[Crónica] - N2 de Faro a Chaves em 2 dias e meio!

Conforme anunciado aqui, , no passado dia 10/08 fiz-me a estrada.

A noite que antecede uma viagem é sempre marcada por um nervoso miudinho, que por muito que o neguemos, está lá.
A manhã do dia 10/08 chegou, e como tinha tudo preparado de véspera, foi levantar, despachar e andar.



O objectivo era apanhar a A2 até a Marateca e depois o IC1 até Farp para iniciar então a rota da N2.



Existia em mim a esperança de quem mora nos subúrbios de Lisboa, por esta altura, já estivesse a banhos para o sul, fiz-me a estrada e passados poucos metros a minha esperança foi-se e os primeiros kms foram feitos por entre carros no IC19.
Já em cima da Ponte 25 de Abril o meu auricular deixa de cantar aos meus ouvidos, o que força uma paragem na área de serviço do Fogueteiro para verificações técnicas, e já que estava parado, beber o segundo café do dia.  

Daqui até Faro a história não é muita, apenas pautada pela paragem em Canal Caveira com troca de "dois dedos" de conversa com um companheiro que ia também para o Algarve, mas de férias, e uma outra paragem em São Bartolomeu de Messines para alimentar a "Tangente", no conhecido "Gasolina".



Até a este ponto fui a fazer comparações de conforto com a "minha EX" (Ducati MTS 1200) e nesse departamento, do conforto, a Ducati tem ligeira vantagem, especialmente em troços muito acidentados como é o caso do IC1 entre Alcácer do Sal e a rotunda de Grândula. De facto a Ducati conseguia não ser tão "rija", ainda que só tenha notado essa diferença neste tipo de estrada mais acidentada. Nos restantes tipo de estrada a S1000XR é bastante confortável.

Ainda no "Gasolinas" liguei a um amigo que fazia aniversário e que estava a banhos pelo Algarve, e, em boa hora, já que ele se lembrou de que ia Faro e sendo assim lá fui eu cravar o almoço, entretanto até lá chegar ainda deu para curtir as primeiras curvas, as de Santana da Serra.



Já com almoço no bucho estava na hora de fazer os primeiros 98kms da N2, com destino a Castro Verde onde iria pernoitar.

A primeira placa que encontrei foi esta,



Mais a frente o km 737,



Daqui para a frente não há relato, apenas a adrenalina de ouvir o cântico do motor a cada saída de curva.
Ainda tinha pouco mais de 30kms feito e tive de parar no Miradouro do Caldeirão de tão "excitado" que estava....que loucura de traçado, que motor, que moto.....vocês percebem.





Até Castro Verde foi sempre a desfrutar da moto e da estrada, paisagem.....qual paisagem? Ia demasiado concentrado na estrada.
Chegado a Castro Verde e já estacionado ao pé do Hotel, de chinelo no dedo e calção vestido foi altura de reconhecimento a pé e de matar a sede.







Por aqui também o flagelo dos incêndios não andava longe.



Amanhã há mais, mais 367kms, com destino a Góis.

Continua...

Bom princípio de viagem ! Depois de ver o video acredito que com aquele ritmo de condução não desse para apreciar muito a paisagem... Esperamos pelo segundo dia!

O 2º Dia começou cedo, pois queria atravessar o Alentejo ainda de manhã aproveitando a temperatura mais amena.



Esta parte do percurso é o "aborrecido", pois são muitas rectas e poucas curvas.







A primeira paragem do dia foi no Torrão, para beber café a atestar.



A vila do Torrão fica situada a 35km de Alcácer do Sal, a 45km de Évora e a 87km de Setúbal e tem 372.763 km2. A principal acessibilidade é a EN2, que faz a ligação a Montemor-o-Novo e Ferreira do Alentejo. A freguesia tem 2.295 habitantes (fonte: INE – Carta Administrativa Oficial de Portugal 2012).
A designação Torrão tem origem na palavra torrejam, que significa “torre grande”.



O fogo também já por aqui andou.



Montemor aproximava-se e seria o proximo local de paragem para subir até ao Castelo.



