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Os Meus Chinelos Pom-Pom?
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Os Meus Chinelos Pom-Pom?
A história que agora me proponho a contar tem muito que ver com a vida!
Assim como a vida tem altos e baixos, a rota que percorri no passado sábado, dia 8 de Septembro, está repleta de subidas e descidas!
Todas as historias tem um principio e um fim (inclusive a nossa vida) e já que me proponho a conta-la comecemos pelo principio que é o mais logico!
Como já alguns de vocês sabem a Maria das Curvas já está operacional, disposta a revelar-se de novo ao mundo e com estas curvinhas pelos Pirenéus, deu-me a certeza de que está para as curvas e tudo mais que vier!
Eram 6 da manhã e eu de olho aberto fazendo uma espera ao despertador para o espancamento matinal! Nunca vi gajo tão masoquista, deve adorar fazer barulho para me acordar, para além das consequentes bofetadas!
Mas hoje não! Hoje é dia de lhe dar folga, desligar-lhe o despertador e deixa-lo sem as “galhetas” da praxe!
A segunda coisa a funcionar na minha casa é a máquina de café, que fica a aquecer enquanto lavo as trombas e trato de aliviar a bexiga.
Os meus pés, acentes no chão frio, pedem-me os chinelos de pom-pom, mas…. Onde raio deixo eu as coisas!?
E que vou vestir!?
Hoje é dia de andar de mota, hoje é dia de vestir o fatinho domingueiro!
Café no bucho, luvas, capacete com a viseira limpa (por enquanto), chaves de casa, falta alguma coisa?
Já ia a meio das escadas quando me lembrei das chaves da Maria!
E aonde ia eu?
Eu ia a Lourdes cumprir uma promessa mas isso é uma historia para contar mais adiante, porque não interessa o destino mas sim o caminho que se faz!
Já com o vento a zumbir-me aos ouvidos saio de casa, com destino aos Pirineus, sem saber por onde ir e sem saber onde raio tinha metido os meus chinelos de pom-pom. Entre Zaragoza e Huesca existem metade e outro tanto de distancia para fazer em “autovia” sempre devagar, segundo os pergaminhos do extinto grupo Mealhada On Tour. Quando o Padre Zé Fernando disse aquilo de: “Até 100 Deus protege! Depois dos 100 Deus acolhe!”; houve um membro do Mealhada on Tour que disse que o padre tinha exagerado um pouco:
- Como pode dizer um padre que ir a 200 é ir devagar!?
Desde então o barómetro “ir devagar” tinha o seu limite nos 200km/h e o que é certo é que até Huesca fui sempre devagar, mas também é verdade que a autovia para Lerida (fiz-a até Barbastro) é novinha em folha e tem umas curvas muita fixes para fazer depressa! Uma delas fiz-a 40km acima barómetro já mencionado! E quando a terminei de fazer tinha um sorriso de orelha a orelha! Não só porque gostei, mas também porque é difícil manter uma cara seria com tanto vento a empurrar-nos para tras!
Barbastro é uma cidade a visitar no futuro, porque desta vez não parei! Quase de certeza que não foi lá que deixei os meus chinelos pom-pom!
Mas, então esta cronica não tem fotografias?
Primeira paragem para esticar as pernas!
Segunda paragem para procurar os chinelos pom-pom!
Ainsa!
Já cá tinha estado numa outra vez quando a minha maquina disse-me que não trabalhava sem baterias e tinha-vos prometido que vos apresentaria tão bonita cidade e assim será!
Passear pela cidade medieval é recuar muito no tempo! Tanto que nesse tempo ainda não havia chinelos pom-pom!
A subida não é ingreme, mas tinha que tirar esta foto porque os montes de Guara (o que vemos na foto) deixaram muitas e bonitas recordações!
Esta é a entrada ao “casco antíguo” e como se pode ver estas pedras e calçadas não são muito amigas das nossas motos, pelo que recomendo vivamente a deixar os animais a descansar na Plaza de la Iglesia que se pode ver de seguida!
Existe aqui uma torre com campanário, que curiosamente esta separada da igreja e que podemos subir para ver a vista desde lá de cima!
Eu não subi porque me tinham dito que tinham visto os meus chinelos pom-pom na “Plaza de Abajo”!
Desci as ruelas….
Até há “Plaza de Abajo” e nada….
Sem encontrar os meus chinelos pom-pom e com o meu estomago a recordar-me que ainda não tinha tomado pequeno-almoço volto à “Plaza de la Iglesia” para tomar o pequeno-almoço em companhia de Maria das Curvas.
Depois de ter o estomago saciado, estou em condições de contar-vos um dos meus objectivos de hoje. Coroar o mítico e duro Tourmalet, que faz com que o pessoal se “lance” com loucura a subir tamanha subida com apenas um prato de esparguete no bucho!
Mas antes tinha que subir ao túnel de Aragounet, e depois o Col D’Aspin, o que prometia uma dose de curvas suficiente para quem esteve 11 meses sem mota!
E assim foi, tiramos uma fotografia ao rio Ara e despedimo-nos de Ainsa.
Continua….
Assim como a vida tem altos e baixos, a rota que percorri no passado sábado, dia 8 de Septembro, está repleta de subidas e descidas!
Todas as historias tem um principio e um fim (inclusive a nossa vida) e já que me proponho a conta-la comecemos pelo principio que é o mais logico!
