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Morocco Xcape Tour
Boas,
Antes de começar a escrever esta crónica, queria dar-vos a conhecer um pouco a minha história. Nasci na Madeira e, por causa do meu pai, sempre gostei de motas. Aos 16 anos tive a minha primeira scooter e, posteriormente, aos 20, uma FZ6n. Agora tenho uma Versys 650 e foi nesta mota que comecei a me interessar pelas viagens. A mota deixou de ser apenas um meio de transporte, para passar a ser o motivo da viagem, sendo que conta com 25.000km em 3 anos o que, para um aluno de medicina, não é pouco No último verão fiz a minha primeira viagem grande, a solo, para os Picos da Europa, e fiquei completamente encantado.
1 ano depois dessa aventura, perto de completar o curso, a minha namorada conta-me sobre um anúncio que viu no facebook para uma viagem a Marrocos. Parecia simples: marcar um test-drive na nova BMW R1200GS, tirar 3 fotografias durante o test-drive e, de todos os candidatos, os 5 mais votados seriam submetidos a um jurí, de onde sairiam os 3 vencedores.
Para completar um já fantástico dia, na tarde depois de defender a minha tese de mestrado recebo um email a dizer que sou um dos 3 vencedores! Uma viagem a Marrocos, com a nova GS, durante 11 dias, com hospedagem, pequeno-almoço e jantares pagos, um carro de suporte e um tour leader!!!
1º DIA
E aqui estamos! Chegou finalmente o dia! Começo esta crónica do avião que me levará a Lisboa onde irei conhecer os outros intervenientes na viagem (ao todo eramos 6: 3 vencedores do concurso e 3 brasileiros). Quando chegar, terei de estar na Motoxplorers às 19h para levantar a mota e, posteriormente às 20h no hotel para termos um jnatar introdutorio onde iremos receber um briefing sobre a viagem.
O 1º dia acabou! Após uns fantásticos 4,2km na mota, ela descansa para o início da viagem! O jantar foi soberbo, com imensas explicações do tour leader sobre as particularidades de conduzir em Marrocos, em grupo e de como seriam, de uma forma geral, os dias seguintes. Amanhã iremos para Sevilha, cerca de 350km, a maior parte em autoestradas.
1º dia: 4,2km - 10L/100km
2º DIA
Mas que noite horrível! O hotel era muito bom, mas as almofadas eram gigantes, acho que nunca tinha acordado com dores no pescoço por causa de uma almofada.
Agora que já desabafei, vamos ao que interessa! Saímos de Lisboa pelas 9h30m, a tempo de aproveitar um excelente inicio de dia na passagem da ponte 25 de Abril. Aquela travessia sempre me fascinou. Na hora certa, com um dia bonito, pode ser mágica. Destino: Serpa!
Aqui tive a oportunidade de ver como e que a mota se comporta em autoestrada. Exemplar! Muito estável, com um motor pujante, que não vibra nada, uma proteção muito boa, a 130km/h podia andar de viseira aberta. Bem sei que, com os meus 1,70m, isso não deverá ser muito complicado, mas comparando com as outras motas do segmento, nem sempre posso afirmar tal coisa. Antes de chegarmos a Serpa, o 1o percalço: um dos viajantes que ia na f650gs ficou sem gasolina (prontamente resolvido com a chegada do carro de apoio), a menos de 3km da bomba designada para pararmos para abastecer! Serpa e uma cidadezinha muito engraçada, com algumas paisagens pitorescas.
Após o almoço, toca a subir na grande mota (sim, aquela mota com as 3 malas e a proteção do motor intimida quando está parada. Um pequeno reparo para o excelente sistema das malas, que se estendem bastante quando assim for necessário, e encolhem-se, tornando o conjunto mais manobrável) para aracena e, eventualmente Sevilha.
O cruise-control é realmente muito útil, apesar de ter a noção que para as melhores estradas ele não e preciso para nada, só podermos descansar a mão do acelerador dá um conforto fantástico. É daquelas mariquices que ninguém dá nada por ela até precisar. Antes de chegarmos a Aracena a mala lateral de quem ia à minha frente (numa gs 1200 das "antigas") caiu em andamento, sem aparente razão. Estávamos a andar a 90km/h, numa recta e numa estrada sem buracos nem imperfeições discerníveis no asfalto. Por sorte, rolou para a berma da estrada, caindo para fora desta.
O dia esteve tórrido, com temperaturas a rondar os 32ºc, chegando mesmo aos 36ºc
Depois de um merecido descanso no cimo de Aracena, completamos com facilidade os 89km que ainda nos separavam de Sevilha, a tempo de jantar calmamente e visitar esta bonita cidade. É uma cidade antiga, com monumentos (e catedral) de sonho, muito movimentada pela noite, principalmente jovens de diversas nacionalidades, com um ambiente tranquilo e despreocupado. Fica na minha lista de cidades a voltar a visitar com mais calma!
Agora, para a cama, que amanha fazemos a travessia para Marrocos!
2o dia: 392km - 5,1L/100km
3º DIA
Depois de uma noite mais bem dormida, apesar das 6 escassas horas de sono, partimos de Sevilha com destino a Tanger. Aqui, uma vez mais, a dinâmica do conjunto foi excecional, oferecendo uma grande proteção tanto à cabeça como ao tronco. A estrada, sempre larga e de duas vias, bem pavimentada, permitiu um ritmo mais alto. Antes ainda do almoço, fizemos um desvio para tirar uma foto de grupo, numa bela represa, almoçando então em Rhonda, uma cidade muito bonita, antiga, rodeada de precipícios, com fotografias fenomenais.
Desde aqui ate Tanger, com temperaturas bem mais amenas de 25, 26º, passámos por uma estrada fantástica de montanha, com um piso espetacular. Aqui, uma vez mais, a BMW me impressionou, tanto pela segurança de inserção em curva como pela leveza do conjunto. Curvas que faria a 70/80 km/h na versys aqui dava por mim a chegar aos 100km/h, sem grandes esforços e sem sequer dar por isso. Esta foi, ate agora, uma das melhores estradas que já percorri, a um ritmo muito fluído proporcionado pelo team leader. Uma ultima nota para os excelentes consumos desta nova r1200gs, sempre por estradas de montanha, muitas vezes em aceleração e travagens, curvas e contra-curvas, nunca excedeu os 5L/100km, o que, comparando com os 4,7 da minha versys a fazem parecer muito poupadinha.
A passagem para Marrocos decorreu sem incidentes de maior, tudo bem controlado pela organização, apenas tive que entregar o passaporte aos mesmos e em pouco tempo estava do outro lado. O hotel fica a apenas 2km da fronteira mas já deu para ter uma noção de como é o transito aqui do outro lado: cada um por si. Os carros passam por onde querem, os peões por onde podem e as motas... pelo espaço que sobra. Tudo muito caótico, mas se nos deixarmos ir na confusão e não ficarmos chateados com a mota que passa pelo lado direito enquanto o carro se mete pelo esquerdo, tudo corre bem e flui relativamente depressa.
E assim chegamos a Marrocos. Amanhã ate Fez, onde ficaremos 2 noites.
3o dia: 262km - 5L/100km
4º DIA
Apenas ao acordar é que reparei que estávamos mesmo ao lado da praia.
