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On the road again (Solo Ride, parte 4).
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Jorge CBFista
rjvieira
Malomen
Trophyvitor
Elisio FJR
zephex
Gracinda Ramos
Ricardo Correia
Cobra
13 participantes
Página 1 de 1
On the road again (Solo Ride, parte 4).
Final da semana, perspectiva de Domingo soalheiro, e já se vai tornando um hábito, começo a ver mapas… Faço dois ou três ensaios, e acabo por me decidir por uma voltinha ao Alentejo… Destino: Campo Maior.
Trajecto por nacionais, com ida por Arraiolos, Estremoz, Elvas e regresso mais a Sul pelo Redondo e Évora, que não gosto de andar sempre pelo mesmo sítio.
A previsão apontava tempo seco e pouco nublado, mas com descida de temperatura. E o Alentejo tem destas coisas, uma brasa no Verão, um gelo no Inverno.
Anunciados estavam 14 de máxima para aqueles lados, quando pela capital a previsão era de 17… Tudo bem, é levar roupa com fartura, todo fechadinho não há aragem que meta medo.
Saí de casa, pelas 10h e picos parei na estação de serviço do aeroporto para beber um café e arrumar o forro térmico, que estava a arder com calor.
Siga até Campo Maior. Nas calmas, sempre por nacionais, entre os 80 e 110km/h, sem restrição de rotação. Devo dizer que apesar das bonitas paisagens, a viagem até Elvas não foi das mais agradáveis.
Rajadas de vento forte, faziam-me andar com a cabeça de lado. A Tiger essa, ia certinha, é mota que lida muito bem com o vento lateral, está confirmado.
Junto a Montemor não resisti a fazer o desvio para a fantasmagórica Safira. Local pouco conhecido na maioria, que já tantas vezes visitei. Trata-se de um lugar que em tempos chegou a ser freguesia do concelho, e onde agora apenas reside parte do que outrora foi. Os últimos habitantes deixaram-na em 1930 e desde então por lá estão entre-outras, as ruínas da igreja, escola e forno comunitário. Também lá ficou o cemitério, logo por cima do açude.
Quem tiver curiosidade poderá saciar a mesma com o seguinte artigo do expresso que aqui deixo: http://aeiou.expresso.pt/safira-uma-aldeia-que-nao-existe=f399843
O caminho até Safira, faz-se por uma estrada bem estreita, que embora meio alcatroada está em muito mau estado. Aí ergui-me sobre a Tiger e dei-lhe acelerador… Vamos lá então testar a suspensão do bicho!
Diverti-me que nem um perdido… Excelente trabalho do conjunto que filtra magnificamente todas as irregularidades do piso, sem sobressaltos ou barulhos estranhos. Definitivamente tenho de lhe sujar as rodas com terra!...
No final do troço tive de afrouxar o passo, a visibilidade não é tão boa, e alguns locais pontualmente enlameados (de fresco) metem respeito.
Finalmente não há que enganar, onde a estrada termina, inicia Safira.
Aí, encostei o Tigre, e de máquina fotográfica em punho passei a pequena porta que dá acesso ao lugar.
Tudo continua igual. A calma, o açude lá em baixo com um rebanho de ovelhas, a igreja no topo do monte, o cemitério do outro lado da encosta.
O tempo vai fazendo mossa, como se espera, as construções parecem cada vez mais sumidas, a cada vez que cá venho. Afinal são quase já cem anos sem que por aqui haja vivalma.
Feita a visita, regresso à estrada com a Tiger para fazer de novo o troço, no sentido contrário… Que chatice… lol
Chegando à nacional, segui o meu caminho em direcção à fronteira. Às tantas pelo caminho, lembro-me de passar ao largo da Serra d’Ossa. Ainda me lembrei de fazer uma mudança de planos e “embicar” para lá em modo “descoberta”, mas depois achei que estando aqui por baixo a temperatura como estava, lá em cima estaria com certeza bem pior… Fica para outra altura.