Como já alguns de vocês sabem a Maria das Curvas já está operacional, disposta a revelar-se de novo ao mundo e com estas curvinhas pelos Pirenéus, deu-me a certeza de que está para as curvas e tudo mais que vier!
Eram 6 da manhã e eu de olho aberto fazendo uma espera ao despertador para o espancamento matinal! Nunca vi gajo tão masoquista, deve adorar fazer barulho para me acordar, para além das consequentes bofetadas!
Mas hoje não! Hoje é dia de lhe dar folga, desligar-lhe o despertador e deixa-lo sem as “galhetas” da praxe!
A segunda coisa a funcionar na minha casa é a máquina de café, que fica a aquecer enquanto lavo as trombas e trato de aliviar a bexiga.
Os meus pés, acentes no chão frio, pedem-me os chinelos de pom-pom, mas…. Onde raio deixo eu as coisas!?
E que vou vestir!?
Hoje é dia de andar de mota, hoje é dia de vestir o fatinho domingueiro!
Café no bucho, luvas, capacete com a viseira limpa (por enquanto), chaves de casa, falta alguma coisa?
Já ia a meio das escadas quando me lembrei das chaves da Maria!
E aonde ia eu?
Eu ia a Lourdes cumprir uma promessa mas isso é uma historia para contar mais adiante, porque não interessa o destino mas sim o caminho que se faz!
Já com o vento a zumbir-me aos ouvidos saio de casa, com destino aos Pirineus, sem saber por onde ir e sem saber onde raio tinha metido os meus chinelos de pom-pom. Entre Zaragoza e Huesca existem metade e outro tanto de distancia para fazer em “autovia” sempre devagar, segundo os pergaminhos do extinto grupo Mealhada On Tour. Quando o Padre Zé Fernando disse aquilo de: “Até 100 Deus protege! Depois dos 100 Deus acolhe!”; houve um membro do Mealhada on Tour que disse que o padre tinha exagerado um pouco:
- Como pode dizer um padre que ir a 200 é ir devagar!?
Desde então o barómetro “ir devagar” tinha o seu limite nos 200km/h e o que é certo é que até Huesca fui sempre devagar, mas também é verdade que a autovia para Lerida (fiz-a até Barbastro) é novinha em folha e tem umas curvas muita fixes para fazer depressa! Uma delas fiz-a 40km acima barómetro já mencionado! E quando a terminei de fazer tinha um sorriso de orelha a orelha! Não só porque gostei, mas também porque é difícil manter uma cara seria com tanto vento a empurrar-nos para tras!
Barbastro é uma cidade a visitar no futuro, porque desta vez não parei! Quase de certeza que não foi lá que deixei os meus chinelos pom-pom!
Mas, então esta cronica não tem fotografias?
Primeira paragem para esticar as pernas!
Segunda paragem para procurar os chinelos pom-pom!
Ainsa!
Já cá tinha estado numa outra vez quando a minha maquina disse-me que não trabalhava sem baterias e tinha-vos prometido que vos apresentaria tão bonita cidade e assim será!
Passear pela cidade medieval é recuar muito no tempo! Tanto que nesse tempo ainda não havia chinelos pom-pom!
A subida não é ingreme, mas tinha que tirar esta foto porque os montes de Guara (o que vemos na foto) deixaram muitas e bonitas recordações!
Esta é a entrada ao “casco antíguo” e como se pode ver estas pedras e calçadas não são muito amigas das nossas motos, pelo que recomendo vivamente a deixar os animais a descansar na Plaza de la Iglesia que se pode ver de seguida!
Existe aqui uma torre com campanário, que curiosamente esta separada da igreja e que podemos subir para ver a vista desde lá de cima!
Eu não subi porque me tinham dito que tinham visto os meus chinelos pom-pom na “Plaza de Abajo”!
Desci as ruelas….
Até há “Plaza de Abajo” e nada….
Sem encontrar os meus chinelos pom-pom e com o meu estomago a recordar-me que ainda não tinha tomado pequeno-almoço volto à “Plaza de la Iglesia” para tomar o pequeno-almoço em companhia de Maria das Curvas.
Depois de ter o estomago saciado, estou em condições de contar-vos um dos meus objectivos de hoje. Coroar o mítico e duro Tourmalet, que faz com que o pessoal se “lance” com loucura a subir tamanha subida com apenas um prato de esparguete no bucho!
Mas antes tinha que subir ao túnel de Aragounet, e depois o Col D’Aspin, o que prometia uma dose de curvas suficiente para quem esteve 11 meses sem mota!
E assim foi, tiramos uma fotografia ao rio Ara e despedimo-nos de Ainsa.
Continua….
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ENDLESS ROAD
Re: Os Meus Chinelos Pom-Pom?
Para começar está muito bem
E por teres a coragem de dizer ao people que usas chinelos pom-pom, aqui vai um incentivo para continuares esta crónica
Abraço
E por teres a coragem de dizer ao people que usas chinelos pom-pom, aqui vai um incentivo para continuares esta crónica
Abraço
Carlos Balio- Já sai à rua a conduzir.
Re: Os Meus Chinelos Pom-Pom?
O Lonerider é um poeta, absolutely no doubt!!!
Estive para lhe dar 1 M negativo porque tinha lido à pouco que ele é sempre do contra e era para o imitar mas não fui capaz!!! Eu não sou sempre do contra mas quando vejo as pessoas a concordar comigo sinto logo que estou errado!!!!
Contentei-me em dar-lhe 1 M clássico!!!
Afinal qual é a tua moto? Só sei que é potente e naked!!!!!!