Sem tempo (quer meteorológico quer crónico), lá me contentei com apenas olhar para tal cenário. A saída de Tanger correu sem problemas de maior, sem transito nenhum, sem grandes confusões. O trajeto foi muito ventoso, com o piso muito traiçoeiro, era autentica manteiga, de tão gasto que estava. A estrada era de apenas 1 sentido, com imensos camiões, e carros a tentar ultrapassá-los, o que dificultava o ritmo de andamento que, apesar disso, se manteve relativamente expedito, muito por ajuda do tour leader que marcava um passo sempre acessível, mas constante e rápido.
O almoço foi em Chefchaouen, a cidade azul. Uma vila muito típica, com um choque cultural imenso, o primeiro desta viagem. Desde burros a carregar tanto pessoas como mercadoria, até miúdos a venderem porta-chaves, assistiu-se de tudo um pouco. Em todas as interações que tive, fica sempre a ideia de que são um povo simpático, prestável, e, apesar de tentarem sempre ganhar mais algum, são desportivos quanto a isso e, se puxados, acabam sempre por dar um preço "justo".
A gasolina aqui é de sonho, 12 dirhams, o equivalente a uns 1,1€ por litro. os mesmos 12 litros que aqui me custaram 15€, em espanha paguei 18€ e em portugal 20€!
Depois do almoço, e até chegarmos a Fez, foi um espetáculo de paisagens, desde vales enormes cobertos de verde, estradas ladeadas por árvores, lagos no meio do caminho, de tudo um pouco. Aqui, a chuva decidiu participar nesta aventura, deixando-nos abrigados numa bomba de gasolina à espera que se fosse embora!
Ao esperar, descobrimos que um dos elementos tinha tido um encontro de 1º grau com um carro local. o carro virou em sentido proibido e, mesmo tentando se afastar, a mala lateral bateu no carro e partiu. Apesar do aparato, não chegou a ir ao chão.
Chegando a Fez, uma grande, GRANDE confusão. Tanger 2.0! muitos carros, muitas pessoas, muitas scooters, tudo ao molho e fé em Deus! A cidade é linda, antiga, com o seu charme!
amanhã o dia é de descanso (e compras) pelo que o update será pouco.
dia 4: 330km - 4,8L/100km
5º DIA
Hoje foi dia de descanso! Acordar mais tarde, tentando pôr o sono em dia e passear com guia pela medina de Fez. Logo à entrada da medina nota-se o choque cultural.
Como é o trânsito de carros, assim o é o das pessoas. Burros para aqui, mulas para acolá, carrinhos de mão, puxa por aqui, empurra por ali. Mas nada nos prepara para começar a ver galinhas, coelhos, camelos, vacas, porcos, todos em exposição para serem mortos ali, na hora.
Garantidamente carne mais fresca e difícil de encontrar, desde que não olhemos para as tripas que ficam no chão, onde centenas de gatos lutam por um pedaço, ou os vários insectos voadores a pairar sobre a carne, desde moscas até abelhas.
Todos a tentar angariar um comprador, a anunciar um preço melhor que o vizinho do lado. É, sem duvida, um conceito de vida completamente diferente. Apesar disto, todos andam com um sorriso na cara, bem dispostos e a tentar ganhar a sua vida. A medina surpreendeu-me, não pelo seu gigantesco tamanho, nem pela variedade de ofertas que existem, a todos os preços, mas pelas suas imponentes riads que, de fora, nada mais parecem que casas abandonadas.
Entramos em mais de 4 riads que pareciam estar a cair de velhas quando, na verdade, por dentro eram, não só bem conservadas, como luxuosas. O guia explicou que tal acontece para não atrair a inveja dos vizinhos, e que existe um ditado popular em Marrocos que diz "por fora me***, por dentro ouro".
Os curtumes são típicos de Fez, parece ser um trabalho mesmo muito pesado e tudo feito nos mesmos poços desde há 500 anos.
Adorei a experiencia, e garanto que, se entrasse na medina sozinho, muito dificilmente conseguiria sair. são mais de 9500 ruas, das quais quase 1000 não têm saída.
Amanha, 300km rumo ao Atlas, a entrada do deserto do Saara.
5º dia: 0km - 0L/100km
6º DIA
Bons dias! depois de um dia para repor energias, segue-se mais um dia de viagem. 300km pelo atlas entre Fez e Er Rachidia. A saída de Fez correu sem problemas, parece que o trânsito piora à noite. Apesar de calmo, continua sendo algo... aleatório. Começando a subir o Atlas, a temperatura rapidamente baixou de 26 para 20º.
Apesar de ainda estar quente, os punhos aquecidos tornaram este troço muito mais confortável. Chegados aos 1200 metros, a temperatura atinge os 15º e aí começa o queixo a bater. Nevoeiro e chuva tornaram cansativa aquela hora que parecia infindável. Cheguei a deixar de ver a mota que ia a minha frente, quanto mais os carros que vinham sem luzes em sentido contrario!
Passados os 1500, abriu o sol, que sempre nos acompanhou ate aos 2200 metros de altitude máxima que atingimos. Neste planalto a paisagem é de cortar a respiração, com as montanhas a fazer o pano de fundo de uma planície enorme. Ao descer, passámos por várias gargantas com uma cor fora do normal, um contraste entre o verde da montanha e das arvores e o castanho da pedra e da terra.
Chegados ao hotel, ainda deu tempo para dar um mergulho, para relaxar ao som da agua e das palmeiras e preparar para uma etapa curta amanha ate Merzouga.
6º dia: 338km - 4,3L/100km
7º DIA
Hoje foi um dia curto. Mas antes, há que mencionar o jantar ao som de musicas de natal do dia anterior! Se já estava cansado, então com musica natalícia, quase não me aguentava! O pior é que estava a dar a mesma musica ao pequeno almoço!
Saímos cedo em direção ao deserto e logo se viu uma diferença enorme nas paisagens. Em vez das arvores e do frio do dia anterior, deparámo-nos com um solo árido, sendo a única vegetação avistada uma palmeira aqui e ali.
Fizemos um desvio para ver o oásis do rio Aziz, um dos maiores do mundo, tendo uma enorme plantação de tâmaras. O caminho era de pedras pequenas, talvez 2km de comprimento, mas deu para pôr o bichinho. A Motoxplorers tem um curso off-road, talvez para o ano me aventure!
Cerca de 100km apos a partida oiço no intercomunicador "Mário, esta aqui a piscar um triangulo amarelo e não para" Isto nunca e um bom sinal! Lá conseguimos parar na berma da estrada e deparámo-nos com um prego no pneu. A vantagem de ter um carro de apoio é precisamente esta. Sem problemas nenhuns, esperámos pelo carro de apoio e lá arranjámos o pneu em menos de 10 minutos. Afinal, não era um prego não, era um anzol... no meio do deserto! Um bocadinho impensável.
Os 30 km finais foram feitos relaxadamente, sem mais problemas. A entrada para o hotel era um estradão de areia/pedras minúsculas. Aqui já fiz sem tanto medo e ate gostei! A tarde foi livre, deu para descansar na piscina, relaxar e recarregar forças que daqui para a frente são sempre mais de 250km até ao fim!
7º dia: 140km - 4,5L/100km
8º DIA
Mais um dia, mais uma aventura! Hoje saímos das dunas em direção ao deserto. Mas antes, um desvio pelas gargantas do Todra, uma região muito conhecida e apreciada em Marrocos. Como sempre, paisagens deslumbrantes, planaltos sem fim, montanhas de todas as cores, sol de um lado chuva do outro, uma mistura de cheiros tanto agradáveis (terra molhada) quanto desagradáveis (azeitonas).
