Digam O Que Disserem.... O Inferno É Verde!

LoneRider
Apenas para te dizer que achei brutal a tua crónica e o meu obrigado pela partilha.
Sai mais um mérito para a "mesa do Canto"
Sem mais
Panzer Tank

E aqui vai o merecido 155º

Absolutely no doubt, passeio e crónica indecentemente espectacular e singular!!! Adorei ...

Mais 1 M

O texto do "inferno" é curto ... mas deu para ficar com vertigens  

E compreendo perfeitamente quando dizes que a estrada reflecte o verde ... a essa velocidade o alcatrão é uma linha fininha ...

Muitos Parabéns Rui, pela viagem, pela crónica e por teres realizado esse teu sonho  

Venha o próximo !!!!

  Merecido pela partilha

Hey!!!
Its not over....
There's more!

Paula Kota escreveu:O texto do "inferno" é curto ... mas deu para ficar com vertigens  

E compreendo perfeitamente quando dizes que a estrada reflecte o verde ... a essa velocidade o alcatrão é uma linha fininha ...

Muitos Parabéns Rui, pela viagem, pela crónica e por teres realizado esse teu sonho  

Venha o próximo !!!!

Acredita que é dificil descrever o que ali vivi!
E como é dificil de descrever, hei-de lá voltar, para voltar a viver e para poder descrever melhor.
O meu erro, apesar de pensar estar certo na altura, foi ter só dado uma volta. Devia ter "aceitado" o pack de 3 voltas!
Tenho ainda muitas curvas pela frente, pelo que o Inferno voltará a ser um ponto de passagem por elas!

Não podia acreditar no que estava a ver!
Esta a chover!?
Mas hoje é dia de ir ver a prima!
E o Reno?
Porra pá porra!
Este foi o meu primeiro pensamento do dia!
Depois do Inferno o programa das festas queria levar-me até Weisbaden, onde vivem desde há muito uns primos meus.
A historia é longa mas podemos fazer um resumo!
Eles vivem ali, eu vivo aqui, fui até ali para os visitar!
Capiche!?
Para despedir-me do Inferno tinha pensado em ir até Koblenz e depois apanhar uma estrada que vi no mapa que subia paralela ao Rio Reno até Weisbaden!
Ora a chuva punha tudo isso em causa porque com alforges a possibilidade de que as coisas se molhem aumenta significativamente!
Preparei os alforges com as suas capas impermeáveis e montei-as na Maria.
Tomei o pequeno almoço e saí há estrada.
Naquele momento não chovia, mas depois de fazer a primeira curva São Pedro abriu as comportas. Vesti o fato de chuva e decidi definitivamente ir pela autoestrada até Weisbaden.
Chegado a casa dos primos, depois da festa de recepção e dos beijinhos da tia, da prima e “aperto de bacalhau” do seu marido, de acondicionado todo o meu equipamento e de retirado o fato de “astronauta”, chegou a hora de por a conversa em dia!
-Eu tenho uma mota!
-Tens!?
-Esta ali! Vamos lá vê-la!
Terminamos a manhã a acelerar numa GS500 com carenagens de RGV250, tudo muito bem montado, mas necessitada de uma revisão mecânica profunda, pois o pobre animal tinha passado os últimos 10 anos da sua vida a céu descoberto...
Pela tarde fomos ver onde se cozinha a mecânica da equipe Mini Monster que ganhou o ultimo Dakar. Conhecimentos adquiridos por um amante pelos Raids como é o primo Tó Mané!
As pessoas quando querem fazer realidade os seus sonhos, trabalham nesse sentido e a historia por detrás deste sonho é símbolo de dedicação e determinação. Ainda o vou ver na televisão a conduzir um daqueles gigantescos camiões saltando de duna em duna! Força nisso que tu podes Tó!
Tudo o que eu vi lá nas oficinas é segredo. Quer dizer, eu posso-vos contar o que vi, mas depois tinha que vos matar, um a um!
O único que posso dizer que entre os mecânicos a nacionalidade reinante era a Portuguesa e que se trabalha com aprumo! Muito aprumo!
Depois do jantar terminamos o dia na Associação Portuguesa de Mainz que está ao lado de Weisbaden!
O que mais me admirou foi ver um alemão a falar português!
O que conseguem fazer as mulheres!

