fiz uma visita ao castelo de Monforte.
Pedra Bolideira
castelo de Monforte
Depois foi chegar, tomar um belo duche e refrescar as entranhas com umas minis antes de ir jantar uma bela alheira.
E foi este o 3º dia.
Vila Real a Chaves - 382 km
Depois de uma boa noite de sono, acordei cedo e arrumei as tralhas para me fazer à estrada e aproveitar o magnifico e calorento dia que aparentava estar a começar.
Apesar de ainda não ter grande apetite devido ao repasto do dia anterior, o pequeno-almoço é a refeição a que dou mais importância e por isso fiz uma paragem no Intermarche para comprar fruta e iogurte que seriam comidos mais tarde.
Parti com as compras e a ideia fixa de parar para comer num daqueles parques de merendas que são habituais pelas nossas estradas, mas o primeiro que me apareceu foi de repente (ia demasiado depressa ), junto à Casa de Mateus e do lado contrario da estrada; não parei e pensei cá para mim: "mais para a frente há-de haver mais".
Mas não é que fiz quase meia hora de viagem e nada; ainda por cima as estradas não tinham berma e os muros encostavam na estrada
Assim que me aparecer o primeiro recanto há-de ser mesmo ali e assim fiz - parei comi e arrenquei e 50m à frente encontrava-se um belo parque de merendas - há situações caricatas.
Embora não estivesse no plano inicial passar a noite em V.Real, aproveitei o facto para descer até ao Pinhão a partir de Sabrosa, por uma estrada que segue as belas encostas do Douro vinhateiro, com as suas fantásticas curvas.
Quem tem o engenho e arte de plantar vinhas naqueles sucalcos tem toda a minha admiração, pois não será tarefa fácil.
O Pinhão é sempre um sito bonito para se visitar nem que seja só de passagem
A partir daí segui para S.João da Pesqueira com destino a V.N.Foz Coa – já tinha feito esta estrada antes e também entra na lista das que vale a pena, tanto pelas curvas, como pela paisagem.
Passei ao longe pelo castelo de Numão que se impõe pela sua muralha – um sitio a visitar com tempo.
Ainda antes de V.N.F. Coa um dos montes que encontrei pelo caminho chamou-me a atenção pela sua imponência e não quis passar sem subir ao cimo, onde tinha uma capela e tudo muito arranjadinho; não me lembro é do nome da santa – tenho que começar a apontar que o PDI já não perdoa.
Passei o Douro no Pocinho e segui para Torre de Moncorvo onde parei para abastecer.
O meu destino para almoço estava perto pois tinha intenção de ir comer uma bela posta mirandesa, entre Carviçais, Mogadouro ou Sendim, dependendo da hora de chegada; como a barriga já dava sinal foi logo na primeira hipótese e almocei uma magnifica posta no restaurante Artur em Carviçais.
Há pessoal que não pode ver uma bela moto que vai logo estacionar ao lado
Aproveitei para telefonar a um amigo que mora em Chaves para saber da sua disponibilidade para me dar “guarida” nessa noite e como a resposta foi afirmativa, segui depois em direcção a Chaves, passando por Alfandega da Fé, Mirandela (onde ainda pensei em parar, mas era tal a confusão, típica da altura do ano em que muitos emigrantes regressam a casa, que desisti) e Valpaços.
Alfandega da Fé
Pelo caminho ainda tentei duas vezes ir até à Barragem do Rabaçal (para dar um mergulho que o calor era desgastante) cujo desvio me apareceu pelo caminho, mas ao fim de quase 2 km de estrada em terra, a dita cuja começou a ficar imprópria para consumo e a RT (embora seja uma GS com plásticos, como já lhe chamaram ) não é propriamente uma trail e acabei por voltar para trás, que levantar do chão um bicho destes não dá jeito nenhum.
Barragem do Rabaçal
Como ainda era cedo e tinha ficado de aparecer em casa do meu amigo pelas 18 e pouco, ainda parei na famosa Pedra Bolideira e fiz uma visita ao castelo de Monforte.
Pedra Bolideira
castelo de Monforte
Depois foi chegar, tomar um belo duche e refrescar as entranhas com umas minis antes de ir jantar uma bela alheira.
E foi este o 3º dia.
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"A sorte protege os audazes"
jacare- Zero à direita
Re: Quatro dias para passear de moto.
Gostei muito de ler esta crónica, continua.
Mérito para ti.
Cumps
Mérito para ti.
Cumps
bgil- Zero à esquerda
Re: Quatro dias para passear de moto.