À entrada de Elvas decidi parar para almoçar, almoço low-cost e rápido no Varch-Hotel. Fiz a festa por 4,5€, geralmente quando ando sozinho, não perco grande tempo e grande dinheiro em repastos.
Estava um frio do cacete, e já desde Arraiolos que vinha com as “pegadeiras” aquecidas ligadas. Logo em Elvas, comecei a notar a presença espanhola. Sobretudo nos restaurantes.
Espertalhões os “manolos”. Com este tempos de crise, nada melhor do que “invadir” o país vizinho onde as bolsas são mais modestas. Mas a verdade é que também nos dá um grande jeito.
Estômago aconchegado e regresso ao dorso da Tigresa. Aproveitei para consultar o “saldo” do computador de bordo, 5,3lts à média de 70km/h em 220kms.
Nada mau para este tipo de andamento, sobretudo sabendo que o “tubo de voz grossa” faz aumentar os consumos na ordem dos 5 a 10%.
Trajecto por nacionais, com ida por Arraiolos, Estremoz, Elvas e regresso mais a Sul pelo Redondo e Évora, que não gosto de andar sempre pelo mesmo sítio.
A previsão apontava tempo seco e pouco nublado, mas com descida de temperatura. E o Alentejo tem destas coisas, uma brasa no Verão, um gelo no Inverno.
Anunciados estavam 14 de máxima para aqueles lados, quando pela capital a previsão era de 17… Tudo bem, é levar roupa com fartura, todo fechadinho não há aragem que meta medo.
Saí de casa, pelas 10h e picos parei na estação de serviço do aeroporto para beber um café e arrumar o forro térmico, que estava a arder com calor.
Siga até Campo Maior. Nas calmas, sempre por nacionais, entre os 80 e 110km/h, sem restrição de rotação. Devo dizer que apesar das bonitas paisagens, a viagem até Elvas não foi das mais agradáveis.
Rajadas de vento forte, faziam-me andar com a cabeça de lado. A Tiger essa, ia certinha, é mota que lida muito bem com o vento lateral, está confirmado.
Junto a Montemor não resisti a fazer o desvio para a fantasmagórica Safira. Local pouco conhecido na maioria, que já tantas vezes visitei. Trata-se de um lugar que em tempos chegou a ser freguesia do concelho, e onde agora apenas reside parte do que outrora foi. Os últimos habitantes deixaram-na em 1930 e desde então por lá estão entre-outras, as ruínas da igreja, escola e forno comunitário. Também lá ficou o cemitério, logo por cima do açude.
Quem tiver curiosidade poderá saciar a mesma com o seguinte artigo do expresso que aqui deixo: http://aeiou.expresso.pt/safira-uma-aldeia-que-nao-existe=f399843
O caminho até Safira, faz-se por uma estrada bem estreita, que embora meio alcatroada está em muito mau estado. Aí ergui-me sobre a Tiger e dei-lhe acelerador… Vamos lá então testar a suspensão do bicho!
Diverti-me que nem um perdido… Excelente trabalho do conjunto que filtra magnificamente todas as irregularidades do piso, sem sobressaltos ou barulhos estranhos. Definitivamente tenho de lhe sujar as rodas com terra!...
No final do troço tive de afrouxar o passo, a visibilidade não é tão boa, e alguns locais pontualmente enlameados (de fresco) metem respeito.
Finalmente não há que enganar, onde a estrada termina, inicia Safira.
Aí, encostei o Tigre, e de máquina fotográfica em punho passei a pequena porta que dá acesso ao lugar.
Tudo continua igual. A calma, o açude lá em baixo com um rebanho de ovelhas, a igreja no topo do monte, o cemitério do outro lado da encosta.
O tempo vai fazendo mossa, como se espera, as construções parecem cada vez mais sumidas, a cada vez que cá venho. Afinal são quase já cem anos sem que por aqui haja vivalma.
