Normandia 2013

Este ano e contra o normal, não me foi possível tirar uns dias de ferias na semana da Pascoa, motivo pelo qual andava a espreitar o momento certo para conseguir “pirar-me” uns dias.
Quando vi o feriado do 1º de Maio a meio da semana, e no final da semana anterior a “ coisa” estava tranquila, liguei ao meu amigo Hernâni, que alguns deste fórum conhecem, a perguntar se alinhava numa voltita maior….disse-me logo que sim com a vantagem de nem perguntar para onde íamos…
Como de costume, disse-me que não o podia deixar para trás senão perdia-se….
Lembrei-me que em 1999 ligou-me de Puerto de Sta Maria, para o Hotel onde estávamos alojados em Sanlucar de Barrameda, a pedir ajuda pois tinha-se perdido de um amigo comum enquanto estacionava a moto num parque de estacionamento. O engraçado é que iam os dois na mesma moto….Enquanto um desmontou para o outro estacionar a moto…..

Adiante…

Como para sul vou quase todos os meses, lembrei-me de ir para Norte.
Andava há já uns tempos a pensar em visitar algumas coisas na Bretanha e na Normandia.
Vi a crónica dos Correias com as praias do desembarque, mais algumas coisa da Gracinda do Vale do Loire e do Monte St Michel e isso aguçou-me as ideias.

Assim pensado, e 24 horas depois de decidir, e ter falado com o Hernâni, que não queria saber para onde ia, marquei o Ferry para duas pessoas e duas motos com saída de Gijon e com direcção a St Nazaire-França. Juntamente com a dormida em Gijon na noite imediatamente anterior ao ferry, foram as únicas marcações que levávamos.

Sábado a meio da manhã, arrancamos do Porto com destino ás Astúrias, mais propriamente a Gijon.
Saímos com sol e uma temperatura espectacular, mas passada a portagem de Leon em direcção a Oviedo, depois de o portageiro olhar como se fossemos malucos, a temperatura começou a baixar de forma drástica, e quando o Hernâni achou que algum camião ia á nossa frente a largar partículas de serrim….eu vi logo que ia nevar….eram já pequenos flocos!


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Terminamos atrás de um limpa-neves, trancados em 3ª e a 50 Km/h e quando, na descida para Oviedo parou de nevar, começou a chover granizo sem parar…

Chegados a Gijon, foi tempo de procurar o Hotel 44. Muito boa relação preço qualidade, com garagem incluída (24€ a cada um).

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O recepcionista era francês, assíduo cliente do ferry.
Aconselhou-nos a comprar de comer antes de entrar no ferry e também a não marcar camarote, uma vez que era de todo impossível dormir.
Essa decisão já a tínhamos tomado, uma vez que o ferry chegaria a St Nazaire ás 6 da manhã, pelo que pagar para dormir metade da noite….é melhor deitar tarde !!
Disse-nos também que o ferry é subsidiado pela união europeia e quando termine esse subsidio - dentro de 2 anos - o ferry acaba, pois dá prejuízo.

Para jantar? Terrastur!! Sem duvida ! óptimo jantar por preço módico, alem do mais, é o sitio da moda em Gijon. Uma voltita depois de jantar e recolher ás “habitaciones” que a tensão criada na condução debaixo de chuva e neve cria desgaste...e sono.



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Pela manhã, e depois de ir ás compras ao supermercado, fomos até ao porto levantar os bilhetes, comprados anteriormente pela net.
A titulo de curiosidade pagamos 102,50€ moto/passageiro.
Novamente de volta á cidade para dar mais uma volta pela zona in de Gijon


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e para almoçar antes de retornarmos ao porto para embarcar no ferry.



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Nesta altura conhecemos o Dereck, um holandês que acabava de vir de visitar o parque da Peneda/Geres, que teve de fazer umas alterações á sua Kawasaki de forma a ter algum conforto tal era a altura do senhor…..

