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Aragão por Lone Rider-As Cinco Villas
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Carlos Balio
ssousa
LoneRider
7 participantes
Página 1 de 1
Aragão por Lone Rider-As Cinco Villas
Ainda não está feita, ainda a tenho que acabar e estou ha mercê do meu computador.
Mas preparem-se para fotos torcidas, desfocadas e queimadas pela luz de sitios sem jeito nenhum, donde nada aconteceu e sem nada para contar.
Porque é que abri este topico agora?
Não faço a mais mínima ideia.
Mas preparem-se para fotos torcidas, desfocadas e queimadas pela luz de sitios sem jeito nenhum, donde nada aconteceu e sem nada para contar.
Porque é que abri este topico agora?
Não faço a mais mínima ideia.
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ENDLESS ROAD
Re: Aragão por Lone Rider-As Cinco Villas
Deixa-te de tretas e publica "mazé" as fotos e a crónica que já deixaste a malta curiosa. ;-)
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Abraço Serrano
Sérgio Sousa
ssousa- Zero à direita
Tauste e Ejea de los Caballeros
Se o maior problema do homem é a sua mulher, o maior problema de um motard é uma mulher que lhe diga o que tem que fazer e como o tem que fazer!
Durante a semana previa aos dias santos de Pascoa, o whatsapp fervilhava de ideias de como passar esses dias previos ha uma viagem....
-Podiamos estar em casa, fazer umas comidas saudaveis, beber uma garrafinha de verde e há noite saimos a ver as procissões!
-Nem pensar! Estou farta de estar em casa!
Vais fazer o que eu te digo porque eu é que sei!
Vamos ver as Cinco villas!
Tauste, Sadaba, Ejea de los Caballeros, Sos del Rey Catolico e Uncastillo!
-Mas….
-Nem mas, nem meio mas. Não queres “rodar-me” para depois irmos a Portugal?
- As Cinco Villas é bonito e tem um trajecto interessante.
Quando eu vi o mapa fiquei convencido e depois o San Google terminou com as minhas duvidas.
E foi assim que a “miuda” impos a sua vontade.
Quinta feira santa, feriado em Espanhã, sol a brilhar e o Cierzo que nos dava descanso depois de toda a semana a soprar forte e frio.
Dorothy marcava no campo seco, depois das cheias do Ebro, a sua sombra e a de dois corpos agarrados a ela. Ao lado direito as varandas do Ebro, do outro lado o Ebro....
O destino era ver mais uma das torres Mudejar desta vez a de Tauste!
Tauste era uma praça forte moçulmana até há chegada dos Cristãos em 1105 debaixo do comando de Alfonso I o Batalhador.
Esta igreja, agora consagrada a Santo Antão, foi mandada edificar por ele.
Tauste tem um centro urbano acidentado, labirintico e com marcas das varias fases da historia.
Mas o principal objectivo de hoje é outro, pelo que voltaremos mais tarde para descobrir Tauste!
Já alguem ouviu falar da Nobreza Baturra!?
Pois bem....
Esta menina, quis que lhe fizesse esta foto, evocando as “Jotas” e o sei baile caracteristico.
A estrada chama por nós.
Para tras deixamos o Rei Moncayo e o seu manto de neve e atravessamos todo o campo de Tauste até há bonita vila de Ejea de los Caballeros, donde Jaime I instituiu a figura de “Justicia Mayor de Aragon”. Uma especie de Tribunal Supremo de hoje, que tinha por função resolver os pleitos que surgissem entre a Coroa e Familia Real e os Nobres do reino.
Mas antes tinha la estado outra vez o Batalhador, como o proprio nome indica, fartou-se de dar há espada!
Foi isso e construir igrejas como esta, a de Santa Maria, edificada em mil cento e trocó passo....
Como podem calcular Alfonso I o Batalhador, foi o principal cristianizador da comarca, no seu caminho até Sara Custa (Zaragoza), a Capital do Reino!
O pórtico de estilo românico da Igreja de Santa Maria.
E esta é a de San Juan, do sec XIII, donde Dorothy se deixou fotografar junto ao seu portico.
Sair de Ejea, olhar para o horizonte e ver os grandes maciços rochosos dos Pirineus, que se erguem no horizonte deixando para trás a planície.
As curvas, primeiro rápidas e depois cada vez mais lentas e técnicas, vão fazendo adivinhar o que nos reserva o passeio!
Ao contrario do “Ai! Ai! Ai!” das primeiras curvas (de ha quase um ano atrás) Carolina a cada curva deixa deslizar um “uuuuuuuuiiiiiiiii!” a cada curva, logo seguido de uma gargalhada cargada de adrenalina!
Durante a semana previa aos dias santos de Pascoa, o whatsapp fervilhava de ideias de como passar esses dias previos ha uma viagem....
-Podiamos estar em casa, fazer umas comidas saudaveis, beber uma garrafinha de verde e há noite saimos a ver as procissões!
-Nem pensar! Estou farta de estar em casa!
Vais fazer o que eu te digo porque eu é que sei!
Vamos ver as Cinco villas!