Feita a visita, regresso à estrada com a Tiger para fazer de novo o troço, no sentido contrário… Que chatice… lol
Chegando à nacional, segui o meu caminho em direcção à fronteira. Às tantas pelo caminho, lembro-me de passar ao largo da Serra d’Ossa. Ainda me lembrei de fazer uma mudança de planos e “embicar” para lá em modo “descoberta”, mas depois achei que estando aqui por baixo a temperatura como estava, lá em cima estaria com certeza bem pior… Fica para outra altura.
À entrada de Elvas decidi parar para almoçar, almoço low-cost e rápido no Varch-Hotel. Fiz a festa por 4,5€, geralmente quando ando sozinho, não perco grande tempo e grande dinheiro em repastos.
Estava um frio do cacete, e já desde Arraiolos que vinha com as “pegadeiras” aquecidas ligadas. Logo em Elvas, comecei a notar a presença espanhola. Sobretudo nos restaurantes.
Espertalhões os “manolos”. Com este tempos de crise, nada melhor do que “invadir” o país vizinho onde as bolsas são mais modestas. Mas a verdade é que também nos dá um grande jeito.
Estômago aconchegado e regresso ao dorso da Tigresa. Aproveitei para consultar o “saldo” do computador de bordo, 5,3lts à média de 70km/h em 220kms.
Nada mau para este tipo de andamento, sobretudo sabendo que o “tubo de voz grossa” faz aumentar os consumos na ordem dos 5 a 10%.
Cobra- Zero à direita
Re: On the road again (Solo Ride, parte 4).
Passo pelo centro de Elvas, depois por debaixo do aqueduto e sigo para Norte, em direcção à vila das flores. O caminho a partir daqui melhorou consideravelmente. Não é que as calmas planícies até Elvas não sejam interessantes (e eu até sou um tipo que não se chateia mesmo nada em fazer estradas a direito), mas o troço de estrada que vai até Campo Maior, recomenda-se de sobremaneira.
Estrada boa, com algumas curvas rápidas e um sucedâneo de alamedas de árvores de vários tipos, que por esta altura exibem cores de Outono deslumbrantes e inesquecíveis.
Para cima fui a Oeste, contornando o Caia e passando defronte ao império fabril do Nabeiro. Para baixo fui a Este. Em Campo Maior não me demorei muito. Ao lá chegar, o Tigre anunciava ainda 70km de autonomia, ainda assim achei melhor atestar. Pelas minhas contas terão sido 4,9 a 5 litros de consumo desde Lisboa, uns 0,3lts de desfasamento para que afixava o computador de bordo (que é tendencialmente pessimista), valor coerente com o que já vi o pessoal a reportar pelos fóruns. Dei duas ou três voltas pela vila, e não encontrando o caminho para o castelo, decidi perguntar a duas velhotas… Às tantas estavam baralhadas as senhoras, uma dizia para à direita e outra para à esquerda.
Só percebi que tinha de passar por uma subida acentuada, de modo que me fui guiando por isso, sempre a subir até ao Castelo.
Lá chegado, segui por uma lateral do dito, e quando dou por mim, estava numa espécie de pátio de um condomínio "abarracado", guardado por uns quantos cães acorrentados… Muito estranho… Claramente não é por aqui, vamos lá dar meia volta, de preferência sem virar o “boneco”…
Estacionei em frente ao Castelo, mas não me afastei muito do Tigre… Andava por ali um grupo de indivíduos estranhos (provavelmente, proprietários de alguma fracção do “condomínio”) e eu ainda ando com uma Top-case improvisada (vulgo, mochila presa com aranha). Tirei duas ou três chapas, e alas que se faz tarde. Mais tarde, contornando o Castelo pela estrada, pude apreciar o “loteamento” clandestino que por ali está encostado às muralhas. Toda a parte posterior do Castelo serve de acampamento… Uma visão, no mínimo estranha.
