Picos de Europa - Junho de 2013

Olá a todos,

Apesar de só agora estar escrever, esta viagem aconteceu de 11 a 15 de Junho de 2013 depois de muito lermos e pesquisarmos, nomeadamente aqui no forum.

Como tinhamos lido por diversas vezes em várias crónicas de viagem que os picos mereciam uma visita mais demorada e que tinham deixado varias coisas por ver, que haviam de lá voltar, etc..., achei por bem estudar bem "a coisa" e ficar por lá os dias suficientes para catar a região a preceito.
Assim sendo, optamos ficar 5dias/4 noites, 2 em Cangas e 2 em Potes, mas no final ficou a ideia que em 4 dias/3 noites também dá.

11 de Junho (Águeda - Cangas de Onís) 

Saída de Águeda rumo a Chaves, onde haviamos de atravessar a fronteira


Fomos obrigados a parar 15 kms depois, ainda antes de entrar na A25, para vestir os fatos de chuva, que foram vestidos até Chaves, onde fomos finalmente encontrar o sol.

Almoçamos em Chaves e passámos "para o outro lado", onde a primeira coisa a fazer foi procurar gasolina, pois a reserva já vinha acesa à muito.

Foto tirada na zona de Puebla de Sanabria


Depois de termos feito mais de 500kms já se começa a sentir o primeiro cheirinho de Picos



Tunel à saída da Barragem de Riaño


E Riaño ao fundo


Já não consigo dizer horas com precisão, mas chegamos aqui já deviam ser umas 19/20 horas e o nosso destino era Cangas de Onís, que dista uns 50 kms de Riaño.
Algures no meio dos 50kms temos o Desfiladeiro De Los Beyos






As típicas casas do Picos


Chegados a Cangas, foi procurar o Hotel que tinhamos marcado por 2 noites previamente pelo Booking, tarefa que se revelou fácil (encontrar o hotel), e descarregar a CBF para fazermos o check-in e jantar. Só que mal desci da mota, já tinha um Português ao alto comigo, a perguntar de onde é que tinha vindo e a dizer que também já tinha vindo de mota, no entanto desta vez veio de carro (Fiat Barchetta) com a mulher. Foi engraçado ter dado logo de caras com um Português.

Por agora é tudo, a continuação vem a seguir...

Está aqui um boneco que demonstra o exactamente como fiquei a olhar para esta crónica



Por duas razões, pela paisagem e pela montada  

Bom inicio, excelente destino e partilha, venha de lá o resto...

  pela partilha!

12 de Junho (Cangas De Onís - Cangas de Onís)

Acordamos com um sol fantástico e a temperatura, pelo menos pela manhã, era a ideal para andar de mota.
Neste dia o obectivo era, de manha visitar Covadonga e continuar a subida até aos Lagos, e de tarde subir ao funicular de Bulnes.

Mapa dos Picos, para ajudar a perceber a posição relativa dos vários locais


A catedral de Covadonga surge derrepente pelo meio do verde




A pequena e famosa capela incrustada na pedra. Não me perguntem datas nem religiosidades, que eu disso não percebo nada.


O facto de termos escolhido dias de semana permitiu-nos andar por ali à vontade


A subida aos lagos é, só pela estrada e paisagem, qualquer coisa de fantástico. O belo dia de sol e céu azul com que fomos brindados neste dia fez com que a imagem dos Lagos Enol e Ercina nos marcassem de forma profunda.

Este cenário é muito comum nesta zona


Mirador De La Reina



Lago Enol



Lá no alto reina um bem estar que é díficil de descrever por palavras


Lago Ercina


Junto aos lagos existe também uma mina abandonada de onde extraiam penso que ferro e magnésio




Ficamos um bom tempo lá por cima a desfrotar do ar limpo e fresco que se respirava por ali.

Pela hora de almoço descemos de novo a Cangas para procurar onde almoçar, tarefa que se revelou complicada. A oferta é imensa, os menus é que não havia maneira de nos agradar.
Depois de comermos uma espécie de sopa de peixe e mais uma salada de não sei o quê, e termos pago o que consideramos uma fortuna, decidimos passar a comprar pão, enlatados, salmão fumado, saladas, etc em supermercados e almoçar/jantar no quarto de hotel ou em parques de merenda, que também não faltam por lá.