Depois de almoçados, acabámos a etapa de hoje em Boulmane des dades, num hotel simplesmente fantástico, rodeado por uma paisagem de perder a respiração, tudo ao bom tom marroquino, mas sem antes passar por um especialista em trilobites ( que, apesar dos 1500 metros de altitude e do deserto actual, se encontravam em abundancia há muitos, muitos anos atrás nesta região), muito caricato, muito apaixonado pelo tema que nos explicou em detalhe como se escava, se formam e se transformam estes fósseis.
À chegada ao hotel, ainda houve tempo para um banho no jacuzzi, relaxar da viagem e preparar a de amanhã, que nos levará a atravessar o Atlas novamente!
8º dia: 287km - 4,5L/100km
9º DIA
E a viagem começa a chegar ao fim! Arrancámos hoje pelas 9 da manha, com destino a Hait Ben Hadou, mas primeiro fizémos um desvio para Doudes, para passarmos na estrada mais famosa de Marrocos. Não só a estrada, como também a paisagem são de uma imensidão impossível de imaginar na europa!
Chegados ao topo, surge a ideia de uns ficarem em cima a filmar a descida. Até aqui nada de mais, no entanto, chegados ao final, demos a volta para subir. Quando parámos para trocar a gopro, tiro-a do suporte e oiço um estrondo vindo da frente. Uma das bmw caiu no chao! Não estava engatada e escorregou um pouco. Depois de levantada (ainda sugeri tirar uma foto mas ninguém me ligou), vimos que foi só um susto, nada estragado, toca a subir outra vez.
Depois de apreciar a magnifica paisagem, voltámos então atras, com destino a esta cidade património da humanidade, e bem merecido, toda ela e simplesmente magnifica, não as construções em si, mas o envolvente, a paisagem, o ambiente, transporta-nos para uma realidade diferente, ficamos sem reação, ali parados a olhar, a apreciar tamanha beleza!
Foi uma experiência extraordinária, senti-me pequeno, agradecido por estar ali, a respirar aquele ar, a ter o privilégio de pisar aquele chão, foi mágico!
O hotel é muito catita, com uma piscina bem engraçada e com a água nada desagradável! Hoje já fez mais calor, no entanto nunca passou dos 30ºC.... e disseram-me que vinha para África! Até agora só apanhei frio e chuva (não que me esteja a queixar, diga-se).
9º dia: 253km - 4,4L/100km
10º DIA
Último dia de viagem paisagística, e não desiludiu! Fizémos a estrada que liga Ourzarzate a Marraquexe, que sobe ate aos 2200metros de altitude, numa estrada sinuosa, de montanha, com muitas curvas (imensas), paisagens lindíssimas e ultrapassagens apertadas, resumindo, um sonho! A mota mais uma vez lidou com tudo o que lhe foi pedido, tanto mostrando confiança nas curvas mais apertadas como na aceleração brutal desde quase as 1500rpm. As temperaturas chegaram aos 15º, mas sempre com sol para não deixar arrefecer em demasia. Acabando esta estrada, a temperatura chegou aos 33º, mas nada de impossível de se suportar. Uma merecida pausa na viagem espantou-me ao poder lanchar um batido de banana numa caneca de cerveja e um croissant simples por 10 dirhams (uns 90 cêntimos). Basta ter um pouco de paciência que aqui se come muito bem, muito barato! Chegados a Marraquexe, instalou-se a confusão! carros para um lado, motocicletas para outro, bicicletas a meio, peões por todo o lado! Mas lá chegámos ao hotel com tempo para um merecido mergulho!
Fomos visitar a cidade depois do calor amainar. Acabámos no mercado, uma autêntica confusão de vendedores a chamar o cliente, encantadores de cobras no chão, macacos amestrados no ombro, sumos de tudo e mais alguma coisa, chás, peles, pratas, roupa, calcado, tudo o que podem imaginar, estava ali, tudo à mistura! Jantámos mesmo a meio do mercado, no meio da confusão. Apesar de toda esta descrição, é fantástico sentir e viver uma cultura tao diferente da nossa! Todos ali te respeitam, ninguém te tenta roubar, mas todos gostam de negociar, e quanto mais corda lhes dás, mais eles falam!
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Foi uma experiência fora de série, com uns guias fantásticos, que nos levaram a conhecer não só zonas turísticas como também zonas inalcançáveis de carro, zonas remotas de acessos precários, de tudo um pouco!
Amanha dormimos já em Espanha, com cerca de 600km e uma travessia de ferry ate ao destino.
10º dia: 197km - 4,2L/100km
11º DIA
Hoje e amanha não haverá muito para contar, dada a quilometragem e a auto-estrada. Hoje saímos de Marraquexe com destino a Tanger, para dormirmos do outro lado, em Tarifa. O trajeto foi sempre em auto-estrada, onde pude confirmar a utilidade do cruise-control, tanto na redução da fadiga como na redução dos consumos. Ainda paramos em Asillah, uma cidade costeira, com muros pintados por artistas.
Chegámos a fronteira por volta das 17h, tendo que esperar pelas 19h pelo barco. No entanto, este atrasou-se, chegando apenas às 20h e partindo às 22h (quando, finalmente, encheu), pelo que um dia tranquilo tornou-se muito cansativo!
Chegámos ao hotel já perto da meia noite e acabamos de jantar pela 1 da manha, escrevo isto as 2:35h para ter que me levantar as 7:30h, veremos se durmo bem!
11º dia: 575km - 5,2L/100km
12º DIA
Cedo! Foi como começou o ultimo dia da viagem! À nossa espera, 600km até Lisboa. Mal saímos do hotel, encontramos uma procissão pelo caminho. Depois de falar com os policias e medir as possibilidades, lá fomos pelo último trecho off-road da viagem, (nem 5 minutos foram) para circundar a procissão. Por pouco escapámos. A ligação entre Tarifa e Cádiz é muito bonita, toda feita à beira-mar, mas muito ventosa, as motas estavam sempre de lado com o vento. Chegados a Cadiz fomos pela auto-estrada ate Sevilha, mais uma vez, bendito cruise-cointrol! Aqui, tivémos o ultimo percalço: o condutor do carro de apoio teve uma cólica renal e teve que seguir viagem para lisboa em auto-estrada, pelo que tivemos os últimos 300km sem apoio técnico, o qual não se revelou necessário. Passámos depois por Mértola, pelas nacionais, e que bonitas estradas, continuo sem perceber o porquê de alguém querer ir de auto-estrada estando de ferias(e de mota, claro).
Chegados a Lisboa, fica a sensação de dever cumprido, de mais uma viagem que correu bem, que reforçou a minha paixão pelo mototurismo, pela aventura e pelo descobrir de novas cidades/países.
