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O Meu Zoom da Europa...em 2015 - Parte 5
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O Meu Zoom da Europa...em 2015 - Parte 5
Por lapso, saltei uma parte da minha viagem.
Parte 5 - O que restava da Sardenha - Costa Leste.
- 16/17º dia - 1/2.08.15
A despedida de Bonifácio fez-se com uma vontade enorme de regressar e, ao mesmo tempo, com a satisfação própria de quem vai voltar a fazer o lindo percurso de barco, ao longo do porto natural e das suas falésias, caprichosamente esculpidas pelo mar e pelo vento, que um dia ditarão o colapso desta cidade.
Ainda ontem, resolvi fazer a reserva do ferry e foi o melhor que fiz, pois só há 4 ferries por dia e já só consegui reserva para o das 12h.
Logo à entrada do ferry, encontramos dois portugueses com uma GS 1200, o Paulo e a Bé, com quem fizemos a travessia em amena cavaqueira.
Chegados, de novo, à Sardenha, estava na hora de começarmos a explorar a muito conhecida Costa Esmeralda que, francamente, se veio a revelar, em grande parte do percurso, algo decepcionante, principalmente quando comparado com a Córsega.
Até Porto Cervo, passamos por Palau e Capo d’Orso
Porto Cervo é um pequeno grande porto de abrigo, turístico por excelência, onde se começa a sentir o tipo de turismo que eles procuram desenvolver e que veio projectar a Costa Esmeralda.
Encontrar por estas bandas Lamborguines, Ferraris e Bugattis não foi difícil...
e só mesmo a minha Musa conseguiu ofuscar tanta exclusividade...
Depois de sairmos de Porto Cervo e até o nosso destino em Olbia, fomos constatando, no geral, uma política turística completamente diferente da encontrada na Córsega, o que, para o tipo de viagem/turismo que faço, não proporciona tanto prazer.
A grande diferença está logo nas estradas e nos acessos.
Enquanto na Córsega as estradas são, primordialmente, costeiras e paisagísticas, permitindo o acesso bem até à praia, na Sardenha, as estradas mais junto à costa, ficam, maioritariamente, mais para o interior, perdendo a vertente paisagística e o contacto com o mar, tão natural quanto necessário, nomeadamente quando falamos duma ilha.
Para quem procura a Costa Esmeralda convenhamos que existe algum contra-senso, ou melhor, chega-se facilmente à conclusão que ela está destinada a quem a percorre de barco e tem acesso às muitas enseadas e praias sem acessos por terra ou altamente condicionados.
O nosso horizonte está preenchido, bem ao longe, por lindas enseadas, bem enquadradas por muitas e pequenas ilhas, fazendo um conjunto que deixa antever o quão bonito será.
Foi o caso das conhecidas praias de Pevero, Principe ou Capriccioli, em que após sairmos da estrada, temos acessos que terminam, invariavelmente, em parques de estacionamento pagos e dos quais tens de ir por caminhos pedonais até à praia, fazendo exercício...e que exercício.
Opções!
À medida que nos aproximamos de Olbia, o calor começou a apertar chegando aos 38º C, com uma sensação térmica de muito mais, dada a trovoada que andava por perto a fazer-nos companhia.
Sem sol e com trovoada, resolvemos dar um mergulho na piscina do hotel e ir até Olbia.
Olbia é uma cidade pouco mais que inexpressiva, em que, rapidamente, nos apercebemos que poucos apontamentos tem para oferecer.
No dia seguinte resolvemos ir até Pittulongu fazer aquele que seria o nosso último dia bom de praia, já que não tínhamos grande esperança em Cagliari o que, infelizmente, se veio a confirmar.
Tínhamos o dia todo pela frente e fomos passar numa referencia que levava - a Basílica de San Simplício.
Trata-se duma pequena maravilha do séc. XI, para quem, como nós, aprecia a simplicidade majestática do românico e do granito.
O resto do dia foi passado num total relax, recordando os lindos momentos já vividos, entremeados por banhos sem fim, numa água maravilhosa.
Uma verdadeira canseira...
As nossas maravilhosas praias bem que podiam ter uma água com uma temperatura como a de Pittulongu...oh! se podiam...
Até breve, já em Cagliari
- 18/19º dia - 3/4.08.15
Tínhamos uma longa jornada pela frente até Cagliari, depois da aposta falhada de 2 dias, na zona NNE da Sardenha.
Sabendo o que sei hoje, teria ficado uma única noite e a segunda ficaria a meio caminho, provavelmente, em Cala Gonone.
