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Route 66 Portuguesa, EN 2
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luisfilipe
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Carlos Balio
Antonio Carlos Serrano
12 participantes
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Route 66 Portuguesa, EN 2
A E.N.2 a (route 66 portuguesa)
Já faltavam poucos dias para o meu evento particular e a azáfama era enervante.. A principal preocupação , primava, pelo estado físico que iria apresentar, para poder enfrentar a viagem.
Afinal, os meus 64 anos já espelham a realidade de toda uma vida conturbada pelo trabalho, acompanhada por algum desmazelo alimentar que contribuiu em excesso de peso, altamente prejudicial, para ter um mobilidade plena.
No entanto, para contrariar a situação física, compenso com a minha força espiritual e mental que julgo possuir.
Agora na reforma, sobeja o tempo para realizar tudo aquilo que não foi possível fazer. De uma certa forma, dá-se um “voltface” nos nossos hábitos. Afinal a vida de reformado tem excesso de descanso diário e portanto, procura-se ocupar a ociosidade do tempo.
Ao longo do tempo, ocupei-me com tertúlias, pesca desportiva, associações, confrarias, acabei por comprar uma mota, uma segunda, trocar por uma terceira, mas ainda não estava satisfeito. . Estava desejoso de adquirir uma mota para longas estradas uma “papa Km”
A vontade de percorrer as estradas pela Europa tornou-se a minha prioridade e objetivo.
Foi meio ano a programar viagens e viagens. Durante esse tempo tive" /> a oportunidade de percorrer perto de 7.000km na minha Honda Goldwing 1500, onde aferi as grandes qualidades da moto.
Entretanto alguém sussurrou da existência da estrada E.N.2 em Portugal , que devido às suas características, possa ser comparada com a “Route 66” dos EUA e a “ Ruta 40” na Argentina.
De imediato, acolhi tal ideia e começei a fazer todos os preparativos para percorrer para a viagem. Era imperioso fazer um check-list de tudo o que seria necessário levar. Tudo o demais será desnecessário, mas a minha Honda tem porte para levar, até o superfulo. Levar o necessário para 10 dias.
Porto – Chaves – Faro – Porto
Tinha que reunir o maior numero de dados. Após algumas pesquisas consegui fazer um “routebook” para me auxiliar pelo caminho. Afinal teria que passar por 11 Distritos, 4 Serras, 11 Rios e 29 Concelhos.
No “routebook” mencionei o percurso desde Chaves (km0) até Faro ( km737) com todas as Cidades, vilas, locais, rios, barragens, todos os 18 parques de Campismo existentes ao longo ou perto da EN2, identifiquei os percursos sinuosos entre as cidades e vilas, serras com as suas altitudes.
O GPS “tomtom” que equipava a minha moto foi de serventia muito grande, no entanto, por diversas vezes, enviou-me para ruas e caminhos muito pouco católicos, atendendo que o gps procura sempre o traçado mais curto, entre dois pontos.
Eram sete da manha, do dia 11 de Julho, quando saí de casa, rumo a Chaves. Um percurso fácil e rápido porque a autoestrada, esteve sempre presente. Uma paisagem dislumbrante sob a brisa da frescura da Serra.
Na aproximação do Marão, aquela sensação quando nos apercebemos que circulamos em viadutos com cerca de 100 metros de altura. De repente, entramos dentro de um imponente túnel, a vontade de parar para tirar umas fotos é muito forte, mas as diversas câmaras de segurança instaladas, obriga-nos a prosseguir e apenas avalizar a grandiosa obra efectuada. São quase 6 Km de comprimento. Uma obra espetacular.
Umas boas fotos são sempre necessárias para corroborar um evento, por isso resolvi levar apenas uma pequena máquina e uma Pró. Qualquer equipamento fica muito vulnerável numa moto.
De repente, um automóvel passou por mim e começou a buzinar freneticamente e agitando o braço. Pensei de imediato, que algo estava errado com a moto. Pneu baixo, mochila caída, estava em plena autoestrada e não deveria parar. Mas parei, com todas as precauções. De repente, aferi, que nada havia de anormal, o motorista do carro, apenas acenava de bom grado, porque eu transportava uma grande bandeira de Portugal, na moto.
Portugal foi consagrado Campeão, no dia anterior !
Optei por levar apenas o indispensável, mas, mesmo assim consegui encher as três malas da Moto e ainda duas mochilas. Talvez tenha exagerado um pouco.
Mas, mal cheguei a Chaves, procurei de imediato o célebre marco ENO. Só quando perguntei a alguém mais Idoso é que consegui a direção certa, do mesmo. Quando lá cheguei, encostei a mota junto, sob o olhar espantado dos transeuntes presentes. Tirei uma foto, ficou registrado o início do percurso.