 , e mais nada.  

Digam o que disserem... esta crónica está fabulosa

Domingo, nem chove nem faz sol.
Dia de passear e ir ver a linda Cidade de Weisbaden!
O pequeno almoço foi o mais delicioso da viagem!
Leite português, café alemão mas feito por uma portuguesa com muita experiência no ramo. Croissants e pão com as mortadelas, fiambres e manteigas que os Cabeças Quadradas tão bem sabem fazer!
Foi comer até ficar de pé!





Depois disso, enquanto as mulheres tratavam de realçar a sua beleza, fomos ver a Maria das Curvas!
Como podem ver, Maria fica-lhe bem!
Weisbaden é a capital administrativa daquela zona Alemã e entre outras coisas curiosas tem um elevador que é movido a Água!





Cá está ele!
Consistem em duas carruagens ligadas entre si por um cabo.
No alto da elevação, está uma roldana por donde obrigatoriamente o cabo passa. Como na altura, em que era uma inovação tecnológica, a água era um bem inesgotável, a carruagem que estava no cume do monte via os seus reservatórios de agua serem cheios. Cá em baixo, a segunda carruagem esvaziava a agua que tinha nos reservatórios.





Uma vez que o maquinista destravava a carruagem esta, pelo peso e força da gravidade começava a descer o monte!
Ora, ao descer o monte fazia subir por inercia a segunda carruagem que estava no sopé do mesmo!





O que parecia algo aborrecido foi bastante interessante!





Aqui o momento em que as carruagens se cruzaram!





Cá no alto as vistas e os monumentos são a atracção!













A Igreja Ortodoxa do “pueblo”!





A Capela!





Os Ortodoxos recém saídos da “missa”!





Ora aqui está um monumento com todo sentido!
Quadrado, ou melhor cúbico, não fossem eles Cabeças Quadradas!
Este em particular presta homenagem aos soldados que caíram durante a primeira grande discórdia...





A minha priminha querida!




Weisbaden!





Pai e filha!
Tirada enquanto descíamos no elevador...






A família mais linda de Weisbaden!





A bandeira mais linda!
Acreditem ou não, não é muito dificil ouvir portugues nas ruas desta cidade!





Agua quente, que foram aproveitadas pelos Romanos para fazerem umas termas!





A casa mais antiga do lugarejo...
Contudo, chamou-me mais a atenção o edifício ao lado!





Pinturas que, cada vez mais, se vão tornando usuais!





Ora aqui está, para quem gosta e é aficionado, que fique a saber que este é o maior relógio de cuco do mundo!
Prontos, agora que já está, passemos há foto seguinte!





Rudesheim!
Este monumento está no alto de umas das colinas que delimitam o leito do rio Reno, a poucos km de Weisbaden!
O meu primo explicou-me porque foi edificado o monumento, mas eu já não me lembro bem!
Espero que me perdõe!





Cá está o gajo (o Reno)!





Para alem do monumento, Rudesheim tem uma parte comercial interessante, onde se pode beber um chocolate quente de morte!
Eu, como sempre, bebi café!
Daqui fomos para casa, preparar tudo, continuar a conversa e jantar que amanhã é um dia de ligação, ou seja, autobahn até Basel!

Cucu!

Só hoje pude pôr a leitura em dia!

E estou a gostar!  

Vou voltar para dar mais  porque esta coisa só me deixa dar um de cada vez!   

Gracinda Ramos escreveu:Cucu!

Só hoje pude pôr a leitura em dia!

