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De Maxiscooter por Marrocos
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Rico Sousa
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cristina
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jacare- Zero à direita
Re: De Maxiscooter por Marrocos
É impossível ficar indiferente a Marrocos e a crónicas destas
Luís Azevedo- Ainda é motorato!
Re: De Maxiscooter por Marrocos
Brigado malta
E aqui fica o relato de mais um dia:
O dia começou com mais uma panqueca marroquina com mel, que era quase sempre o meu pequeno almoço, e fizémos-nos à estrada mais uma vez, mas agora, em direcção à costa, pois as férias tinham entrado na recta final, e era hora de começar a subir.
Pelo caminho, mais uns quantos "transportes impossíveis"
E finalmente consegui captar um transporte escolar!
Nalguns viam-se as caras dos putos literalmente coladas nos vidros, e quando paravam para os deixar, parecia um filme de humor, pois nunca mais parava de sair crianças de dentro de viaturas que foram construídas para transportar apenas 9 pessoas.
Ao longo da estrada, sempre os enormes grupos de crianças de mochila ás costas.
El Jadida é conhecida como lá Cité Portugaise, porque já foi portuguesa, e a nossa influência está bem visível em todo o lado. Chamava-se então Mazagão.
Íamos para visitar a cisterna construída pelos portugueses, mas estava fechada para almoço, pelo que fomos também tratar do estômago.
Regressámos á parte nova da cidade, onde estávamos alojados, e espreitámos o acesso da Auto-Estrada, porque ainda não tinhamos visto nenhuma.
As férias aproximava-se do fim a uma velocidade vertiginosa, e nesta altura tivemos que decidir se iríamos a Casablanca, ou se simplesmente seguiríamos por auto-estrada para aproveitar o dia em Rabat, e seguir para tanger, fazendo um regresso a casa tranquilo, com passagem por Islantilla, e a escolha recaiu sobre esta última hipótese, mas não correu muito bem!...
Nunca tinha visto tantos bloqueios de estrada pela polícia como vi aqui em Marrocos! em todo o lado, normalmente à entrada/saída das cidades, encontramos a estrada bloqueada, deixando apenas uma via aberta, mas com sinais de stop e polícia a verificar todos os veículos, mandando sair para a berma alguns de forma aparentemente aleatória.
A nós, mandavam-nos sempre avançar, mas o sistema é: todos param, e é a polícia quem determina se pode avançar, ou se fica para ser fiscalizado. Além disso, têm sempre estendidas na estrada faixas com pregos prontas a ser esticadas para a outra faixa de rodagem, no caso de alguém não obedecer ao sinal de paragem.
Já há alguns dias que andávamos a derreter com calor, mas agora que finalmente chegámos à praia, o meu, querido amigo São Pedro brindou-nos com um dia de inverno!
Na medina, um comerciante depois das perguntas do costume, e quando respondemos que éramos de Sintra, disse-nos que El Jadida era geminada com Sintra, e que havia uma praça com o nome de Sintra, e apesar de não termos dado muito crédito, fomos investigar, e descobrimos que até era verdade!
Quando vi isto fiquei horrorizada! Nem quero imaginar os acidentes a que isto se presta, mas depois de regressar, tambem já encontrei uma atrocidade destas por cá! :-(
E aqui fica o relato de mais um dia:
O dia começou com mais uma panqueca marroquina com mel, que era quase sempre o meu pequeno almoço, e fizémos-nos à estrada mais uma vez, mas agora, em direcção à costa, pois as férias tinham entrado na recta final, e era hora de começar a subir.
Pelo caminho, mais uns quantos "transportes impossíveis"
E finalmente consegui captar um transporte escolar!
Nalguns viam-se as caras dos putos literalmente coladas nos vidros, e quando paravam para os deixar, parecia um filme de humor, pois nunca mais parava de sair crianças de dentro de viaturas que foram construídas para transportar apenas 9 pessoas.
Ao longo da estrada, sempre os enormes grupos de crianças de mochila ás costas.
El Jadida é conhecida como lá Cité Portugaise, porque já foi portuguesa, e a nossa influência está bem visível em todo o lado. Chamava-se então Mazagão.
Íamos para visitar a cisterna construída pelos portugueses, mas estava fechada para almoço, pelo que fomos também tratar do estômago.
Regressámos á parte nova da cidade, onde estávamos alojados, e espreitámos o acesso da Auto-Estrada, porque ainda não tinhamos visto nenhuma.
As férias aproximava-se do fim a uma velocidade vertiginosa, e nesta altura tivemos que decidir se iríamos a Casablanca, ou se simplesmente seguiríamos por auto-estrada para aproveitar o dia em Rabat, e seguir para tanger, fazendo um regresso a casa tranquilo, com passagem por Islantilla, e a escolha recaiu sobre esta última hipótese, mas não correu muito bem!...
Nunca tinha visto tantos bloqueios de estrada pela polícia como vi aqui em Marrocos! em todo o lado, normalmente à entrada/saída das cidades, encontramos a estrada bloqueada, deixando apenas uma via aberta, mas com sinais de stop e polícia a verificar todos os veículos, mandando sair para a berma alguns de forma aparentemente aleatória.
A nós, mandavam-nos sempre avançar, mas o sistema é: todos param, e é a polícia quem determina se pode avançar, ou se fica para ser fiscalizado. Além disso, têm sempre estendidas na estrada faixas com pregos prontas a ser esticadas para a outra faixa de rodagem, no caso de alguém não obedecer ao sinal de paragem.