Estive para lhe dar 1 M negativo porque tinha lido à pouco que ele é sempre do contra e era para o imitar mas não fui capaz!!! Eu não sou sempre do contra mas quando vejo as pessoas a concordar comigo sinto logo que estou errado!!!!
Contentei-me em dar-lhe 1 M clássico!!!
Afinal qual é a tua moto? Só sei que é potente e naked!!!!!!
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MY LIFE IS A HELL!!!
Elisio FJR- Já sai à rua a conduzir.
Re: Os Meus Chinelos Pom-Pom?
Elisio FJR escreveu:O Lonerider é um poeta, absolutely no doubt!!!
Estive para lhe dar 1 M negativo porque tinha lido à pouco que ele é sempre do contra e era para o imitar mas não fui capaz!!! Eu não sou sempre do contra mas quando vejo as pessoas a concordar comigo sinto logo que estou errado!!!!
Contentei-me em dar-lhe 1 M clássico!!!
Afinal qual é a tua moto? Só sei que é potente e naked!!!!!!
Katano!!
E agora como vou contrariar este post!?
Desde já obrigado pelo elogio, embora muito me falte para ser poeta!
Maria das Curvas é-te familiar, pois o moçoilo da Gracinda tem uma igual! Ou seja, é uma CB1100 X11!!
________________________
ENDLESS ROAD
Re: Os Meus Chinelos Pom-Pom?
Passam-se kilómetros, adicionam-se nomes no caderno do may be e seguimos as viagens de quem as partilha connosco.
gemadovo- Zero à direita
Re: Os Meus Chinelos Pom-Pom?
Com o Rio Cerler a fazer-nos companhia, nós subíamos e ele descia (já viram um rio subir!?), entramos num canyon lindo de morrer, mas sem possibilidade de parar por questões de segurança! Um dia volto para a o fazer a pé!
Este era o nosso destino, mas vínhamos daqui!
Bielsa e o “seu” Monte Perdido!
Tambem não parei aqui….
Tenho tempo de conhecer os Pirineus Aragoneses, mas foi ainda em Aragão que vivi a primeira anedota deste dia.
O Tunel que liga ambos países (Tunel de Aragounet) é de sentido único e o trafico é alternado e regulado por semáforos, tendo cada turno uma duração mínima de 11min. Parei na fila e imediatamente atras de mim uma auto-caravana inglesa. O senhor que a conduzia saiu cá fora para fazer fotografias e eu ao vê-lo andar pensei cá para mim:
- Ui! Este deve ter algum ponto de mola partido! Vai todo de lado! Olha para aquilo!?
Efectivamente o homem via-se agitado, irrequieto e todos os seus movimentos careciam de alguma ordem ou coordenação. Decidi não fazer caso, mas fiquei pensativo.
Tirei a minha camara para fazer fotos a uma queda de água que estava perto (não saíram nada de jeito) quando o homem me faz sinais…
-I take a picture to you!
-Ok Thanks!- respondi ao entregar-lhe a camara….
O homem tremia sem parar, a camara agitava-se freneticamente, mas ele bondoso e cordial tirou-me as fotografias e devolveu-me a camara com um sorriso!
Este foi o resultado!
Mas publico-o mesmo assim, porque conclui que o homem sofria de Parkingson ou algo do género, mas a sua actitude foi de um verdadeiro Gentleman!
Aqui começa a diversão!
Descidas, curvas enlaçadas umas nas outras, animais há solta, montanhas e montanhas sem parar.
Lá em baixo as casinhas pequeninas que a rapidamente cresciam há medida que descíamos a montanha!
Para os admiradores de Igrejas!
Arreau e os seus apressados rios que aqui se juntam.
Era hora de começar o espectaculo meninos!
A departamental 918 é a alegria de muitos ciclistas que por ela se aventuram para conquistar uma das subidas mais duras do Tour de France. Para eles, subir estas subidas, o Col D’Aspin (primeira categoria) e o Tourmalet (categoria especial) é viver o que viveram Indurain, Armstrong, Mayo, Sastre ou então Contador. É como estar em Stelvio ou num dos Sant Bernard para nós. É chão sagrado como é para nós a Ilha de Man ou Assen!
De facto passei por vários ciclistas, que a sós ou há roda de alguém, se debatiam com a montanha.
A mim o que mais me impressiona é a capacidade que as casas daqui da zona tem em encolher!
Arreau- versão miniatura instantânea!
Quando parei para beber um pouco de agua e tirar esta fotografia fui alcançado por um ciclista que disse ofegante:
-À oui hã! Comme ça ce bon!
Poucos minutos depois passamos por ele para vencer o Aspin!
No alto do monte, para alem dos ciclistas e outros turistas, tínhamos a companhia destes bonitos animais!
Ainda estava a pensar em perguntar-lhes pelos meus chinelos pom-pom, mas desisti da ideia…
Ora então, depois de subir! Tínhamos que descer!
Vai então mais uma dose de curvas encadeadas, abertas, cegas e algumas nem uma coisa nem outras, ou seja, vesgas!
Mas cedo começaria a subir!
Parecem fios de prata, que freneticamente descem ao encontro do mar, lá para os lados de Bordeus!
Cada curva tem a sua historia, a maneira como se encara, a velocidade e a procura de possíveis obstáculos fazem que sejam únicas. O entorno, as montanhas, as sombras das nuvens nelas, os animais que nos prados verdejantes pastam, fazem de cada curva um mundo de sensações tão diferentes de curva para curva que seria impossível de descreve-lo aqui.