Se alguém puder aproveitar esta dica, já dei por bem empregue este meu artigo e esta partilha que faço com prazer.
É como se estivesse a viajar pela 3ª vez, considerando que a preparação duma viagem é, seguramente, a primeira.
Contudo, relatar uma viagem tem o prazer único da recordação dos lugares, do reviver cada imagem, das sensações únicas que vivemos, das cumplicidades e da certeza de termos compilado um conjunto de memórias que ficarão connosco para sempre.
Viajar é mesmo algo especial...e de mota é algo único.
A tirada era grande, o trio apresenta uma performance invejável e foi com o maior animo que nos pusemos à estrada, apesar do calor que já se fazia sentir, logo pela manhã.
O primeiro ponto alto da viagem foi a visita a Cala Brandinchi, uma das poucas praias em que, apesar de ter acesso pago (algo como 6 €/dia para motos), tem a particularidade de se poder ir estacionar bem perto da praia.
A praia é tão frequentada que apresenta mesmo umas portagens...para um caminho de terra
Tudo está muito bem ordenado e limpo, com bom apoio de bares, espaços de lazer relvados, uma areia finíssima e uma água límpida e quente como é apanágio para estas bandas. Boa praia.
Seguimos pela SS125
Até encontrarmos o desvio para Cala Gonone, onde fomos almoçar e descansar um pouco do calor que teimava em nos acompanhar bem perto dos 39º.
Não havia necessidade...
Cala Gonone, a nossos pés...
Trata-se duma prainha bem sossegada, com um pequeno porto de abrigo, inserida numa pequena vila ordenada, nitidamente virada para o turismo de praia.
O almoço numa esplanada bem agradável... à sombra natural de lindas e enormes árvores, foi um momento de relax que nos soube pela vida e pela sombra.
Voltamos à SS125 e, sem o imaginarmos, a um dos melhores percursos que fizemos em toda a ilha.
O troço desde o cruzamento para Cala Gonone, começando por atravessar o Parque Nacional do Golfo Orosei, até chegar a Tortoli é, verdadeiramente, fabuloso.
Foi, seguramente, o ponto alto do dia e da ilha a par de Stintino.
Indescritível, quer na paisagem que nos avassala quer na estrada que nos entusiasma e consegue fazer esquecer o calor que nos atormenta.
A minha Musa galgava kms e curvas, a um ritmo balanceado como se de um bailado se tratasse.
Este troço valeu pelo dia todo. Top!
Apesar do calor ainda fomos a Villasimius de que tínhamos referências.
Trata-se duma zona turística com uma boa praia - Simius, mas à qual renunciamos, pois as pessoas eram mais que muitas e a hora já ia adiantada.
O calor tinha feito a sua mossa e, dada a hora, com o transito infernal que estávamos a ver, a melhor opção foi mesmo ir directo para Cagliari, tomando a SP17, bem bonita por sinal, mas com um transito de fila parada que só visto.
Minha rica Musa...que tanta inveja fizeste entre os enlatados parados!
Chegamos ao fim do dia a Cagliari, ainda a tempo de relaxar um pouco na piscina do hotel e recordar tanta coisa bonita que tínhamos vivido.
No dia seguinte, frescos e retemperados, fomos visitar a antiga capital do reino da Sardenha- Cagliari, hoje capital da ilha e o seu principal centro económico, cultural e político, sendo mesmo a maior cidade da Sardenha.
As muitas influências, ao longo de milhares de anos, são notórias por toda a cidade e valem a visita, principalmente à chamada cidade velha.
Bem ao início da manhã já tínhamos um problema para resolver - o malvado calor que andava já nos 38º/39º e que nos acompanhou durante toda a visita à cidade.
Andamos até o calor nos deixar e chegar a hora do almoço, que efectuamos já de calção e instalados na enorme praia Poetto, para nos despedirmos da Sardenha.
Com a mota estrategicamente estacionada bem junto do Bastião de Saint Remy, que está em grandes obras de restauro e conservação, avançamos para a parte alta e velha da cidade.
Por entre ruas e ruelas fomos tentando escapar ao sol que nos fustigava apesar de termos abandonado as nossas roupas de mota.
Num dos 4 bairros mais característicos de Cagliari, encontramos a Torre Medieval de San Pancrazio, mais tarde denominada Torre do Elefante,
que fica bem perto da Catedral de Cagliari, séc. XIII, inicialmente românica, tendo chegado aos nossos dias com uma amalgama de influências e estilos, incluindo o barroco.