Já há alguns dias que andávamos a derreter com calor, mas agora que finalmente chegámos à praia, o meu, querido amigo São Pedro brindou-nos com um dia de inverno!
Na medina, um comerciante depois das perguntas do costume, e quando respondemos que éramos de Sintra, disse-nos que El Jadida era geminada com Sintra, e que havia uma praça com o nome de Sintra, e apesar de não termos dado muito crédito, fomos investigar, e descobrimos que até era verdade!
Quando vi isto fiquei horrorizada! Nem quero imaginar os acidentes a que isto se presta, mas depois de regressar, tambem já encontrei uma atrocidade destas por cá! :-(
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http://maxitugolandia.blogspot.pt/
jacare- Zero à direita
Re: De Maxiscooter por Marrocos
Já na recta final, mais uma etapa, e esta foi muito difícil
Deixámos o Ibis de El Jadida!
O Ibis não engana, é acolhedor, tem tudo o que é preciso, e o preço é a condizer com o tamanho dos quatros.
Neste acabámos por ficar num triplo porque o quarto que nos foi atribuído tinha o sensor da luz do wc avariado, e não puderam reparar na hora.
Esta viagem muito diferente do que estamos habituados, com muita informação para processar, muita coisa para absorver, e a constante preocupação em evitar o assédio permanente dos marroquinos cansou-nos, por isso decidimos ir relaxar a Islantilla antes de retomar o trabalho, e tínhamos decidimos na véspera, apanhar a Auto-Estrada com intenção de chegar cedo e aproveitar o dia em Rabat, para logo no dia seguinte partir para Ceuta, mas foi uma péssima escolha, e acabámos por passar o dia todo entre a portagem de Bouznika, e a esquadra de polícia...
Estava-mos cansados! Pior ficámos!...
Cada um de nós levava trocos no bolso do casaco, e a cada portagem ele pagava, seguia, eu pagava e seguia, até que na portagem de Bouznika ele pagou, arrancou, eu aproximei-me da cabine, ouvi um barulho, vejo o portageiro olhar com um ar aflito, e quando me volto estava o meu marido no chão, e a cancela da portagem em baixo, quando deveria estar em cima!...
Muito aflito, o portageiro abriu a cancela e saiu da cabine, ao mesmo tempo que eu largava a minha mota para irmos ajudar o marido a levantar-se porque a mota tinha caído sobre o pé direito, e estava preso.
O portageiro aflito só dizia com as mãos na cabeça "ces´t ma fault!... ces´t ma fault"...
O que aconteceu foi que ele pagou a portagem, o portageiro abriu a cancela, mas logo de seguida fechou-a, e apanhou o meu marido a meio. A cancela interpôs-se entre ele e o ecrã da mota, retirando-lhe as mãos violentamente do guiador, e impossibilitando qualquer reacção.
A mota ficou neste estado:
O rapaz aflito só perguntava quanto custava o espelho, como se pagando o espelho tudo ficasse resolvido, mas quando lhe dissemos que só o espelho custaria mais de 60,00 €, e que tudo o resto iria para perto de 1.000,00 € ficou em pânico,... ou pelo menos fez tudo para nos convencer que estava em pânico, que a vida dele tinha acabado, que tinha uma filha pequena, que era a primeira semana de trabalho, mas afinal mais tarde, depois de muitas horas de histórias, já estava no fim do contrato de 3 meses!...
...enfim!......
Mandámos chamar o responsável das AE, mas estava difícil de aparecer alguém. Apareceu entretanto um funcionário já com uma certa idade, julgo que seria um funcionário da limpeza, e com poucas palavras foi o único a tentar inteirar-se da saúde do meu marido! foi buscar desinfectante, e ajudou a limpar a ferida, e foi ele quem viu que também se tinha aleijado no cotovelo.
O capacete do Lidl fez o seu trabalho, porque ele bateu com a cabeça com alguma violência no separador das vias, e ficou praticamente encaixado debaixo da mota e preso entre esta e o separador.
Ao fim de algum tempo, lá apareceu um suposto responsável, e começaram a falar entre eles numa mistura daquele francês deles que não é bem francês, com árabe, e depois de alguns telefonemas propunham-nos fazer o trabalho de pintura da mota numa oficina de uma amigo do portageiro, sendo ele mesmo, o portageiro, quem iria pintar a mota!...
Aqui dá para ver a cancela bem marcada, e não nos pareceu que tivesse sido a primeira vez.
Aliás, a partir daí passámos a reparar nas cancelas, e na verdade quase todas têm marcas de já terem sido abalroadas várias vezes, e ficámos com a sensação de que não devem ter os sensores de segurança activos....
Nesta altura começou a saltar-me a tampa, e "soltei a mulher bérebere" que há em mim, e que já tinha feito uma ou duas aparições nesta viagem, exigindo a presença da polícia, dado que o responsável da AE não assumia nada, e só dizia que teria que ser o portageiro a resolver do bolso dele.
Por alto fizémos contas e o estrago não ficaria por menos de 700,00 €, além de que estávamos a perder um dia de férias, com eles atentar negociar o valor da reparação entre os 60,00 € do espelho e a pintura feita pelo rapaz...
Ainda telefonaram para algum lado, a tentar arranjar o espelho, pois como é óbvio não poderíamos atravessar Espanha sem espelho, mas não conseguiram nada, e depois de muita insistência, lá nos levaram para o posto da polícia da portagem.
Com isto tudo, estava-mos já com fome, e cada vez mais cansados, e eles estavam a jogar com isso, tentando ganhar pelo cansaço, mas não me conhecem!...