Tauste, Sadaba, Ejea de los Caballeros, Sos del Rey Catolico e Uncastillo!
-Mas….
-Nem mas, nem meio mas. Não queres “rodar-me” para depois irmos a Portugal?
- As Cinco Villas é bonito e tem um trajecto interessante.
Quando eu vi o mapa fiquei convencido e depois o San Google terminou com as minhas duvidas.
E foi assim que a “miuda” impos a sua vontade.
Quinta feira santa, feriado em Espanhã, sol a brilhar e o Cierzo que nos dava descanso depois de toda a semana a soprar forte e frio.
Dorothy marcava no campo seco, depois das cheias do Ebro, a sua sombra e a de dois corpos agarrados a ela. Ao lado direito as varandas do Ebro, do outro lado o Ebro....
O destino era ver mais uma das torres Mudejar desta vez a de Tauste!
Tauste era uma praça forte moçulmana até há chegada dos Cristãos em 1105 debaixo do comando de Alfonso I o Batalhador.
Esta igreja, agora consagrada a Santo Antão, foi mandada edificar por ele.
Tauste tem um centro urbano acidentado, labirintico e com marcas das varias fases da historia.
Mas o principal objectivo de hoje é outro, pelo que voltaremos mais tarde para descobrir Tauste!
Já alguem ouviu falar da Nobreza Baturra!?
Pois bem....
Esta menina, quis que lhe fizesse esta foto, evocando as “Jotas” e o sei baile caracteristico.
A estrada chama por nós.
Para tras deixamos o Rei Moncayo e o seu manto de neve e atravessamos todo o campo de Tauste até há bonita vila de Ejea de los Caballeros, donde Jaime I instituiu a figura de “Justicia Mayor de Aragon”. Uma especie de Tribunal Supremo de hoje, que tinha por função resolver os pleitos que surgissem entre a Coroa e Familia Real e os Nobres do reino.
Mas antes tinha la estado outra vez o Batalhador, como o proprio nome indica, fartou-se de dar há espada!
Foi isso e construir igrejas como esta, a de Santa Maria, edificada em mil cento e trocó passo....
Como podem calcular Alfonso I o Batalhador, foi o principal cristianizador da comarca, no seu caminho até Sara Custa (Zaragoza), a Capital do Reino!
O pórtico de estilo românico da Igreja de Santa Maria.
E esta é a de San Juan, do sec XIII, donde Dorothy se deixou fotografar junto ao seu portico.
Sair de Ejea, olhar para o horizonte e ver os grandes maciços rochosos dos Pirineus, que se erguem no horizonte deixando para trás a planície.
As curvas, primeiro rápidas e depois cada vez mais lentas e técnicas, vão fazendo adivinhar o que nos reserva o passeio!
Ao contrario do “Ai! Ai! Ai!” das primeiras curvas (de ha quase um ano atrás) Carolina a cada curva deixa deslizar um “uuuuuuuuiiiiiiiii!” a cada curva, logo seguido de uma gargalhada cargada de adrenalina!
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ENDLESS ROAD
Re: Aragão por Lone Rider-As Cinco Villas
Como sempre espetaculares estas narrativas
Aqui vai o merecido 273
Aqui vai o merecido 273
Carlos Balio- Já sai à rua a conduzir.
Sadaba e Sos Del Rey Catolico
Hoje dia 22 de Março de 1479 de Nosso Senhor venho aqui contar os dias mais gloriosos da minha vida...
Tudo aconteceu quando El Rei D. Afonso V me encomendou a mais ousada façanha da minha vida ao destinar-me a Alfort, no reino da Áustria, para participar nos jogos que o senhor Wassler organizava. A vontade do Senhor meu Rei era de representar o seu reinado e a Ordem dos Cavaleiros da Cruz de Cristo, para alem de contar de primeira mão a todos as grandes empresas do Rei na descoberta do novo mundo e do caminho marítimo para as índias.
Como Monge e Cavaleiro da Ordem da Cruz de Cristo, dispus-me a viajar de imediato, levando comigo a minha inseparável e sempre obediente égua, um puro sangue lusitano de seu nome Doroteia.
Alfort era uma praça forte, com uma disposição no cume de um rochedo, todo ele amuralhado que protegia a casa do seu senhor, a igreja e parte da povoação que lhe dava nome há fortaleza. Nela já se acumulavam todo tipo de comerciantes, saltimbancos e as delegações dos diferentes reinados que acudiam os jogos.
Numa praça central, muito próximo do palácio do Senhor daquelas terras, estava há vista de todos um chapéu, de tecido e feitura nobres, vigiado por dois guardas e que era sinal de respeito ao Senhor daquelas terras. Todo aquele que passasse perante ele devia prostra-se ante ele em sinal de respeito ao senhor daquelas terras.
Infelizmente não era consciente de tal lei e ao vê-lo, desde o alto da minha montada, nada fiz, provocando assim a ira dos guardas e o meu consequente cativeiro nas masmorras da fortaleza. Foram-me retiradas as credenciais, a espada e a minha égua, atirado para uma masmorra fétida donde os ratos andavam há sua vontade. Em frente ouvia uma voz de criança que conversava com alguém, com uma voz entre-cortada pelo desespero e o medo.