Subitamente vejo no chão umas sombras ultra-mega-rapidas. Olho para cima, paro a Maria, e agarro-me há camara.
Esta foi a melhor que consegui, pois estas aguias estavam mesmo lá no alto, sobrevoando a montanha há espera do almoço!
Em falar nisso, que horas são!?
Não é como o Stelvio que se vê os tournantes todos mas é lindo na mesma!
2115 metros de altura e umas largas dezenas de curvas…
Valeu a pena!
-Ó pessoal, alguém viu por aí os meus chinelos….
-NAAAAAAAAAAAAOOOOOOO!- responderam todos em coro.
Agora tínhamos que descer até Lourdes, onde tentaríamos descansar um pouco e pagar a promessa!
Continua….
Este era o nosso destino, mas vínhamos daqui!
Bielsa e o “seu” Monte Perdido!
Tambem não parei aqui….
Tenho tempo de conhecer os Pirineus Aragoneses, mas foi ainda em Aragão que vivi a primeira anedota deste dia.
O Tunel que liga ambos países (Tunel de Aragounet) é de sentido único e o trafico é alternado e regulado por semáforos, tendo cada turno uma duração mínima de 11min. Parei na fila e imediatamente atras de mim uma auto-caravana inglesa. O senhor que a conduzia saiu cá fora para fazer fotografias e eu ao vê-lo andar pensei cá para mim:
- Ui! Este deve ter algum ponto de mola partido! Vai todo de lado! Olha para aquilo!?
Efectivamente o homem via-se agitado, irrequieto e todos os seus movimentos careciam de alguma ordem ou coordenação. Decidi não fazer caso, mas fiquei pensativo.
Tirei a minha camara para fazer fotos a uma queda de água que estava perto (não saíram nada de jeito) quando o homem me faz sinais…
-I take a picture to you!
-Ok Thanks!- respondi ao entregar-lhe a camara….
O homem tremia sem parar, a camara agitava-se freneticamente, mas ele bondoso e cordial tirou-me as fotografias e devolveu-me a camara com um sorriso!
Este foi o resultado!
Mas publico-o mesmo assim, porque conclui que o homem sofria de Parkingson ou algo do género, mas a sua actitude foi de um verdadeiro Gentleman!
Aqui começa a diversão!
Descidas, curvas enlaçadas umas nas outras, animais há solta, montanhas e montanhas sem parar.
Lá em baixo as casinhas pequeninas que a rapidamente cresciam há medida que descíamos a montanha!
Para os admiradores de Igrejas!
Arreau e os seus apressados rios que aqui se juntam.
Era hora de começar o espectaculo meninos!
A departamental 918 é a alegria de muitos ciclistas que por ela se aventuram para conquistar uma das subidas mais duras do Tour de France. Para eles, subir estas subidas, o Col D’Aspin (primeira categoria) e o Tourmalet (categoria especial) é viver o que viveram Indurain, Armstrong, Mayo, Sastre ou então Contador. É como estar em Stelvio ou num dos Sant Bernard para nós. É chão sagrado como é para nós a Ilha de Man ou Assen!
De facto passei por vários ciclistas, que a sós ou há roda de alguém, se debatiam com a montanha.
A mim o que mais me impressiona é a capacidade que as casas daqui da zona tem em encolher!
Arreau- versão miniatura instantânea!
Quando parei para beber um pouco de agua e tirar esta fotografia fui alcançado por um ciclista que disse ofegante:
-À oui hã! Comme ça ce bon!
Poucos minutos depois passamos por ele para vencer o Aspin!
No alto do monte, para alem dos ciclistas e outros turistas, tínhamos a companhia destes bonitos animais!
Ainda estava a pensar em perguntar-lhes pelos meus chinelos pom-pom, mas desisti da ideia…
Ora então, depois de subir! Tínhamos que descer!
Vai então mais uma dose de curvas encadeadas, abertas, cegas e algumas nem uma coisa nem outras, ou seja, vesgas!
Mas cedo começaria a subir!
Parecem fios de prata, que freneticamente descem ao encontro do mar, lá para os lados de Bordeus!
Cada curva tem a sua historia, a maneira como se encara, a velocidade e a procura de possíveis obstáculos fazem que sejam únicas. O entorno, as montanhas, as sombras das nuvens nelas, os animais que nos prados verdejantes pastam, fazem de cada curva um mundo de sensações tão diferentes de curva para curva que seria impossível de descreve-lo aqui.
Subitamente vejo no chão umas sombras ultra-mega-rapidas. Olho para cima, paro a Maria, e agarro-me há camara.
Esta foi a melhor que consegui, pois estas aguias estavam mesmo lá no alto, sobrevoando a montanha há espera do almoço!
Em falar nisso, que horas são!?
Não é como o Stelvio que se vê os tournantes todos mas é lindo na mesma!
2115 metros de altura e umas largas dezenas de curvas…
Valeu a pena!
-Ó pessoal, alguém viu por aí os meus chinelos….
-NAAAAAAAAAAAAOOOOOOO!- responderam todos em coro.
Agora tínhamos que descer até Lourdes, onde tentaríamos descansar um pouco e pagar a promessa!
Continua….
________________________
ENDLESS ROAD
Re: Os Meus Chinelos Pom-Pom?