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Quando entramos no ferry, nós, umas 5 motos mais e 97 camioes TIR maioritariamente portugueses, descobrimos que 30 dos membros da tripulação são portugueses.Isso reflecte-se em tudo a bordo. Qualidade do café, alimentação e até na TV.

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Com o horário de chegada a St Nazaire/França ás 6 da manhã locais, o recolher do pessoal aos camarotes foi demasiado cedo.
Ficamos sozinhos no bar principal do Ferry.
Com a permissão do tuga, chefe do bar, para nos encostarmos um pouco nos sofás, trocamos a poltrona que tínhamos marcada, pelo conforto do bar.


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Eu ainda antes de aterrar,tirei uma fotos ao por do sol sempre espetacular que o alto mar proporciona...

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Continua..

É lá, temos cronica, o Elísio que se cuide que a concorrência é grande, para já 5 estrelas venha lá a continuação...

Ora então saia lá o primeiro

Aguardo a continuação, o percurso promete!

Gostei!
Adoro o por do sol!! eheheh
Aguardo pela continuação!!

Boas Filipe ... boa crónica.
Também tive a felicidade de passear por essas paragens o ano passado com o meu saudoso amigo Silva ...

Mérito para o escriba

Bom trabalho Filipe, também gosto do teu estilo.
Obrigado pela partilha.
Toma lá para a gasolina

Boa malha...

....Continuação

…Depressa se chegou ás 5 da manhã. Abertura do self service para o pequeno almoço e começo dos preparativos para o desembarque.
Chegar tão cedo também as suas vantagens.
Combinamos começar a rolar para Norte para tentar fazer render o dia em termos de quilometragem.
Nesta altura o Hernâni resolveu perguntar-me para onde íamos…

Mal saímos do ferry…andamos 1 km…. e eis que estamos perdidos !
A estrada para Rennes nem ve-la ! Como não tínhamos GPS, toca a parar, a ver o mapa e eu a pensar que se em cada cruzamento tiver que parar a ver o mapa, estou lixado….
Estava mesmo muito frio. Lembrei-me do Carlos Rosa que andava há 2 meses a dizer-me que, nesta altura do ano, não se pode ir para França por causa do frio.

Felizmente foi o único engano que tivemos. A partir daí foi andar e disfrutar.
A ideia era ir directo a Dinan. Foi o que fizemos. Tinha curiosidade em conhecer esta povoação,e não fiquei desiludido.

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Dinan

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Ainda Dinan



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Seguimos para Dinard. Zona chique em frente a St Malo.



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Ainda Dinard

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Aqui paramos num supermercado, e reabastecemos. Tínhamos combinado que á hora de almoço comeríamos de forma a não perder muito tempo e a não gastar muito dinheiro e que vingar-nos-iamos ao jantar.



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Cheguei á conclusão que o pão e os croissants em França são fabulosos.
Seguidamente fomos para St Malo, exactamente em frente a Dinard.

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Os dois em St Malo...



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Saindo de St Malo apanhamos a nacional que vai quase sempre junto á costa em direcção ao Mont St Michel.

Aqui chegados, é obrigatório meter a moto num parque, apanhar um autocarro gratuito para chegar ao Mont St Michel…e também é obrigatório consolar os olhinhos com semelhantes vistas.

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De dentro da ilha, para fora...

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Tive oportunidade de andar na rua mais estreita que conheci na minha vida..

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E tambem de pagar 0,50 € por poder dar uma mijinha!!
Ainda perguntei se tinha direito a mão....



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Um dos meus objectivos da viagem estava concluído.

Saímos do Monte St Michel, e pelo mapa achamos que seria possível irmos pernoitar a Coutances.

Pelo mapa pareceu-me, uma boa localização, para o tempo que ainda tínhamos disponível hoje, e um adianto de tempo e quilómetros para o dia de amanhã.
Após passarmos em Avranches e sem marcação, apresentamo-nos na recepção de um Íbis Budget em Coutances. É assim um Íbis tipo low coast, com casa de banho privativa e a cama dividida em dois andares. Bom preço, serviço aceitável, bom pequeno almoço.Depois de darmos uma volta e conhecer-mos um pouco desta simpática cidade, foi jantar e recolher ao quarto, que isto de acordar ás 6,15 H locais faz mossa….
Coutances surpreendeu-nos !