Como pode ser que ponham uma criança num local como este? Que terá feito?
Ajoelhei-me perante a parede da masmorra e nas minhas preces ao Pai Todo Poderoso, pedi que velasse pela alma de tão atormentada criança.
Acordei com o abrir da pesada porta de ferros da masmorra, os guardas levaram-me para uns aposentos onde tinha há minha disposição todas as minha pertenças, assim como a minha espada. Lavei-me, vesti a minha túnica e tratei de comer algumas das frutas que me foram levadas. Dispunha-me para as orações de matines quando alguém pede autorização para entrar:
-Hola! Soy el Caballero de la Ordem del Hospital Fernando de Osma, hablais la lengua del Rey de Castilla?
-Aquí Irmão Cavaleiro, só se fala a língua do reino de Portugal. No entanto consigo entender-vos se falais com calma. Alegro-me pela sua presença aqui, sinal de que Deus não nos abandonou, pois a minha chegada aqui foi um quando acidentada - e fazendo-lhe uma vénia com a minha espada- Eu sou Cavaleiro da Ordem da Cruz de Cristo, Rui, Senhor das Terras do Valdoeiro!
Vinha a mando do Senhor Wassler que apresentava formalmente as suas desculpas pela atitude grosseira dos seus guardas, convidando-me para o banquete que dava inicio aos jogos. Os meus votos não me permitiam a participação em tal evento, contudo aceitei com o objectivo de conhecer de perto os meus possíveis adversários nos jogos.
Fernando de Osma tinha uma personalidade afável e mostrava-se preocupado pelo meu bem estar. Perguntou-me pela viagem e por noticias do reino e explicou-me o porque de atitude tão dura perante a minha chegada. Existiam rumores que ganhavam força sobre uma possível rebelião e poucos dias antes tinham sido presos pai e filho por não mostrar sinal de obediência ao senhor das terras. Ao que parece, em sinal de mesericordia o Senhor Wassler desafiou Tell, Guilherme de nome. Tell tem fama de ter uma pontaria e um manuseamento da besta como ninguém, pelo que o Senhor destas terras disse-lhe que se acerta numa maçã que lhe concederá a liberdade a ambos, pai e filho.
O banquete oferecido foi toda uma demonstração do poderio do Senhor daquelas terras, havia porcos e vacas inteiras em cima de braseiros, bebia-se uma fermentação de cevada de sabor agrido, muito longe dos aveludados vinhos das minhas terras, mas ao que parecer os bávaros adoravam.
Aproveitei para degustar as carnes secas e as compotas de frutos da zona, assim como pedi gentilmente que me cedessem para viagem de volta e fazer um obséquio ao meu Senhor El Rei Afonso V.
Quando o sol se levantou, o castelo estava imerso numa neblina matinal densa e fria. Na praça estava montado o palco de personalidades, tinha chegado a hora de Tell cumprir com o seu desafio.
Em poucos instantes as praça encheu-se de gentes, assim como de todos os participantes dos jogos, Guilherme e seu filho foram dispostos em lados opostos da praça:
- Meus súbditos, viemos todos aqui hoje para ver que eu, como vosso Senhor e Senhor das Terras que vos dá o pão, que sou bondoso e que não condeno sumariamente aos que não respeitam a lei destas terras. Todos vós sabeis que Guilherme Tell não obedeceu há regra e por isso deveria ser condenado, juntamente com o seu filho há morte, mas eu dou a minha palavra de que se ele acerta na maçã com a sua besta a uma distancia não inferior a 50 passos, tanto ele como o seu filho sairão daqui com vida e com o meu perdão!
Mas, como vosso senhor, decidi aumentar a exigencia do desafio lançado, pelo que Guilherme Tell tem que acertar na maçã que será colocada sobre a cabeça do seu filho!
Ouvir aquelas palavras e a forma como foram ditas, tão eloquentemente e sem desejo nenhum de que tivera um final feliz, fez-me erguer os olhos aos ceus....
E o som do dardo ecoou por toda a praça, Deus era misericordioso e a Maçã abriu-se em duas suculentas metades com o filho de Tell ileso.
Os Camponeses desataram em jubilo mas Wassler não ficou contente e ordenou a prisão de Tell provocando a ira das gentes humildes que invadiram a praça obrigando os guardas a desembainhar as espadas. Estava naquele momento muito próximo do filho de Tell e ao ver a lamina levantar-se contra o jovem decidi tomar parte.
Ao guarda torci-lhe o braço de esgrima e desferi-lhe um golpe no mesmo costado, ficando assim o jovem debaixo da minha custodia até que o pai se juntasse a nós para que pudéramos fugir para lugar seguro.
Ao cair da noite, depois de inúmeros gestos e tentativas de comunicar pudemos por fim determinar que Wassler era demasiado tirano, que os jogos eram um motivo para ver jorrar sangue nobre nas suas terras sem se ver manchado a sua reputação. Já não fazia nada ali a minha missão tinha sido um fracasso pelo que me foi encomendado, mas quis Deus que ajudasse a que a justiça chegasse aquelas terras!