O Rui é diabético, e comecei a ficar um pouco preocupada, pois por esta altura eram cerca de 3 horas da tarde e estava só com o pequeno almoço, e nem uma garrafa de água nos arranjaram! a muito custo, o chefe do posto lá sacou de uma chave e abriu um armário onde tinha fechada a 7 chaves uma máquina de café, e lá lhe arranjou um café para repor níveis, mas até cerca das 19:00 horas foi tudo o que ingeriu!
A conversa não desenvolvia, porque nem nós estávamos dispostos a sair dali de mãos a abanar, nem eles assumiam nada, e entretanto o Rui tinha telefonado à D. Paula Santos, uma senhora que trabalha entre Marrocos e Portugal, organizando viagens de grupo, e cujo contacto nos tinha sido dado pelo companheiro Jorge Bernardo para alguma emergência, e que muito nos ajudou naquele dia, servindo de interlocutor entes nós e os marroquinos. Ao fim de várias horas finalmente entenderam que não iam levar a melhor, e lá perceberam que teria que ser aberto um processo na esquadra de polícia de Bouznika, para onde nos encaminharam.
Foi lá que passámos o resto da tarde, onde novamente a história foi contada, e uma vez mais nos tentaram levar pelo cansaço, até que entenderam de uma vez por todas que não haveria mesmo escapatória e deram finalmente início à abertura formal de um processo.
Aí começou outro problema! em que idioma?... Francês, nenhum de nós escreve, eles não sabem inglês, e claro que o português e o árabe estavam fora de digitação. Mandaram-nos escrever em Inglês, e começaram a transcrever para o google tradutor!...
Claro que logo à primeira frase entenderam,... ou não, porque de seguida mandaram-nos escrever em português!...
Cá para mim, foi uma derradeira tentativa de nos dobrar pelo cansaço, mas nós somos um osso muito duro de roer, e não é depois de meio século de vida que vou começar a deixar os meus direitos por reclamar!
A dada altura desapareceram todos.
Ficámos apenas nós, um polícia, e o portageiro, que numa última tentativa nos tentou mais uma vez convencer que era o fim da vida dele, e sacou de uma bomba de ventilan!
...ele não me conhece!...
Saiu-me logo disparada da boca um: tenho uma igual na mota, pelo que se precisar vou buscar!...
Desistiu de vez, e entretanto voltou o comandante do posto, com a trupe toda e disseram-nos que iriam eles mesmo escrever o auto por nós, dado que as traduções não funcionavam.
Desapareceram todos e estiveram ausentes cerca de uma hora e quando reapareceram, vinha só o comandante e os polícias, já sem o pessoal da AE, que não tornámos a ver!
Traziam um livro oficial, onde tinham supostamente registado toda a história, em árabe, e deram-no ao meu marido para assinar!...
Claro que a nossa surpresa foi evidente, e perante ela, levantaram-se todos muito ofendidos, perguntando se estávamos a desconfiar!
O comandante era enorme, e apesar de não me fazer medo, confesso que impunha respeito, mas na verdade o absurdo da situação só me dava era vontade de rir!
Como não nos disponibilizaram nenhum tipo de tradução, e apenas diziam que correspondia ao que tínhamos contado (nós e o portageiro), percebemos que não havia outra saída senão assinar, e ao mesmo tempo tínhamos que reconhecer que até ao momento não havia nenhuma razão para não confiar nas autoridades marroquinas, apesar do aspecto de "GNR corrupta de província" com que que toda a cena se apresentava.
Ainda tentei tirar uma foto, mas imediatamente retiraram o livro do meu alcance, novamente abespinhados, e recusaram peremptoriamente dar uma cópia. Apenas me apontaram um suposto numero de processo, e me disseram para o anotar pelo meu punho!
Não houve outra solução senão a de ele assinar aquele suposto auto, e rezar para que a coisa corresse bem, e finalmente fomos embora, trazendo apenas como "recordação", o talão da portagem, algumas mazelas no pé e no cotovelo, e a mota toda riscada com o espelho "embrulhado" em fita americana.
Voltámos à A5, mas agora cada passagem das cancelas era a medo, até que finalmente chegámos a Rabat.
O hotel era fantástico, e tinha à nossa espera uma garrafa de água e um cesto de fruta. Foi a única vez que tal aconteceu, e foi no dia certo! devorámos tudo, e com o estômago recomposto, decidimos tentar ainda ver alguma coisa de Rabat, e a torre Hassan, que era ali perto.
A torre estava em obras, mas deu para visitar o mausoléu.
Demos uma volta pela cidade, à procura de jantar, e de alguma oficina que pudesse ter um espelho para remediar, mas a única que encontrámos não tinha nada.
Jantámos e fomos dormir, mas decidimos que em vez de sair logo de manhã para Tanger, ou de ir visitar a medina, como chegámos a ponderar, iríamos à embaixada de Marrocos.
Deixámos o Ibis de El Jadida!
O Ibis não engana, é acolhedor, tem tudo o que é preciso, e o preço é a condizer com o tamanho dos quatros.
Neste acabámos por ficar num triplo porque o quarto que nos foi atribuído tinha o sensor da luz do wc avariado, e não puderam reparar na hora.
Esta viagem muito diferente do que estamos habituados, com muita informação para processar, muita coisa para absorver, e a constante preocupação em evitar o assédio permanente dos marroquinos cansou-nos, por isso decidimos ir relaxar a Islantilla antes de retomar o trabalho, e tínhamos decidimos na véspera, apanhar a Auto-Estrada com intenção de chegar cedo e aproveitar o dia em Rabat, para logo no dia seguinte partir para Ceuta, mas foi uma péssima escolha, e acabámos por passar o dia todo entre a portagem de Bouznika, e a esquadra de polícia...