Depois de almoço tomamos então a estrada AS114, que liga Cangas de Onís a Panes, passando por Arenas de Cabrales onde se inicia a subida para a pequena vila de Poncebos, local de partida do Funicular de Bulnes e da Ruta Del Cares - percurso pedonal com cerca de 10km que termina (ou começa) em Caín.

A belíssima AS114



A subida rumo a Poncebos



Quando vimos o preço para ir no Funicular até Bulnes (terrinha que ou se vai no Funicular por baixo da terra ou se vai por um trilho pedonal) desistimos da ideia. Já não sei qual era o preço, mas lembro-me que achamos um exagero.


Assim sendo, continuámos a subir rumo a Tielve e Sotres.



Nesta altura da tarde (seriam umas 15/16 horas), o sol estava a revelar-se mais abrasador do que o desejavel, o que fazia acentuar o desconforto nos nossos rabos, depois de um acomulado de mais de 10 horas em cima da mota ao longo destes 2 dias.
Acabamos por voltar para trás sem no entanto chegar às pequenas aldeias.


Como ainda era relativamente cedo, no regresso a Cangas para passar a 2ª noite que tinhamos reservado no mesmo hotel, fizemos um desvio por Ribadesella para vermos o Mar Cantábrico


Já em Cangas de Onís, junto da bonita Ponte Romana


O nosso Hotel ficava bem próximo da Ponte Romana. Se olharem com atenção consegue-se ver a CBF na rua peonizada à direita da esplanada.


Por agora é tudo, a continuação vem a seguir...

Muito Fixe, venha o resto.   

Estive lá em Agosto mas o tempo não nos sorriu...
Fantásticas fotos a fazerem jus à beleza natural dos Picos.
Venha o resto faxavôr.    

Muito bom continua que estamos a gostar.

Antes que me esqueça fica já um mérito porque a meio já mereces.

Os Picos são sempre um bom destino que nos reserva momentos fabulosos.
Estive por lá este ano e adorei.
Aqui vai o 22º   

13 de Junho (Cangas De Onís - Potes)

Neste dia acordamos com chuva e o céu completamente tapado.
O objectivo era ir para Potes, passando por Arenas de Cabrales e Panes, fazer o check-in no hotel reservado para as próximas 2 noites e, depois de almoço subir a Fuente Dé para andarmos no teleférico.
Como a chuva não nos deu tréguas, deixamo-nos ficar em Potes a descançar, ficando o teleférico para o dia seguinte, junto com a esperança que o sol voltasse.

Então aqui vai:
AS114, estrada que nos levou até Panes e que já tinhamos percorrido em parte na vespera



Este era o nosso aspecto


Entre Panes e Potes temos o Desfiladeiro de La Hermida, mas aqui a chuva era tanta que a máquina fotográfica não saiu do saco


Sempre de baixo de chuva, demoramos a manhã toda para fazer os cerca de 70kms que separam Cangas de Onís de Potes. Com o céu carregado como estava, as paisagens perderam o brilho da vespera.  

A tarde que passamos em Potes








Por agora é tudo, a continuação vem a seguir...

4nick8 escreveu:
Gosto do pormenor das botas, já experimentei diversas vezes e sempre muito eficaz   

Quando decidi atar as sacas pláticas nos pés já foi porque estava a ficar com os pés todos molhados.
Calcei umas meias secas, saca plástica por cima das meias, botas e nova saca plástica por fora das botas. Resultado, pés secos e quentinhos.  

É uma solução eficaz mas um pouco perigosa, porque a saca por fora da bota tira a aderência quase na totalidade.

Ora aqui está um passeio, bem perto, que todos deviam fazer.

Foi muito bom recordar locais de que tanto gosto e onde já não dá para ir até lá este ano.

Com bom tempo, Los Bayos e Hermida são dois desfiladeiros fabulosos de se fazer.

Não podia deixar de dar um merecido   

14 de Junho (Potes - Potes)

E o nosso desejo concretizou-se, o dia acordou com o céu limpo e muito sol.
Porreiro, porque já só nos restava este dia e pretendiamos ir a Fuente Dé, Posada de Valdeón e Caín, onde na impossibilidade de fazer a totalidade da Ruta del Cares, queriamos fazer pelo menos uma parte.
Este foi mesmo o dia mais intenso e aquele de que trago melhores recordações.