E estava na hora de regressar. Valeu pelo caminho, um percurso muito agradável de fazer, que aconselho. De novo uma passagem por Elvas para uma breve paragem e mais umas fotos. Esta cidade Alentejana nos limites do território é local que muito aprecio, não só pelas paisagens, pela gastronomia, mas pelo valor histórico que este lugar encerra.
Daqui segui em direcção ao Redondo, sem antes dar uma “ganda’ volta” por causa de um troço de estrada cortado. Uma boa ideia esta do regresso mais a Sul, a estrada é mais “torta”, as paisagens mais “arborescentes” e quando damos por ela, surgem cenários destes…
Já começava a escurecer e a esfriar, pelo que depois de passar Évora, enfiei-me na auto-estrada da qual só sairia chegando a Lisboa.
Aqui abstraí-me dos consumos e abrir a goela ao Tigre… (a partir de agora por questões etiqueto-legais irei ser criativo nas unidades de medição…). Fixei a Tiger nos 140 pães alentejanos, e não mais baixou disso até chegar às imediações da capital. Por esta altura o período restritivo de rodagem já terminou, ainda assim tive cautela com isso e fui fazendo subidas de regime graduais, evitando demorar-me em regimes de alta rotações. Também, mesmo que o quisesse não conseguiria, com o diminuto vidro de origem é preciso um grande arcaboiço para fazer face à deslocação acima das 180 achigãs (isto claro, sem empranchar atrás do vidro). Muito curioso a diferença reportada pelo GPS. Às 160 beldroegas o GPS dá-nos uma diferença (para baixo, claro) de apenas 5 bácoros pretos, aos 180 pães de rala, a diferença é extremamente reduzida, ficando-se pelas 7 ameixas de Elvas (o contador da Suzuki nesse aspecto era bastante optimista, para essas velocidades fazia aí umas 20 açordas de diferença) . Daí para cima, não faço ideia, pois estava mais preocupado em agarrar-me com os dentes ao volante. Apenas acrescentar que as 190 migas se alcançam com uma facilidade tremenda. Quando digo isto não estou a exagerar, a velocidade está perfeitamente sincronizada com a rotação do punho. Roda-se e a resposta é instantânea, parece um comando de playstation. A mítica marca das 200 plumas foi atingida pontualmente, a muito custo e força de braços.
Não fiquem com má ideia da minha pessoa, quem me conhece sabe que gosto de rolar manso, qualquer coisa entre os 90 a 140, consoante a estrada. O meu prazer em andar de mota, vem mesmo da vertente passeio e de desfilar pelas paisagens. Auto-estradas, evito-as sempre que posso e uso-as apenas quando são necessárias para chegar atempadamente a determinado ponto.
Dito isto, a Tiger veio em brasa (ou será na brasa?) até próximo da capital, altura em que acalmei o animal. Mais uns quilómetros até casa, e no final o conta-quilómetros tinha mais 560 carregados.
E assim dou por encerrado esta espécie de crónico-diário-de-bordo da descoberta desta fantástica máquina, que me conquistou em todos os sentidos.
Que ninguém se engane na qualidade e potencial desta máquina, no género corre bem o “risco” de se tornar referência (pelo menos durante algum tempo). Os ingleses foram astutos e estiveram sobretudo bem na concepção desta máquina, agarrando numa base de motorização excelente (o fiável e magnífico 675 da Triumph Daytona) e inspirando-se num modelo conceituado (BMW GS800) conseguiram elevar a versatilidade para patamares ainda não atingidos, e tudo isto a preços razoáveis. Aos meus olhos, tudo está magnificamente afinado e pensado, a sensação de conforto e "à vontade" é imediata quando nos sentamos em cima da máquina. Se tivesse de eleger um único atributo que a caracterizasse, diria o motor, que é mecanicamente, permitem-me dizê-lo, algo do outro mundo. Olhando a curva de binário desta peça (praticamente plana) percebe-se a “obra prima” que ali está, e sobretudo o cuidado e trabalho que foi empregue no seu desenvolvimento. A disponibilidade e vigor deste bloco é algo a que ninguém fica indiferente.