Um , pela viagem e principalmente a partilha aqui. Estou a gostar!
gemadovo- Zero à direita
Re: Quatro dias para passear de moto.
O esplendor do Interior de Portugal!
Parabens!
Parabens!
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João P. Teixeira
Y FZ6 N S2 (112000 km)
M Factor RR
Re: Quatro dias para passear de moto.
Sai Esta muito bom essa partilha continua
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http://pelomundoem2rodas.blogspot.pt/
https://www.youtube.com/user/micasimba/videos
carlosferreira- Motociclista a começar.
Re: Quatro dias para passear de moto.
locais onde já passei varias vezes e que não me canso de ver, principalmente agora que não saio de mota para lado nenhum e as saudades dessas paisagens são muitas, obrigado pela boleia.
continua se faz favor.
continua se faz favor.
gonçalo- Zero à esquerda
Re: Quatro dias para passear de moto.
Para primeira vez, está muito bom!!! Very good como se diz no Algarve...
E agora fiquei com vontade de voltar ao Folgosinho...um almoço dá para almoçar, jantar e pequeno-almoço do outro dia, 15€ parece-me francamente barato...
E agora fiquei com vontade de voltar ao Folgosinho...um almoço dá para almoçar, jantar e pequeno-almoço do outro dia, 15€ parece-me francamente barato...
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Já ronca!!!!
Trophyvitor- Já sai à rua a conduzir.
Re: Quatro dias para passear de moto.
Trophyvitor escreveu:Para primeira vez, está muito bom!!! Very good como se diz no Algarve...
E agora fiquei com vontade de voltar ao Folgosinho...um almoço dá para almoçar, jantar e pequeno-almoço do outro dia, 15€ parece-me francamente barato...
E se tivesse conseguido comer tudo o que me puseram à frente acho que só comia passado dois dias
Está quase a sair o ultimo dia
Última edição por jacare em Qui Ago 23 2012, 09:14, editado 1 vez(es)
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"A sorte protege os audazes"
jacare- Zero à direita
Re: Quatro dias para passear de moto.
Genial crónica... para o cartão de pontos...
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Felicidade é um modo de viajar, não um destino.
Roy Goodman
https://www.facebook.com/emergenciamotociclista?ref=hl
com4riding.blogspot.com
Andorra 1984
Férias Moto 1983
Re: Quatro dias para passear de moto.
Optimo passeio, cronica e fotos! Mais um merito! E continua!
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Jorge Serpa
R1200GSA
www.Tamlyn-Serpa.com
www.Adamastor.us
www.TheAmericas-TTB.com
Re: Quatro dias para passear de moto.
4º Dia – 16AGO
Chaves a Lisboa – 697km
Com mais um dia bem quente em perspectiva, sai de Chaves perto das 8h30, pois seria a tirada maior, tendo em conta que queira chegar a Lisboa ao fim do dia.
Ainda ponderei aproveitar para meter gasolina em Espanha, que é bem mais barata, mas como ainda tinha meio deposito, achei que não justificava ir e vir aos nuestros hermanos e meti-me a caminho em direcção a Boticas.
A partir de Boticas seguiu para Ribeira de Pena e constatei que infelizmente aquela zona foi há pouco tempo (provavelmente no ano passado) devastada pelos incêndios, ficando a paisagem com aquele ar desolador.
Chaves a Lisboa – 697km
Com mais um dia bem quente em perspectiva, sai de Chaves perto das 8h30, pois seria a tirada maior, tendo em conta que queira chegar a Lisboa ao fim do dia.
Ainda ponderei aproveitar para meter gasolina em Espanha, que é bem mais barata, mas como ainda tinha meio deposito, achei que não justificava ir e vir aos nuestros hermanos e meti-me a caminho em direcção a Boticas.
A partir de Boticas seguiu para Ribeira de Pena e constatei que infelizmente aquela zona foi há pouco tempo (provavelmente no ano passado) devastada pelos incêndios, ficando a paisagem com aquele ar desolador.
O meu objectivo principal na manhã era subir ao monte farinha mais conhecido pela Srª da Graça, pelo santuário existente no cimo, e assim fiz.
A estrada estava impecavelmente arranjada e com rails de protecção em grande parte, com 3 fiadas, mas parecendo uma rampa automóvel do que uma etapa de montanha ciclistica.
Andavam a limpar a estrada e a ultimar os preparativos para a famosa etapa da volta a Portugal que seria no domingo seguinte; havia já pessoal acampado ao longo da berma, a marcar lugar para ver os ciclistas trepar o monte.