Programei o gps para novos rumos e fui percorrendo Km. Não estava com pressa mas já estava a sentir um calor intenso. Tentei fazer mais 75km até Vila Real. Passei no caminho por Vilela do Tâmaga, Vilarinho, Vidago, Sabrosa de Aguiar, Pedras Salgadas
Ao longo deste percurso passei pela base de alguns daqueles viadutos por onde passei a caminho de Chaves, pela autoestrada. Verdadeiras obras arquitetónicas.
Andar de moto, obriga-nos a determinado equipamento que não são muito tolerantes com o calor. O casaco com as suas protecções, as calças com as proteções nos joelhos e ancas, as luvas, o capacete integral, bem como as botas são peças que protegem apenas o corpo, não o calor.
Encontrei-me no meio de zonas completamente arborizada. Até encontrei árvores com uma altura monstruosa.
O dia estava óptimo, o calor intenso e parei em Vila Pouca de Aguiar num pequeno restaurante abeira da Estrada, com aspeto colhedor e ciente que era o local ideal pelo grande número de carros lá estacionados. Que grande equívoco ! Foi uma me***…Mas deu para matar a sêde e colocar algum alimento no estômago. Prossegui caminho, faltavam alguns Km até Vila Real onde resolvi pernoitar.
Apesar do calor intenso quase de 40º, a temperatura da moto estava impecável. Atravessei a localidade de Benagouro e após alguns km cheguei a Vila Real. Precisava de retirar o máximo de roupa do corpo, para arrefecer um pouco. Dei entrada no parque de campismo.
Um parque mesmo no Centro da cidade, já meu conhecido, por ocasião das corridas de automobilismo, no ano anterior. Um local com muito árvores, cheio de sombras e ideal para o campismo. No final do dia, visitei o Centro, sentei-me na esplanada de uma Confeitaria, pedi algo para beber e o pastel típico conhecido por covilhete.
Em face do dia anterior, resolvi levantar-me o mais cedo possível, para não apanhar tanto calor. Mal apareceram os primeiros raios de luz, já estava em cima da Honda.
Tinha percorrido apenas 67km desde Chaves e ainda tinha muito chão pelo caminho. Era importante conseguir o maior nº de km neste segundo dia.
Despedi-me de Vila Real, um pouco arrependido por não ter ido ao restaurante Chaxoila comer as gostosas tripas aos molhos com salpicão. Uma delícia de manjar imperdível para quem visita aquela cidade. Mas não faltarão outras oportunidades.
A primeira vila era Parada de Cunhos. Acontece que me levantei cedo de mais. A estrada estava completamente molhada do orvalho da noite e bastante perigosa porque tinha pela minha frente, apenas curvas e contracurvas.
Prossegui com toda a calma e tive o privilégio de observar e estar naquele preciso momento, no meio daquelas paisagens mais lindas e imponentes.
Estava num local dos mais lindos de Portugal.
Na Rota dos Vinhos do Porto.
Foram muitas povoações: Peso da Régua, Lamego, Bigorne, Castro Daire, Póvoa de Calde, Lordosa, Abraveses, Viseu, Repezes, Tondela, Santa Comba Dão, Penacova.
De Lamego até Magueije a EN2 não tem retas, apenas curvas. A estrada é linda, não dá para adormecer, mas não aconselhável no tempo do Verão. Até às onze da manhã, ainda consegues suportar, após tal horário vai parecer uma tremenda fornalha.
Quando chegas à Barragem da Agueira, sentes alguma frescura no ambiente e ao longo do percurso algumas bicas de água, convidam-te a refrescar o corpo. Manter o corpo hidratado torna-se importante O reparo no manómetro de temperatura da moto também passa a ser prioritário.
Passo em Vila Nova de Poiares e estabeleço que devo ficar em Góis. São doze horas, o Sol está tórrido, o corpo a ferver, tudo a convidar-me ao “stop” antes de dar “tilt”
Fui almoçar algo rápido e frugal e dei entrada no Parque de Campismo de Góis. Após entrar no hall de entrada, encostei a moto para me dirigir ao check-in, mas correu mal. Não reparei no piso mole, o patim enterrou-se e a moto caíu. Aquela ajuda crucial surgiu rapidamente e não tive qualquer lesão.
Fiz amizade com outro motard da Benedita o M.M.
Mas até agora só tinha percorrido 270km, faltando ainda muito chão para chegar a Faro. Neste 3º Dia, tinha que fazer ainda mais Km que o anterior.
Optei pelo mesmo sistema de levantar-me o mais cedo possível e arrancar para próxima etapa. Programei o Gps para nova morada – Pedrogão Grande.
Mal saí de Gois a minha amiga do GPS manda-me virar à esquerda, depois para a esquerda e no final de 200 mtrs voltar a esquerda. Quando dei por mim, estava num caminho de terra completamente sulcado pelos veios de água e sem poder dar meia volta. Eram seis e meia da manha, ainda pairava a penumbra e sem vivalma para socorrer-me caso a mota tombasse novamente. Só restava uma solução. Ir em frente com a máxima calma na 2ª velocidade para evitar “trancos” fortes. Foram quase dois kilómetros que terminaram numa entrada para a EN2.