E estou a gostar!    

Vou voltar para dar mais  porque esta coisa só me deixa dar um de cada vez!    

Obrigadão Gracinda!

LoneRider escreveu:

Gracinda Ramos escreveu:Cucu!

Só hoje pude pôr a leitura em dia!

E estou a gostar!    

Vou voltar para dar mais  porque esta coisa só me deixa dar um de cada vez!    

Obrigadão Gracinda!

Esqueci-me de te dizer que em breve pago uma promessa que te fiz.
E pago em dobro!

Tudo em cima da Maria das Curvas?
Pequeno almoço?
Os Primos já estão despedidos!
Maria das Curvas já está quente e a estrada é a minha pátria!
Cá vamos nós!

Parecia entusiasmado com a ideia, mas a verdade é que as autoestradas na Alemanha, são super aborrecidas! Até os traços descontínuos se transformam numa monótona linha continua acima dos 200km/h! Que chatice!
O único de bom de picar-me com os A4, 525, Passat e tal, era que sabia que o meu pneu dianteiro gastaria mais borracha ao meio que nas bordas!
Foi um dia chato, sem adrenalina nem emoções!
Nem a roda dianteira em voo rasante em frente a uma patrulha da policia me fez despertar da sonolência que me provocou o dia!
Devia de ser por ter estado hora e meia a comer na área de serviço!


Não interessa!
O que é certo é que saí de Weisbaden já passadas as 10 e eram 5 da tarde já estava aqui!





Este era o meu Bangalow em Lausanne!





E este é o Chateuax cá do sitio!





E este é o “charco” inspirador de muitas historias de amor, de muitas musicas e de umas quantas desgraças!
Chama-se Leman!





Tem barcos que, fazem a sua travessia, transportando passageiros!





Ainda dei umas voltas pela cidade, há procura de algo que valesse a pena fotografar, mas não vi nada de jeito!
Voltei ao lago e depois fui para o Bangalow!

Ora aqui está uma crónica digna de se gastarem uns , que deveriam dar para trocar por senhas de gasolina ou para descontos em pneus
Podes continuar que sou um leitor atento, e mais uma vez obrigado pela partilha.

Acordar de manhã e ver o lago assim é pouco alentador!
Deixa lá Rui, com sorte estará a nevar lá para cima!

E pronto!
Já arranjei uma motivação para por tudo em cima da Maria das Curvas e por-me a andar!





Perto de Montreaux as nuvens já eram mais altas, mas chuva insistia em cair!
O que, para a altura do ano era bem vinda, pois isto iria encher as uvas para a vindima que se avizinhava!
E segundo dizem os vinhos daqui não são nada de se deitar fora!






Ok, este é o Palace que tem nos seus jardins umas estátuas de ilustres hospedes!






Mr BB King...

[IMG=https://2img.net/r/ihimizer/img69/8726/xt6l.jpg][/IMG]



Carlos Santana...





Aretha Franklin






Ray Charles





Ella Fitzgerald

Contudo o que me trouxe a Montreaux foi o Freddie!





Tinha prometido à Gracinda fazer uma foto com a Maria ao lado desta estátua!
Desta vez fui mais longe e não fiz só uma foto...





...fiz duas!

Mas não contente (reparem nas malas que estão no lado direito da foto), sentei-me ao lado da estátua do Freddie e comecei a cantarolar Smoke On The Water, pondo a dona das malas há beira de um ataque de nervos!
Acusou-me de não permitir o Freddie de descansar em paz por trazer aqui uma musica que não era a dele!
Tive que lhe explicar (não sem ironia) que Smoke On The Water era mais filha de Montreaux que Freddie e que ele teria gostado pois trata-se de uma das melhores musicas Rock de todos os tempo!





Olhei para o lago, despedi-me dele, do Freddie e da fã atolambada...





Curiosamente, enquanto conduzia não conseguia parar de me lembrar de I Want It All dos Queen até ao ponto em que não resisti mais e comecei mesmo a canta-la!