A subida é verdadeiramente puxada devido à inclinação e distância, e ficou-me a vontade de a fazer de bicicleta um dia - é também um dos meus hobbies mas infelizmente já pouco praticado.
O santuário
A vista em redor
Segui depois pela serra do Alvão em direcção a Vila Real, passando ao lado das fisgas do Ermelo, as quais não fui visitar por estar já com pouca gasolina, a contar os km que faltavam para a próxima bomba – eu tenho o grave defeito e que ainda não consegui corrigir de andar até às últimas (já fiquei sem gasolina duas vezes de moto e uma de carro) e depois vejo-me a ter que poupar para não ficar apeado.
Chegado a V.Real foi atestar e seguir pela N2 até à Régua passando por Santa Marta de Penaguião.
Um dos imponentes viadutos da A4 em construção (parada)
Como estava perto da hora do almoço ainda ponderei parar para almoçar, mas faltavam-me alguns géneros, pois a ideia era fazer um “piquenique” e fui ao Intermarché da Régua.
Já depois de Lamego parei junto ao santuário que fica logo a seguir ao Mezio (famoso pelo arroz de feijão com salpicão) e tratei do estômago.
Um dos locais em que pretendia passar era na serra de S.Macário, onde fica a aldeia da Pena e após castro D’Aire segui para esses lados.
Entretanto não cheguei a descer à Pena, pois já lá tinha estado em 98 e desta vez era mais para tirar uma foto do enquadramento.
Entusiasmado com a paisagem e curvas da serra acabei por seguir em direcção à serra da Freita, contrariando a intenção inicial que tinha de ir por S.Pedro do Sul.
Quando dei por mim estava a passar por Arouca, depois de uns valentes km de serras.
Naquele ponto já pouco mais havia para ver fora dos centros urbanos e ainda ponderei seguir até ao litoral e descer por aí até Lisboa, mas como nesta época de praia é sempre mais confusão por essas bandas, optei por seguir até Oliveira de Azemeis e a partir dai tomar a velhinha N1 até Lisboa.
Ao passar perto de Coimbra ainda poderei na possibilidade de dar um salto a Góis para ficar até sábado com um pessoal conhecido que estaria lá na concentração, mas como tinha que fazer em Lisboa, não era muito lógico e continuei para sul.
A seguir a Leiria devido às alterações ao trânsito ainda me enganei e quando dei por mim estava numa AE que me cobrou mais uns trocos a até conseguir sair antes da Batalha; aquela zona quanto a mim está confusa para quem não for com muita atenção à sinalização, habituado ao esquema antigo de seguir em frente para a Batalha
Cheguei a casa perto das 21h, cansado mas feliz, tendo feito apenas um paragem para tomar um café e uma água depois de Condeixa e meter gasolina em Alverca, pois tive dúvidas que a reserva dessa até casa (para não correr mal quase no fim)
Nesta parte do percurso não tirei fotos que não havia motivo que justificasse parar para tal - e como disse inicialmente não tenho grande jeito para fotografar e isso leva a que não tenha o hábito de parar frequentemente para o fazer.
E é este o relato de 2002 km de moto em quatro dias muito bem passados, em que a RT1100 me provou que é a moto ideal para a minha condução e necessidades de utilização (esta é já a minha sexta moto).
Espero que tenham gostado e obrigado a todos pelo mérito
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"A sorte protege os audazes"
jacare- Zero à direita
Re: Quatro dias para passear de moto.
Na sequência do que já tinha lido anteriormente, mas agora na rapidíssima! e 1 pela partilha.
gemadovo- Zero à direita
Re: Quatro dias para passear de moto.
Muito bom. Os meus parabéns pela fantástica volta pelo nosso cantinho. Obrigado pela partilha.
Mais uns 's.
Um abraço.
Mais uns 's.
Um abraço.
Re: Quatro dias para passear de moto.
Excelente voltinha Jacaré!
sai mais 1 .
Cumps.
José Paulo
sai mais 1 .
Cumps.
José Paulo
zephex- Zero à direita
Re: Quatro dias para passear de moto.
Claro que gostamos...
Prova disso é um merecido
Abraço
Prova disso é um merecido
Abraço
Carlos Balio- Já sai à rua a conduzir.
Re: Quatro dias para passear de moto.
Muito bom sim senhor, um dia destes tambem vou para Norte, tras-os-montes etc, etc, etc
para o Jacare
para o Jacare
Joao Luis- Já dorme com a moto!
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