Existem GPS de fraca, media e boa qualidade. O meu é um Tom Tom normal de uso rodoviário. As definições iniciais no GPS são muito importantes, senão, buscam sempre o trajeto mais rápido e podem surgir complicações destas, quando circulamos em estradas secundárias.
O para-brisas da moto estava cravejado de pequenos insetos. Senti necessidade de limpá-lo porque a minha visibilidade estava um pouco reduzida. Andei mais uns Km até encontrar algum café para tomar o pequeno almoço e para completar o tanque com gasolina. Nas primeiras horas da manha é normal encontrarmos postos ainda fechados. Temos que estar preparados.
E foi assim, que passei por Vilas espetaculares, lindas, arborizadas e ornadas com as suas flores. Passei por: Esporão, Alvares, Amioso, Picha, Venda da Gaita, Pedrogrão Grande e Pequeno, Sertâ, Cumeada, Vila de Rei.
E foi em Vila de Rei quando subi a Serra de Melriça que fui encontrar o umbigo de Portugal. O Marco geodésico que sinaliza o centro do nosso País.
E a estrada contínua, com algumas curvas da Portelinha até Vila de Rei, depois segue-se uma estrada ampla com boas retas, convidando a acelerar mais um pouco.
Passa-se em: Sardoal, Alferrarede, Abrantes, Bemposta, Ponte de Sôr, e Montargil.
Estavam percorridos 412km e faltavam mais 300km para Faro.
O extremo calor limita-nos muito o andamento. Embora não estivesse preocupado em fazer mais ou menos Km, O meu propósito passava única e simplesmente em fazer apenas o que a vontade manda. Não estava em nenhuma corrida nem tão pouco com horários para cumprir.
Apenas tinha que lidar com aquele calor extremo. Garrafas de água. Solução, tirar as t-shirts, molhá-las com água e vesti-las novamente, aquela frescura já dava para mais Km.
O Sol estava no seu ponto alto quando cheguei ao Parque de Montargil. Estava um calor tórrido. Dei entrada, escolhi um local para montar a tenda. Consegui estacionar a mota debaixo de um chaparro, coloquei o disco de madeira por baixo do patim e desmontei. Assim a mota estava mais segura. Tirei o casaco e fui colocar-me debaixo de uma ducha, para esfriar.
Montei a tenda de imediato, até porque já estava habituado e já tinha um esquema pratico para a sua montagem. Mudei de roupa e fui almoçar.
O parque de Campismo situa-se num local, maravilhoso. Junto à bacia de Montargil onde está uma barragem do mesmo nome. Neste Parque já encontrei alguns motard´s Ingleses a caminho da 35ª Concentração Motard de Faro. O parque é óptimo, com bons equipamentos, piscina e um restaurante com gente que entende de cozinha. Comi uns caracóis que estavam muito bem condimentados acompanhados claro, com algumas cervejinhas.
Chegou a manha de Quinta-feira com toda a disposição para percorrer os restantes Km até Faro. Estava com o deposito de gasolina completamente cheio, tinha completado no dia anterior antes de entrar no Parque. O parabrisas estava igualmente limpo. As entradas de ar para o radiador estavam também limpas do acumulado de terra. O telemóvel e o “scala rider” devidamente carregados. A única mancha difícil de tirar foi uma de resina, daí não aconselhável deixar a moto estacionada debaixo de pinheiro. Que coisa mais difícil de sair.
E mais uma vez encontrei-me a “surfar” aquelas curvas a caminho do Sul. Passei por Mora, Montemor-o-Novo, Santiago do Escoural, Alcaçovas, Torrão, Odivelas, Ferreira do Alentejo.
Para acompanhar o meu “surf” nada melhor que um bom som. You shook Me All Night dos ACDC, Chillout Pink Floyd, Dire Straights, John Lee Hooker & Carlos Santana, e outras mais.
A Goldwing tem uma boa aparelhagem e deu-me um gozo imenso ouvir o som no máximo da potência. Eu+mota+som na estrada e mais nada ….
A estrada está impecável, apenas encontrei 2/3 km com algumas imperfeições em Ferreira do Alentejo, com algumas lombas mais pronunciadas, mas devidamente identificadas.
Fiquei com uma ideia totalmente reformulada em relação ao Alentejo. A imagem que tinha de miúdo, do Alentejo dourado sedento de água, ficou completamente desvanecida, porque encontrei uma grande maioria de campos completamente coloridos pelo verde das plantações e muito girassol.
Passei igualmente por outras povoações como: Aljustrel, Castro Verde, Almodovar. Dogueno. Ameixial, Barranco Velho.