12º dia: 612km - 4,9L/100km
TOTAL:
QUILOMETRAGEM: 3396,4 KM
CONSUMO: 4,8L/100 KM
VELOCIDADE MÉDIA: 74,5 KM/H
VELOCIDADE MÁXIMA: 140 KM/H
CUSTOS:
COMBUSTIVEL: 210€
PORTAGENS: 48€
ALIMENTACAO (almoços): 105€
Como podem ver, a BMW foi um exemplo nos consumos, gastando o mesmo que a minha 650 na viagem aos Picos da Europa! Fiquei rendido À mota, desde a soberba proteção do vidro (andei a viagem toda, mesmo auto-estradas com a viseira levantada), passando pela excelente manobrabilidade do conjunto, que parece não pesar mais que a versys, até à facilidade de aceleração. A viagem foi feita nas calmas, como atestam os 140km/h de velocidade máxima, mas sempre a um ritmo muito bom (74,5km/h de media), o que permitiu termos liberdade de parar sempre e quando quiséssemos sem estar a pensar no destino.
Gostaria de deixar também umas linhas sobre a motoxplorers. Como sabem, este género de viagem esta muito para alem do budget de um estudante, pelo que este concurso me permitiu usufruir de uma experiência que tao cedo não irei repetir. Foi uma experiência única, fantástica, indescritível, não apenas pelo destino maravilhoso mas muito também pela equipa atrás (e à frente) da viagem. Em primeiro lugar, todos os hotéis escolhidos foram simplesmente fantásticos! Uns maiores, outros mais pequenos, uns mais ocidentalizados, outros em forma de Riad, mas todos de excelente qualidade e atendimento, o que acredito não ser fácil. Em todas as situações ficou bem presente o "know-how" dos representantes, lidando com qualquer tipo de situação, quer no contacto com os locais (safando multas) quer com qualquer inconveniente acontecido durante a viagem (pneu furado), sempre com extrema facilidade e profissionalismo. Eles estavam ali em trabalho, e fizeram parecer que eram apenas parte do grupo, não guias contratados, o que tornou um bom roteiro numa grande viagem! Compreendo que os valores apresentados podem parecer elevados, também o achei antes de começar a viagem, mas é difícil estipular o preço a um sem numero de situações prontamente resolvidas (pequenas, sempre, como a passagem da fronteira) sem sequer perder 1 minuto de preocupação com isso. Para alem, visitei sítios turísticos, sim, mas também outros que pouca gente deve conhecer em Marrocos, fomos para além do obvio, para além do tradicional, a lugares que, da estrada, ninguém imagina a beleza que escondem. Isto apenas é possível com uma vasta experiência. Outro grande ponto positivo foi o ritmo da viagem. Foram 3400km, mas sempre com tempo para tudo. As etapas foram escaladas de forma a ser possível apreciar a paisagem, andar sem pressa, parar quanto tempo desejado, tirar todas as fotografias necessárias, ficar apenas a olhar, a embeber tamanhas maravilhas. Não pareceu uma viagem de mota, apenas umas ferias em que escolhi a mota como meio de transporte. A isso ajudou o tempo, já que apenas na europa apanhámos calor e, claro está, o espirito do grupo.
Gostaria também de agradecer aos meus companheiros de viagem, tão diferentes mas partilhando o gosto pelas motas. Foi bom conhecer um pouco mais da cultura brasileira, ter uma ideia do que eles também pensam de quem vive do outro lado do oceano e ver que, afinal, somos tão parecidos! Foi um grupo fantástico, respeitador e, mesmo havendo alturas em que não rodávamos ao mesmo ritmo, ficou sempre a noção de grupo, e não apenas 7 motas a irem para o mesmo sitio.
Marrocos foi uma aventura incrível, que espero repetir. Todos os que ainda não foram, percam o receio, é um povo espetacular, com uma gastronomia muito boa, sem problemas nenhuns de segurança, muito menos que em Portugal. Nem digo "arrisquem" porque nada há para arriscar, digo antes não fiquem em casa a ler esta cronica, usem-na para terem umas ferias de sonho!
Até uma próxima vez, Assalamu Alaykum
Antes de começar a escrever esta crónica, queria dar-vos a conhecer um pouco a minha história. Nasci na Madeira e, por causa do meu pai, sempre gostei de motas. Aos 16 anos tive a minha primeira scooter e, posteriormente, aos 20, uma FZ6n. Agora tenho uma Versys 650 e foi nesta mota que comecei a me interessar pelas viagens. A mota deixou de ser apenas um meio de transporte, para passar a ser o motivo da viagem, sendo que conta com 25.000km em 3 anos o que, para um aluno de medicina, não é pouco No último verão fiz a minha primeira viagem grande, a solo, para os Picos da Europa, e fiquei completamente encantado.
1 ano depois dessa aventura, perto de completar o curso, a minha namorada conta-me sobre um anúncio que viu no facebook para uma viagem a Marrocos. Parecia simples: marcar um test-drive na nova BMW R1200GS, tirar 3 fotografias durante o test-drive e, de todos os candidatos, os 5 mais votados seriam submetidos a um jurí, de onde sairiam os 3 vencedores.
Para completar um já fantástico dia, na tarde depois de defender a minha tese de mestrado recebo um email a dizer que sou um dos 3 vencedores! Uma viagem a Marrocos, com a nova GS, durante 11 dias, com hospedagem, pequeno-almoço e jantares pagos, um carro de suporte e um tour leader!!!
1º DIA
E aqui estamos! Chegou finalmente o dia! Começo esta crónica do avião que me levará a Lisboa onde irei conhecer os outros intervenientes na viagem (ao todo eramos 6: 3 vencedores do concurso e 3 brasileiros). Quando chegar, terei de estar na Motoxplorers às 19h para levantar a mota e, posteriormente às 20h no hotel para termos um jnatar introdutorio onde iremos receber um briefing sobre a viagem.
O 1º dia acabou! Após uns fantásticos 4,2km na mota, ela descansa para o início da viagem! O jantar foi soberbo, com imensas explicações do tour leader sobre as particularidades de conduzir em Marrocos, em grupo e de como seriam, de uma forma geral, os dias seguintes. Amanhã iremos para Sevilha, cerca de 350km, a maior parte em autoestradas.
1º dia: 4,2km - 10L/100km
2º DIA
Mas que noite horrível! O hotel era muito bom, mas as almofadas eram gigantes, acho que nunca tinha acordado com dores no pescoço por causa de uma almofada.
Agora que já desabafei, vamos ao que interessa! Saímos de Lisboa pelas 9h30m, a tempo de aproveitar um excelente inicio de dia na passagem da ponte 25 de Abril. Aquela travessia sempre me fascinou. Na hora certa, com um dia bonito, pode ser mágica. Destino: Serpa!
Aqui tive a oportunidade de ver como e que a mota se comporta em autoestrada. Exemplar! Muito estável, com um motor pujante, que não vibra nada, uma proteção muito boa, a 130km/h podia andar de viseira aberta. Bem sei que, com os meus 1,70m, isso não deverá ser muito complicado, mas comparando com as outras motas do segmento, nem sempre posso afirmar tal coisa. Antes de chegarmos a Serpa, o 1o percalço: um dos viajantes que ia na f650gs ficou sem gasolina (prontamente resolvido com a chegada do carro de apoio), a menos de 3km da bomba designada para pararmos para abastecer! Serpa e uma cidadezinha muito engraçada, com algumas paisagens pitorescas.
Após o almoço, toca a subir na grande mota (sim, aquela mota com as 3 malas e a proteção do motor intimida quando está parada. Um pequeno reparo para o excelente sistema das malas, que se estendem bastante quando assim for necessário, e encolhem-se, tornando o conjunto mais manobrável) para aracena e, eventualmente Sevilha.