Doroteia mordeu-me a mão enquanto dormia, era hora de seguir de volta ao meu reino.
O caminho fez-se penoso, o inverno foi duro e estive retido na companhia dos Irmãos de Cister em Jaca, donde tive a sorte de orar olhando para o Santo Gral, tesouro guardado pelos Cavaleiros da Ordem do Templo até há sua extinção.
Quando as neves deixaram abrir passagem a ocidente, eu e Doroteia seguimos viagem pelo caminho do Apostolo Tiago.
Ao fim da primeira jornada, apartei-me do caminho para descansar a Doroteia e pernoitar.
Já enrolado na minha manta aproveitando do calor de Doroteia e do braseiro que me assou o coelho que se me cruzou pelo caminho, oiço os cascos de cavalos, que puxavam a uma carruagem. A comitiva parecia importante, pois havia uma escolta de guardas reais com o dístico do reino de Aragão.
Mas o som das espadas fez-me estar alerta. Tratava-se de uma emboscada contra a comitiva.
Era tempo de actuar, pois o reino de Aragão era a casa de origem daquela rainha que se fez santa pela sua obra de caridade, a Rainha Santa Isabel!
Em instantes montei na Doroteia para manchar a minha espada de sangue, a dos saqueadores! Enquanto com a minha espada, desferia golpes mortais em nome de Deus, Doroteia, apoiada nas suas patas traseiras, desferia patadas com os seus cascos dianteiros, deitando uns quantos saqueadores por terra. Em poucos minutos o assalto tinha fracassado, com o chefe da guarda a ler as minhas credenciais e agradecer em nome do Rey João II de Aragão pela ajuda prestada.
- Deixai-me ver tão humilde homem!- dizia uma voz feminina desde dentro da carruagem- Deixai-me agradecer-lhe em nome da rainha de Aragão!
Fiquei muito feliz ao ver que a bordo seguia uma jovem mulher que no seu ventre levava o futuro de Aragão e, como se veria mais tarde, o futuro da Peninsula e do mundo inteiro!
Fui convidado a desviar caminho até Sos, donde, na casa dos Senhores de Sos, a familia dos Sada, assisti ao jubilo de ver uma vida vir ao mundo, em toda a sua gloria. Tinha acabado de nascer o pequeno Infante e herdeiro da Coroa de Aragão Fernando!
Mais tarde, foi conhecido por Fernando, o Rei Católico.
Esta é a entrada ao Centro Historico de Sos del Rey Catolico.
Aqui nasceu o Rei que uniu todos os reinos hispanos da Peninsula, terminou com a reconquista aos mouros (quase mil anos depois de o Rey Pelayo a ter começado) ao vencer um longo assedio em Granada e “lançou” um portugues de nome Cristovão em busca de um segundo caminho para as indias!
Sos, como se chamava em 1479, ao ver a importancia do acontecimento adoptou o mesmo acontecimento para se passar a chamar Sos del Rey Católico.
O seu centro historico tem um estado de concervação irreprensivel, o que atrai a vila medieval milhares de turistas ao ano.
Não é facil regressar aqueles tempos e imaginar os cascos dos cavalos soando nas calcadas, os comerciantes de frutas e verduras nas praças, sempre animadas pelo bobo e suas acrobacias.
E as mulheres aragonesas, de encantos mil, de deixar qualquer cavalheiro com os sentimentos perdidos...
Nas casas, as flores, o sol e o excelente dia, tudo parecia celebrar a Primavera.
Em frente há casa dos Sada, esta esfera armilar me remete ao mais importante simbolo da nossa aventura, na descoberta do novo mundo!
Parecia uma premeditação do que sucedeu ha mais de 500 anos naquela casa!
Hoje casa museu, foi aqui que Fernando II de Aragão nasceu.
É importante dizer que foi um Rey bastante astuto, inteligente e com uma capacidade de negociação acima da media!
Ao casar-se com a Rainha de Castela, lançou na Peninsula as bases necessarias para a prosperidade na peninsula.
Mas nem tudo foram coisas boas, instituiu a Inquisição, percussora de muitas perseguições injustas e do desterrro de Judeus e Mouros das terras que habitavam desde há muito tempo.
Mas Sos tem muita mais historia alem do seu principal sucesso, foi fundada pelo Rei Ramiro I de Aragão como praça forte fronteiriça entre Navarra e as Taifas a sul.
Sos del Rey Catolico foi tambem cenario de fundo para o filme “La Vaquilla”.
E aqui temos ao seu realizador, sentado na sua cadeira...
“La Vaquilla” foi rodada em 1985 por uma equipe liderada por Luis Garcia Berlanga, que apesar de se vestir bem, esquecia-se sempre de se calçar!
As subidas ao castelo, donde apenas se conserva a Torre de Menagem e vestigios da muralha, as paisagens são assim!
Pelo caminho esta a entrada há igreja, com este portico de nos deixar boquiaberto.