Ao longo de todo o percurso não encontrei grande movimento. Cruzei-me com poucos automóveis e muito menos com viaturas mais pesadas.
Não vi uma única viatura policial mas encontrei uma estrada bem sinalizada e com muita informação. Na maioria das localidade existem os semáforos dos “50” e o castigo para os incautos é ter que esperar alguns minutos parado, debaixo do sinal à espera da mudança para o “verde”, debaixo do Sol.
Até que encontrei um grande outdoor informando “Algarve”. Estava a caminho de São Brás de Alportel quando começo a ouvir o “troaaar” de alguns motard´s que se aproximavam. Primeiro um grupo de Ingleses montados nos seus “ferros”.
Na sua maioria eram Harley´s, algumas Road King outras softail mas todos com aquela aparência de liberdade de aventura e de loucura que simboliza o verdadeiro espírito motard.
Passaram por mim fizeram a “saudação motard” e prosseguiram nas suas impunes motas pela Serra acima. Ainda acelerei para ver o comportamento da Honda x Harley e fiquei satisfeito. Continuei na minha marcha, passados alguns km passaram alguns motard´s nacionais com as suas desportivas, fazendo mais barulho que o normal. Confesso que não aprecio mesmo nada, qualquer tipo de exibicionismo provocado por motoqueiros. Só alguns deles saudaram.
E já no final antes de chegar a São Brás de Alportel, encontrei novamente o grupo Inglês parado à porta de um tasco de estrada. Já estavam a refrescar-se com a nossa gostosa cerveja. Cumprimentei-os novamente, saudaram-me com os copos na mão e continuei a minha viagem, a minha meta era Faro.
Chegado a Faro, certifiquei-me que iria encontrar o marco 737 da EN2.
Um amigo tinha-me alertado, para não me esquecer de tirar a foto do marco final….e não me esqueci !
O Sol, o calor, o corpo encharcado de suor, estava a convidar-me à desidratação. Fui para a 35ª Concentração de Faro.
Vou armar a tenda novamente, vou encher o colchão de ar e vou tentar descansar um pouco…
Faro – Porto
No último dia da concentração de Faro, já estava mais morto que vivo. Uma concentração repleta de sons, luzes e muita bebida. Mas tudo isso, sobejamente suportável pela companhia de amigos.
Chegou a hora de retorno, já estava o Sol muito alto. Atravessei o Algarve, estive em Aljezur, almocei em Odeceixe e fui dormir em Vila Nova de Mil Fontes. Encontrei o melhor colchão do Mundo, após uma semana de camping.
Passei em Porto Côvo e rumei à auto-estrada em direção ao Porto.
A minha Honda, depois de percorrer quase 2.000 km, estava na mesma. Nem uma rotação a mais, nem a menos. Pronta para fazer mais 10.000 km.
Nesta minha crónica não coloquei fotos. Nada melhor que percorrer a EN2 para conferir a sua beleza.
Carlos Serrano….
Já faltavam poucos dias para o meu evento particular e a azáfama era enervante.. A principal preocupação , primava, pelo estado físico que iria apresentar, para poder enfrentar a viagem.
Afinal, os meus 64 anos já espelham a realidade de toda uma vida conturbada pelo trabalho, acompanhada por algum desmazelo alimentar que contribuiu em excesso de peso, altamente prejudicial, para ter um mobilidade plena.
No entanto, para contrariar a situação física, compenso com a minha força espiritual e mental que julgo possuir.
Agora na reforma, sobeja o tempo para realizar tudo aquilo que não foi possível fazer. De uma certa forma, dá-se um “voltface” nos nossos hábitos. Afinal a vida de reformado tem excesso de descanso diário e portanto, procura-se ocupar a ociosidade do tempo.
Ao longo do tempo, ocupei-me com tertúlias, pesca desportiva, associações, confrarias, acabei por comprar uma mota, uma segunda, trocar por uma terceira, mas ainda não estava satisfeito. . Estava desejoso de adquirir uma mota para longas estradas uma “papa Km”
A vontade de percorrer as estradas pela Europa tornou-se a minha prioridade e objetivo.
Foi meio ano a programar viagens e viagens. Durante esse tempo tive" /> a oportunidade de percorrer perto de 7.000km na minha Honda Goldwing 1500, onde aferi as grandes qualidades da moto.
Entretanto alguém sussurrou da existência da estrada E.N.2 em Portugal , que devido às suas características, possa ser comparada com a “Route 66” dos EUA e a “ Ruta 40” na Argentina.
De imediato, acolhi tal ideia e começei a fazer todos os preparativos para percorrer para a viagem. Era imperioso fazer um check-list de tudo o que seria necessário levar. Tudo o demais será desnecessário, mas a minha Honda tem porte para levar, até o superfulo. Levar o necessário para 10 dias.