O cruise-control é realmente muito útil, apesar de ter a noção que para as melhores estradas ele não e preciso para nada, só podermos descansar a mão do acelerador dá um conforto fantástico. É daquelas mariquices que ninguém dá nada por ela até precisar. Antes de chegarmos a Aracena a mala lateral de quem ia à minha frente (numa gs 1200 das "antigas") caiu em andamento, sem aparente razão. Estávamos a andar a 90km/h, numa recta e numa estrada sem buracos nem imperfeições discerníveis no asfalto. Por sorte, rolou para a berma da estrada, caindo para fora desta.
O dia esteve tórrido, com temperaturas a rondar os 32ºc, chegando mesmo aos 36ºc
Depois de um merecido descanso no cimo de Aracena, completamos com facilidade os 89km que ainda nos separavam de Sevilha, a tempo de jantar calmamente e visitar esta bonita cidade. É uma cidade antiga, com monumentos (e catedral) de sonho, muito movimentada pela noite, principalmente jovens de diversas nacionalidades, com um ambiente tranquilo e despreocupado. Fica na minha lista de cidades a voltar a visitar com mais calma!
Agora, para a cama, que amanha fazemos a travessia para Marrocos!
2o dia: 392km - 5,1L/100km
3º DIA
Depois de uma noite mais bem dormida, apesar das 6 escassas horas de sono, partimos de Sevilha com destino a Tanger. Aqui, uma vez mais, a dinâmica do conjunto foi excecional, oferecendo uma grande proteção tanto à cabeça como ao tronco. A estrada, sempre larga e de duas vias, bem pavimentada, permitiu um ritmo mais alto. Antes ainda do almoço, fizemos um desvio para tirar uma foto de grupo, numa bela represa, almoçando então em Rhonda, uma cidade muito bonita, antiga, rodeada de precipícios, com fotografias fenomenais.
Desde aqui ate Tanger, com temperaturas bem mais amenas de 25, 26º, passámos por uma estrada fantástica de montanha, com um piso espetacular. Aqui, uma vez mais, a BMW me impressionou, tanto pela segurança de inserção em curva como pela leveza do conjunto. Curvas que faria a 70/80 km/h na versys aqui dava por mim a chegar aos 100km/h, sem grandes esforços e sem sequer dar por isso. Esta foi, ate agora, uma das melhores estradas que já percorri, a um ritmo muito fluído proporcionado pelo team leader. Uma ultima nota para os excelentes consumos desta nova r1200gs, sempre por estradas de montanha, muitas vezes em aceleração e travagens, curvas e contra-curvas, nunca excedeu os 5L/100km, o que, comparando com os 4,7 da minha versys a fazem parecer muito poupadinha.
A passagem para Marrocos decorreu sem incidentes de maior, tudo bem controlado pela organização, apenas tive que entregar o passaporte aos mesmos e em pouco tempo estava do outro lado. O hotel fica a apenas 2km da fronteira mas já deu para ter uma noção de como é o transito aqui do outro lado: cada um por si. Os carros passam por onde querem, os peões por onde podem e as motas... pelo espaço que sobra. Tudo muito caótico, mas se nos deixarmos ir na confusão e não ficarmos chateados com a mota que passa pelo lado direito enquanto o carro se mete pelo esquerdo, tudo corre bem e flui relativamente depressa.
E assim chegamos a Marrocos. Amanhã ate Fez, onde ficaremos 2 noites.
3o dia: 262km - 5L/100km
4º DIA
Apenas ao acordar é que reparei que estávamos mesmo ao lado da praia.
Sem tempo (quer meteorológico quer crónico), lá me contentei com apenas olhar para tal cenário. A saída de Tanger correu sem problemas de maior, sem transito nenhum, sem grandes confusões. O trajeto foi muito ventoso, com o piso muito traiçoeiro, era autentica manteiga, de tão gasto que estava. A estrada era de apenas 1 sentido, com imensos camiões, e carros a tentar ultrapassá-los, o que dificultava o ritmo de andamento que, apesar disso, se manteve relativamente expedito, muito por ajuda do tour leader que marcava um passo sempre acessível, mas constante e rápido.
O almoço foi em Chefchaouen, a cidade azul. Uma vila muito típica, com um choque cultural imenso, o primeiro desta viagem. Desde burros a carregar tanto pessoas como mercadoria, até miúdos a venderem porta-chaves, assistiu-se de tudo um pouco. Em todas as interações que tive, fica sempre a ideia de que são um povo simpático, prestável, e, apesar de tentarem sempre ganhar mais algum, são desportivos quanto a isso e, se puxados, acabam sempre por dar um preço "justo".
A gasolina aqui é de sonho, 12 dirhams, o equivalente a uns 1,1€ por litro. os mesmos 12 litros que aqui me custaram 15€, em espanha paguei 18€ e em portugal 20€!
Depois do almoço, e até chegarmos a Fez, foi um espetáculo de paisagens, desde vales enormes cobertos de verde, estradas ladeadas por árvores, lagos no meio do caminho, de tudo um pouco. Aqui, a chuva decidiu participar nesta aventura, deixando-nos abrigados numa bomba de gasolina à espera que se fosse embora!
Ao esperar, descobrimos que um dos elementos tinha tido um encontro de 1º grau com um carro local. o carro virou em sentido proibido e, mesmo tentando se afastar, a mala lateral bateu no carro e partiu. Apesar do aparato, não chegou a ir ao chão.
Chegando a Fez, uma grande, GRANDE confusão. Tanger 2.0! muitos carros, muitas pessoas, muitas scooters, tudo ao molho e fé em Deus! A cidade é linda, antiga, com o seu charme!
amanhã o dia é de descanso (e compras) pelo que o update será pouco.
dia 4: 330km - 4,8L/100km
5º DIA
Hoje foi dia de descanso! Acordar mais tarde, tentando pôr o sono em dia e passear com guia pela medina de Fez. Logo à entrada da medina nota-se o choque cultural.
Como é o trânsito de carros, assim o é o das pessoas. Burros para aqui, mulas para acolá, carrinhos de mão, puxa por aqui, empurra por ali. Mas nada nos prepara para começar a ver galinhas, coelhos, camelos, vacas, porcos, todos em exposição para serem mortos ali, na hora.
Garantidamente carne mais fresca e difícil de encontrar, desde que não olhemos para as tripas que ficam no chão, onde centenas de gatos lutam por um pedaço, ou os vários insectos voadores a pairar sobre a carne, desde moscas até abelhas.
Todos a tentar angariar um comprador, a anunciar um preço melhor que o vizinho do lado. É, sem duvida, um conceito de vida completamente diferente. Apesar disto, todos andam com um sorriso na cara, bem dispostos e a tentar ganhar a sua vida. A medina surpreendeu-me, não pelo seu gigantesco tamanho, nem pela variedade de ofertas que existem, a todos os preços, mas pelas suas imponentes riads que, de fora, nada mais parecem que casas abandonadas.
Entramos em mais de 4 riads que pareciam estar a cair de velhas quando, na verdade, por dentro eram, não só bem conservadas, como luxuosas. O guia explicou que tal acontece para não atrair a inveja dos vizinhos, e que existe um ditado popular em Marrocos que diz "por fora me***, por dentro ouro".