Coutances e a sua catedral:


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continua ? esqueceste-te escrever continua... tem que continuar...

....e o resto?

....Continuação

Pela manhã, e depois de aconchegarmos o estômago para umas horitas, partimos em direcção ao Norte.
Aqui tínhamos uma grande duvida:
Ir a Cherbourg visitar o maior submarino nuclear visitável do mundo, o Redoutable, o que supunha um desvio de uns 100 km e talvez a perda de uma manhã, ou ir directo para as praias do desembarque e algumas coisas mais que tinha planeado ver. Falo num singular, pois nesta altura do campeonato o Hernâni achava que andávamos junto a …..Marselha !

Marselha? Perguntei eu..
-Sim…pois aqui as matriculas terminam em 13 e Marselha é em 14…
-Ok….tu lá sabes! Respondi-lhe eu…
Eu só lhe dizia que sim…era mais ou menos isso, mais km menos km, mas que na realidade estavamos mais ou menos em frente a Inglaterra!
-Melhor não me deixares aqui, por duas coisas, a primeira é que nunca estive tão longe de casa a segunda é porque não sei ir embora....rematou o Naninho!!
Sem stress que a Ana (mulher do Hernani) não se vai livrar de ti com tanta facilidade.... vem atrás de mim que acabas por chegar a casa!

Acabamos por abdicar da visita a Cherbourg, a cidade do mar. Terá de ficar para uma próxima oportunidade. Quem gostar de mar e de barcos ( é o meu caso ) não pode deixar de investigar este destino…..
O motivo é que provavelmente necessitaríamos de um dia, e como não foi planeada esta visita..….

Após uma paragem em Carentan, para tomar café, fomos directos para Saint Mere Eglise.
Conta a historia, que na invasão da Normandia, um para quedista aliado ficou preso na torre da igreja. Facilmente á mercê das tropas alemãs. Acontece que um dos alemães, subiu á torre, desamarrou-o e deixou-o ir em liberdade.

Mantiveram o contacto, segunda reza a historia, solidificaram uma amizade que perdurou ao longo dos anos, e o momento ficou perpetuado no telhado da igreja com um boneco e um pára-quedas pendurado.

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A partir daqui, tudo nos começa a lembrar que estamos numa zona que foi de guerra! Memorias, estatuas, museus…



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Saímos desta simpática vila, em direcção á descoberta das praias do desembarque. Utah Beach e Omaha Beach.
Imaginemos uma linha com cerca de 60 km e uma meia dúzia de praias, separadas por alguns quilómetros. Esta é a descrição das praias do desembarque.
Em Utah Beach, desembarcaram as forças americanas.
Os vestígios são evidentes. O tempo é sempre húmido, chuvoso e ventoso, por isso ninguém esperava que o desembarque fosse efectuado nessa zona.
Hoje estava sol, mas vento e frio....Dizem que o desembarque foi um sucesso, porque inesperadamente a maré baixou !

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Só para ver este local, merece a pena a deslocação!



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Desculpem lá, não resisti…

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Tinha de mostrar esta praia á minha motita bem de perto!

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Continua....

Vai sair o primeiro M para o Filipe!!!

Não sei o que se passa mas não estou a conseguir ver as fotos (fui ver a outros posts e vejo)!!! Tive que me contentar com o ótimo relato!!!

Fantástico Filipe!! Qual Marrocos qual quê..andar na areia é em França!!

Ó Elisio, tens de esperar que as fotos devem ter muita qualidade e demoram a carregar...eu tb não estava a conseguir...enquanto fui lendo apareceram...

para ti, Filipe!!

"e quando, na descida para Oviedo parou de nevar, começou a chover granizo sem parar…"

Mai nada, quem faz versos sem querer é amado sem saber

...Continuação

Em Utah Beach, ficamos os dois a pensar qual seria o motivo de haver tantos cavalos com atrelados na praia,e alguns metidos dentro de agua....