Definitivamente, já tinha entrado nos Alpes e esta queda de agua fazia-me adivinhar que muito brevemente iria começar a subir a sério!





Martigny!





E prontos! Acabou-se o sossego!





Curva atrás de curva, vamos deixando as casas para trás!
As nuvens acumulam-se no alto, deixando-me pensar que pode estar nevar lá em cima!





Mas voltamos a dar a volta ao monte e parece que não, apesar da instabilidade meteorológica!





O piso está seco e apesar das nuvens a sensação é de que não vai chover.
O frio, dada a ausencia de luz solar, é que fazem pensar no pior!
O meu rico fatinho de estrada, que jeitinho fazia aqui!





Estrada de bom piso, serpenteante, com paisagens magnificas....
Apaixonei-me pelos Alpes!





Aí estão as curvas, os vales e os picos nevados!





A estrada contorna o monte, as montanhas, serpenteia pelos vales....





Até chegar ao Alto de Grande São Bernardo!





Aqui com o meu Shoie em destaque!





Mas esta foto já é a oficial!

Aqui fazemos a travessia da Fronteira, oferecendo uma nova internacionalização há Maria das Curvas!





De facto Italia é um país mais solarengo que a Suiça!





Os Tournantes e o Sol que ajudam a melhorar as fotos!





Este é o Vale por donde desceríamos até Aosta!
Piso de muito boa qualidade, curvas como se pode ver, vontade de acelerar e frio!
Coktail mais que conveniente para atacar uma estrada como esta!





E foi num instante!
Esta era a imagem desde cá debaixo!





Quando cheguei a Aosta já vinha todo suado!
Raios me partam lá o fato das curvas!
Um restaurante com ar acondicionado por favor!





Encontrei!
Mesmo em frente a esta montanha!
Só de ver já fazia fresquinho....
Ora bem!
Para comer um pratinho de Spagetti Bolognese “prego”!
Devia ter dito uma amostra! Pois estive quase duas horas para comer a travessa que me meteram há frente!





Sai uma paisagem para ajudar a moer o raio da massa!





Proximo destino?
Ora, se pudemos com o Grande, agora vamos atacar o São Bernardo mais “piqueno”!





Esta foto só foi possivel ao 8º Tournante!





Esta é a estação de Sky de La Thuile!
Que há medida que subimos...





....vai ficando...





...cada vez mais....





.....miniatura!





A estrada até aqui estava em obras, mas depois ficou como se pode ver!
Uma delicia!





Aquela mancha branca que podem ver no horizonte é o Mont Blanc com uma camada de nuvens por cima do seu pico de neves perpétuas!





O Vale...





E o Alto do Pequeno São Bernardo!

E é aqui que começa oficialmente o meu regresso a casa, dando por atingidos todos os grandes objectivos desta viagem!





A reentrada em França é assim!





A partir de aqui apanhei a boleia de dois companheiros austriacos, uma TDM 900 e uma 990 Super Motard, que deviam ter vertigens ou algo parecido, pois o andamento imposto foi impressionante!
Estando em desvantagem, seja a nivel de ciclistica quer a nivel de motor, decidi-me acompanha-los sem me meter com eles!
Diverti-me imenso, pois foram companheiros e não se picaram. A cada Tournante, nas curvas encadeadas que recortam o monte, inclusive nas rectas e mesmo sem baixar o ritmo, parecia haver uma preocupação em saber se estava ali ou não!
Quando chegamos a Bourg Saint Maurice, cumprimentamo-nos cordialmente e separamo-nos.
Eu apontei a Lyon e há autoestrada até Saint Etienne, onde passei a noite!

Isto continua tudo na mesma!!! TOP!!!

Mais 1 M

Todos os   que se dão por aqui não pagam a gasolina mas espero que te encham o ego porque a crónica é merecedora sempre de  
Obrigado e um abraço.