Muito bom, quero ver a a minha próxima viagem é por essas bandas
sai
sai
________________________
"Dá-me só 10 Minutos!"
sat_ON_fire- Zero à direita
Re: Os Meus Chinelos Pom-Pom?
antes da promessa
________________________
http://pelomundoem2rodas.blogspot.pt/
https://www.youtube.com/user/micasimba/videos
carlosferreira- Motociclista a começar.
Re: Os Meus Chinelos Pom-Pom?
Estou-te mesmo a imaginar com uns chinelos pom-pom! Serão cor-de-rosa?
Estou a gostar!
(não não é para ti o mérito, é para os chinelos mesmo!)
Estou a gostar!
(não não é para ti o mérito, é para os chinelos mesmo!)
________________________
Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
https://passeandopelavida.com/
Re: Os Meus Chinelos Pom-Pom?
Esta crónica continua fabulosa.
Ainda estou para ver onde raio deixas-te os chinelos
Abraço
Ainda estou para ver onde raio deixas-te os chinelos
Abraço
Carlos Balio- Já sai à rua a conduzir.
Re: Os Meus Chinelos Pom-Pom?
Execelente crónica LoneRider acompanhada por belissimas fotos!
Aqui vai 1 muito bem merecido.
Obrigado pela partilha,
Cumps.
José Paulo
Aqui vai 1 muito bem merecido.
Obrigado pela partilha,
Cumps.
José Paulo
zephex- Zero à direita
Re: Os Meus Chinelos Pom-Pom?
LoneRider boas!
Abençoados chinelos. Bela voltinha por caminhos que espero um dia percorrer!!
Saia um big
Abraço e venha o resto!
Abençoados chinelos. Bela voltinha por caminhos que espero um dia percorrer!!
Saia um big
Abraço e venha o resto!
Zecacbr- Já conduz... mal!
Re: Os Meus Chinelos Pom-Pom?
Fotos excelentes... e muito bem relatada a viagem.
Fico a aguardar o pela restante crónica.
Um abraço.
Fico a aguardar o pela restante crónica.
Um abraço.
Re: Os Meus Chinelos Pom-Pom?
O nosso correspondente em terras de "nuestros hermanos" em grande!!
Belissimas fotos...e ainda bem que já guardaste a "pandeireta" da Paso na garagem....já não se aguentava aquela choncalheira...
Belissimas fotos...e ainda bem que já guardaste a "pandeireta" da Paso na garagem....já não se aguentava aquela choncalheira...
________________________
Já ronca!!!!
Trophyvitor- Já sai à rua a conduzir.
Re: Os Meus Chinelos Pom-Pom?
Visitei Lourdes pela primeira vez em Maio de 2010 e surgiu a ideia de fazer um “intercambio de velas”. Ou seja, levava uma vela de Lourdes a Fatima e depois de Fátima a Lourdes.
Pelo meio tive um acidente que fez ter que adiar este e outros objectivos, para alem de mudanças significativas na minha vida pessoal e adaptações na minha vida profissional derivados da crise em que vivemos.
Assim que tive a Maria a andar e tive oportunidade, era tempo de por em andamento todos esses projectos e sonhos que tinham sido adiados.
Quando cheguei a Lourdes sentia-me aliviado, contente e capaz de dar pulinhos de alegria!
Estava a pagar uma promessa, a cumprir com a minha palavra e a atingir um objectivo!
Lourdes guardava-me uma agradável surpresa que tinha sede em Espanha, na estação de Ski do Formigal. Ali estava a decorrer o E-Riders, que é organizado pela Motorrad Spain e que convoca ali os Motorrad Fans para conhecerem os novos modelos, aprender coisas sobres as suas motos e confraternizar com os demais Motorrad Fans. Isso explicava a quantidade de BM’s que encontrei pelo caminho, dado que muitos aproveitavam para conhecer a zona.
Em Lourdes tive a oportunidade de estacionar mesmo em frente ao monumento que presta memoria aos caídos em ambas guerras mundiais.
Nunca tinha visto uma R1150GS vermelha e amarela!
Sim, porque a K1 tinha essa decoração! Quem terá sido o iluminado que…… E ao ver a matricula portuguesa pensei: “Está explicado”!
Minutos mais tarde encontrei o dono, o Sergio e metemos conversa.
Estavam no E-Riders e tinham vindo aqui almoçar e deixar as respectivas esposas comprar umas medalhinhas!
Calma! O Sergio não tem duas esposas, ele estava na companhia do Gil, que também tinha esposa e do Antonio que estava só!
Mas não esperava encontrar portugueses na minha voltinha e como bons portugueses que são, souberam acolher-me na sua mesa como se fosse da sua família e estivemos ali a confraternizar, a beber e a comer.
Desde já muito obrigado pelo acolhimento na vossa mesa!
Depois do merecido repasto separamo-nos, dado que ainda tinha que pagar a minha promessa. Eles voltaram ao Formigal e eu fui até ao santuário.
Estava aquilo a que os Espanhois chamam “bochorno”, ou seja, temperaturas altas abafadas, com nuvens de formação vertical. Tudo indicava que ia chover!
Com o fatinho domingueiro posto a andar a pé por entre muita gente, saco de depósito numa mão, capacete noutra, o calor rapidamente se transformou em suor, mas não desisti!
Lá no alto um Castelo, que é o museu etnográfico da zona! Recomendo a sua visita!
Depois de beber da fonte onde brotam aguas de fama milagrosa, encontrei o sitio onde iluminaria a vela que trouxe de Fátima.
Iluminai o caminho aqueles que precisam de luz, Levai-os à Paz e Descanso Eterno!