Ainda hoje não sabemos ! A duvida é se os utilizam para a apanha da ostra e da ameijoa, ou se estariam em treinos para competirem...




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Está bem vivo os momentos que recordam o desembarque aliado...



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A partir daqui foi voltar á estrada principal e seguir em direcção ás praias de Omaha Beach. Terão uma extensão de mais ou menos 20 km.



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Muitas vidas foram ceifadas neste bocado de praia......



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Junto de um dos monumentos um combatente especial......o Hernani!


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As memorias da guerra continuam ali mesmo ao nosso lado...



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Recuado da ultima praia uns 300 metros para o interior encontramos o cemitério americano.
A melhor palavra que encontro para o definir, é castelhana:
Acojonante!
Misto de medo com impressionante e tambem com respeito!!


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Uma explicação da movimentação do desembarque existente no cemitério americano, é visivel a tal extensão de praias que compõe Utah e Omaha Beach:


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....Quando olho para o lado até saltei com a postura deste fotografo !!
Lá se foi o meu momento de reflexão....até rezei quando o vi estendido no chão de capacete e tudo, à procura do melhor angulo !


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Quando saimos do cemiterio, demos com estas preciosidades no parque de estacionamento.
Ambas com matricula belga !


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Continua...

E saiam mais dois big

A partir de agora serão aos pares!

Pelas fotos o tempo está espectacular.

Mais um

Já me vendeste o destino!

Lindo Filipe!!
Escreve mais qualquer coisa ... não percas a embalagem

Tens mais um Mérito!!

...Continuação

Terminada a visita a esta zona, decidimos começar a rumar para o interior.

A partir daí ainda tinha mais um objectivo:
Andar de moto na margem do Loire, entre Blois e Samur, passando por Tours e Ambloise.
Começamos a tragar quilómetros, com uma paragem junto a Caen para visitar o cemitério Polaco. Não tendo a espetacularidade do americano, estão aí depositadas 600 vidas.
Resta acrescentar que no cemitério americano de Omaha Beach estão, se não estou em erro cerca de 4500 campas das quais 600 de soldados desconhecidos.


Cemitério Polaco



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Blois é interessante. A parte do Loire que idealizei ver começa aí.
Íbis Bugdet encontrado…e saímos a comer um belo entrecosto regado com vinho da região…seguido de um passeio a pé pelas ruas de Blois depois de ver o Real de Madrid ir de vela da Champions!

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Uma foto do quarto do Ibis Budget



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Pela manhã, alvorada á hora do costume.
A novidade do dia, foi saber que o Hernâni consegue sentar-se na sanita e barbear-se ao mesmo tempo, tendo em casa um espelho estrategicamente colocado para essa finalidade!
Já sabíamos que a chuva nesta zona de França tinha vindo para ficar. Para os próximos dias teríamos chuva a acompanhar-mos até ao Norte de Espanha, excepto se regressássemos de ferry.
Saímos do hotel com o trajecto que eu tinha delineado e, como fosse avançando o dia e as condições metereologicas, logo tomaríamos uma decisão sobre o modo de regressar.
Nevoeiro e frio a começar o dia, o que certamente prejudicou a paisagem que, com bom tempo, tem de ser maravilhosa !!


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Rolamos como o previsto ao lado do Rio Loire. Parando aqui e ali, para sacar umas fotos ou apreciar a paisagem.
Neste dia havia pouco transito.
Alias, uma das coisas com que fiquei surpreendido em França foi a quantidade de transito de camiões que existe nas estradas nacionais francesas. O que mais me chamou a atenção foi isso, e o facto de tudo fechar relativamente cedo e localidades granditas ficarem, de um momento para o outro, praticamente desertas.
Neste dia, tudo está fechado em França. Abastecer as motos foi uma aventura, só sendo possível num supermercado e com cartão de credito.

Continuamos ao lado do rio loire, até Samur.