A fachada, já do séc XX, é, nitidamente, inspirada na fachada da Catedral de Pisa
A cidade velha tem um ambiente bem peculiar, genericamente bem cuidada e recheada de turistas e comércio.
apresentando uma linda panorâmica da parte baixa da cidade
Ainda passamos na Basílica di Bonara e na Chiesa de San Michele que estava fechada e da qual perdemos a fotografia.
A hora do almoço aproximava-se e ainda hesitamos em ir a um restaurante bem especial...que não resisto em colocar...pedindo desculpa aos meus amigos não sportinguistas, mas factos são factos...!
Assim, e para não ferir susceptibilidades...acabamos mesmo por resolver almoçar na praia, descansando da manhã encalorada e preparando a nossa aventura siciliana.
A ideia era boa, não fora a praia que fomos encontrar.
O areal é enorme, estando a sua maioria ocupado por um conjunto de edificações, anos 60/70, com alguma degradação, que estão ocupados por associações e agremiações locais, onde se tem de pagar para ter acesso à praia.
De imediato, te dás conta que não tens espaço para estenderes uma toalha, pelo que tens de alugar umas camas e um chapéu, se queres ficar na praia.
Areal livre é coisa de sonhos...
A areia é meia negra, o que me fez alguma confusão, já que estamos rodeados de montanhas e maciços calcários.
O mistério foi-nos desvendado por um português que passeando na praia, ao ouvir-nos falar, parou e meteu conversa.
Era natural do Porto, trabalhando no Instituto Português de Fotografia e era casado com uma sarda (das verdadeiras...), vindo para cá de férias.
O areal foi, de facto, muito bonito, com uma areia fina e branca, só que, por altura da construção dos mamarrachos que dominam a praia, a mistura com os detritos e a terra, foi de tal ordem que deixaram o areal neste estado, nunca mais recuperando.
Com o sol que estava só mesmo dentro de água para fugir da areia que escaldava e irradiava um calor infernal, mais parecendo que estávamos deitados em cima de brasas...
Praia para esquecer...como dizia o nosso amigo do Porto e que todos os anos ali ia um dia para cumprir a tradição.
Até breve, já em Palermo
Parte 5 - O que restava da Sardenha - Costa Leste.
- 16/17º dia - 1/2.08.15
A despedida de Bonifácio fez-se com uma vontade enorme de regressar e, ao mesmo tempo, com a satisfação própria de quem vai voltar a fazer o lindo percurso de barco, ao longo do porto natural e das suas falésias, caprichosamente esculpidas pelo mar e pelo vento, que um dia ditarão o colapso desta cidade.
Ainda ontem, resolvi fazer a reserva do ferry e foi o melhor que fiz, pois só há 4 ferries por dia e já só consegui reserva para o das 12h.
Logo à entrada do ferry, encontramos dois portugueses com uma GS 1200, o Paulo e a Bé, com quem fizemos a travessia em amena cavaqueira.
Chegados, de novo, à Sardenha, estava na hora de começarmos a explorar a muito conhecida Costa Esmeralda que, francamente, se veio a revelar, em grande parte do percurso, algo decepcionante, principalmente quando comparado com a Córsega.
Até Porto Cervo, passamos por Palau e Capo d’Orso
Porto Cervo é um pequeno grande porto de abrigo, turístico por excelência, onde se começa a sentir o tipo de turismo que eles procuram desenvolver e que veio projectar a Costa Esmeralda.
Encontrar por estas bandas Lamborguines, Ferraris e Bugattis não foi difícil...
e só mesmo a minha Musa conseguiu ofuscar tanta exclusividade...
Depois de sairmos de Porto Cervo e até o nosso destino em Olbia, fomos constatando, no geral, uma política turística completamente diferente da encontrada na Córsega, o que, para o tipo de viagem/turismo que faço, não proporciona tanto prazer.
A grande diferença está logo nas estradas e nos acessos.
Enquanto na Córsega as estradas são, primordialmente, costeiras e paisagísticas, permitindo o acesso bem até à praia, na Sardenha, as estradas mais junto à costa, ficam, maioritariamente, mais para o interior, perdendo a vertente paisagística e o contacto com o mar, tão natural quanto necessário, nomeadamente quando falamos duma ilha.
Para quem procura a Costa Esmeralda convenhamos que existe algum contra-senso, ou melhor, chega-se facilmente à conclusão que ela está destinada a quem a percorre de barco e tem acesso às muitas enseadas e praias sem acessos por terra ou altamente condicionados.