Estava-mos cansados! Pior ficámos!...
Cada um de nós levava trocos no bolso do casaco, e a cada portagem ele pagava, seguia, eu pagava e seguia, até que na portagem de Bouznika ele pagou, arrancou, eu aproximei-me da cabine, ouvi um barulho, vejo o portageiro olhar com um ar aflito, e quando me volto estava o meu marido no chão, e a cancela da portagem em baixo, quando deveria estar em cima!...
Muito aflito, o portageiro abriu a cancela e saiu da cabine, ao mesmo tempo que eu largava a minha mota para irmos ajudar o marido a levantar-se porque a mota tinha caído sobre o pé direito, e estava preso.
O portageiro aflito só dizia com as mãos na cabeça "ces´t ma fault!... ces´t ma fault"...
O que aconteceu foi que ele pagou a portagem, o portageiro abriu a cancela, mas logo de seguida fechou-a, e apanhou o meu marido a meio. A cancela interpôs-se entre ele e o ecrã da mota, retirando-lhe as mãos violentamente do guiador, e impossibilitando qualquer reacção.
A mota ficou neste estado:
O rapaz aflito só perguntava quanto custava o espelho, como se pagando o espelho tudo ficasse resolvido, mas quando lhe dissemos que só o espelho custaria mais de 60,00 €, e que tudo o resto iria para perto de 1.000,00 € ficou em pânico,... ou pelo menos fez tudo para nos convencer que estava em pânico, que a vida dele tinha acabado, que tinha uma filha pequena, que era a primeira semana de trabalho, mas afinal mais tarde, depois de muitas horas de histórias, já estava no fim do contrato de 3 meses!...
...enfim!......
Mandámos chamar o responsável das AE, mas estava difícil de aparecer alguém. Apareceu entretanto um funcionário já com uma certa idade, julgo que seria um funcionário da limpeza, e com poucas palavras foi o único a tentar inteirar-se da saúde do meu marido! foi buscar desinfectante, e ajudou a limpar a ferida, e foi ele quem viu que também se tinha aleijado no cotovelo.
O capacete do Lidl fez o seu trabalho, porque ele bateu com a cabeça com alguma violência no separador das vias, e ficou praticamente encaixado debaixo da mota e preso entre esta e o separador.
Ao fim de algum tempo, lá apareceu um suposto responsável, e começaram a falar entre eles numa mistura daquele francês deles que não é bem francês, com árabe, e depois de alguns telefonemas propunham-nos fazer o trabalho de pintura da mota numa oficina de uma amigo do portageiro, sendo ele mesmo, o portageiro, quem iria pintar a mota!...
Aqui dá para ver a cancela bem marcada, e não nos pareceu que tivesse sido a primeira vez.
Aliás, a partir daí passámos a reparar nas cancelas, e na verdade quase todas têm marcas de já terem sido abalroadas várias vezes, e ficámos com a sensação de que não devem ter os sensores de segurança activos....
Nesta altura começou a saltar-me a tampa, e "soltei a mulher bérebere" que há em mim, e que já tinha feito uma ou duas aparições nesta viagem, exigindo a presença da polícia, dado que o responsável da AE não assumia nada, e só dizia que teria que ser o portageiro a resolver do bolso dele.
Por alto fizémos contas e o estrago não ficaria por menos de 700,00 €, além de que estávamos a perder um dia de férias, com eles atentar negociar o valor da reparação entre os 60,00 € do espelho e a pintura feita pelo rapaz...
Ainda telefonaram para algum lado, a tentar arranjar o espelho, pois como é óbvio não poderíamos atravessar Espanha sem espelho, mas não conseguiram nada, e depois de muita insistência, lá nos levaram para o posto da polícia da portagem.
Com isto tudo, estava-mos já com fome, e cada vez mais cansados, e eles estavam a jogar com isso, tentando ganhar pelo cansaço, mas não me conhecem!...
O Rui é diabético, e comecei a ficar um pouco preocupada, pois por esta altura eram cerca de 3 horas da tarde e estava só com o pequeno almoço, e nem uma garrafa de água nos arranjaram! a muito custo, o chefe do posto lá sacou de uma chave e abriu um armário onde tinha fechada a 7 chaves uma máquina de café, e lá lhe arranjou um café para repor níveis, mas até cerca das 19:00 horas foi tudo o que ingeriu!
A conversa não desenvolvia, porque nem nós estávamos dispostos a sair dali de mãos a abanar, nem eles assumiam nada, e entretanto o Rui tinha telefonado à D. Paula Santos, uma senhora que trabalha entre Marrocos e Portugal, organizando viagens de grupo, e cujo contacto nos tinha sido dado pelo companheiro Jorge Bernardo para alguma emergência, e que muito nos ajudou naquele dia, servindo de interlocutor entes nós e os marroquinos. Ao fim de várias horas finalmente entenderam que não iam levar a melhor, e lá perceberam que teria que ser aberto um processo na esquadra de polícia de Bouznika, para onde nos encaminharam.
Foi lá que passámos o resto da tarde, onde novamente a história foi contada, e uma vez mais nos tentaram levar pelo cansaço, até que entenderam de uma vez por todas que não haveria mesmo escapatória e deram finalmente início à abertura formal de um processo.