Os curtumes são típicos de Fez, parece ser um trabalho mesmo muito pesado e tudo feito nos mesmos poços desde há 500 anos.
Adorei a experiencia, e garanto que, se entrasse na medina sozinho, muito dificilmente conseguiria sair. são mais de 9500 ruas, das quais quase 1000 não têm saída.
Amanha, 300km rumo ao Atlas, a entrada do deserto do Saara.
5º dia: 0km - 0L/100km
6º DIA
Bons dias! depois de um dia para repor energias, segue-se mais um dia de viagem. 300km pelo atlas entre Fez e Er Rachidia. A saída de Fez correu sem problemas, parece que o trânsito piora à noite. Apesar de calmo, continua sendo algo... aleatório. Começando a subir o Atlas, a temperatura rapidamente baixou de 26 para 20º.
Apesar de ainda estar quente, os punhos aquecidos tornaram este troço muito mais confortável. Chegados aos 1200 metros, a temperatura atinge os 15º e aí começa o queixo a bater. Nevoeiro e chuva tornaram cansativa aquela hora que parecia infindável. Cheguei a deixar de ver a mota que ia a minha frente, quanto mais os carros que vinham sem luzes em sentido contrario!
Passados os 1500, abriu o sol, que sempre nos acompanhou ate aos 2200 metros de altitude máxima que atingimos. Neste planalto a paisagem é de cortar a respiração, com as montanhas a fazer o pano de fundo de uma planície enorme. Ao descer, passámos por várias gargantas com uma cor fora do normal, um contraste entre o verde da montanha e das arvores e o castanho da pedra e da terra.
Chegados ao hotel, ainda deu tempo para dar um mergulho, para relaxar ao som da agua e das palmeiras e preparar para uma etapa curta amanha ate Merzouga.
6º dia: 338km - 4,3L/100km
7º DIA
Hoje foi um dia curto. Mas antes, há que mencionar o jantar ao som de musicas de natal do dia anterior! Se já estava cansado, então com musica natalícia, quase não me aguentava! O pior é que estava a dar a mesma musica ao pequeno almoço!
Saímos cedo em direção ao deserto e logo se viu uma diferença enorme nas paisagens. Em vez das arvores e do frio do dia anterior, deparámo-nos com um solo árido, sendo a única vegetação avistada uma palmeira aqui e ali.
Fizemos um desvio para ver o oásis do rio Aziz, um dos maiores do mundo, tendo uma enorme plantação de tâmaras. O caminho era de pedras pequenas, talvez 2km de comprimento, mas deu para pôr o bichinho. A Motoxplorers tem um curso off-road, talvez para o ano me aventure!
Cerca de 100km apos a partida oiço no intercomunicador "Mário, esta aqui a piscar um triangulo amarelo e não para" Isto nunca e um bom sinal! Lá conseguimos parar na berma da estrada e deparámo-nos com um prego no pneu. A vantagem de ter um carro de apoio é precisamente esta. Sem problemas nenhuns, esperámos pelo carro de apoio e lá arranjámos o pneu em menos de 10 minutos. Afinal, não era um prego não, era um anzol... no meio do deserto! Um bocadinho impensável.
Os 30 km finais foram feitos relaxadamente, sem mais problemas. A entrada para o hotel era um estradão de areia/pedras minúsculas. Aqui já fiz sem tanto medo e ate gostei! A tarde foi livre, deu para descansar na piscina, relaxar e recarregar forças que daqui para a frente são sempre mais de 250km até ao fim!
7º dia: 140km - 4,5L/100km
8º DIA
Mais um dia, mais uma aventura! Hoje saímos das dunas em direção ao deserto. Mas antes, um desvio pelas gargantas do Todra, uma região muito conhecida e apreciada em Marrocos. Como sempre, paisagens deslumbrantes, planaltos sem fim, montanhas de todas as cores, sol de um lado chuva do outro, uma mistura de cheiros tanto agradáveis (terra molhada) quanto desagradáveis (azeitonas).
Depois de almoçados, acabámos a etapa de hoje em Boulmane des dades, num hotel simplesmente fantástico, rodeado por uma paisagem de perder a respiração, tudo ao bom tom marroquino, mas sem antes passar por um especialista em trilobites ( que, apesar dos 1500 metros de altitude e do deserto actual, se encontravam em abundancia há muitos, muitos anos atrás nesta região), muito caricato, muito apaixonado pelo tema que nos explicou em detalhe como se escava, se formam e se transformam estes fósseis.
À chegada ao hotel, ainda houve tempo para um banho no jacuzzi, relaxar da viagem e preparar a de amanhã, que nos levará a atravessar o Atlas novamente!
8º dia: 287km - 4,5L/100km
9º DIA
E a viagem começa a chegar ao fim! Arrancámos hoje pelas 9 da manha, com destino a Hait Ben Hadou, mas primeiro fizémos um desvio para Doudes, para passarmos na estrada mais famosa de Marrocos. Não só a estrada, como também a paisagem são de uma imensidão impossível de imaginar na europa!
Chegados ao topo, surge a ideia de uns ficarem em cima a filmar a descida. Até aqui nada de mais, no entanto, chegados ao final, demos a volta para subir. Quando parámos para trocar a gopro, tiro-a do suporte e oiço um estrondo vindo da frente. Uma das bmw caiu no chao! Não estava engatada e escorregou um pouco. Depois de levantada (ainda sugeri tirar uma foto mas ninguém me ligou), vimos que foi só um susto, nada estragado, toca a subir outra vez.
Depois de apreciar a magnifica paisagem, voltámos então atras, com destino a esta cidade património da humanidade, e bem merecido, toda ela e simplesmente magnifica, não as construções em si, mas o envolvente, a paisagem, o ambiente, transporta-nos para uma realidade diferente, ficamos sem reação, ali parados a olhar, a apreciar tamanha beleza!
Foi uma experiência extraordinária, senti-me pequeno, agradecido por estar ali, a respirar aquele ar, a ter o privilégio de pisar aquele chão, foi mágico!
O hotel é muito catita, com uma piscina bem engraçada e com a água nada desagradável! Hoje já fez mais calor, no entanto nunca passou dos 30ºC.... e disseram-me que vinha para África! Até agora só apanhei frio e chuva (não que me esteja a queixar, diga-se).
9º dia: 253km - 4,4L/100km
10º DIA
Último dia de viagem paisagística, e não desiludiu! Fizémos a estrada que liga Ourzarzate a Marraquexe, que sobe ate aos 2200metros de altitude, numa estrada sinuosa, de montanha, com muitas curvas (imensas), paisagens lindíssimas e ultrapassagens apertadas, resumindo, um sonho! A mota mais uma vez lidou com tudo o que lhe foi pedido, tanto mostrando confiança nas curvas mais apertadas como na aceleração brutal desde quase as 1500rpm. As temperaturas chegaram aos 15º, mas sempre com sol para não deixar arrefecer em demasia. Acabando esta estrada, a temperatura chegou aos 33º, mas nada de impossível de se suportar. Uma merecida pausa na viagem espantou-me ao poder lanchar um batido de banana numa caneca de cerveja e um croissant simples por 10 dirhams (uns 90 cêntimos). Basta ter um pouco de paciência que aqui se come muito bem, muito barato! Chegados a Marraquexe, instalou-se a confusão! carros para um lado, motocicletas para outro, bicicletas a meio, peões por todo o lado! Mas lá chegámos ao hotel com tempo para um merecido mergulho!