Aqui a temos!
Esta é a Torre de Menagem do Castelo de Sos.
Com estas vistas ao povo!
Pelo povo pudemos ainda encontrar as cadeiras dos protagonistas do filme rodado por garcia Berlanga mas...
Esta imagem deve ser vista como algo especial, como que a reedição da união entre Portugal e Aragão, como outrora foi a união entre Isabel e Dinis, mantendo-se a santidade na Aragonesa, mas desta vez por ter suficiente paciencia para aturar-me!
Já estava na hora de voltar há estrada, mas queria pedir um autografo ao Luis mas ele não me respondeu. Como castigo teve que me segurar no capacete para fazer esta foto!
Tudo aconteceu quando El Rei D. Afonso V me encomendou a mais ousada façanha da minha vida ao destinar-me a Alfort, no reino da Áustria, para participar nos jogos que o senhor Wassler organizava. A vontade do Senhor meu Rei era de representar o seu reinado e a Ordem dos Cavaleiros da Cruz de Cristo, para alem de contar de primeira mão a todos as grandes empresas do Rei na descoberta do novo mundo e do caminho marítimo para as índias.
Como Monge e Cavaleiro da Ordem da Cruz de Cristo, dispus-me a viajar de imediato, levando comigo a minha inseparável e sempre obediente égua, um puro sangue lusitano de seu nome Doroteia.
Alfort era uma praça forte, com uma disposição no cume de um rochedo, todo ele amuralhado que protegia a casa do seu senhor, a igreja e parte da povoação que lhe dava nome há fortaleza. Nela já se acumulavam todo tipo de comerciantes, saltimbancos e as delegações dos diferentes reinados que acudiam os jogos.
Numa praça central, muito próximo do palácio do Senhor daquelas terras, estava há vista de todos um chapéu, de tecido e feitura nobres, vigiado por dois guardas e que era sinal de respeito ao Senhor daquelas terras. Todo aquele que passasse perante ele devia prostra-se ante ele em sinal de respeito ao senhor daquelas terras.
Infelizmente não era consciente de tal lei e ao vê-lo, desde o alto da minha montada, nada fiz, provocando assim a ira dos guardas e o meu consequente cativeiro nas masmorras da fortaleza. Foram-me retiradas as credenciais, a espada e a minha égua, atirado para uma masmorra fétida donde os ratos andavam há sua vontade. Em frente ouvia uma voz de criança que conversava com alguém, com uma voz entre-cortada pelo desespero e o medo.
Como pode ser que ponham uma criança num local como este? Que terá feito?
Ajoelhei-me perante a parede da masmorra e nas minhas preces ao Pai Todo Poderoso, pedi que velasse pela alma de tão atormentada criança.
Acordei com o abrir da pesada porta de ferros da masmorra, os guardas levaram-me para uns aposentos onde tinha há minha disposição todas as minha pertenças, assim como a minha espada. Lavei-me, vesti a minha túnica e tratei de comer algumas das frutas que me foram levadas. Dispunha-me para as orações de matines quando alguém pede autorização para entrar:
-Hola! Soy el Caballero de la Ordem del Hospital Fernando de Osma, hablais la lengua del Rey de Castilla?
-Aquí Irmão Cavaleiro, só se fala a língua do reino de Portugal. No entanto consigo entender-vos se falais com calma. Alegro-me pela sua presença aqui, sinal de que Deus não nos abandonou, pois a minha chegada aqui foi um quando acidentada - e fazendo-lhe uma vénia com a minha espada- Eu sou Cavaleiro da Ordem da Cruz de Cristo, Rui, Senhor das Terras do Valdoeiro!
Vinha a mando do Senhor Wassler que apresentava formalmente as suas desculpas pela atitude grosseira dos seus guardas, convidando-me para o banquete que dava inicio aos jogos. Os meus votos não me permitiam a participação em tal evento, contudo aceitei com o objectivo de conhecer de perto os meus possíveis adversários nos jogos.
Fernando de Osma tinha uma personalidade afável e mostrava-se preocupado pelo meu bem estar. Perguntou-me pela viagem e por noticias do reino e explicou-me o porque de atitude tão dura perante a minha chegada. Existiam rumores que ganhavam força sobre uma possível rebelião e poucos dias antes tinham sido presos pai e filho por não mostrar sinal de obediência ao senhor das terras. Ao que parece, em sinal de mesericordia o Senhor Wassler desafiou Tell, Guilherme de nome. Tell tem fama de ter uma pontaria e um manuseamento da besta como ninguém, pelo que o Senhor destas terras disse-lhe que se acerta numa maçã que lhe concederá a liberdade a ambos, pai e filho.
O banquete oferecido foi toda uma demonstração do poderio do Senhor daquelas terras, havia porcos e vacas inteiras em cima de braseiros, bebia-se uma fermentação de cevada de sabor agrido, muito longe dos aveludados vinhos das minhas terras, mas ao que parecer os bávaros adoravam.
Aproveitei para degustar as carnes secas e as compotas de frutos da zona, assim como pedi gentilmente que me cedessem para viagem de volta e fazer um obséquio ao meu Senhor El Rei Afonso V.