Porto – Chaves – Faro – Porto
Tinha que reunir o maior numero de dados. Após algumas pesquisas consegui fazer um “routebook” para me auxiliar pelo caminho. Afinal teria que passar por 11 Distritos, 4 Serras, 11 Rios e 29 Concelhos.
No “routebook” mencionei o percurso desde Chaves (km0) até Faro ( km737) com todas as Cidades, vilas, locais, rios, barragens, todos os 18 parques de Campismo existentes ao longo ou perto da EN2, identifiquei os percursos sinuosos entre as cidades e vilas, serras com as suas altitudes.
O GPS “tomtom” que equipava a minha moto foi de serventia muito grande, no entanto, por diversas vezes, enviou-me para ruas e caminhos muito pouco católicos, atendendo que o gps procura sempre o traçado mais curto, entre dois pontos.
Eram sete da manha, do dia 11 de Julho, quando saí de casa, rumo a Chaves. Um percurso fácil e rápido porque a autoestrada, esteve sempre presente. Uma paisagem dislumbrante sob a brisa da frescura da Serra.
Na aproximação do Marão, aquela sensação quando nos apercebemos que circulamos em viadutos com cerca de 100 metros de altura. De repente, entramos dentro de um imponente túnel, a vontade de parar para tirar umas fotos é muito forte, mas as diversas câmaras de segurança instaladas, obriga-nos a prosseguir e apenas avalizar a grandiosa obra efectuada. São quase 6 Km de comprimento. Uma obra espetacular.
Umas boas fotos são sempre necessárias para corroborar um evento, por isso resolvi levar apenas uma pequena máquina e uma Pró. Qualquer equipamento fica muito vulnerável numa moto.
De repente, um automóvel passou por mim e começou a buzinar freneticamente e agitando o braço. Pensei de imediato, que algo estava errado com a moto. Pneu baixo, mochila caída, estava em plena autoestrada e não deveria parar. Mas parei, com todas as precauções. De repente, aferi, que nada havia de anormal, o motorista do carro, apenas acenava de bom grado, porque eu transportava uma grande bandeira de Portugal, na moto.
Portugal foi consagrado Campeão, no dia anterior !
Optei por levar apenas o indispensável, mas, mesmo assim consegui encher as três malas da Moto e ainda duas mochilas. Talvez tenha exagerado um pouco.
Mas, mal cheguei a Chaves, procurei de imediato o célebre marco ENO. Só quando perguntei a alguém mais Idoso é que consegui a direção certa, do mesmo. Quando lá cheguei, encostei a mota junto, sob o olhar espantado dos transeuntes presentes. Tirei uma foto, ficou registrado o início do percurso.
Programei o gps para novos rumos e fui percorrendo Km. Não estava com pressa mas já estava a sentir um calor intenso. Tentei fazer mais 75km até Vila Real. Passei no caminho por Vilela do Tâmaga, Vilarinho, Vidago, Sabrosa de Aguiar, Pedras Salgadas
Ao longo deste percurso passei pela base de alguns daqueles viadutos por onde passei a caminho de Chaves, pela autoestrada. Verdadeiras obras arquitetónicas.
Andar de moto, obriga-nos a determinado equipamento que não são muito tolerantes com o calor. O casaco com as suas protecções, as calças com as proteções nos joelhos e ancas, as luvas, o capacete integral, bem como as botas são peças que protegem apenas o corpo, não o calor.
Encontrei-me no meio de zonas completamente arborizada. Até encontrei árvores com uma altura monstruosa.
O dia estava óptimo, o calor intenso e parei em Vila Pouca de Aguiar num pequeno restaurante abeira da Estrada, com aspeto colhedor e ciente que era o local ideal pelo grande número de carros lá estacionados. Que grande equívoco ! Foi uma me***…Mas deu para matar a sêde e colocar algum alimento no estômago. Prossegui caminho, faltavam alguns Km até Vila Real onde resolvi pernoitar.
Apesar do calor intenso quase de 40º, a temperatura da moto estava impecável. Atravessei a localidade de Benagouro e após alguns km cheguei a Vila Real. Precisava de retirar o máximo de roupa do corpo, para arrefecer um pouco. Dei entrada no parque de campismo.
Um parque mesmo no Centro da cidade, já meu conhecido, por ocasião das corridas de automobilismo, no ano anterior. Um local com muito árvores, cheio de sombras e ideal para o campismo. No final do dia, visitei o Centro, sentei-me na esplanada de uma Confeitaria, pedi algo para beber e o pastel típico conhecido por covilhete.
Em face do dia anterior, resolvi levantar-me o mais cedo possível, para não apanhar tanto calor. Mal apareceram os primeiros raios de luz, já estava em cima da Honda.
Tinha percorrido apenas 67km desde Chaves e ainda tinha muito chão pelo caminho. Era importante conseguir o maior nº de km neste segundo dia.