Aí começou outro problema! em que idioma?... Francês, nenhum de nós escreve, eles não sabem inglês, e claro que o português e o árabe estavam fora de digitação. Mandaram-nos escrever em Inglês, e começaram a transcrever para o google tradutor!...
Claro que logo à primeira frase entenderam,... ou não, porque de seguida mandaram-nos escrever em português!...
Cá para mim, foi uma derradeira tentativa de nos dobrar pelo cansaço, mas nós somos um osso muito duro de roer, e não é depois de meio século de vida que vou começar a deixar os meus direitos por reclamar!
A dada altura desapareceram todos.
Ficámos apenas nós, um polícia, e o portageiro, que numa última tentativa nos tentou mais uma vez convencer que era o fim da vida dele, e sacou de uma bomba de ventilan!
...ele não me conhece!...
Saiu-me logo disparada da boca um: tenho uma igual na mota, pelo que se precisar vou buscar!...
Desistiu de vez, e entretanto voltou o comandante do posto, com a trupe toda e disseram-nos que iriam eles mesmo escrever o auto por nós, dado que as traduções não funcionavam.
Desapareceram todos e estiveram ausentes cerca de uma hora e quando reapareceram, vinha só o comandante e os polícias, já sem o pessoal da AE, que não tornámos a ver!
Traziam um livro oficial, onde tinham supostamente registado toda a história, em árabe, e deram-no ao meu marido para assinar!...
Claro que a nossa surpresa foi evidente, e perante ela, levantaram-se todos muito ofendidos, perguntando se estávamos a desconfiar!
O comandante era enorme, e apesar de não me fazer medo, confesso que impunha respeito, mas na verdade o absurdo da situação só me dava era vontade de rir!
Como não nos disponibilizaram nenhum tipo de tradução, e apenas diziam que correspondia ao que tínhamos contado (nós e o portageiro), percebemos que não havia outra saída senão assinar, e ao mesmo tempo tínhamos que reconhecer que até ao momento não havia nenhuma razão para não confiar nas autoridades marroquinas, apesar do aspecto de "GNR corrupta de província" com que que toda a cena se apresentava.
Ainda tentei tirar uma foto, mas imediatamente retiraram o livro do meu alcance, novamente abespinhados, e recusaram peremptoriamente dar uma cópia. Apenas me apontaram um suposto numero de processo, e me disseram para o anotar pelo meu punho!
Não houve outra solução senão a de ele assinar aquele suposto auto, e rezar para que a coisa corresse bem, e finalmente fomos embora, trazendo apenas como "recordação", o talão da portagem, algumas mazelas no pé e no cotovelo, e a mota toda riscada com o espelho "embrulhado" em fita americana.
Voltámos à A5, mas agora cada passagem das cancelas era a medo, até que finalmente chegámos a Rabat.
O hotel era fantástico, e tinha à nossa espera uma garrafa de água e um cesto de fruta. Foi a única vez que tal aconteceu, e foi no dia certo! devorámos tudo, e com o estômago recomposto, decidimos tentar ainda ver alguma coisa de Rabat, e a torre Hassan, que era ali perto.
A torre estava em obras, mas deu para visitar o mausoléu.
Demos uma volta pela cidade, à procura de jantar, e de alguma oficina que pudesse ter um espelho para remediar, mas a única que encontrámos não tinha nada.
Jantámos e fomos dormir, mas decidimos que em vez de sair logo de manhã para Tanger, ou de ir visitar a medina, como chegámos a ponderar, iríamos à embaixada de Marrocos.
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Re: De Maxiscooter por Marrocos
Mais 1 M para a Cristina!!!
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MY LIFE IS A HELL!!!
Elisio FJR- Já sai à rua a conduzir.
Re: De Maxiscooter por Marrocos
Brigado
Como já tinha mencionado, o hotel em Rabat era excelente, e ao pequeno almoço até tinha garrafas de água, coisa que não acontecera até então em nenhum outro, e nem hesitei, e servi-me, e nem me importei com o facto de a garrafa estar aberta, não me passando pela cabeça que pudesse ser água da torneira...
Tivemos sempre um cuidado imenso com a água, e até esse momento nunca bebemos nada que não fosse aberto por nós, nem tão pouco comemos nada cru, como saladas ou fruta, e até aí tinha corrido bem.
Depois do pequeno almoço, apanhámos mais um "petit taxi" (em Rabat são azuis), e fomos à embaixada.
A embaixada funciona numa vivenda, num bairro de vivendas ao estilo do nosso Restelo, e àquela hora ainda não havia por lá ninguém, mas depois de alguma conversa, lá nos deixaram entrar, e finalmente contamos a nossa história.
Claro que a primeira reacção foi aquele tradicional "não podemos fazer nada, não é da nossa competência,...", mas ao fim de algum tempo lá entraram no espírito da coisa e libertaram a simpatia, disponibilizando-se para nos ajudar.
Fizeram alguns telefonemas, tentaram contactar as Auto-Estradas de Marrocos, mas até parecia que estava a tentar contactar algum serviço público português, e ninguém atendia!...
Ficaram com os dados do suposto processo, e ficaram de tentar saber alguma coisa, e eventualmente obter uma cópia do processo.
Já perto da hora de almoço apanhámos a estrada.
Mais um "transporte impossível"
Voltámos a arriscar a Auto-Estrada, porque decidimos ainda ir espreitar as grutas do Hercules, mas lá as Auto-Estradas devem ter umas regras um pouco diferentes, pois fartámos-nos de ver gente a pé na berma!...
Uns estavam a vender, outros a pedir boleia, e outros simplesmente estavam à beira da estrada à espera de algum transporte.