Fomos visitar a cidade depois do calor amainar. Acabámos no mercado, uma autêntica confusão de vendedores a chamar o cliente, encantadores de cobras no chão, macacos amestrados no ombro, sumos de tudo e mais alguma coisa, chás, peles, pratas, roupa, calcado, tudo o que podem imaginar, estava ali, tudo à mistura! Jantámos mesmo a meio do mercado, no meio da confusão. Apesar de toda esta descrição, é fantástico sentir e viver uma cultura tao diferente da nossa! Todos ali te respeitam, ninguém te tenta roubar, mas todos gostam de negociar, e quanto mais corda lhes dás, mais eles falam!
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Foi uma experiência fora de série, com uns guias fantásticos, que nos levaram a conhecer não só zonas turísticas como também zonas inalcançáveis de carro, zonas remotas de acessos precários, de tudo um pouco!
Amanha dormimos já em Espanha, com cerca de 600km e uma travessia de ferry ate ao destino.
10º dia: 197km - 4,2L/100km
11º DIA
Hoje e amanha não haverá muito para contar, dada a quilometragem e a auto-estrada. Hoje saímos de Marraquexe com destino a Tanger, para dormirmos do outro lado, em Tarifa. O trajeto foi sempre em auto-estrada, onde pude confirmar a utilidade do cruise-control, tanto na redução da fadiga como na redução dos consumos. Ainda paramos em Asillah, uma cidade costeira, com muros pintados por artistas.
Chegámos a fronteira por volta das 17h, tendo que esperar pelas 19h pelo barco. No entanto, este atrasou-se, chegando apenas às 20h e partindo às 22h (quando, finalmente, encheu), pelo que um dia tranquilo tornou-se muito cansativo!
Chegámos ao hotel já perto da meia noite e acabamos de jantar pela 1 da manha, escrevo isto as 2:35h para ter que me levantar as 7:30h, veremos se durmo bem!
11º dia: 575km - 5,2L/100km
12º DIA
Cedo! Foi como começou o ultimo dia da viagem! À nossa espera, 600km até Lisboa. Mal saímos do hotel, encontramos uma procissão pelo caminho. Depois de falar com os policias e medir as possibilidades, lá fomos pelo último trecho off-road da viagem, (nem 5 minutos foram) para circundar a procissão. Por pouco escapámos. A ligação entre Tarifa e Cádiz é muito bonita, toda feita à beira-mar, mas muito ventosa, as motas estavam sempre de lado com o vento. Chegados a Cadiz fomos pela auto-estrada ate Sevilha, mais uma vez, bendito cruise-cointrol! Aqui, tivémos o ultimo percalço: o condutor do carro de apoio teve uma cólica renal e teve que seguir viagem para lisboa em auto-estrada, pelo que tivemos os últimos 300km sem apoio técnico, o qual não se revelou necessário. Passámos depois por Mértola, pelas nacionais, e que bonitas estradas, continuo sem perceber o porquê de alguém querer ir de auto-estrada estando de ferias(e de mota, claro).
Chegados a Lisboa, fica a sensação de dever cumprido, de mais uma viagem que correu bem, que reforçou a minha paixão pelo mototurismo, pela aventura e pelo descobrir de novas cidades/países.
12º dia: 612km - 4,9L/100km
TOTAL:
QUILOMETRAGEM: 3396,4 KM
CONSUMO: 4,8L/100 KM
VELOCIDADE MÉDIA: 74,5 KM/H
VELOCIDADE MÁXIMA: 140 KM/H
CUSTOS:
COMBUSTIVEL: 210€
PORTAGENS: 48€
ALIMENTACAO (almoços): 105€
Como podem ver, a BMW foi um exemplo nos consumos, gastando o mesmo que a minha 650 na viagem aos Picos da Europa! Fiquei rendido À mota, desde a soberba proteção do vidro (andei a viagem toda, mesmo auto-estradas com a viseira levantada), passando pela excelente manobrabilidade do conjunto, que parece não pesar mais que a versys, até à facilidade de aceleração. A viagem foi feita nas calmas, como atestam os 140km/h de velocidade máxima, mas sempre a um ritmo muito bom (74,5km/h de media), o que permitiu termos liberdade de parar sempre e quando quiséssemos sem estar a pensar no destino.
Gostaria de deixar também umas linhas sobre a motoxplorers. Como sabem, este género de viagem esta muito para alem do budget de um estudante, pelo que este concurso me permitiu usufruir de uma experiência que tao cedo não irei repetir. Foi uma experiência única, fantástica, indescritível, não apenas pelo destino maravilhoso mas muito também pela equipa atrás (e à frente) da viagem. Em primeiro lugar, todos os hotéis escolhidos foram simplesmente fantásticos! Uns maiores, outros mais pequenos, uns mais ocidentalizados, outros em forma de Riad, mas todos de excelente qualidade e atendimento, o que acredito não ser fácil. Em todas as situações ficou bem presente o "know-how" dos representantes, lidando com qualquer tipo de situação, quer no contacto com os locais (safando multas) quer com qualquer inconveniente acontecido durante a viagem (pneu furado), sempre com extrema facilidade e profissionalismo. Eles estavam ali em trabalho, e fizeram parecer que eram apenas parte do grupo, não guias contratados, o que tornou um bom roteiro numa grande viagem! Compreendo que os valores apresentados podem parecer elevados, também o achei antes de começar a viagem, mas é difícil estipular o preço a um sem numero de situações prontamente resolvidas (pequenas, sempre, como a passagem da fronteira) sem sequer perder 1 minuto de preocupação com isso. Para alem, visitei sítios turísticos, sim, mas também outros que pouca gente deve conhecer em Marrocos, fomos para além do obvio, para além do tradicional, a lugares que, da estrada, ninguém imagina a beleza que escondem. Isto apenas é possível com uma vasta experiência. Outro grande ponto positivo foi o ritmo da viagem. Foram 3400km, mas sempre com tempo para tudo. As etapas foram escaladas de forma a ser possível apreciar a paisagem, andar sem pressa, parar quanto tempo desejado, tirar todas as fotografias necessárias, ficar apenas a olhar, a embeber tamanhas maravilhas. Não pareceu uma viagem de mota, apenas umas ferias em que escolhi a mota como meio de transporte. A isso ajudou o tempo, já que apenas na europa apanhámos calor e, claro está, o espirito do grupo.
Gostaria também de agradecer aos meus companheiros de viagem, tão diferentes mas partilhando o gosto pelas motas. Foi bom conhecer um pouco mais da cultura brasileira, ter uma ideia do que eles também pensam de quem vive do outro lado do oceano e ver que, afinal, somos tão parecidos! Foi um grupo fantástico, respeitador e, mesmo havendo alturas em que não rodávamos ao mesmo ritmo, ficou sempre a noção de grupo, e não apenas 7 motas a irem para o mesmo sitio.
Marrocos foi uma aventura incrível, que espero repetir. Todos os que ainda não foram, percam o receio, é um povo espetacular, com uma gastronomia muito boa, sem problemas nenhuns de segurança, muito menos que em Portugal. Nem digo "arrisquem" porque nada há para arriscar, digo antes não fiquem em casa a ler esta cronica, usem-na para terem umas ferias de sonho!