Já li... 
E só mesmo por não te picares com os outros companheiros, vou atribuir mais um
Podes e deves continuar... obrigado

Férias fantásticas !!!

Podes continuar que ainda tenho pipocas      

Como todos os dias começam pela manhã, este não foi excepção!
Fria, mais fria que todas as outras, fazia-me lembrar a proximidade do Maciço Central Francês.
Pela frente tinha um namoro lindo, cheio de bom asfalto, paisagens e Boas Curvas. A N88 percorre a parte sul do Maciço desde Saint Etienne até Toulouse. Até Albi é tão retorcida que no mapa parece uma “linha dentro de um bolso”, mas desta feita, com todas as garantias de uma nacional francesa, de faixas largas e traçado limpo.
As fotos, bem essas ficam para depois, pois no calor da paixão, demos prioridade há condução e as emoções que afloravam a cada curva!





Paramos aqui porque nos chamou a atenção um dos povos geminados com Puy!






Havia muito que ver?






Claro que sim!
Mas a estrada chamava por nós! Gritava por nós!
Curvas que subiam o monte, por donde vacas e rebanhos de ovelhas pastavam pacificamente. Montes que obrigavam os rios a um serpentear forçado, por vezes violento, entre rochas e escarpas formando ruidosas gargantas por donde, curvas após curva, fomos passando desfrutando de toda essa paisagem, para alem de por à prova os dotes de condução.





De vez em quando um pequeno povo que nos convidava a parar para descansar um pouco!





Mende e a sua Catedral, meia em obras, assim que pus um pouco de tolerância para fazer esta foto!





E a estrada volta a ser acidentada, por entre uma garganta, a do Tarn, até há saida obrigatoria para a A85 onde pouco km mais a frente encontrariamos de novo a nossa noiva N88, que nos levaria até Rodez e Albi....
Foram dezenas, talvez centenas de curvas que nos abriram o apetite.
Em Albi, enquanto comia analisava o mapa e tudo indicava que a estrada nos daria um descanso até Carcassone. Esta passava por Castres e Mazamet até chegar há capital dos Carpatos.
Pois, o ranhoso do mapa enganou-me e entre Mazamet e Carcassone a coisa ficou “retorcida”.






Mazamet esta literalmente encostada a uma pequena cordilheira de montes como estes!





Uma estrada com varios tourantes e cheia de curvas encadeadas entre os tournantes que fizeram parecer Mazamet muito pequena....





Em outros dias desejei fazer curvas há sombra das arvores, mas hoje a coisa estava fresca e a sombra tornava mais frio o ambiente!
Mas até entrar em Carcassone a estrada serpenteou pelo monte há sombra das frondosas arvores, muitas delas castanheiros que maduravam o seu fruto envolto em “granadas” de espinhos!
Chegado a Carcassone, que se encontra num vale, a temperatura era muito mais alta, o que, aliada há ausencia de sombra e à baixa velocidade, fez aquele “agradavel efeito de sauna” que só o meu fato das curvas é capaz de fazer, voltar a recordar-me que estavamos no verão.... ainda!





Esta imagem esta ligada, inevitavelmente aos Carpatos!
Quem eram eles!?
Gente que vivia fora da Lei de Deus, por isso, a mando do Papa, os Reis Aragones e Frances forma lá combater aquele povo pacifico, comerciante e agricultor para repor a “ordem” cristã! Espoliaram os carpatos de terras e bens, mataram quem se lhes opuseram, violaram as suas mulheres e mataram as crianças.... Tudo em nome de Deus, do Papa e da Santa Igreja Apostolica e Romana, bla, bla, bla!





O seu castelo é a sua herança!
Uma fortificação com varias muralhas, onde se abrigavam a povoação e os seus bens!





Tinham fosso.... Mas pelos vistos sem dragão!
Não eram portistas estes!