O nosso horizonte está preenchido, bem ao longe, por lindas enseadas, bem enquadradas por muitas e pequenas ilhas, fazendo um conjunto que deixa antever o quão bonito será.
Foi o caso das conhecidas praias de Pevero, Principe ou Capriccioli, em que após sairmos da estrada, temos acessos que terminam, invariavelmente, em parques de estacionamento pagos e dos quais tens de ir por caminhos pedonais até à praia, fazendo exercício...e que exercício.
Opções!
À medida que nos aproximamos de Olbia, o calor começou a apertar chegando aos 38º C, com uma sensação térmica de muito mais, dada a trovoada que andava por perto a fazer-nos companhia.
Sem sol e com trovoada, resolvemos dar um mergulho na piscina do hotel e ir até Olbia.
Olbia é uma cidade pouco mais que inexpressiva, em que, rapidamente, nos apercebemos que poucos apontamentos tem para oferecer.
No dia seguinte resolvemos ir até Pittulongu fazer aquele que seria o nosso último dia bom de praia, já que não tínhamos grande esperança em Cagliari o que, infelizmente, se veio a confirmar.
Tínhamos o dia todo pela frente e fomos passar numa referencia que levava - a Basílica de San Simplício.
Trata-se duma pequena maravilha do séc. XI, para quem, como nós, aprecia a simplicidade majestática do românico e do granito.
O resto do dia foi passado num total relax, recordando os lindos momentos já vividos, entremeados por banhos sem fim, numa água maravilhosa.
Uma verdadeira canseira...
As nossas maravilhosas praias bem que podiam ter uma água com uma temperatura como a de Pittulongu...oh! se podiam...
Até breve, já em Cagliari
- 18/19º dia - 3/4.08.15
Tínhamos uma longa jornada pela frente até Cagliari, depois da aposta falhada de 2 dias, na zona NNE da Sardenha.
Sabendo o que sei hoje, teria ficado uma única noite e a segunda ficaria a meio caminho, provavelmente, em Cala Gonone.
Se alguém puder aproveitar esta dica, já dei por bem empregue este meu artigo e esta partilha que faço com prazer.
É como se estivesse a viajar pela 3ª vez, considerando que a preparação duma viagem é, seguramente, a primeira.
Contudo, relatar uma viagem tem o prazer único da recordação dos lugares, do reviver cada imagem, das sensações únicas que vivemos, das cumplicidades e da certeza de termos compilado um conjunto de memórias que ficarão connosco para sempre.
Viajar é mesmo algo especial...e de mota é algo único.
A tirada era grande, o trio apresenta uma performance invejável e foi com o maior animo que nos pusemos à estrada, apesar do calor que já se fazia sentir, logo pela manhã.
O primeiro ponto alto da viagem foi a visita a Cala Brandinchi, uma das poucas praias em que, apesar de ter acesso pago (algo como 6 €/dia para motos), tem a particularidade de se poder ir estacionar bem perto da praia.
A praia é tão frequentada que apresenta mesmo umas portagens...para um caminho de terra
Tudo está muito bem ordenado e limpo, com bom apoio de bares, espaços de lazer relvados, uma areia finíssima e uma água límpida e quente como é apanágio para estas bandas. Boa praia.
Seguimos pela SS125
Até encontrarmos o desvio para Cala Gonone, onde fomos almoçar e descansar um pouco do calor que teimava em nos acompanhar bem perto dos 39º.
Não havia necessidade...
Cala Gonone, a nossos pés...
Trata-se duma prainha bem sossegada, com um pequeno porto de abrigo, inserida numa pequena vila ordenada, nitidamente virada para o turismo de praia.
O almoço numa esplanada bem agradável... à sombra natural de lindas e enormes árvores, foi um momento de relax que nos soube pela vida e pela sombra.
Voltamos à SS125 e, sem o imaginarmos, a um dos melhores percursos que fizemos em toda a ilha.
O troço desde o cruzamento para Cala Gonone, começando por atravessar o Parque Nacional do Golfo Orosei, até chegar a Tortoli é, verdadeiramente, fabuloso.
Foi, seguramente, o ponto alto do dia e da ilha a par de Stintino.
Indescritível, quer na paisagem que nos avassala quer na estrada que nos entusiasma e consegue fazer esquecer o calor que nos atormenta.