Quando o sol se levantou, o castelo estava imerso numa neblina matinal densa e fria. Na praça estava montado o palco de personalidades, tinha chegado a hora de Tell cumprir com o seu desafio.
Em poucos instantes as praça encheu-se de gentes, assim como de todos os participantes dos jogos, Guilherme e seu filho foram dispostos em lados opostos da praça:
- Meus súbditos, viemos todos aqui hoje para ver que eu, como vosso Senhor e Senhor das Terras que vos dá o pão, que sou bondoso e que não condeno sumariamente aos que não respeitam a lei destas terras. Todos vós sabeis que Guilherme Tell não obedeceu há regra e por isso deveria ser condenado, juntamente com o seu filho há morte, mas eu dou a minha palavra de que se ele acerta na maçã com a sua besta a uma distancia não inferior a 50 passos, tanto ele como o seu filho sairão daqui com vida e com o meu perdão!
Mas, como vosso senhor, decidi aumentar a exigencia do desafio lançado, pelo que Guilherme Tell tem que acertar na maçã que será colocada sobre a cabeça do seu filho!
Ouvir aquelas palavras e a forma como foram ditas, tão eloquentemente e sem desejo nenhum de que tivera um final feliz, fez-me erguer os olhos aos ceus....
E o som do dardo ecoou por toda a praça, Deus era misericordioso e a Maçã abriu-se em duas suculentas metades com o filho de Tell ileso.
Os Camponeses desataram em jubilo mas Wassler não ficou contente e ordenou a prisão de Tell provocando a ira das gentes humildes que invadiram a praça obrigando os guardas a desembainhar as espadas. Estava naquele momento muito próximo do filho de Tell e ao ver a lamina levantar-se contra o jovem decidi tomar parte.
Ao guarda torci-lhe o braço de esgrima e desferi-lhe um golpe no mesmo costado, ficando assim o jovem debaixo da minha custodia até que o pai se juntasse a nós para que pudéramos fugir para lugar seguro.
Ao cair da noite, depois de inúmeros gestos e tentativas de comunicar pudemos por fim determinar que Wassler era demasiado tirano, que os jogos eram um motivo para ver jorrar sangue nobre nas suas terras sem se ver manchado a sua reputação. Já não fazia nada ali a minha missão tinha sido um fracasso pelo que me foi encomendado, mas quis Deus que ajudasse a que a justiça chegasse aquelas terras!
Doroteia mordeu-me a mão enquanto dormia, era hora de seguir de volta ao meu reino.
O caminho fez-se penoso, o inverno foi duro e estive retido na companhia dos Irmãos de Cister em Jaca, donde tive a sorte de orar olhando para o Santo Gral, tesouro guardado pelos Cavaleiros da Ordem do Templo até há sua extinção.
Quando as neves deixaram abrir passagem a ocidente, eu e Doroteia seguimos viagem pelo caminho do Apostolo Tiago.
Ao fim da primeira jornada, apartei-me do caminho para descansar a Doroteia e pernoitar.
Já enrolado na minha manta aproveitando do calor de Doroteia e do braseiro que me assou o coelho que se me cruzou pelo caminho, oiço os cascos de cavalos, que puxavam a uma carruagem. A comitiva parecia importante, pois havia uma escolta de guardas reais com o dístico do reino de Aragão.
Mas o som das espadas fez-me estar alerta. Tratava-se de uma emboscada contra a comitiva.
Era tempo de actuar, pois o reino de Aragão era a casa de origem daquela rainha que se fez santa pela sua obra de caridade, a Rainha Santa Isabel!
Em instantes montei na Doroteia para manchar a minha espada de sangue, a dos saqueadores! Enquanto com a minha espada, desferia golpes mortais em nome de Deus, Doroteia, apoiada nas suas patas traseiras, desferia patadas com os seus cascos dianteiros, deitando uns quantos saqueadores por terra. Em poucos minutos o assalto tinha fracassado, com o chefe da guarda a ler as minhas credenciais e agradecer em nome do Rey João II de Aragão pela ajuda prestada.
- Deixai-me ver tão humilde homem!- dizia uma voz feminina desde dentro da carruagem- Deixai-me agradecer-lhe em nome da rainha de Aragão!
Fiquei muito feliz ao ver que a bordo seguia uma jovem mulher que no seu ventre levava o futuro de Aragão e, como se veria mais tarde, o futuro da Peninsula e do mundo inteiro!
Fui convidado a desviar caminho até Sos, donde, na casa dos Senhores de Sos, a familia dos Sada, assisti ao jubilo de ver uma vida vir ao mundo, em toda a sua gloria. Tinha acabado de nascer o pequeno Infante e herdeiro da Coroa de Aragão Fernando!
Mais tarde, foi conhecido por Fernando, o Rei Católico.
Esta é a entrada ao Centro Historico de Sos del Rey Catolico.