Agora sim, os Carpatos venceram!
Deixaram um castelo, onde os guias turisticos explicam como foram e o que lhes fizeram os cristãos! Que são, ironicamente, a grande maioria dos visitantes da fortificação!





Entremos!





No seu interior os comercios retratam em parte a actividade que existia dentro naqueles tempos!









Dentro existia a fortificação militar!
Ultimo reduto para todos.





Por aqui se entrava!









Como podem ver o estado de conservação desta fortaleza é impressionante!





Uma das saidas do castelo!





Imagino as escadas de madeiras apoiadas nestas paredes, que cuspiam flechas envenenadas e caldeirões de azeite a ferver, contra aqueles que pelas escadas tentavam escala-las...
Os gritos dos feridos de morte, contrastando com os dos seus lideres que motivavam os seus!





Actualmente!
Paz e amor!
E um ambiente que tem tudo para ser romantico!





As vistas a Carcassone!





E ela apalpa-lhe o cú!
Coisa pouco comum nas historias de amor! Será Carpata!?





Torres que viam bem alem do horizonte!





Muralhas que viverão muito alem de mim e de ti...





A Igreja do Povo, contemporanea ao castelo e aos que lá viveram, como prova do seu cristianismo!





E esta figura que demosntra a dor que o seu povo viveu...





Saimos?





Uma vez cá fora...





Encontro-me com eles outra vez!





Era hora de voltar há estrada, ver se estava tudo bem com a Maria das Curvas!





Depois de sair das muralhas exteriores, adentro-me na Carcassone contemporânea, que comparte paredes meias com outra fortificação mais recente!

De volta há estrada....
Até Limoux, nada de especial, uma Departamental plana, larga e ladeada por frondosos platanos!





Depois voltou a diversão!
Curvas e mais curvas que subiam o monte em direcção ao grande maciço pirenaico!





As nuvens ameaçavam descarregar e o vento deslizava suavemente um ar gelido, proveniente da montanhã!
Vou apanhar chuva- pensei- espero que seja só chuva!





Aqui a estrada, amante dos meus sonhos, senhora desta viagem!
Os Pirenéus Franceses são muito bons, porque tem estradas muito boas, com asfalto de grande qualidade e, como podeis ver, bem sinalizado.
Esta estrada subiu de forma mais ou menos rapida até ao alto de Chioula a pouco mais de 1400m....





.... mas depois, até Aix les Thermes a coisa ficou dura!
Estava a descer por uma parede, numa estrada estreita, com imensos tournantes, que exigiam aos meus pulsos frescura e aprumo ao final de um dia de muitas curvas. Não tardaram em começar a doer!
Maria das Curvas, castiga-me precisamente aí, nas estradas ultra-lentas, com curvas de primeira e segunda, a ritmo lento, donde
sou obrigado a apoiar-me nos pulsos para conduzir!
A tudo isso, o frio, a ausencia de luz (directa) do sol e a ameaça de que podia começar a chover, juntava-se agora o cansaço de varias centenas de km no lombo.





Aix Les Thermes!
Acabou-se a descida, agora voltariamos a subir até ao nosso destino final!






Um imenso vale, por vezes estreito, outras vezes amplio, por donde a estrada N20 sobe serpenteando pela sua encosta!




O meu objectivo era Pas de la Casa em solo Andorrano, para coroar um dos picos mais altos dos Pirineus.
O frio, o vento gelido, as nuvens que tapavam a montanhã e o cansaço desaconselharam-me...






Eis a N20 e o seu lindo percurso que, subitamente, me convidava faze-lo no sentido descendente....
Passei ao outro lado do monte atravez de um tunel, evitando precisamente o alto de Pas de la Casa, e na portagem que existia há saida do tunel, confessei ao portageiro de donde vinha...
-Nurburgring!? Me cago en la p*** tioooo!!!
Era companheiro motard, e confessou-me que vivia num sitio onde a quantidade de estradas era tal que nunca lhe deu por ir mais alem, mas que vendo o viu hoje, pela minha alegria e pelo entusiasmo com que contava as minhas experiencias, pensaria muito bem e arriscaria uma viagem desse tipo!