Saude e trabalho para todos aqueles que mais precisam, Paz aos que fazem a Guerra, Comida aos que passam Fome e Humildade aos que vivem na Ganancia!
Ainda tive a oportunidade de olhar para a Virgem Maria e falar um bocadinho com Ela!
Perguntei-Lhe pelos meus chinelos pom-pom, mas pelo "silencio" com que me "presenteou", concluí que nem Ela sabia onde estavam os meus chinelos pom-pom!
Continua….
Pelo meio tive um acidente que fez ter que adiar este e outros objectivos, para alem de mudanças significativas na minha vida pessoal e adaptações na minha vida profissional derivados da crise em que vivemos.
Assim que tive a Maria a andar e tive oportunidade, era tempo de por em andamento todos esses projectos e sonhos que tinham sido adiados.
Quando cheguei a Lourdes sentia-me aliviado, contente e capaz de dar pulinhos de alegria!
Estava a pagar uma promessa, a cumprir com a minha palavra e a atingir um objectivo!
Lourdes guardava-me uma agradável surpresa que tinha sede em Espanha, na estação de Ski do Formigal. Ali estava a decorrer o E-Riders, que é organizado pela Motorrad Spain e que convoca ali os Motorrad Fans para conhecerem os novos modelos, aprender coisas sobres as suas motos e confraternizar com os demais Motorrad Fans. Isso explicava a quantidade de BM’s que encontrei pelo caminho, dado que muitos aproveitavam para conhecer a zona.
Em Lourdes tive a oportunidade de estacionar mesmo em frente ao monumento que presta memoria aos caídos em ambas guerras mundiais.
Nunca tinha visto uma R1150GS vermelha e amarela!
Sim, porque a K1 tinha essa decoração! Quem terá sido o iluminado que…… E ao ver a matricula portuguesa pensei: “Está explicado”!
Minutos mais tarde encontrei o dono, o Sergio e metemos conversa.
Estavam no E-Riders e tinham vindo aqui almoçar e deixar as respectivas esposas comprar umas medalhinhas!
Calma! O Sergio não tem duas esposas, ele estava na companhia do Gil, que também tinha esposa e do Antonio que estava só!
Mas não esperava encontrar portugueses na minha voltinha e como bons portugueses que são, souberam acolher-me na sua mesa como se fosse da sua família e estivemos ali a confraternizar, a beber e a comer.
Desde já muito obrigado pelo acolhimento na vossa mesa!
Depois do merecido repasto separamo-nos, dado que ainda tinha que pagar a minha promessa. Eles voltaram ao Formigal e eu fui até ao santuário.
Estava aquilo a que os Espanhois chamam “bochorno”, ou seja, temperaturas altas abafadas, com nuvens de formação vertical. Tudo indicava que ia chover!
Com o fatinho domingueiro posto a andar a pé por entre muita gente, saco de depósito numa mão, capacete noutra, o calor rapidamente se transformou em suor, mas não desisti!
Lá no alto um Castelo, que é o museu etnográfico da zona! Recomendo a sua visita!
Depois de beber da fonte onde brotam aguas de fama milagrosa, encontrei o sitio onde iluminaria a vela que trouxe de Fátima.
Iluminai o caminho aqueles que precisam de luz, Levai-os à Paz e Descanso Eterno!
Saude e trabalho para todos aqueles que mais precisam, Paz aos que fazem a Guerra, Comida aos que passam Fome e Humildade aos que vivem na Ganancia!
Ainda tive a oportunidade de olhar para a Virgem Maria e falar um bocadinho com Ela!
Perguntei-Lhe pelos meus chinelos pom-pom, mas pelo "silencio" com que me "presenteou", concluí que nem Ela sabia onde estavam os meus chinelos pom-pom!
Continua….
________________________
ENDLESS ROAD
Re: Os Meus Chinelos Pom-Pom?
LoneRider Boas!
Continua num nivel bem elevado.
Saia mais um
Abraço e venha aproxima!!
Continua num nivel bem elevado.
Saia mais um
Abraço e venha aproxima!!
Zecacbr- Já conduz... mal!
Re: Os Meus Chinelos Pom-Pom?
Excelente crónica Rui!
Muitas coisas nos fazem mover... que sejam sempre nestes cenários fantásticos!
pela partilha.
Muitas coisas nos fazem mover... que sejam sempre nestes cenários fantásticos!
pela partilha.
Luís Azevedo- Ainda é motorato!
Re: Os Meus Chinelos Pom-Pom?
Era altura de voltar a casa e resolver o grande enigma do dia.
Encontrar os meus chinelos pom-pom!
Mas antes tive uma surpresa interessante!
Chama-se Col D’Aubisque!
É uma subida de categoria especial (na vertente atlântica tem uma media de 9% de inclinação) mas não tão conhecida como o Tourmalet!
Como íamos no sentido Mediterraneo- Atlantico, tínhamos ainda que vencer a subida de primeira categoria do Col du Saulor, e só depois atacar o Aubisque.
Esta era a imagem do que nos esperava em Argelés, no sopé da subida.
Como se pode ver, já haviam nuvens de formação vertical no seu modo enfurecido, ou seja, negras, eléctricas e capaz de deixar cair tanta agua que o pessoal terá que andar pela rua de canoa.
Com o fato domingueiro vestido não era do meu agrado molhar-me muito, dado que pele encharcada, para alem de fria pesa muito e prende os movimentos.