A minha Musa galgava kms e curvas, a um ritmo balanceado como se de um bailado se tratasse.
Este troço valeu pelo dia todo. Top!
Apesar do calor ainda fomos a Villasimius de que tínhamos referências.
Trata-se duma zona turística com uma boa praia - Simius, mas à qual renunciamos, pois as pessoas eram mais que muitas e a hora já ia adiantada.
O calor tinha feito a sua mossa e, dada a hora, com o transito infernal que estávamos a ver, a melhor opção foi mesmo ir directo para Cagliari, tomando a SP17, bem bonita por sinal, mas com um transito de fila parada que só visto.
Minha rica Musa...que tanta inveja fizeste entre os enlatados parados!
Chegamos ao fim do dia a Cagliari, ainda a tempo de relaxar um pouco na piscina do hotel e recordar tanta coisa bonita que tínhamos vivido.
No dia seguinte, frescos e retemperados, fomos visitar a antiga capital do reino da Sardenha- Cagliari, hoje capital da ilha e o seu principal centro económico, cultural e político, sendo mesmo a maior cidade da Sardenha.
As muitas influências, ao longo de milhares de anos, são notórias por toda a cidade e valem a visita, principalmente à chamada cidade velha.
Bem ao início da manhã já tínhamos um problema para resolver - o malvado calor que andava já nos 38º/39º e que nos acompanhou durante toda a visita à cidade.
Andamos até o calor nos deixar e chegar a hora do almoço, que efectuamos já de calção e instalados na enorme praia Poetto, para nos despedirmos da Sardenha.
Com a mota estrategicamente estacionada bem junto do Bastião de Saint Remy, que está em grandes obras de restauro e conservação, avançamos para a parte alta e velha da cidade.
Por entre ruas e ruelas fomos tentando escapar ao sol que nos fustigava apesar de termos abandonado as nossas roupas de mota.
Num dos 4 bairros mais característicos de Cagliari, encontramos a Torre Medieval de San Pancrazio, mais tarde denominada Torre do Elefante,
que fica bem perto da Catedral de Cagliari, séc. XIII, inicialmente românica, tendo chegado aos nossos dias com uma amalgama de influências e estilos, incluindo o barroco.
A fachada, já do séc XX, é, nitidamente, inspirada na fachada da Catedral de Pisa
A cidade velha tem um ambiente bem peculiar, genericamente bem cuidada e recheada de turistas e comércio.
apresentando uma linda panorâmica da parte baixa da cidade
Ainda passamos na Basílica di Bonara e na Chiesa de San Michele que estava fechada e da qual perdemos a fotografia.
A hora do almoço aproximava-se e ainda hesitamos em ir a um restaurante bem especial...que não resisto em colocar...pedindo desculpa aos meus amigos não sportinguistas, mas factos são factos...!
Assim, e para não ferir susceptibilidades...acabamos mesmo por resolver almoçar na praia, descansando da manhã encalorada e preparando a nossa aventura siciliana.
A ideia era boa, não fora a praia que fomos encontrar.
O areal é enorme, estando a sua maioria ocupado por um conjunto de edificações, anos 60/70, com alguma degradação, que estão ocupados por associações e agremiações locais, onde se tem de pagar para ter acesso à praia.
De imediato, te dás conta que não tens espaço para estenderes uma toalha, pelo que tens de alugar umas camas e um chapéu, se queres ficar na praia.
Areal livre é coisa de sonhos...
A areia é meia negra, o que me fez alguma confusão, já que estamos rodeados de montanhas e maciços calcários.
O mistério foi-nos desvendado por um português que passeando na praia, ao ouvir-nos falar, parou e meteu conversa.
Era natural do Porto, trabalhando no Instituto Português de Fotografia e era casado com uma sarda (das verdadeiras...), vindo para cá de férias.
O areal foi, de facto, muito bonito, com uma areia fina e branca, só que, por altura da construção dos mamarrachos que dominam a praia, a mistura com os detritos e a terra, foi de tal ordem que deixaram o areal neste estado, nunca mais recuperando.
Com o sol que estava só mesmo dentro de água para fugir da areia que escaldava e irradiava um calor infernal, mais parecendo que estávamos deitados em cima de brasas...
Praia para esquecer...como dizia o nosso amigo do Porto e que todos os anos ali ia um dia para cumprir a tradição.
Até breve, já em Palermo
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Eduardo Ramos Pinto
* Andar de Mota é tatuar " LIBERDADE " em cada km, em cada curva...numa paixão de vida.*
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