...este estava à sombra!
Paramos para almoçar numa área de serviço idêntica ás nossas, só que além dos wc femininos e masculinos, tinha também as salas de reza masculinas e femininas!
E lá saiu mais uma tagine e uma brocheta de frango para a nossa mesa.
Entretanto, do outro lado da área de serviço havia uma casinha de venda de bilhetes, e tentaram vender-nos bilhetes quase ao dobro do preço que tínhamos pago, pelo que chamei-lhes tudo o que me ocorreu - nessa altura já tinha perdido a vergonha e a compostura, e decidimos voltar a comprar online da mesma forma que tínhamos feito na ida.
Retomámos a AE, e esquecemos-nos que as motas também precisam de combustível, e acabámos por chegar ao fim da Auto-Estrada a "vapores de gasolina"!
Descobrimos que o Cacém tem praia :-)
E finalmente fomos espreitar as grutas.
Tinha lido que se pagava, por isso não estranhei encontrar um marroquino á entrada do que parecia ser a gruta a cobrar, por isso pagámos e entramos, mas afinal aquilo era uma outra gruta, toda trabalhada e com venda de "recuerdos", e onde estava um conjunto de marroquinos a tocar uns instrumentos típicos.
A acústica da gruta fazia com que o som saísse muito ampliado, e era de tal forma agudo que se tornava insuportável para os meus ouvidos sensíveis, por isso, e como não era efectivamente a gruta do Hercules, não demorámos a sair.
E lá estava o tradicional macaco para as selfies ;-)
Finalmente, a gruta propriamente dita:
Muito bonita, e arranjadinha! valeu o desvio!
Estava um dia magnífico, mas muito quente, por isso voltámos à estrada e fomos para Tanger, onde jantámos, depois de alojados novamente no Ibis.
Comemos a última tagine, e o último frango grelhado, mas desta vez não era em espetada.
Achámos piada ao pormenor da colher.
Apareceu um grupo de 6 barulhentos e "palavrosos" motociclistas e abarcaram no mesmo restaurante, mas nem notaram que também éramos tugas, até ao momento em que viemos embora e lhes desejámos boa viagem ;-)
Passámos pelo supermercado para comprar o pequeno almoço, e fomos dormir...
O plano, era no dia seguinte (sábado) apanhar o ferry e ir até Islantilla, e compramos logo os bilhetes do ferry, mas ainda antes de me deitar, senti uma certa urgência para ir ao wc, e pouco depois de adormecer,... acordei com cólicas!
Como já tinha mencionado, o hotel em Rabat era excelente, e ao pequeno almoço até tinha garrafas de água, coisa que não acontecera até então em nenhum outro, e nem hesitei, e servi-me, e nem me importei com o facto de a garrafa estar aberta, não me passando pela cabeça que pudesse ser água da torneira...
Tivemos sempre um cuidado imenso com a água, e até esse momento nunca bebemos nada que não fosse aberto por nós, nem tão pouco comemos nada cru, como saladas ou fruta, e até aí tinha corrido bem.
Depois do pequeno almoço, apanhámos mais um "petit taxi" (em Rabat são azuis), e fomos à embaixada.
A embaixada funciona numa vivenda, num bairro de vivendas ao estilo do nosso Restelo, e àquela hora ainda não havia por lá ninguém, mas depois de alguma conversa, lá nos deixaram entrar, e finalmente contamos a nossa história.
Claro que a primeira reacção foi aquele tradicional "não podemos fazer nada, não é da nossa competência,...", mas ao fim de algum tempo lá entraram no espírito da coisa e libertaram a simpatia, disponibilizando-se para nos ajudar.
Fizeram alguns telefonemas, tentaram contactar as Auto-Estradas de Marrocos, mas até parecia que estava a tentar contactar algum serviço público português, e ninguém atendia!...
Ficaram com os dados do suposto processo, e ficaram de tentar saber alguma coisa, e eventualmente obter uma cópia do processo.
Já perto da hora de almoço apanhámos a estrada.
Mais um "transporte impossível"
Voltámos a arriscar a Auto-Estrada, porque decidimos ainda ir espreitar as grutas do Hercules, mas lá as Auto-Estradas devem ter umas regras um pouco diferentes, pois fartámos-nos de ver gente a pé na berma!...
Uns estavam a vender, outros a pedir boleia, e outros simplesmente estavam à beira da estrada à espera de algum transporte.
...este estava à sombra!
Paramos para almoçar numa área de serviço idêntica ás nossas, só que além dos wc femininos e masculinos, tinha também as salas de reza masculinas e femininas!
E lá saiu mais uma tagine e uma brocheta de frango para a nossa mesa.
Entretanto, do outro lado da área de serviço havia uma casinha de venda de bilhetes, e tentaram vender-nos bilhetes quase ao dobro do preço que tínhamos pago, pelo que chamei-lhes tudo o que me ocorreu - nessa altura já tinha perdido a vergonha e a compostura, e decidimos voltar a comprar online da mesma forma que tínhamos feito na ida.
Retomámos a AE, e esquecemos-nos que as motas também precisam de combustível, e acabámos por chegar ao fim da Auto-Estrada a "vapores de gasolina"!
Descobrimos que o Cacém tem praia :-)
E finalmente fomos espreitar as grutas.
Tinha lido que se pagava, por isso não estranhei encontrar um marroquino á entrada do que parecia ser a gruta a cobrar, por isso pagámos e entramos, mas afinal aquilo era uma outra gruta, toda trabalhada e com venda de "recuerdos", e onde estava um conjunto de marroquinos a tocar uns instrumentos típicos.