A origem de  do nome Montemor-O-Novo, diz-se estar relacionado com a elevação onde se situava a vila, pois era a mais alta num raio de vários quilómetros, sendo então designada como Montem mayorem.
Mais tarde é incluído o "novo", provavelmente para melhor se distinguir do outro Montemor, perto de Coimbra.





A próxima paragem já foi depois de Mora, no parque de campismo da Orbitur em Montagil para refrescar a garganta




Daqui já só parei em Vila do Rei para visitar o centro de Portugal.



Aqui encontrei um companheiro que estava a fazer a N2 em sentido contrario, tinha mandado a família de carro e iria juntar-se a eles no Algarve depois de percorrer a N2.



A partir daqui começou a diversão novamente, com paragem na Sertã para almoçar no restaurante "O Regional"



O destino era Góis e depois do almoço existia uma bela estrada e belas paisagens até lá chegar, aqui no Pedrogão com a "tarja" da N2 por cima.



Daqui até Góis é um "tirinho" e nem se dá pelos quilómetros a passar. Quando dei por mim estava a entrada da Vila.



Como vinha com sede ainda tentei ir beber alguma coisa, mas parece que cheguei uma semana adiantado....terei de lá voltar esta semana para ver se a cerveja está fresca.



Amanhã há mais, com destino a Chaves e depois, já fora do percurso da N2, com destino a Cinfães.

Continua...

Que beleza!!!
Tenho por esta estrada um carinho especial.
Aos poucos e na garupa virtual sigo contigo revivendo cada palmo deste caminho.

Bora lá!

Dia 3 N2, Góis ->Chaves e regresso, Chaves -> Cinfães.

Eram 8:30 e estava pronto a arrancar, este seria, para mim, uma das partes que mais ansiava e que menos conhecia do traçado da N2.


O IP3 já andava perto, mas eu não queria nada com ele, queria encontrar e manter-me o mais possível na N2



Pelo caminho ia vendo as paisagens e fotografando o possível.





À chegada a Barragem da Aguieira, onde parei para tirar umas fotos e respirar fundo  









A próxima paragem seria em Viseu, até lá passei em bonitas terras, mas o objectivo desta viagem não era visitar as Aldeias/Vilas e Cidades da N2, e sim percorrer a N2, por isso as visitas ficam para uma próxima.

Entrada em Tondela.


E uns quilómetros a frente a chegada a Viseu.








Depois de sair de Viseu direito a Castro Daire, uma vila que já tive a oportunidade de visitar algumas vezes.



Neste dia ainda iria até Cinfães, mas primeiro tinha de chegar a Chaves.



Com a chegada a Lamego, decidi ir visitar a Nossa Sra. do Remédios e a sua escadaria (ao longe). Já há muito tempo que não lá ia.





Estava cheio de turistas.

Daqui foi rumar ao destino final, passando ao largo pela Régua e apanhando a maravilhosa N2 até Vila Real.


Quando parei para tirar esta foto, tinha acabado de ter um orgasmo, eu e "ela" (no sentido figurado, claro), esta N2 entre a Régua e Vila Real é uma coisa ....





Com a chegada a Chaves faltava só as fotos da praxe.



Por condicionamentos da vida tive de fazer esta rota sozinho, sem a minha sempre presente pendura, tenho a certeza com com ela apreciaria muito mais as paisagens passadas (até porque a velocidade em determinados pontos seria forçosamente inferior   ), mas ainda assim foi uma bela volta que me deu muito gozo de fazer.



Faltava ainda chegar a Cinfães, para isso tinha a A24 até a Régua e depois a oportunidade de fazer a bela N222 que ladeia o Rio Douro e me levava ao meu destino.



Aqui já prestes a chegar a casa.


E pronto para descansar 3 dias.



Esta viagem quis deixar a sua marca física em mim, a maneira que arranjou foi arranjar um calo na mão direita....porque terá sido?

Boas companheiro,

Belissima voltinha....Belas fotos e videos de fazer roer as unhas de inveja a qualquer um ( que ainda não tenha feito este trajecto...)
Levas então um para ajudar na aquisição de mais "gasosa" para o próximo passeio...

Um abraço e boas curvas.

Gasolinas Dancing. Muito bom.

Boa crónica.

Sai um pelo calo!