Acordarmos cedo e deitamos rodas ao caminho, rumo a Fuente Dé


Estacionamos ao mesmo tempo que um grupo (umas 5 motas, incluindo 2 scooters) de Portugueses da zona de Lisboa, que já estavam na estrada à mais de uma semana, fazendo pequenas distâncias diárias e delineando a rota ao sabor das vontades.
Fomos juntos para a fila do teleférico, que, ao contrário do que tenho lido, não nos tomou mais do que 15 minutos, e subimos juntos sempre com grande paródia à Portuguesa.




Uma vez lá em cima podemos ficar o tempo que quisermos e descer no teleférico que nos der mais jeito, ou então, iniciar uma caminhada por um dos 2 trilhos existentes e que nos trazem de volta a Fuente Dé.

Conforme já tinha lido em outras crónicas, a paisagem lá em cima é meio "lunar"




Antes de descer fiquei a analizar a geringonça


Para um descer, o outro tem de subir


Daqui, e sem mais demora, fizemo-nos à estrada de volta para Potes, onde fomos depois tomar a direcção de Riaño, para em Portilla De La Reina apanharmos a estreita estrada que nos levaria até Posada de Valdeón.

Ainda fizemos uma pausa no Pto. de S. Glório (1609m), num pequeno parque de merendas para almoçar-mos o que tinhamos comprado num supermercado em Potes.
Daqui sequimos então até Posada de Valdeón, onde tomamos um café solo, que à falta da nossa bica, é bem bom


Daqui continuamos por uma estrada sem saída até Caín.
Chegados lá, trocámos as botas por sapatilhas, deixámos capacetes e casacos na mota e fizemo-nos ao trilho Ruta del Cares. Infelizmente só fizemos uma parte, talvez metade (5 kms para cada lado), uma vez que para fazer tudo, ou teriamos que ter alguém à nossa espera na outra ponta (em Poncebos, onde já tinhamos estado na ante-véspera), ou necessitariamos de pelo menos umas 8 horas.
Não faz mal, para a próxima começamos do lado de Poncebos para fazer a outra metade.

O que vimos daqui para a frente foi tudo lindíssimo, por isso vou deixar-vos apenas com as fotos...
















Por agora é tudo, a continuação vem a seguir...

Fantástico, está uma crónica muito boa, fico á espera do resto

Fantástico relato. Obrigado pela partilha...de fazer inveja    

Mais um   

15 de Junho (Potes - Águeda)

Este era o dia marcado para o regresso.
Como nos esperavam mais de 700kms de estrada, decidimos levantar cedo, arrumamar tudo nas malas, montar as malas na mota e por fim tomar um pequeno almoço reforçado, que já estava incluído no preço do Hotel.

Cá está ela prontinha à porta do Hotel


De Potes a Riaño


Não me importava nada de fazer este percurso todos os dias para vir trabalhar...


Foi então em Riaño que nos despedimos dos Picos. Por aqui entramos e por aqui saimos


Daqui para a frente não há mais estória nem fotos. A viagem de regresso acabou por se revelar um pouco dura, porque optámos, como sempre, por andar o mais possível fora das auto-estradas e principalmente porque apanhamos muito calor, então em Trás-os-Montes... O facto de se tratar do regresso também não ajuda.

Entramos em Portugal por Miranda do Douro, onde paramos para almoçar já seriam umas 2 da tarde e foi continuar a descer passando por Macedo de Cavaleiros, Vila Real, Lamego, Viseu e por fim Águeda.

As últimas fotos são do aspecto da mota já à porta de casa




Fim

Um bom relato TFarias com fotos a condizer   
Como incentivo a mais aqui vai o merecido 23º  

Eu também já contribui....   

quero fazer esta viagem
o clube NC vai fazer, mas são em datas que não posso

  

Pessoal, obrigado pelos méritos. Deu trabalho, mas levou-me a reviver.

ricmags escreveu:quero fazer esta viagem
o clube NC vai fazer, mas são em datas que não posso

  

Vi por lá várias NC's, incluíndo uma com matrícula Inglesa.
Arrancando de Fafe é um tirinho, força nisso   

São crónicas destas que deixam saudade e vontade de voltar aos Picos.
Segue mérito merecido!
  

Viva conterrâneo.  

Excelente crónica e fotos, parabéns.  

Os Picos da Europa são também para nós, um dos espaços mais interessantes para passar uns dias de férias. Já lá estivemos várias vezes e também com muita chuva.

Com qualquer tipo de clima, vale bem a pena deambular por lá.