Esta foi a ultima imagem do dia. Andorra La Vella!
O resto vocês já sabem, hotel, duche, jantar e cama para descansar os ossos.

Carlos Balio escreveu:Já li... 
E só mesmo por não te picares com os outros companheiros, vou atribuir mais um
Podes e deves continuar... obrigado

Ola Carlos!
Eu não me pico com outros companheiros, mas gosto da companhia deles, apesar de andar quase sempre sozinho!
E é aí onde, às vezes sou perigoso, porque me pico sozinho!  

-Olá Amor, bom dia, está tudo bem?
-Sim tudo bem , e tu?
O mecânico ouvia a minha conversa ao telemóvel com a Donzela enquanto besuntava com sabão as paredes externas do pneu dianteiro da Maria.
-É só para te dizer que tenho que esperar que o pneu chegue- e o mecânico olhava para mim com olhar interrogante- assim que eu chegarei mais tarde do previsto, sobre as 6 ou 7 da tarde!

Donzela desejou-me uma boa viagem e despediu-se de mim com um beijo e o ternurento “Te Quiero”.
O mecânico ria-se, mas deu-me a oportunidade de explicar-lhe que era praxxis minha, porque assim fazia a surpresa se chegasse antes, ou então teria tempo de resolver alguma incidência sem que ela se preocupasse pelo meu atraso.

O pneu dianteiro de Maria das Curvas começou a dar sinais de fadiga nos Alpes e saiu de  Saint Etienne quase sem rastro nas suas lateriais. Quando chegou a Andorra estava completamente slick, apenas com a parte central que mantinha o rastro à margem da lei!

-Curvas bem, este pneu está triangular “tio”!- disse o mecânico.
A verdade é que já não tinha confiança no pneu e, dado estar donde estava, resolvi mudar e fazer os ultimos 300km da viagem tranquilo.
Para trás tinha ficado toda aquela parafernalia de montar tudo na Maria das Curvas, tomar o pequeno almoço, vestir o fato das curvas, pagar a conta no Hotel e ir até há oficina para substituir o pneu dianteiro.
Fazia sol, começava a aquecer e quando montei na Maria das Curvas, já suava! Pior foi que tinha que livrar-me da “goma” do pneu, pelo que o trajecto até há Motocard Andorrana foi um misto de acelerações e travagens, para aquecer o pneu e ver-me livre da deslizante capa.

Na Motocard dei de comer aos olhos, vi a imensa variedade de produtos expostos, os equipamentos mais caros de Rukka feitos em Armacor e todo o tipo de acessorios para o Motocilista. Entre eles um Sistema Scala Rider Q1 que adquiri...

Estrada, estrada aberta, já em solo espanhol em direcção a Lerida. As primeiras curvas foram abordadas de forma cauta, mas depois...
Parei aqui para comer uma sandes (a unica de toda a viagem, que não foi feita por mim) e assim ajudar a manter um sitio que merece a pena existir.





Saciado o estomago apontei de novo para Lerida, onde apanhei a autovia até há entrada da Autopista (AP2).

Terminaria esta viagem da mesma forma como a comecei!
Torcendo a fundo a “orelha” de Maria das Curvas.
Fui recebido com pompa e circunstancia em casa e acolhimentos deste devem ser aproveitados ao máximo.
Foi uma viagem com um unico objectivo, andar de Moto, onde passei calor e frio,onde a chuva esteve presente e a experiência vivida em Nurburg não tinha precedentes na minha vida.


Por tudo isso, digam o que disserem... O Inferno é Verde!

Mais uma vez o meu obrigado pela tua partilha.
Gostei bastante desta crónica
Sem mais
Panzer Tank