Mas não pude escapar as gotas, do tamanho de bolas de berlinde (onde é que isso está!?), que caíram sobre mim durante uma parte da subida.
Quando aqui cheguei tinha uma sensação estranha, estava molhado, suado, meio dormente dos pulsos e joelhos, mas sentia que estava a encher o meu espirito e alma de bons sentimentos. Sentia-me leve e tranquilo, como se tivesse acabado de sair de uma massagem!
Já só faltava subir o Aubisque e reentrar em Espanha por Portalet!
Mas o Aubisque guardava-me uma agradável surpresa!
Se repararem bem na escarpa ao fundo vê-se uma linha que separa a mesma em duas partes. Por aí vamos passar, recortando o monte, olhando para baixo e para cima num misto de “onde me vim meter” com “isto lembra-me o Senhor dos Aneis”.
Não meus senhores! Parece que vamos a descer, mas não! Vamos a subir!
Tanto que o mix de caca de vaquinha, com a chuva que por aqui tinha caído, fizeram a Maria das Curvas avisar-me três vezes do estado do pavimento!
Posso-vos jurar que não consegui ver o fundo da falésia e tive que fazer muita ginástica para ver o cume da mesma!
Depois de mais uma dose de curvinhas, finalmente vencemos o poderoso Col D’Aubisque!
Lá em cima existe um Albergue.
E este rebanho indicava-nos o caminho a seguir!
Sim! Embora não se veja a estrada, era naquele buraco que nos tínhamos que enfiar para chegar a Laruns e há estrada que nos levaria de volta a Casa!
Mal começamos a descer já tinha a sensação de que me ia molhar outra vez, mas desta vez as arvores seriam como que um capote que evitavam que a chuva caísse sobre mim, pelo menos enquanto não estivessem encharcadas.
Esta estação de Ski é importantíssima para quem sobe, porque há medida que vai ficando maior, vai marcando que o final da subida está próximo.
Porque!?
Vejam bem o pontinho branco a que estes edifícios ficam resumidos no sopé da subida!
São curvas entrelaçadas onde a inclinação chega a ser de 14%, todo um desafio para um amante das duas rodas sem motor!
Já me chovia em cima e o contador parcial da Maria já tinha passado para lá dos 400km e possivelmente já tinha mais de 300 curvas no pelo, o que junto há falta de habito ( estive 11 meses sem andar na Maria), passou factura fisicamente. Já só sonhava com chegar a casa, tomar um banho quente, calçar os meus chinelos pom-pom e ver um filme de terror ao final da noite!
Subir o Portalet foi difícil porque começou a chover a serio e havia muita gente na estrada!
Entre motas, na sua maioria BMW’s, carros, caravanas e ciclistas, a subida tornou-se eterna e desgastante. Mas, valeu a pena, porque la no alto pouco ou nada chovia.
Olhei para tras e despedi-me dos Pirinees Atlantiques!
Olhei para a frente e disse:
-Hola Pirineo Aragones!
O regresso a casa ainda implicou subir o ultra rápido Monrepos, já com piso seco e a Autovia de Huesca a Zaragoza em mente!
Juro-vos que fui sempre devagar!
Ao chegar a casa mandei uma mensagem há minha ex com estas palavras:
-Olha lá, tu sabes onde meteste o meu chinelos pom-pom!?
E ela repondeu-me:
-Chinelos pom-pom!?!? Tu não tens chinelos pom-pom!
P.s.: este percurso tem um total de 680km e gastamos 80€ em gasolina (sem meter gasolina em França).
Convem faze-lo de Verão, não só porque algumas destas estradas estão impraticaveis no inverno, mas porque existem mais horas de luz para poder disfrutar das magnificas paisagens que os Pirineus nos oferecem!
Encontrar os meus chinelos pom-pom!
Mas antes tive uma surpresa interessante!
Chama-se Col D’Aubisque!
É uma subida de categoria especial (na vertente atlântica tem uma media de 9% de inclinação) mas não tão conhecida como o Tourmalet!
Como íamos no sentido Mediterraneo- Atlantico, tínhamos ainda que vencer a subida de primeira categoria do Col du Saulor, e só depois atacar o Aubisque.
Esta era a imagem do que nos esperava em Argelés, no sopé da subida.
Como se pode ver, já haviam nuvens de formação vertical no seu modo enfurecido, ou seja, negras, eléctricas e capaz de deixar cair tanta agua que o pessoal terá que andar pela rua de canoa.
Com o fato domingueiro vestido não era do meu agrado molhar-me muito, dado que pele encharcada, para alem de fria pesa muito e prende os movimentos.
Mas não pude escapar as gotas, do tamanho de bolas de berlinde (onde é que isso está!?), que caíram sobre mim durante uma parte da subida.
Quando aqui cheguei tinha uma sensação estranha, estava molhado, suado, meio dormente dos pulsos e joelhos, mas sentia que estava a encher o meu espirito e alma de bons sentimentos. Sentia-me leve e tranquilo, como se tivesse acabado de sair de uma massagem!
Já só faltava subir o Aubisque e reentrar em Espanha por Portalet!
Mas o Aubisque guardava-me uma agradável surpresa!
Se repararem bem na escarpa ao fundo vê-se uma linha que separa a mesma em duas partes. Por aí vamos passar, recortando o monte, olhando para baixo e para cima num misto de “onde me vim meter” com “isto lembra-me o Senhor dos Aneis”.
Não meus senhores! Parece que vamos a descer, mas não! Vamos a subir!