Despedi-me de Vila Real, um pouco arrependido por não ter ido ao restaurante Chaxoila comer as gostosas tripas aos molhos com salpicão. Uma delícia de manjar imperdível para quem visita aquela cidade. Mas não faltarão outras oportunidades.
A primeira vila era Parada de Cunhos. Acontece que me levantei cedo de mais. A estrada estava completamente molhada do orvalho da noite e bastante perigosa porque tinha pela minha frente, apenas curvas e contracurvas.
Prossegui com toda a calma e tive o privilégio de observar e estar naquele preciso momento, no meio daquelas paisagens mais lindas e imponentes.
Estava num local dos mais lindos de Portugal.
Na Rota dos Vinhos do Porto.
Foram muitas povoações: Peso da Régua, Lamego, Bigorne, Castro Daire, Póvoa de Calde, Lordosa, Abraveses, Viseu, Repezes, Tondela, Santa Comba Dão, Penacova.
De Lamego até Magueije a EN2 não tem retas, apenas curvas. A estrada é linda, não dá para adormecer, mas não aconselhável no tempo do Verão. Até às onze da manhã, ainda consegues suportar, após tal horário vai parecer uma tremenda fornalha.
Quando chegas à Barragem da Agueira, sentes alguma frescura no ambiente e ao longo do percurso algumas bicas de água, convidam-te a refrescar o corpo. Manter o corpo hidratado torna-se importante O reparo no manómetro de temperatura da moto também passa a ser prioritário.
Passo em Vila Nova de Poiares e estabeleço que devo ficar em Góis. São doze horas, o Sol está tórrido, o corpo a ferver, tudo a convidar-me ao “stop” antes de dar “tilt”
Fui almoçar algo rápido e frugal e dei entrada no Parque de Campismo de Góis. Após entrar no hall de entrada, encostei a moto para me dirigir ao check-in, mas correu mal. Não reparei no piso mole, o patim enterrou-se e a moto caíu. Aquela ajuda crucial surgiu rapidamente e não tive qualquer lesão.
Fiz amizade com outro motard da Benedita o M.M.
Mas até agora só tinha percorrido 270km, faltando ainda muito chão para chegar a Faro. Neste 3º Dia, tinha que fazer ainda mais Km que o anterior.
Optei pelo mesmo sistema de levantar-me o mais cedo possível e arrancar para próxima etapa. Programei o Gps para nova morada – Pedrogão Grande.
Mal saí de Gois a minha amiga do GPS manda-me virar à esquerda, depois para a esquerda e no final de 200 mtrs voltar a esquerda. Quando dei por mim, estava num caminho de terra completamente sulcado pelos veios de água e sem poder dar meia volta. Eram seis e meia da manha, ainda pairava a penumbra e sem vivalma para socorrer-me caso a mota tombasse novamente. Só restava uma solução. Ir em frente com a máxima calma na 2ª velocidade para evitar “trancos” fortes. Foram quase dois kilómetros que terminaram numa entrada para a EN2.
Existem GPS de fraca, media e boa qualidade. O meu é um Tom Tom normal de uso rodoviário. As definições iniciais no GPS são muito importantes, senão, buscam sempre o trajeto mais rápido e podem surgir complicações destas, quando circulamos em estradas secundárias.
O para-brisas da moto estava cravejado de pequenos insetos. Senti necessidade de limpá-lo porque a minha visibilidade estava um pouco reduzida. Andei mais uns Km até encontrar algum café para tomar o pequeno almoço e para completar o tanque com gasolina. Nas primeiras horas da manha é normal encontrarmos postos ainda fechados. Temos que estar preparados.
E foi assim, que passei por Vilas espetaculares, lindas, arborizadas e ornadas com as suas flores. Passei por: Esporão, Alvares, Amioso, Picha, Venda da Gaita, Pedrogrão Grande e Pequeno, Sertâ, Cumeada, Vila de Rei.
E foi em Vila de Rei quando subi a Serra de Melriça que fui encontrar o umbigo de Portugal. O Marco geodésico que sinaliza o centro do nosso País.
E a estrada contínua, com algumas curvas da Portelinha até Vila de Rei, depois segue-se uma estrada ampla com boas retas, convidando a acelerar mais um pouco.
Passa-se em: Sardoal, Alferrarede, Abrantes, Bemposta, Ponte de Sôr, e Montargil.
Estavam percorridos 412km e faltavam mais 300km para Faro.
O extremo calor limita-nos muito o andamento. Embora não estivesse preocupado em fazer mais ou menos Km, O meu propósito passava única e simplesmente em fazer apenas o que a vontade manda. Não estava em nenhuma corrida nem tão pouco com horários para cumprir.
Apenas tinha que lidar com aquele calor extremo. Garrafas de água. Solução, tirar as t-shirts, molhá-las com água e vesti-las novamente, aquela frescura já dava para mais Km.