Até uma próxima vez, Assalamu Alaykum
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CURRENT BIKE:
Aprilia Caponord 1200
Dust_- Zero à esquerda
Re: Morocco Xcape Tour
Grande volta Mário, e com uma organização dessas tinha tudo para correr pelo melhor. O relato tá excelente!!
A mota, chegaste a levá-la para casa ou tiveste que a entregar no final
Cumps
A mota, chegaste a levá-la para casa ou tiveste que a entregar no final
Cumps
jorges- Zero à esquerda
Re: Morocco Xcape Tour
Era bom!
Na garagem continua a versys, e vai continuar por muitos anos. No entanto, era um pouco "contra" a BMW por ser a mota "da moda" mas agora percebo o porquê
Na garagem continua a versys, e vai continuar por muitos anos. No entanto, era um pouco "contra" a BMW por ser a mota "da moda" mas agora percebo o porquê
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CURRENT BIKE:
Aprilia Caponord 1200
Dust_- Zero à esquerda
Re: Morocco Xcape Tour
Como eu te compreendo... Problemas, não deu? Tenho um amigo com uma igual, comprada nova em Maio deste ano. Já lhe trocou os coletores de escape e neste momento está à espera dos comutadores das luzes/piscas assim como de um quadrante novo porque já deixaram de funcionar
Cumps
Cumps
jorges- Zero à esquerda
Re: Morocco Xcape Tour
Todas as 3 motas tinham menos de 1000km na partida, nunca tiveram problemas, mas também chegaram com menos de 4000km, pelo que será um pouco cedo para dizer. A MotoXplorers tem 2 com cerca de 20.000km e disseram que nunca tiveram qualquer problema
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CURRENT BIKE:
Aprilia Caponord 1200
Dust_- Zero à esquerda
Re: Morocco Xcape Tour
Excelente reportagem... trouxe-me à memória lembranças passadas
Parabéns!
Parabéns!
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R1200GS... a minha amante
Nuno Oliveira- Zero à direita
Re: Morocco Xcape Tour
Muito bom Doctor Dust!
Excelente crónica, muito bem relatada e fotos a condizer! Simples, completa e de leitura fácil!
Marrocos faz parte dos meus planos, E o mais certo é lá ir com a minha "pan 1000f"
Tirei notas!
Obrigada pela partilha.
atribuido
Excelente crónica, muito bem relatada e fotos a condizer! Simples, completa e de leitura fácil!
Marrocos faz parte dos meus planos, E o mais certo é lá ir com a minha "pan 1000f"
Tirei notas!
Obrigada pela partilha.
atribuido
Zecacbr- Já conduz... mal!
Re: Morocco Xcape Tour
Shukram pela excelente foto reportagem. Isso foi uma espécie de euromilhões das motos. Marrocos e motão emprestado...
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Felicidade é um modo de viajar, não um destino.
Roy Goodman
https://www.facebook.com/emergenciamotociclista?ref=hl
com4riding.blogspot.com
Andorra 1984
Férias Moto 1983
Re: Morocco Xcape Tour
Obrigado pela partilha desta espetacular viagem, tão bem documentada
Carlos Balio- Já sai à rua a conduzir.
Re: Morocco Xcape Tour
Parabéns por duas razões; crónica bem explanada boas fotos (Só não percebo porque não passei nessa estradita de tantas e bonitas curvas) e por seres um sortudo por tudo isso e
________________________
---Até 100 Deus nos protege, A mais de 100 Deus poderá acolhernos..." Padre Zé Fernando"
Re: Morocco Xcape Tour
agora já sou capaz de aventurar por Marrocos depois de ler esta crônica
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http://pelomundoem2rodas.blogspot.pt/
https://www.youtube.com/user/micasimba/videos
carlosferreira- Motociclista a começar.
Re: Morocco Xcape Tour
Correia escreveu:Parabéns por duas razões; crónica bem explanada boas fotos (Só não percebo porque não passei nessa estradita de tantas e bonitas curvas) e por seres um sortudo por tudo isso e
O nosso "tour leader" não acertou nelascarlosferreira escreveu: agora já sou capaz de aventurar por Marrocos depois de ler esta crônica
Temos que lá voltar!
Luís Azevedo- Ainda é motorato!
Re: Morocco Xcape Tour
Com água devia ser bonitoCorreia escreveu:Parabéns por duas razões; crónica bem explanada boas fotos (Só não percebo porque não passei nessa estradita de tantas e bonitas curvas) e por seres um sortudo por tudo isso e
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http://pelomundoem2rodas.blogspot.pt/
https://www.youtube.com/user/micasimba/videos
carlosferreira- Motociclista a começar.
Re: Morocco Xcape Tour
Dust_ hi,
Em primeiro lugar, os meus parabéns por teres sido um dos vencedores!
Absolutely no doubt, grande passeio com excelente crónica que me pareceu, ao contrário da viagem, muito speedada e sem grande tempo para paragens!!!
Já agora, já deste alguma volta numa FJR? Como és da minha altura, podes andar a 200 km/h com o capacete aberto!!!!!!!
Thanks
M
Em primeiro lugar, os meus parabéns por teres sido um dos vencedores!
Absolutely no doubt, grande passeio com excelente crónica que me pareceu, ao contrário da viagem, muito speedada e sem grande tempo para paragens!!!
Já agora, já deste alguma volta numa FJR? Como és da minha altura, podes andar a 200 km/h com o capacete aberto!!!!!!!
Thanks
M
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MY LIFE IS A HELL!!!
Elisio FJR- Já sai à rua a conduzir.
Re: Morocco Xcape Tour
Elisio,
Nunca. A única "GT" que andei foi a Moto Guzzi Norge. Devo dizer que adorei, apesar de ser a mais pequena das 1200
Nunca. A única "GT" que andei foi a Moto Guzzi Norge. Devo dizer que adorei, apesar de ser a mais pequena das 1200
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CURRENT BIKE:
Aprilia Caponord 1200
Dust_- Zero à esquerda
Re: Morocco Xcape Tour
Dust_ escreveu:Elisio,
Nunca. A única "GT" que andei foi a Moto Guzzi Norge. Devo dizer que adorei, apesar de ser a mais pequena das 1200
Eu só falei no assunto pois na tua crónica salientas mais de uma vez a excelente protecção aerodinâmica da GS!!! Se experimentares a FJR (ou a RT, Pan, GTR, Goldwing etc...) vais ver o que é protecção aerodinâmica!!!
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MY LIFE IS A HELL!!!
Elisio FJR- Já sai à rua a conduzir.
Re: Morocco Xcape Tour
Se bem me lembro a malta fez ai "Like" mesmo sendo o meu amigo um apreciador de Kawasakys, certo?! Sai uma mini então "faxavor"
Joao Luis- Já dorme com a moto!
Re: Morocco Xcape Tour
Boas, só agora cheguei ao fórum e apesar de a cronica ter algum tempo tenho que deixar os parabéns.
Entre Setembro e Outubro estarei lá com a minha cbr 1100xx
Entre Setembro e Outubro estarei lá com a minha cbr 1100xx
silvino- Zero à esquerda
Re: Morocco Xcape Tour
Mais um excelente crónica neste fórum, para deleitarmos.
E dar ideias :-D para saídas.
Sai um mérito
E dar ideias :-D para saídas.
Sai um mérito
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Abraço Serrano
Sérgio Sousa
ssousa- Zero à direita
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