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Nesta altura a chuva resolveu voltar para a nossa companhia de forma intensa e duradoira.
Tínhamos previsto fazer o regresso, primeiro em direcção a Limoges, e depois a Poitiers.
A chuva fez-nos mudar de ideias. Previa-se 1000 km de chuva, se regressássemos por estrada até Espanha, e mediante o cenário, rumamos para Angers, Nantes e Saint Nazaire, com a firme ideia de apanhar o ferry das 19,30H.

Lembrei-me que tenho de procurar a factura das minhas botas Dainese Gore-Tex, para reclamar, que metem agua para diabo…….as do Hernâni também….

Paramos para comer um hamburger ao lado da estrada, parece que estávamos a escorrer um pouquito de agua..


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Á entrada do porto de Saint Nazaire, o Hernâni achou que conseguia seguir as placas que indicavam Le Port.
Eu bem lhe disse que deveríamos seguir as que dizem Ferry-car.
Tínhamos tempo….fomos sair ao terminal da carga a granel e de contentores!
Embarcamos com uns 7 ou 8 Motards franceses, todos entre os 60 e os 70 anos de idade que vinham com destino a Miranda do Douro, Castelo Branco e Sintra.
Também o clube Jaguar E deveria ter alguma coisa pendente por Espanha ou Portugal, pois haviam paletes de carros desses no ferry.

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Entrados no ferry, bem instalados no restaurante com direito a jantar com tempero português, seguindo-se um camarote exterior para dormir até ás 9 da manhã.

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Depois, foi a despedida de França...

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E a chegada a Espanha ao final da manhã do dia seguinte:


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Ainda antes de chegarmos, demos boleia a alguem , que devia estar saturado de ir num barco mais pequeno...

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Chegamos a Gijon cerca das 12h locais. Desta vez, da neve só havia indícios de ter acontecido …

Preparativos para o desembarque.
Aqui uma foto, ainda que de má qualidade, para se ter uma ideia da garagem do Ferry...

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Desembarque e siga para Portugal...paragem em Leon para almoçar espectacularmente bem, e continuação da viagem em direcção á fronteira de Chaves.
Entrando em Portugal, uma situação que me fez saltar a “tampa” e que tinha sido comentada no ferry por camionistas:
Dois funcionários da Ascendi – concessionaria da auto estrada, fardados de forma a serem confundidos com policias, carro estacionado á campeão na área da serviço, com pirilampos postos e tudo a fazerem-se passar por policias a multar espanhóis e franceses que entravam em Portugal e não conseguiam pagar a portagem por a a mesma só aceitar cartões de credito e não de debito.
Tive de esclarecer os turistas que não passavam de funcionários da concessionaria da auto-estrada, e que chamassem a policia. Logo se desdobraram em desculpas, mas o que é certo é que todos os estrangeiros presentes confessaram que pensavam que estavam na presença da policia…….triste !!
Alegavam os funcionários que estavam ajuramentados…eu retorquia que estavam é ajumentados…!! O Hernâni? Sentado no chão ao lado deles á espera de seguir viagem!

Pelas 18 horas chegamos ao Porto.
Satisfeitos e nada cansados.
Olhei para a moto :


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Com o grau de satisfação que me proporcionou estes dias, antes de a deixar descansar,tive de a lavar !! não podia deixa-la descansar sem lhe dar um banho....
Voltou para o seu canto da garagem, limpinha e lavadinha !!



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O Hernâni contabilizou os custos da viagem em cerca de 685 €, sendo que só em ferrys foram 255€!!

Epahh mereces um valente mérito para descontar em senhas de vinho, por chegares a casa, e ires lavar a mota!!!

Ora então como prometido, cá vai mais um par de


Grande aventura, obrigado pela partilha!

Acho que o meu WC vai entrar em obras, mas que bela ideia!!

Abraço

Zé Carlos

Muito bom sim senhor. Vai ser a minha próxima. Mas num verão.

É para isto que servem os amigos vão á frente e depois partilham aqui com o pessoal.

Mais um

Abraço.