Mas é claro que está máquina é mais do que uma excelente peça de mecânica, é também um estilo e filosofia. Por muito que as suas características sejam boas, o género não agradará com certeza a todos. É preciso gostar de Trails e de tudo o que isso contempla, e acreditem que esta máquina cola-se ao conceito como poucas. Quem não aprecia o tipo ou o género aventura, não verá com certeza nela, mais que uma boa e divertida máquina.
Resta averiguar a fiabilidade do conjunto, e isso só o tempo o dirá. Mas a julgar pela base de onde origina e pelos relatos que aí andam com viagens de 10.000 e 20.000km, a perspectiva é animadora.
E pronto, é tudo, e já é muito.
Cumps!
Estrada boa, com algumas curvas rápidas e um sucedâneo de alamedas de árvores de vários tipos, que por esta altura exibem cores de Outono deslumbrantes e inesquecíveis.
Para cima fui a Oeste, contornando o Caia e passando defronte ao império fabril do Nabeiro. Para baixo fui a Este. Em Campo Maior não me demorei muito. Ao lá chegar, o Tigre anunciava ainda 70km de autonomia, ainda assim achei melhor atestar. Pelas minhas contas terão sido 4,9 a 5 litros de consumo desde Lisboa, uns 0,3lts de desfasamento para que afixava o computador de bordo (que é tendencialmente pessimista), valor coerente com o que já vi o pessoal a reportar pelos fóruns. Dei duas ou três voltas pela vila, e não encontrando o caminho para o castelo, decidi perguntar a duas velhotas… Às tantas estavam baralhadas as senhoras, uma dizia para à direita e outra para à esquerda.
Só percebi que tinha de passar por uma subida acentuada, de modo que me fui guiando por isso, sempre a subir até ao Castelo.
Lá chegado, segui por uma lateral do dito, e quando dou por mim, estava numa espécie de pátio de um condomínio "abarracado", guardado por uns quantos cães acorrentados… Muito estranho… Claramente não é por aqui, vamos lá dar meia volta, de preferência sem virar o “boneco”…
Estacionei em frente ao Castelo, mas não me afastei muito do Tigre… Andava por ali um grupo de indivíduos estranhos (provavelmente, proprietários de alguma fracção do “condomínio”) e eu ainda ando com uma Top-case improvisada (vulgo, mochila presa com aranha). Tirei duas ou três chapas, e alas que se faz tarde. Mais tarde, contornando o Castelo pela estrada, pude apreciar o “loteamento” clandestino que por ali está encostado às muralhas. Toda a parte posterior do Castelo serve de acampamento… Uma visão, no mínimo estranha.
E estava na hora de regressar. Valeu pelo caminho, um percurso muito agradável de fazer, que aconselho. De novo uma passagem por Elvas para uma breve paragem e mais umas fotos. Esta cidade Alentejana nos limites do território é local que muito aprecio, não só pelas paisagens, pela gastronomia, mas pelo valor histórico que este lugar encerra.
Daqui segui em direcção ao Redondo, sem antes dar uma “ganda’ volta” por causa de um troço de estrada cortado. Uma boa ideia esta do regresso mais a Sul, a estrada é mais “torta”, as paisagens mais “arborescentes” e quando damos por ela, surgem cenários destes…
Já começava a escurecer e a esfriar, pelo que depois de passar Évora, enfiei-me na auto-estrada da qual só sairia chegando a Lisboa.