Aqui nasceu o Rei que uniu todos os reinos hispanos da Peninsula, terminou com a reconquista aos mouros (quase mil anos depois de o Rey Pelayo a ter começado) ao vencer um longo assedio em Granada e “lançou” um portugues de nome Cristovão em busca de um segundo caminho para as indias!
Sos, como se chamava em 1479, ao ver a importancia do acontecimento adoptou o mesmo acontecimento para se passar a chamar Sos del Rey Católico.
O seu centro historico tem um estado de concervação irreprensivel, o que atrai a vila medieval milhares de turistas ao ano.
Não é facil regressar aqueles tempos e imaginar os cascos dos cavalos soando nas calcadas, os comerciantes de frutas e verduras nas praças, sempre animadas pelo bobo e suas acrobacias.
E as mulheres aragonesas, de encantos mil, de deixar qualquer cavalheiro com os sentimentos perdidos...
Nas casas, as flores, o sol e o excelente dia, tudo parecia celebrar a Primavera.
Em frente há casa dos Sada, esta esfera armilar me remete ao mais importante simbolo da nossa aventura, na descoberta do novo mundo!
Parecia uma premeditação do que sucedeu ha mais de 500 anos naquela casa!
Hoje casa museu, foi aqui que Fernando II de Aragão nasceu.
É importante dizer que foi um Rey bastante astuto, inteligente e com uma capacidade de negociação acima da media!
Ao casar-se com a Rainha de Castela, lançou na Peninsula as bases necessarias para a prosperidade na peninsula.
Mas nem tudo foram coisas boas, instituiu a Inquisição, percussora de muitas perseguições injustas e do desterrro de Judeus e Mouros das terras que habitavam desde há muito tempo.
Mas Sos tem muita mais historia alem do seu principal sucesso, foi fundada pelo Rei Ramiro I de Aragão como praça forte fronteiriça entre Navarra e as Taifas a sul.
Sos del Rey Catolico foi tambem cenario de fundo para o filme “La Vaquilla”.
E aqui temos ao seu realizador, sentado na sua cadeira...
“La Vaquilla” foi rodada em 1985 por uma equipe liderada por Luis Garcia Berlanga, que apesar de se vestir bem, esquecia-se sempre de se calçar!
As subidas ao castelo, donde apenas se conserva a Torre de Menagem e vestigios da muralha, as paisagens são assim!
Pelo caminho esta a entrada há igreja, com este portico de nos deixar boquiaberto.
Aqui a temos!
Esta é a Torre de Menagem do Castelo de Sos.
Com estas vistas ao povo!
Pelo povo pudemos ainda encontrar as cadeiras dos protagonistas do filme rodado por garcia Berlanga mas...
Esta imagem deve ser vista como algo especial, como que a reedição da união entre Portugal e Aragão, como outrora foi a união entre Isabel e Dinis, mantendo-se a santidade na Aragonesa, mas desta vez por ter suficiente paciencia para aturar-me!
Já estava na hora de voltar há estrada, mas queria pedir um autografo ao Luis mas ele não me respondeu. Como castigo teve que me segurar no capacete para fazer esta foto!
Última edição por LoneRider em Seg maio 04 2015, 13:12, editado 1 vez(es)
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ENDLESS ROAD
Re: Aragão por Lone Rider-As Cinco Villas
Boas,
Mais uma excelente voltinha por terras de nuestros hermanos !!!!
Muito boas fotos e explicações históricas do que e onde que...
Carreguei aí muitas vezes perto de Tauste ( Bunuel , na fábrica das eólicas. )
Mais um então para a próxima.
Um braço
Mais uma excelente voltinha por terras de nuestros hermanos !!!!
Muito boas fotos e explicações históricas do que e onde que...
Carreguei aí muitas vezes perto de Tauste ( Bunuel , na fábrica das eólicas. )
Mais um então para a próxima.
Um braço
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CARLOS PIRES
Mama Sumae !!
Carlospira- Zero à direita
Uncastillo, o Pozo Pigalo e Biel
A estrada volta a torcer-se em curvas rapidas, de bom asfalto e um dia que convidava a torcer a orelha à Dorothy!
As Paisagens são deslumbrantes, com os picos dos Pirineus cobertos de neve como que despedindo-se do inverno, deixando-se lentamente derreter pelos raios de sol!
Sol esse que já aquecia o suficiente para nos fazer suar debaixo das protecções...
Como seria de esperar as curvas acabam-se....
E aparece no horizonte as ruinas de um dos castelos mais valentes de toda a idade media. Era tão importante que deu o seu nome ao povo, derivando de la Fabla Aragonesa de “Um Castelo” para o Castelhano de Uncastillo! Ou seja “Um Castelo” ou “O Castelo”!
Trata-se de mais uma perola medieval, onde viveram as tres culturas, onde reis se fizeram famosos nas batalhas, onde Almanzor mandou executar os cavaleiros que fez prisioneiros.
Guardem este Nome (Almanzor) pois eu já sei onde ele perdeu o Tambor!
Com Dorothy a descansar era tempo de queimar calorias pelas ruas de Uncastillo, todas elas estreitas e ladeadas por casas centenarias, tecendo uma trama labirintica que deixaria os intrusos desorientados.