O Sol estava no seu ponto alto quando cheguei ao Parque de Montargil. Estava um calor tórrido. Dei entrada, escolhi um local para montar a tenda. Consegui estacionar a mota debaixo de um chaparro, coloquei o disco de madeira por baixo do patim e desmontei. Assim a mota estava mais segura. Tirei o casaco e fui colocar-me debaixo de uma ducha, para esfriar.
Montei a tenda de imediato, até porque já estava habituado e já tinha um esquema pratico para a sua montagem. Mudei de roupa e fui almoçar.
O parque de Campismo situa-se num local, maravilhoso. Junto à bacia de Montargil onde está uma barragem do mesmo nome. Neste Parque já encontrei alguns motard´s Ingleses a caminho da 35ª Concentração Motard de Faro. O parque é óptimo, com bons equipamentos, piscina e um restaurante com gente que entende de cozinha. Comi uns caracóis que estavam muito bem condimentados acompanhados claro, com algumas cervejinhas.
Chegou a manha de Quinta-feira com toda a disposição para percorrer os restantes Km até Faro. Estava com o deposito de gasolina completamente cheio, tinha completado no dia anterior antes de entrar no Parque. O parabrisas estava igualmente limpo. As entradas de ar para o radiador estavam também limpas do acumulado de terra. O telemóvel e o “scala rider” devidamente carregados. A única mancha difícil de tirar foi uma de resina, daí não aconselhável deixar a moto estacionada debaixo de pinheiro. Que coisa mais difícil de sair.
E mais uma vez encontrei-me a “surfar” aquelas curvas a caminho do Sul. Passei por Mora, Montemor-o-Novo, Santiago do Escoural, Alcaçovas, Torrão, Odivelas, Ferreira do Alentejo.
Para acompanhar o meu “surf” nada melhor que um bom som. You shook Me All Night dos ACDC, Chillout Pink Floyd, Dire Straights, John Lee Hooker & Carlos Santana, e outras mais.
A Goldwing tem uma boa aparelhagem e deu-me um gozo imenso ouvir o som no máximo da potência. Eu+mota+som na estrada e mais nada ….
A estrada está impecável, apenas encontrei 2/3 km com algumas imperfeições em Ferreira do Alentejo, com algumas lombas mais pronunciadas, mas devidamente identificadas.
Fiquei com uma ideia totalmente reformulada em relação ao Alentejo. A imagem que tinha de miúdo, do Alentejo dourado sedento de água, ficou completamente desvanecida, porque encontrei uma grande maioria de campos completamente coloridos pelo verde das plantações e muito girassol.
Passei igualmente por outras povoações como: Aljustrel, Castro Verde, Almodovar. Dogueno. Ameixial, Barranco Velho.
Ao longo de todo o percurso não encontrei grande movimento. Cruzei-me com poucos automóveis e muito menos com viaturas mais pesadas.
Não vi uma única viatura policial mas encontrei uma estrada bem sinalizada e com muita informação. Na maioria das localidade existem os semáforos dos “50” e o castigo para os incautos é ter que esperar alguns minutos parado, debaixo do sinal à espera da mudança para o “verde”, debaixo do Sol.
Até que encontrei um grande outdoor informando “Algarve”. Estava a caminho de São Brás de Alportel quando começo a ouvir o “troaaar” de alguns motard´s que se aproximavam. Primeiro um grupo de Ingleses montados nos seus “ferros”.
Na sua maioria eram Harley´s, algumas Road King outras softail mas todos com aquela aparência de liberdade de aventura e de loucura que simboliza o verdadeiro espírito motard.
Passaram por mim fizeram a “saudação motard” e prosseguiram nas suas impunes motas pela Serra acima. Ainda acelerei para ver o comportamento da Honda x Harley e fiquei satisfeito. Continuei na minha marcha, passados alguns km passaram alguns motard´s nacionais com as suas desportivas, fazendo mais barulho que o normal. Confesso que não aprecio mesmo nada, qualquer tipo de exibicionismo provocado por motoqueiros. Só alguns deles saudaram.
E já no final antes de chegar a São Brás de Alportel, encontrei novamente o grupo Inglês parado à porta de um tasco de estrada. Já estavam a refrescar-se com a nossa gostosa cerveja. Cumprimentei-os novamente, saudaram-me com os copos na mão e continuei a minha viagem, a minha meta era Faro.
Chegado a Faro, certifiquei-me que iria encontrar o marco 737 da EN2.
Um amigo tinha-me alertado, para não me esquecer de tirar a foto do marco final….e não me esqueci !
O Sol, o calor, o corpo encharcado de suor, estava a convidar-me à desidratação. Fui para a 35ª Concentração de Faro.
Vou armar a tenda novamente, vou encher o colchão de ar e vou tentar descansar um pouco…
Faro – Porto
No último dia da concentração de Faro, já estava mais morto que vivo. Uma concentração repleta de sons, luzes e muita bebida. Mas tudo isso, sobejamente suportável pela companhia de amigos.