Aqui abstraí-me dos consumos e abrir a goela ao Tigre… (a partir de agora por questões etiqueto-legais irei ser criativo nas unidades de medição…). Fixei a Tiger nos 140 pães alentejanos, e não mais baixou disso até chegar às imediações da capital. Por esta altura o período restritivo de rodagem já terminou, ainda assim tive cautela com isso e fui fazendo subidas de regime graduais, evitando demorar-me em regimes de alta rotações. Também, mesmo que o quisesse não conseguiria, com o diminuto vidro de origem é preciso um grande arcaboiço para fazer face à deslocação acima das 180 achigãs (isto claro, sem empranchar atrás do vidro). Muito curioso a diferença reportada pelo GPS. Às 160 beldroegas o GPS dá-nos uma diferença (para baixo, claro) de apenas 5 bácoros pretos, aos 180 pães de rala, a diferença é extremamente reduzida, ficando-se pelas 7 ameixas de Elvas (o contador da Suzuki nesse aspecto era bastante optimista, para essas velocidades fazia aí umas 20 açordas de diferença) . Daí para cima, não faço ideia, pois estava mais preocupado em agarrar-me com os dentes ao volante. Apenas acrescentar que as 190 migas se alcançam com uma facilidade tremenda. Quando digo isto não estou a exagerar, a velocidade está perfeitamente sincronizada com a rotação do punho. Roda-se e a resposta é instantânea, parece um comando de playstation. A mítica marca das 200 plumas foi atingida pontualmente, a muito custo e força de braços.
Não fiquem com má ideia da minha pessoa, quem me conhece sabe que gosto de rolar manso, qualquer coisa entre os 90 a 140, consoante a estrada. O meu prazer em andar de mota, vem mesmo da vertente passeio e de desfilar pelas paisagens. Auto-estradas, evito-as sempre que posso e uso-as apenas quando são necessárias para chegar atempadamente a determinado ponto.
Dito isto, a Tiger veio em brasa (ou será na brasa?) até próximo da capital, altura em que acalmei o animal. Mais uns quilómetros até casa, e no final o conta-quilómetros tinha mais 560 carregados.
E assim dou por encerrado esta espécie de crónico-diário-de-bordo da descoberta desta fantástica máquina, que me conquistou em todos os sentidos.
Que ninguém se engane na qualidade e potencial desta máquina, no género corre bem o “risco” de se tornar referência (pelo menos durante algum tempo). Os ingleses foram astutos e estiveram sobretudo bem na concepção desta máquina, agarrando numa base de motorização excelente (o fiável e magnífico 675 da Triumph Daytona) e inspirando-se num modelo conceituado (BMW GS800) conseguiram elevar a versatilidade para patamares ainda não atingidos, e tudo isto a preços razoáveis. Aos meus olhos, tudo está magnificamente afinado e pensado, a sensação de conforto e "à vontade" é imediata quando nos sentamos em cima da máquina. Se tivesse de eleger um único atributo que a caracterizasse, diria o motor, que é mecanicamente, permitem-me dizê-lo, algo do outro mundo. Olhando a curva de binário desta peça (praticamente plana) percebe-se a “obra prima” que ali está, e sobretudo o cuidado e trabalho que foi empregue no seu desenvolvimento. A disponibilidade e vigor deste bloco é algo a que ninguém fica indiferente.
Mas é claro que está máquina é mais do que uma excelente peça de mecânica, é também um estilo e filosofia. Por muito que as suas características sejam boas, o género não agradará com certeza a todos. É preciso gostar de Trails e de tudo o que isso contempla, e acreditem que esta máquina cola-se ao conceito como poucas. Quem não aprecia o tipo ou o género aventura, não verá com certeza nela, mais que uma boa e divertida máquina.
Resta averiguar a fiabilidade do conjunto, e isso só o tempo o dirá. Mas a julgar pela base de onde origina e pelos relatos que aí andam com viagens de 10.000 e 20.000km, a perspectiva é animadora.
E pronto, é tudo, e já é muito.
Cumps!
Cobra- Zero à direita
Re: On the road again (Solo Ride, parte 4).