Apesar de tremida (seria muito melhor com o Shaker do Barman nas mãos que com uma maquina fotografica), aqui podemos ver uma das maiores dificuldades para conquistar o castelo. Estava asente num massiço rochoso elevado de muito dificil acesso.
Tanto que, para se poder aceder as mesmas escadarias foram talhadas na rocha.
Do castelo apenas existe as fundações da muralha a Torre de Menagem e parte do palacio real que foi construido posteriormente.
O palacio!
A Torre de Menagem que nos dias de hoje alberga um museu que conta a historia do povo e do Castelo.
Desde a sua construção, materiais utilizados e tecnicas utilizadas....
...até as ferramentas e as artes utilizadas para a construção do mesmo!
Uma besta, arma tão popular na Idade Media como a Espada do Cavalheiro!
Mas a Torre guardava-nos as vistas...
Uncastillo!
O Palacio Real de Pedro IV El Parcimonioso.
E as ruinas, vista aerea que nos faz tomar noção do grande que era o castelo...
Esta é a Igreja de Santa Maria, que dá acesso ao entramado de ruelas do centro antigo.
Mais um portico Gotico de beleza rara, poluido pelas convocatorias ao culto....
Uma vez mais, Dorothy e estrada. Desta feita com um piso abandonado desde há muito, cheio de lombas, sujo e necessitado de manutenção.
Ate derivarmos por um caminho de “cabras”, nada mais que 8km de caminho de terra batida, felizmente seco, mas cheio de buracos, pedras soltas e areia nos flancos.
Nada apetecivel para a Dorothy que reclamou o mau trato que lhe estavam a dar.
La chegamos ao sitio do crime, onde ouvimos o murmulho das Aguas, e o verde nos trouxe de volta há tranquilidade!
Pozo Pigalo é fruto da teimosia do rio Arba, que queria passar por ali e foi vencendo as rochas que se opunham.
Em Março as agua são pouco convidativas, mas dentro de 3 ou 4 meses havera muitos metidos nela!
A paragem é diferente, rodeada de pinhais que conferem o fresco necessario para fazer um picnic em pleno verão, com o premio de poder-se tomar uma banhoca!
E aqui esta o Arba, que pouco a pouco demonstra que agua mole em pedra dura, tanto bate até que fura!
E aqui esta Luesia, outro posto avançado mandado construir pelo Batalhador, donde actualmente sobressaem o que resta da torre e a Igreja Matriz.
Era tempo de regressar, era tempo de fazer a estrada cheia de curvas, desta vez com o piso em muito melhores condições, para visitar o berço do esplendor de Aragão!
Este palacio fortificado, que outrora foi parte de um majestoso castelo, viu nascer Alfonso I o Batalhador, que foi senhor de Biel e depois de coroado, Rei de Aragão e, por se ter casado com a Dona Urraca (rainha de Castela), Imperador da Peninsula. Foi ele que arrebatou Sara Custa (Zaragoza) e cristianizou grande parte do territorio aragonês que hoje conhecemos. Foi ele o predecessor de toda uma epoca de Gloria em Aragão, que culminou com a Conquista de Valencia 300 anos depois, com o dominio do mar mediterraneo e com a conquista dos Reinos de Napoles e Cecilia.
Biel hoje é um povo pacato, sereno, mas no seco X e XI foi a base de assalto a territorios dominados pelos mouros em praças fortes como El Frago que durante anos a fio alternou entre ambos bandos dada a sua posição estrategica.
As Cinco Villas foram, portanto, importantes no desenvolvimento económico de Aragão, os seu campos ferteis, planos e aráveis, para alem de regados pelos rios que desciam do Pirineu (Arba, Aragão, entre outros) permitiam aos senhores daquelas terras não sofrer de problemas de abastecimento.
Como se fosse pouco, naquelas terras nasceram pessoas relevantes na historia, tanto de Aragão como da Peninsula e, tambem se pode dizer, do Mundo.
A estrada para casa foi feita com calma, num debate meio aceso sobre como voltar para ver o tanto que ficou por ver e os objectivos que teriamos que concretizar num futuro breve.
Uma voltinha de 380 km, com caminhos há mistura, muitas curvas e umas quantas viagens ao passado que nos fizeram tomar consciencia de como era a vida naquele então!
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ENDLESS ROAD
Re: Aragão por Lone Rider-As Cinco Villas
Muito bem, és uma autentica enciclopédia histórica!!
Saia mais um
Saia mais um
Zecacbr- Já conduz... mal!
Carlospira- Zero à direita
Re: Aragão por Lone Rider-As Cinco Villas
Não entendi nada!!!!!!!!!!!!
Parece que arranjaste uma mulher de 1,85m e a Dorothy parece uma 250 cm3!!!
Mas dei 1 M à mesma!!!
Parece que arranjaste uma mulher de 1,85m e a Dorothy parece uma 250 cm3!!!
Mas dei 1 M à mesma!!!
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MY LIFE IS A HELL!!!
Elisio FJR- Já sai à rua a conduzir.
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