A acústica da gruta fazia com que o som saísse muito ampliado, e era de tal forma agudo que se tornava insuportável para os meus ouvidos sensíveis, por isso, e como não era efectivamente a gruta do Hercules, não demorámos a sair.
E lá estava o tradicional macaco para as selfies ;-)
Finalmente, a gruta propriamente dita:
Muito bonita, e arranjadinha! valeu o desvio!
Estava um dia magnífico, mas muito quente, por isso voltámos à estrada e fomos para Tanger, onde jantámos, depois de alojados novamente no Ibis.
Comemos a última tagine, e o último frango grelhado, mas desta vez não era em espetada.
Achámos piada ao pormenor da colher.
Apareceu um grupo de 6 barulhentos e "palavrosos" motociclistas e abarcaram no mesmo restaurante, mas nem notaram que também éramos tugas, até ao momento em que viemos embora e lhes desejámos boa viagem ;-)
Passámos pelo supermercado para comprar o pequeno almoço, e fomos dormir...
O plano, era no dia seguinte (sábado) apanhar o ferry e ir até Islantilla, e compramos logo os bilhetes do ferry, mas ainda antes de me deitar, senti uma certa urgência para ir ao wc, e pouco depois de adormecer,... acordei com cólicas!
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http://maxitugolandia.blogspot.pt/
Re: De Maxiscooter por Marrocos
E aqui vai mais um
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"A sorte protege os audazes"
jacare- Zero à direita
Re: De Maxiscooter por Marrocos
Ola Cristina!
Olha, estou aqui com uma comichãozita e acho que tenho que te dizer isto mulher!
A cronica esta altamente, as fotografia porreiras, é de valor levar os aspiradores para tão longe de casa, ainda para mais sem saber onde mudar os sacos do aspirador mas eu só posso concluir a menina se quer ver livre do seu marido!
Então, sendo você parte queixosa da coisa, deixa o seu marido assinar um papel cujo o conteudo a Cristina desconhece!?
Isto só pode ser uma tentativa desesperada de se ver livre do seu marido!
Na melhor da situações o que pode ter acontecido é que o documento desculpava de quaisquer responsabilidades , tanto a consecionaria como o portageiro, mas tambem já pode o seu marido estar na lista dos 10 tipos mais buscados do planeta com mandato de extradição e interpol à pega! Ou, pior ainda, pode ser confissão da violação, esfolagem e posterior empalamento do macaco das selfies e com as consequentes associações de defesa de animais à perna de vocemecezes!
NUNCA SE ASSINA UM DOCUMENTO SEM SE SABER O QUE NELE ESTA ESCRITO!
Aconselho vivamente a não visitar Marrocos nos proximos 40 anos, não porque as prisões sejam uma miseria, ou porque não se cumprem os direitos do homem, ou porque as mulheres sejam violadas pelo guardas, mas sim porque a comida leva muito picante!
Eu visitei Marrocos 7 vezes em trabalho e curti bue tudo, o pão, os policias, as gajas, a droga, os taxis, os camelos, as mobilletes e até o ramadão!
Casa Blanca é super perigoso e eles olhavam para mim e entravam dentro de casa e fechavam as portas.
E claro, andavam por lá as carraças:
"Tenho familia em portugal e Coimbra é uma cidade muito bonita e eu tenho um produto de primeirissima qualidade para te vender!"
"Não!"
E eles liam no meu olhar:
"Se não não saires já da minha frente, parto-te as duas pernas e faço-te um nó cego na piroca!"
Remedio santo!
É preciso tambem ter uma mentalidade aberta, mostra-se amavel, não por cara feia a um odor estranho e regatear tudo.
"Cuanto custa o cinto!?"
"350 dirams"
"Muito, dou 100"
E eles ofendem-se muito dizem de tudo e mais alguma coisa e tu dizes:
"Xau laura"
E eles arrependem-se e dizem:
"300!"
"Xau Laura!"
"250!"
"100!"
"175"
E por ai a diante até que acabas por sair de la sem nada (inclusive a tua propria carteira)
Bem , o que interessa é que tu tenhas curtido e tal, e que agora ja te sintas capaz de fazer mais viagens por sitos inóspitos como podem ser os ninhos da Camorra ou da Cosa Nostra! Se bem que, alguns bairros de Paris tambem não estão muito longe de serem um inferno, mas isso já é outra historia....
Olha, estou aqui com uma comichãozita e acho que tenho que te dizer isto mulher!
A cronica esta altamente, as fotografia porreiras, é de valor levar os aspiradores para tão longe de casa, ainda para mais sem saber onde mudar os sacos do aspirador mas eu só posso concluir a menina se quer ver livre do seu marido!
Então, sendo você parte queixosa da coisa, deixa o seu marido assinar um papel cujo o conteudo a Cristina desconhece!?
Isto só pode ser uma tentativa desesperada de se ver livre do seu marido!
Na melhor da situações o que pode ter acontecido é que o documento desculpava de quaisquer responsabilidades , tanto a consecionaria como o portageiro, mas tambem já pode o seu marido estar na lista dos 10 tipos mais buscados do planeta com mandato de extradição e interpol à pega! Ou, pior ainda, pode ser confissão da violação, esfolagem e posterior empalamento do macaco das selfies e com as consequentes associações de defesa de animais à perna de vocemecezes!
NUNCA SE ASSINA UM DOCUMENTO SEM SE SABER O QUE NELE ESTA ESCRITO!