Migo Daniel
Mais uma moedinha e mais uma voltinha, ou será Micro Volta
Forte Abraço
Mais uma moedinha e mais uma voltinha, ou será Micro Volta
Forte Abraço
Ricardo Correia- Zero à esquerda
Re: On the road again (Solo Ride, parte 4).
Cucu!
Muito bem! Nada como começar o dia dando uma voltinha pelo Alentejo de Tiger!
E mil beijucas!
Muito bem! Nada como começar o dia dando uma voltinha pelo Alentejo de Tiger!
E mil beijucas!
________________________
Beijucas!
Viajar é mais assustador para quem fica do que para quem vai!
https://passeandopelavida.com/
Re: On the road again (Solo Ride, parte 4).
Mt bom Cobra!! adoro os teus relatos...
estou a ficar teu fã!!!
Cumps.
José Paulo
estou a ficar teu fã!!!
Cumps.
José Paulo
zephex- Zero à direita
Re: On the road again (Solo Ride, parte 4).
Cobra e Tiger Hi,
Isso é que é namorar!!!!!!! Dou os parabéns a ambos pela grande cumplicidade que vos une e dei mais 1 M por nos contarem como vai o vosso romance!!!
Isso é que é namorar!!!!!!! Dou os parabéns a ambos pela grande cumplicidade que vos une e dei mais 1 M por nos contarem como vai o vosso romance!!!
________________________
MY LIFE IS A HELL!!!
Elisio FJR- Já sai à rua a conduzir.
Re: On the road again (Solo Ride, parte 4).
Estas tuas crónicas podiam bem ser eleitas, como testes á Tiger....vamos esperando pelas do ensaio de longa duração!! Eu pelo menos vou..
Belas fotos!!
Belas fotos!!
________________________
Já ronca!!!!
Trophyvitor- Já sai à rua a conduzir.
Re: On the road again (Solo Ride, parte 4).
Essa moto é um espanto, mas essas fotos nao ficam nada atrás, têm muito boa qualidade...
Parabens
abc
Parabens
abc
________________________
SUZUKI V-STROM 650 PRETA MATE
Ex: Honda cbf 500
"A vida é uma viagem, e eu quero faze-la de moto..."
As minhas fotos
Malomen- Zero à direita
Re: On the road again (Solo Ride, parte 4).
Excelentes fotografias um relato muito bem escrito.
Essa Tiger não pára
Mais um
Um abraço.
Essa Tiger não pára
Mais um
Um abraço.
Re: On the road again (Solo Ride, parte 4).
pela partilha do bonito passeio pelo no Alentejo, pelas espectaculares fotos e crónica 5*.
Jorge CBFista- A tirar a carta
Re: On the road again (Solo Ride, parte 4).
excelente descrição: " A calma, o açude lá em baixo com um rebanho de ovelhas, a igreja no topo do monte, o cemitério do outro lado da encosta.
como gosto destes passeios sozinho sem stress
como gosto destes passeios sozinho sem stress
Vasco- Zero à esquerda
Re: On the road again (Solo Ride, parte 4).
Uma palavra apenas: Excelente!!!
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Cumprimentos,
Vítor Ferreira
vmbf- Zero à direita
Re: On the road again (Solo Ride, parte 4).
Parabens pela boa crónica de um passeio ainda melhor!
Mais 1 local a ter em conta...vou tomar nota!
E Claro que segue Merito!
Mais 1 local a ter em conta...vou tomar nota!
E Claro que segue Merito!
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jmiguel954- Zero à direita
Re: On the road again (Solo Ride, parte 4).
Excelente relato!
Já tinha ouvido algo sobre Safira, mas agora fiquei muito mais intrigado e com vontade de conhecer o local.
"V"
Já tinha ouvido algo sobre Safira, mas agora fiquei muito mais intrigado e com vontade de conhecer o local.
"V"
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