Chegou a hora de retorno, já estava o Sol muito alto. Atravessei o Algarve, estive em Aljezur, almocei em Odeceixe e fui dormir em Vila Nova de Mil Fontes. Encontrei o melhor colchão do Mundo, após uma semana de camping.
Passei em Porto Côvo e rumei à auto-estrada em direção ao Porto.
A minha Honda, depois de percorrer quase 2.000 km, estava na mesma. Nem uma rotação a mais, nem a menos. Pronta para fazer mais 10.000 km.
Nesta minha crónica não coloquei fotos. Nada melhor que percorrer a EN2 para conferir a sua beleza.
Carlos Serrano….
Última edição por Antonio Carlos Serrano em Seg Jan 07 2019, 14:21, editado 2 vez(es)
Re: Route 66 Portuguesa, EN 2
Só faltam as respetivas fotos para completar esta travessia.
Aqui vai um incentivo para relatares mais viagens.
Um merecido 1º
Aqui vai um incentivo para relatares mais viagens.
Um merecido 1º
Carlos Balio- Já sai à rua a conduzir.
Re: Route 66 Portuguesa, EN 2
Como já foi dito: só faltam as fotos. Acredito com c/alguma paciência elas vão aparecer.
Fica o merecido
Fica o merecido
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... e vamos com calma!
FJRico
Rico Sousa- Zero à direita
Re: Route 66 Portuguesa, EN 2
Ora ai está o futuro que todos nós desejamos.
Uma prosa descritiva que apelou à atenção redobrada pela falta das fotos. Também sabe bem a envolvência dos sentimentos vividos na descrição dos factos.
Saia lá um mérito para a prosa e para a volta que também faz parte dos meus planos..
Uma prosa descritiva que apelou à atenção redobrada pela falta das fotos. Também sabe bem a envolvência dos sentimentos vividos na descrição dos factos.
Saia lá um mérito para a prosa e para a volta que também faz parte dos meus planos..
Zecacbr- Já conduz... mal!
Re: Route 66 Portuguesa, EN 2
Gostei da redacção; Já 'gora algumas fotos da dita cuja;
Última edição por Rambo em Dom Ago 21 2016, 01:21, editado 4 vez(es)
Rambo- A tirar a carta
Re: Route 66 Portuguesa, EN 2
Boas,
Belo relato.
Concretizar um projecto destes é fantástico.
Levas mais um para ver se as fotos aparecem...
Um abraço
Belo relato.
Concretizar um projecto destes é fantástico.
Levas mais um para ver se as fotos aparecem...
Um abraço
________________________
CARLOS PIRES
Mama Sumae !!
Carlospira- Zero à direita
Re: Route 66 Portuguesa, EN 2
Bons Dias.
Deu-me um gozo muito grande percorrer a EN2. Fiz o relato da minha aventura, aqui neste Forum e tentei colocar as fotos, não consegui, algo errado comigo. Dentro de algum tempo, vou refazer tal erro. Um abraço a todos.
Deu-me um gozo muito grande percorrer a EN2. Fiz o relato da minha aventura, aqui neste Forum e tentei colocar as fotos, não consegui, algo errado comigo. Dentro de algum tempo, vou refazer tal erro. Um abraço a todos.
Re: Route 66 Portuguesa, EN 2
Belo passeio e excelentemente relatado mesmo sem fotos da para imaginar como tudo foi, felicito pelo passeio e pela bela mota que tenho andado a pensar em comprar uma igual.
luisfilipe- Zero à esquerda
Re: Route 66 Portuguesa, EN 2
pela partilha.
Aproveito para deixar mais um recurso para quem se interessar pela rota, para o gps
Rota para GPS
Aproveito para deixar mais um recurso para quem se interessar pela rota, para o gps
Rota para GPS
Luís Azevedo- Ainda é motorato!
Re: Route 66 Portuguesa, EN 2
O relato mesmo sem fotos me prendeu do inicio ao fim.
Obrigado por me fazer recordar vivamente da magia de percorrer pela EN 2.
Obrigado por me fazer recordar vivamente da magia de percorrer pela EN 2.
Saulo wds- Zero à direita
Re: Route 66 Portuguesa, EN 2
Parabéns amigo Serrano, pela cronica,
só agora vi, depois de a partilhares na pag. do clube motard de Leça.
Agora falta a cronica que vais fazer este ano, espero que com mais umas fotos para aguçar a vontade de outros também a fazerem.
Mérito atribuído.
Abraço.
só agora vi, depois de a partilhares na pag. do clube motard de Leça.
Agora falta a cronica que vais fazer este ano, espero que com mais umas fotos para aguçar a vontade de outros também a fazerem.
Mérito atribuído.
Abraço.
carlosrosa- Já conduz... mal!
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