Aconselho vivamente a não visitar Marrocos nos proximos 40 anos, não porque as prisões sejam uma miseria, ou porque não se cumprem os direitos do homem, ou porque as mulheres sejam violadas pelo guardas, mas sim porque a comida leva muito picante!
Eu visitei Marrocos 7 vezes em trabalho e curti bue tudo, o pão, os policias, as gajas, a droga, os taxis, os camelos, as mobilletes e até o ramadão!
Casa Blanca é super perigoso e eles olhavam para mim e entravam dentro de casa e fechavam as portas.
E claro, andavam por lá as carraças:
"Tenho familia em portugal e Coimbra é uma cidade muito bonita e eu tenho um produto de primeirissima qualidade para te vender!"
"Não!"
E eles liam no meu olhar:
"Se não não saires já da minha frente, parto-te as duas pernas e faço-te um nó cego na piroca!"
Remedio santo!
É preciso tambem ter uma mentalidade aberta, mostra-se amavel, não por cara feia a um odor estranho e regatear tudo.
"Cuanto custa o cinto!?"
"350 dirams"
"Muito, dou 100"
E eles ofendem-se muito dizem de tudo e mais alguma coisa e tu dizes:
"Xau laura"
E eles arrependem-se e dizem:
"300!"
"Xau Laura!"
"250!"
"100!"
"175"
E por ai a diante até que acabas por sair de la sem nada (inclusive a tua propria carteira)
Bem , o que interessa é que tu tenhas curtido e tal, e que agora ja te sintas capaz de fazer mais viagens por sitos inóspitos como podem ser os ninhos da Camorra ou da Cosa Nostra! Se bem que, alguns bairros de Paris tambem não estão muito longe de serem um inferno, mas isso já é outra historia....
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ENDLESS ROAD
Re: De Maxiscooter por Marrocos
Ganda cena!
Felizmente o que está no processo parece que é mesmo a versão correcta, e com os cumprimentos das simpáticas senhoras da Embaixada, até já temos uma cópia que foi entregue na Embaixada marroquina em Portugal, que está a tratar do assunto.
Quando tiver resultados, partilharei por cá
Entretanto, aqui fica o "capítulo final":
Pois foi!,... mesmo no último dia apanhei a gastroenterite marroquina!...
Passei a noite entre a cama e o wc!
De manhã era evidente que não havia condições para sair do hotel, por isso o Rui saiu para prolongar a estadia por mais uma noite, e foi ao porto saber como fazer, mas afinal os bilhetes apesar de terem data, são em aberto, e podem ser usados no prazo de um ano.
O marido trouxe-me aquárius, coca-cola, e bpantene, e passei o dia entre a cama e o wc,...
Aconteceu-lhe aliás uma cena engraçada, pois ele distraído como é, saiu da farmácia sem trazer o bpantene, e já ia na rua quando apareceu um marroquino de motobecane com o saquinho da farmácia para lhe entregar!
No dia seguinte de manhã, com muito custo lá me levantei e fomos apanhar o Ferry.
Fiquei em frente ao wc, que felizmente estava limpíssimo, e o mar estava tão calmo que as funcionárias nem estavam a distribuir os sacos para o enjoo.
Fiz os 700 km de viagem com muito sacrifício, a parar de 100 em 100 km para usar o wc. almocei uma torrada com chá, que foi a única coisa que comi nos 2 dias, e cheguei a casa com menos 3 kilos.
Como estava debilitada, vim eu à frente, para o marido ir a ver-me, e a meio do caminho diz-me ele: saltou qualquer coisa preta da tua mota!...
Na paragem seguinte vi que faltava o tapete do patim direito! nada grave!... já o comprei na MigTec, e custou a fortuna de 6,62 € ;-)
A OLga saiu de casa no dia 8 de Maio com 35.821 km, e chegou com 39.404, e muito suja!
Foi lavada na MigTec e tive que voltar a lavar porque os insectos estavam tão agarrados que só saíram com água quente!
Passados quase 3 meses, tivemos finalmente notícias de Marrocos pela primeira vez, e foi pela boca da simpática D. Adra da embaixada, que ligou a informar que já tinha uma cópia do processo, que entretanto já recebemos.
Há uma esperança de um dia ver os danos reparados!...
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http://maxitugolandia.blogspot.pt/
Re: De Maxiscooter por Marrocos
De aspirador também se vai
Cristina, tens de lá ir comigo. Vais mudar de opinião .....
Beijinho
Cristina, tens de lá ir comigo. Vais mudar de opinião .....
Beijinho
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É melhor chegar 5 minutos atrasada nesta vida que 10 minutos adiantada na próxima
Paula Kota- Zero à direita
Re: De Maxiscooter por Marrocos
merecido.
Venham + histórias.
Venham + histórias.
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... e vamos com calma!
FJRico
Rico Sousa- Zero à direita
Re: De Maxiscooter por Marrocos
Paula Kota escreveu:De aspirador também se vai
Cristina, tens de lá ir comigo. Vais mudar de opinião .....
Beijinho
Isso é que era serviço! gajas à conquista de Marrocos, mas teria medo que a tua vermelhinha adormecesse á espera da minha OLga
PS: Espero lá voltar, mas com outra companhia, porque se para mim não é fácil lidar com "melgas", na companhia do marido é ainda pior, porque ele é daqueles que nunca se deve deixar abrir a porta a vendedores porque compra tudo
PS 2: dia 19 faz um ano que o marido foi derrubado pela cancela Marroquina, e continuamos à espera. Ele de vez em quando passa por lá, e a resposta é sempre a mesma: "Não está esquecido"...
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