Tanto que o mix de caca de vaquinha, com a chuva que por aqui tinha caído, fizeram a Maria das Curvas avisar-me três vezes do estado do pavimento!
Posso-vos jurar que não consegui ver o fundo da falésia e tive que fazer muita ginástica para ver o cume da mesma!
Depois de mais uma dose de curvinhas, finalmente vencemos o poderoso Col D’Aubisque!
Lá em cima existe um Albergue.
E este rebanho indicava-nos o caminho a seguir!
Sim! Embora não se veja a estrada, era naquele buraco que nos tínhamos que enfiar para chegar a Laruns e há estrada que nos levaria de volta a Casa!
Mal começamos a descer já tinha a sensação de que me ia molhar outra vez, mas desta vez as arvores seriam como que um capote que evitavam que a chuva caísse sobre mim, pelo menos enquanto não estivessem encharcadas.
Esta estação de Ski é importantíssima para quem sobe, porque há medida que vai ficando maior, vai marcando que o final da subida está próximo.
Porque!?
Vejam bem o pontinho branco a que estes edifícios ficam resumidos no sopé da subida!
São curvas entrelaçadas onde a inclinação chega a ser de 14%, todo um desafio para um amante das duas rodas sem motor!
Já me chovia em cima e o contador parcial da Maria já tinha passado para lá dos 400km e possivelmente já tinha mais de 300 curvas no pelo, o que junto há falta de habito ( estive 11 meses sem andar na Maria), passou factura fisicamente. Já só sonhava com chegar a casa, tomar um banho quente, calçar os meus chinelos pom-pom e ver um filme de terror ao final da noite!
Subir o Portalet foi difícil porque começou a chover a serio e havia muita gente na estrada!
Entre motas, na sua maioria BMW’s, carros, caravanas e ciclistas, a subida tornou-se eterna e desgastante. Mas, valeu a pena, porque la no alto pouco ou nada chovia.
Olhei para tras e despedi-me dos Pirinees Atlantiques!
Olhei para a frente e disse:
-Hola Pirineo Aragones!
O regresso a casa ainda implicou subir o ultra rápido Monrepos, já com piso seco e a Autovia de Huesca a Zaragoza em mente!
Juro-vos que fui sempre devagar!
Ao chegar a casa mandei uma mensagem há minha ex com estas palavras:
-Olha lá, tu sabes onde meteste o meu chinelos pom-pom!?
E ela repondeu-me:
-Chinelos pom-pom!?!? Tu não tens chinelos pom-pom!
P.s.: este percurso tem um total de 680km e gastamos 80€ em gasolina (sem meter gasolina em França).
Convem faze-lo de Verão, não só porque algumas destas estradas estão impraticaveis no inverno, mas porque existem mais horas de luz para poder disfrutar das magnificas paisagens que os Pirineus nos oferecem!
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ENDLESS ROAD
Re: Os Meus Chinelos Pom-Pom?
Sim Sr, Lone.
Há muitas maneiras de pagar promessas. A tua foi muito bonita.
Um dia destes vais a pedal levar a velinha de Fátima, mas parece-me que por aqui não arranjas companhia, só se for a mota de apoio.
O fim de volta a condizer com o dia cinzento que hoje se apresentou, bons dias para fotos de paisagens.
A chuvinha da noite lavou o ar e os campos fazendo apetecer uma voltinha domingueira.
Há muitas maneiras de pagar promessas. A tua foi muito bonita.
Um dia destes vais a pedal levar a velinha de Fátima, mas parece-me que por aqui não arranjas companhia, só se for a mota de apoio.
O fim de volta a condizer com o dia cinzento que hoje se apresentou, bons dias para fotos de paisagens.
A chuvinha da noite lavou o ar e os campos fazendo apetecer uma voltinha domingueira.
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prós acamados nas cabanas do tédio......não há remédio.......é deixá-las arder.....
"lacraus"
ADVirtam-SE
legasea- Zero à direita
Re: Os Meus Chinelos Pom-Pom?
Deliciosa forma de manter a atenção, já por si em alta, pela viagem, em todo o relato. Benditos chinelos de pom-pom! Obrigado pela partilha.
Vale muitíssimo o
Vale muitíssimo o
gemadovo- Zero à direita
Re: Os Meus Chinelos Pom-Pom?
Cucu!
Muito bem !
Agora o é mesmo para ti (não dou méritos a coisas que não existem e esses chinelos foram afinal uma alucinação na tua carola! )
Passei por esses caminhos, nesta e de noutras viagens, é pena se chove pois não se aprecia tão bem a paisagem e, com o fato domingueiro de couro molhado, ha-de ser pior!
Quando voltares a levar a Maria a passear não te esqueças de contar, porque velerá a pena certamente saber como foi!
Beijucas mil
Muito bem !
Agora o é mesmo para ti (não dou méritos a coisas que não existem e esses chinelos foram afinal uma alucinação na tua carola! )
Passei por esses caminhos, nesta e de noutras viagens, é pena se chove pois não se aprecia tão bem a paisagem e, com o fato domingueiro de couro molhado, ha-de ser pior!
Quando voltares a levar a Maria a passear não te esqueças de contar, porque velerá a pena certamente saber como foi!
Beijucas mil
Re: Os Meus Chinelos Pom-Pom?
. Parabéns Rui
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Felicidade é um modo de viajar, não um destino.
Roy Goodman
https://www.facebook.com/emergenciamotociclista?ref=hl
com4riding.blogspot.com
Andorra 1984
Férias Moto 1983
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